Memória do Bem-Aventurado Timóteo Giaccardo e profissão da Ir. Risalva Gonçalves

Para toda a Família Paulina, hoje, 19/10/2020, é um dia especial. Celebramos a memória do Bem-Aventurado Timóteo Giaccardo.

Na capela da comunidade -Madre Escolástica – Casa Provincial em São Paulo, aconteceu a celebração Eucarística em memória do Bem – aventurado Timóteo Giaccardo, com o rito de profissão religiosa de Ir. Risalva Ribeiro Gonçalves, presidida pelo Padre Valdêz Dall’Agnesse, SSP.

Estavam presentes as Irmãs da Casa Provincial e da Comunidade Paulo Apóstolo. Foi um momento orante e participativo. Ao final, cantamos o hino dedicado ao Bem-aventurado Timóteo Giaccardo:

Ao Mestre Divino o louvor porque chamou a lhe seguir/O Beato Timóteo Giaccardo, como discípulo fiel que o amou
Cantamos louvores a Ti, Jesus, com vozes ardentes de fé/
Por este discípulo amado. Fiel até o fim ao Senhor.

Beato Timóteo Giaccardo, nossa família confia em ti./
Do céu onde estás hoje implora/atende as preces e roga por nós.

Gratidão a Deus pelo Sim generoso da nossa Irmã Risalva Ribeiro Gonçalves e pelo testemunho de santidade do Bem-aventurado Timóteo Giaccardo.

Quem foi o Bem-Aventurado Timóteo Giaccardo?

José Timóteo Giaccardo, sacerdote paulino, italiano, pertence à Congregação da Pia Sociedade de São Paulo. A originalidade de sua vida está em ter sido o primeiro sacerdote da Família Paulina e um fidelíssimo discípulo do Fundador, Padre Tiago Alberione. Nasceu em Narsole, norte da Itália. Sua família era pobre de bens materiais, mas rica de fé e virtudes cristãs. Em 1908 José encontrou-se pela primeira vez com o jovem padre Tiago Alberione que, em Narzole estava dando sua colaboração na paróquia. Padre Alberione, percebendo no pequeno José profunda piedade e grande vontade de ser padre; encaminhou-o para o seminário da diocese de Alba.

Tendo como guia espiritual padre Alberione, em 1917 José Timóteo entrou na “Obra de São Paulo” fundada em 1914 por seu mestre e cuja finalidade específica era a evangelização por meio da imprensa, a principal mídia da época. Desde cedo José Timóteo mostrou-se uma pessoa de profunda vida interior, desejosa de ser cada dia melhor e ajudar seus semelhantes no bem. Por isso com grande fé acatou as orientações de Padre Alberione que indicava uma nova forma de santidade e de evangelização.

José Timóteo, movido pela fé, foi fiel companheiro da “primeira hora”, seguidor incondicional e colaborador ativo do Fundador da então nascente Família Paulina. Acompanhou todas as obras e todas as pessoas com grande perspicácia e sensibilidade. Além de alguns livros, deixou como preciosa herança espiritual um “Diário”, rico da presença de Deus e desejos profundos de santidade para si mesmo e para todos. Sua fé em Deus e amor à missão fazia dele uma pessoa autêntica e radical. Lemos em seu “Diário”: “Ó Jesus, quero viver de tua vida, transforma-me. Quero ser “outro Jesus” na minha vida e com todas as pessoas”.

Diante das grandes dificuldades para a aprovação da Congregação das Discípulas do Divino Mestre (uma das congregações fundadas por Alberione) que se dedicam à missão eucarística, missão sacerdotal e missão litúrgica, padre Timóteo não mediu esforços nem súplicas. Diante das respostas negativas não hesitou em oferecer a própria vida para a garantir a existência na Igreja desta congregação, certamente querida por Deus.

E o importante é que Deus aceitou a oferta. Foi assim que ele, acometido por leucemia, veio a falecer alguns dias após a aprovação pontifícia das Discípulas do Divino Mestre, no dia 24 de janeiro de 1948. A aprovação chegara no dia 12 de janeiro de 1948.
Dele escreveu o Fundador: “De 1909 a 1914, quando a Divina Providência preparava a Família Paulina, ele, embora não entendendo tudo, teve clara intuição da obra. As luzes que recebeu da Eucaristia, sua fervorosa devoção Mariana, a reflexão sobre os documentos pontifícios o iluminaram sobre as necessidades da Igreja e sobre os meios modernos para anúncio do Evangelho”.

Outubro: Mês Missionário

Tema: A vida é missão | Lema: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8)

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) têm a responsabilidade de organizar a Campanha Missionária, realizada sempre no mês de outubro, na Igreja de todo o Brasil. Colaboram nesta ação a CNBB por meio da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, a Comissão para a Amazônia e outros organismos que compõem o Conselho Missionário Nacional (COMINA).

Mesmo vivendo um tempo diferente, em que o mundo passa por uma pandemia que mudou nossas relações, a Campanha Missionária em 2020 quer ser um sinal de esperança para tantas vidas doadas de forma solidária. O tema escolhido “A vida é missão” e o lema “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8) irão nos ajudar no crescimento da consciência missionária.

Ser discípulo missionário está além de cumprir tarefas ou fazer coisas. O Papa Francisco lembra que “a missão no coração do povo não é uma parte da minha vida, ou ornamento a ser posto de lado. É algo que não posso arrancar do meu coração” (Alegria do Evangelho, 27).

Nós cristãos somos convidados a defender e cuidar da vida em todas as suas dimensões. Jesus de Nazaré definiu sua ação no mundo como o Divino Cuidador: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo10,10). Esse também deve ser o compromisso de todos os missionários e missionárias, pois a vida é missão.

A vida é o bem fundamental e básico em relação a todos os demais bens e valores da pessoa. Para a ética, a vida é um bem, mais que um valor. Deus, ao contemplar a criação, “viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).

Todo missionário é convidado a educar o olhar sobre as realidades de dor e, sobretudo, saber contemplar o belo, como fazia São Francisco de Assis, encantando-se com as criaturas presentes pelo caminho.

Oração do Mês Missionário

Deus Pai, Filho e Espírito Santo,
fonte transbordante da missão,
Ajuda-nos a compreender
que a vida é missão,
dom e compromisso.
Que Maria, nossa intercessora
na cidade, no campo,
na Amazônia e em toda parte,
ajude, cada um de nós,
a ser testemunhas proféticas
do Evangelho,
numa Igreja sinodal
e em estado permanente
de missão.
Eis-me aqui, Senhor, envia-me!
Amém.

Fonte: http://www.pom.org.br/campanha-missionaria-2020/

Abre a tua mão para o teu irmão

Neste mês de setembro de 2020, celebramos o Mês da Bíblia. A Igreja do Brasil propõe o estudo do livro de Deuteronômio.

O título grego do livro significa segunda lei ou cópia da lei: lei, porque o livro tem muito de código legal; segunda, porque outra a precedeu. Os judeus o chamam debarim, ou seja, palavras: porque o livro, até o final do capítulo 33, é um longo discurso de Moisés. Um discurso no qual cabem muitas coisas. Se nos limitarmos a indicações programáticas, apontaríamos: começa o relato retrospectivo (1,1); começa a legislação (4,44); começa a aliança (28,69); começam as bênçãos (33,1). Esta primeira divisão nos diz algo dos diversos materiais e nos dá chaves de leitura.

O Deuteronômio que lemos hoje tem algo de final de sintonia, de conclusão solene. Possui ao mesmo tempo algo de partido, de violentamente interrompido, como se o final não conseguisse chegar à cadência tonal. Final para Moisés, o gigante que saiu do Egito percorrendo sua senda, para encerrá-la no cimo de um monte, sem entrar (ver cap. 34). Final para o povo, porque a massa de escravos saídos do Egito já é um ponto livre, em aliança com seu Deus, equipado de leis e instituições. Acabou seu longo peregrinar à margem da cultura agrícola.

Bom todo o livro do Deuteronômio é uma excepcional riqueza teológica e ética. Superado o esforço da leitura, o Deteronômio surpreende por sua caudal inesgotável.

Acompanhe a proposta de estudo feita pela Verbo Filmes para aprofundamento deste livro. São chaves de leitura que nos ajudarão na compreensão deste livro tão complexo. São dividos em 6 vídeos o estudo proposto pela Verbo Filmes.

Introdução:

2. Livro de Deuteronômio – Deus ouve o clamor do povo oprimido e o liberta

3. Livro de Deuteronômio – Vida digna é direito de todas as pessoas

4. Livro de Deuteronômio – A centralização das festas comunitárias é opressora

5. Livro de Deuteronômio – Os crimes dos governantes provocaram crise e sofrimento do povo

6. Livro de Deuteronômio – É possível acreditar em um Deus ciumento e vingativo?

A lista de todos juntos:

PAULUS 106 anos de Fundação▐ 89 anos de Evangelização no Brasil

No dia 20 de agosto, a PAULUS celebra o aniversário da sua fundação e a chegada dos Paulinos ao Brasil. São 106 anos no mundo e 89 anos no Brasil, desde a data de sua fundação, pelo bem-aventurado Tiago Alberione, na Itália.

Em comemoração e ação de graças ao aniversário da Pia Sociedade de São Paulo, os padres e Irmãos Paulinos fizeram esta vídeo acima. Também em todo o Brasil, foram feitas celebrações e promoções nas diversas livrarias nos diversos estados.

Neste dia, também toda a Família Paulina celebra a fundação da família. Bem-aventurado Pe. Tiago Alberione, rogai por nós.

Semana da Família 2020

Dentro do Mês Vocacional, a Igreja no Brasil celebra, na segunda semana de agosto, a Semana Nacional da Família, uma mobilização de grupos e comunidades que ocorre, desde 1992, com momentos de oração, formação e reflexão. Neste ano, a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propôs como tema “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24, 15).

Para animar a Semana Nacional da Família – do Dia dos Pais até o dia 15 de agosto – a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF), organismo vinculado à Comissão Vida e Família da CNBB, elabora o subsídio “Hora da Família”, que começou a ser editado desde a vinda de São João Paulo II ao Brasil, em 1994. Neste ano de 2020, o material ganhou duas versões, uma com encontros mensais e outra especialmente preparada para a Semana Nacional da Família, agora chamada “Hora da Família Especial”.

O subsídio possui roteiro para os sete dias da semana com atividades que envolvem toda a família, sugestões de oração e de cantos. O material está disponível na versão impressa e também no aplicativo Estante Pastoral Familiar, numa versão digital.

O Hora da Família se coloca a serviço da Igreja e da construção do Reino de Deus começando em nossas casas. Aproveitem cada encontro e animem sua comunidade a vivenciarem os temas propostos como um itinerário de aprofundamento da fé em família a serviço da comunidade”, motiva o bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers.

Recordando a celebração das diversas vocações pela Igreja neste mês de agosto, o assessor da Comissão para a Vida e a Família e secretário executivo da CNPF, padre Crispim Guimarães, ressalta que o Hora da Família Especial, em comunhão com a Igreja, “celebra a vocação comum: ser família. Na família todas as vocações nascem e se encontram”.

Celebrar em tempos de pandemia

O bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RS) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, recordou em mensagem o momento desafiador da pandemia do novo coronavírus, que tem imposto limites ao agir Pastoral “ameaçando e mesmo levando embora tantas vidas”.

Segundo dom Joel, o lema deste ano, “Eu e minha serviremos ao Senhor”, é muito adequado para o momento que estamos passando: “Eu tomo mesmo a liberdade de compreender o lema do seguinte modo: ‘Eu e minha casa serviremos ao Senhor com pandemia ou sem pandemia, no modo presencial ou no modo virtual’. Isso porque, em qualquer condição uma família que se volta para o Senhor em atitude de fé, atitude traduzida em escuta da Palavra de Deus e no serviço a Deus através do próximo, aqui está um aspecto irrenunciável da nossa fé”.

O casal coordenador nacional da Pastoral Familiar, Luiz e Kátia Stolf, deseja que seja possível fazer uma Semana da Família abençoada mesmo com a pandemia, com o isolamento social: “que possamos fazer em nossas casas, a nossa pequena Igreja doméstica, acontecer também a Semana da Família, com nossos filhos, com nossos netos, enfim, com aqueles que convivem conosco. Aproveitemos esse momento especial de graça que Deus está nos dando para realizar e também celebrar a Semana da Família”.

Luiz e Kátia motivam a participação da forma disponível, seja nas comunidades, nas paróquias ou nas suas casas, com um grupo de conhecidos online, de forma virtual. “Que muitos frutos possamos estar colhendo a partir dessa semana”.

Fonte: CNBB

Com a Igreja, somamos para uma uma cultura vocacional

Com e como Igreja que dedica o mês de agosto às vocações, este ano com o tema: Amados e chamados por Deus e com o lema: “És precioso a meus olhos… Eu te amo” (cf Is 43,4), as Pias Discípulas e Amigos do Divino Mestre são convidados/as a intensificar o testemunho e empenho em prol das vocações, assumindo o projeto: Cada Discípula do Divino Mestre e cada Cooperador/a Paulino Amigo do Divino Mestre uma nova vocação.

Assim foi proposto pela equipe Vocacional da província do Brasil este projeto com o seguinte Objetivo geral: Assumir no mês de agosto de 2020, o projeto “cada discípula e cada Cooperador/a Paulino Amigos do Divino Mestre” uma nova vocação” à vida religiosa consagrada, como Discípula do Divino Mestre e à vida de Cooperador/a Paulino Amigo do Divino Mestre.

Os bjetivos específicos são:

  1. Cultivar uma cultura vocacional nas comunidades.
  2. Rezar assiduamente pelas vocações.
  3. Tornar o nosso testemunho vocacional pessoal e comunitário um sinal visível da alegria para os/as jovens.
  4. Ajudar os/as jovens a descobrir o sentido da vida e a despertar (re-despertar) a fé em Jesus Cristo e a pertença à Igreja.
  5. Proporcionar aos/as jovens a experiência de comunhão com Jesus Cristo pela oração pessoal, a leitura orante e a participação na liturgia.
  6. Auxiliar as jovens no discernimento vocacional para responder livremente ao chamado de Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida entre as Pias Discipulas do Divino Mestre (Plano Geral de Formação).
  7. Encaminhar para a vocacionista o nome das jovens despertadas para o
    acompanhamento. A idade mínima para ingressar em nossas comunidades é de 17 anos e a idade máxima é de 30 anos.
  8. Encaminhar para a Irmã que acompanha os Cooperadores/as Amigos/as do Divino Mestre nos Núcleos (Manaus, Recife, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo [Osasco, Cabreúva], Caxias do Sul), ou coordenação nacional (outros estados) os nomes de candidatos/as.

Para isto, foram criadas ações que motivam a oração pelas vocações, bem como uma criativa presença nas redes sociais com o testemunho das irmãs e dos Amigos do Divino Mestre.

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Amados e chamados por Deus

MÊS VOCACIONAL 2020

Desde 1981, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua 19ª Assembleia Geral, instituiu agosto como o Mês Vocacional. O objetivo principal era o de conscientizar as comunidades da responsabilidade que compartilham no processo vocacional.

Assim cada domingo do mês de agosto é dedicado à celebração de uma determinada vocação:

a. primeira semana (este ano, de 2 a 8 de agosto), as vocações dos diáconos, presbíteros e bispos (ministérios ordenados);
b. segunda semana (de 9 a 15), a vocação do pai, da mãe e dos filhos (a família). A Pastoral Familiar celebra a Semana Nacional da Família com o tema: “Eu e minha famíla serviremos ao Senhor” Js 24,15.
c. terceira semana (de 16 a 22), a vocação das pessoas de vida consagrada (aqueles que fazem os votos de Castidade, Pobreza e Obediência). A Semana Nacional da Vida Consagrada, a partir deste ano, é uma novidade no mês vocacional;
d. quarta semana (de 23 a 29), a vocação dos cristãos leigos e leigas e seus diversos serviços na comunidade (ministérios não ordenados);
e. no último domingo, dia 30, celebramos o Dia dos Catequistas, homenageando e valorizando essa vocação tão importante nas comunidades.

Mesmo após décadas da instituição do Mês Vocacional, o arcebispo metropolitano de Porto Alegre (RS), que também já presidiu a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, Dom Jaime Spengler, diz que ainda é preciso criar uma cultura vocacional na juventude católica.

“Quando falamos de vocação ou de cultura vocacional, quase sempre temos em mente os ministérios ordenados ou a vida consagrada. Na verdade, trata-se de uma compreensão muito mais ampla da questão. Quanto é necessário, por exemplo, que nas diversas dimensões da vida social haja pessoas leigas, comprometidas com a fé, dispostas a cooperar em construir um mundo um pouco melhor para as futuras gerações”, afirmou em entrevista ao site da CNBB, ressaltando:

“Urge apresentar aos jovens e adolescentes os distintos caminhos do serviço do Senhor e do seu Reino: como leigos engajados nos diversos âmbitos da vida social; casados que assumem o compromisso do matrimônio; consagrados por causa do Reino dos Céus; e ministros ordenados a serviço do povo, nas diversas comunidades de fé”.

Para esta semana, foi pensado e elaborado num subsídio do Mês Vocacional de 2020, a partir do tema “Amados e chamados por Deus”, para se rezar juntos no mês vocacional, por todas vocações. Há três propostas de Terço Vocacional, que poderão ser recitados em família ou em grupo, e três opções de “eventos” ou iniciativas que poderão ser organizados na comunidade: um encontro vocacional para despertar vocações; uma vigília vocacional; e uma leitura orante vocacional. Poderão ser realizados envolvendo – preferencialmente – os jovens, pela própria natureza da idade: é durante a juventude que a dimensão vocacional desperta com maior vigor.

As propostas apresentadas poderão ser utilizadas de acordo com as realidades e necessidades, sem uma ordem sequencial obrigatória. Para a abertura do mês vocacional no dia 1º, um sábado, há a sugestão de uma celebração da Vigília Vocacional, por exemplo. E, na conclusão do mês, no dia 31, uma segunda-feira, o Terço Vocacional com os Mistérios da Luz. A equipe vocacional ou o animador vocacional discernirá a melhor maneira de utilização do subsídio, incrementando com elementos e símbolos locais.

Oração pelas Vocações (Paulo VI)

Jesus mestre divino, que chamastes os Apóstolos a vos seguirem, continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas, e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens. Dai coragem ás pessoas convidadas. Dai força para que vos sejam fiéis como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas, para o bem do povo de Deus e de toda a humanidade. Amém

Oração Vocacional ( João Paulo II) 

Senhor Jesus, que chamaste quem tu quiseste, chama muitos de nós para trabalhar para Ti, para trabalhar Contigo.

Tu que iluminaste com tua palavra aqueles que chamaste, ilumina-nos com o dom da fé em Ti. Tu que os amparaste nas dificuldades, ajuda-nos a vencer as nossas dificuldades de jovens de hoje.

E se chamar algum de nós para se consagrar totalmente a Ti, que o teu amor anime essa vocação desde o seu germinar e a faça crescer, cada dia e perseverar. Assim seja.

Oração vocacional (CNBB)

“Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: “Vem e segue-me”! Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa. Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e ministros. Dá perseverança a nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Senhor da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço de teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder SIM. Amém.

PDDM: 64 anos de Brasil

A “nossa hora”

Ir. Maristela Bravin

Inspirado no ardor missionário do Apóstolo Paulo, desde o começo de suas fundações, Padre Tiago Alberione, almejava alcançar o mundo. Aos 70 anos, na História Carismática da Família Paulina ele afirma: ”De Alba tinha-se em vista a Itália; de Roma, especialmente as outras nações”, pois “a Família Paulina tem grande abertura para o mundo” e “de Roma partem os enviados para todas as direções” (AD 114.65). De fato, a partir de Roma, filhos e filhas de Alberione ganham o mundo “para anunciar o Evangelho” com os meios “mais rápidos e eficazes”.

Apenas consolidadas as três primeiras fundações: Paulinos, Paulinas e Pias Discípulas, em 1931 o Fundador os envia juntos, para implantar a Família além-mar, a começar pelo Brasil. Para as Pias Discípulas, porém, não era ainda o momento. A “hora de Deus” estava sendo preparada de modo singular.

Em 1902, um jovem casal de imigrantes italianos residente na cidade de São Carlos/SP, decide retornar à Itália com sua filhinha Margherita De Lucca, nascida em São Carlos, há poucos meses. Margherita cresce então na Itália, e aos 18 anos, ingressa no grupo inicial das fundações femininas de Padre Alberione, em Alba.

Seus pais, no entanto, voltam definitivamente para o Brasil e Margherita prossegue sua formação na Itália. Em 1924 ela é uma das oito jovens chamadas a constituir o núcleo fundante das Pias Discípulas do Divino Mestre. Ao fazer seus votos religiosos como Pia Discípula, ela recebe o nome de Ir. Maria Paulina.

Ir. M. Paulina deixa a Itália em fevereiro de 1956, para visitar sua família estabelecida no Brasil. Ela vem, porém, com o objetivo de permanecer, aguardando a chegada de outras irmãs para iniciar a vida das Pias Discípulas no Brasil.

De fato, em maio do mesmo ano, a então Madre geral das Pias Discípulas, Lucia Ricci lhe escreve: Finalmente posso dizer-lhe com prazer, que em julho irão as Irmãs: M. Salvatoris, M. Modesta, M. Giancarla, M. Venerina, M. Pasquina, M. Fabiana” (foto ao lado). Estas seis Discípulas,  partem do Porto de Genova no navio Conte Grande, e chegam ao Porto de Santos, dia 26 de julho de 1956.

Acolhidas com alegria e carinho pelas Irmãs Paulinas e pelos padres Paulinos, as recém-chegadas se ambientam na cidade de São Paulo, se orientam para moradia e iniciam a missão “prestando os serviços de oração e de trabalho no seminário Paulino”, na Rua Major Maragliano, Vila Mariana. Ir. M. Paulina, nas palavras da Madre geral que enviara antes, ela foi “uma Discípula da primeira hora na fundação da Congregação, e da primeira hora também, na abertura do novo Tabernáculo em seu solo natal”.

A esperança de vida logo desponta: uma jovem, Teruco Aoki, filha de migrantes japoneses, aguardava com Ir. M. Paulina, a chegada das Pias Discípulas para iniciar sua formação na nova comunidade. Outras jovens chegam e com mais duas Irmãs vindas da Itália se torna realidade a primeira casa de formação em 1957.

“Começar de Belém” sempre foi a indicação de Padre Alberione para as Casas e as obras apostólicas, assim foi para nossos inícios. E na ocasião de sua visita em 1963, ao ver o crescimento das Discípulas e das atividades apostólicas o Fundador afirma: “O dedo de Deus está aqui”.

Para nós, Pias Discípulas, 26 de julho é “memória” da chegada ao Brasil dessas “pioneiras” que vieram providas apenas da graça do carisma, da fé e confiança em Deus, de coragem e de entusiasmo. Brota então em nosso coração, imensa gratidão ao Divino Mestre pelo amor com que conduziu a elas e a todas nós que somos parte de linda história.

Celebrar 64 anos é acolher de novo a herança a nós transmitida, continuar a desenvolvê-la e transmiti-la às novas gerações.

Pela intercessão de São Cristóvão, sejamos santos

O mundo mudou nos últimos meses. Todos os sistemas foram quebrados e tivemos que mudar muitos hábitos e costumes, por causa de um inimigo invisível de nos deixar doentes e poder matar. Passamos por uma crise sanitária, política, econômica e social. Porém a história nos ensina que sempre conseguimos superar todas as dificuldades enfrentadas até os dias de hoje. Por isso que estamos aqui. Isso se dá por causa da nossa capacidade de solidariedade. Não é o pior momento da humanidade, mas é um tempo de sofrimento físico e psíquico. Porém olhando para o passado, a vida de tantos que atravessaram momentos cruéis, descobrimos que Deus vai nos ajudando a preservar a vida e continuar nossa história. Vamos mantendo nossos sonhos.

Todo jovem sonha antes dos 18 anos em tirar sua CNH e poder dirigir um carro. A invenção do carro é fruto de um longo processo da humanidade que busca sempre novas formas de se locomover sem as próprias pernas. Também o carro não se tornou só um objeto de locomoção, mas também virou uma “paixão” mundial. Em novembro de 2017, o Papa Francisco ganhou de presente um Lamborghini Huracán. O carro foi leiloado e os recursos se destinaram a projetos de ajuda no Iraque e na África.

O padroeiro dos motoristas e viajantes é São Cristóvão. Pouco se sabe a respeito de sua vida. Dizem na lenda grega que São Cristóvão era um bárbaro antropófago (Aquele que se alimenta de carne humana) da linhagem Cananeia e servia um rei poderoso, considerado o maior da terra, deixou-o, quando soube que Satanás era maior e mais poderoso. Quando ouviu algo sobre Jesus, muitíssimo superior a Satanás, Cristóvão foi atrás de informações. Buscou elucidações com um ermitão e descobriu que Jesus era o reverso do demônio, apreciando os homens pela bondade para com o próximo, não pelo poder e grandeza. Era conhecido como Réprobo (malvado) e media 7 metros de altura, segundo relados da Idade Média.

Então, movido pelo encanto sobre Jesus, Cristóvão foi morar a beira de um rio caudaloso com a intenção de fazer o bem às pessoas e se propôs atravessar de uma margem a outra aquelas pessoas que necessitavam de ajuda, fazendo uso da sua imensa força.

Em uma determinada noite um menino pediu ajuda e Cristóvão pegou o menino e começou a travessia da corrente. Na medida em que caminhava sentiu um enorme peso do menino. Seu peso era assustador. Ficou se perguntando: “O que significava aquilo?” Parecia que estava carregando o peso do mundo nas costas. Cansado, bufando, arrimado no bordão que arcava ao estranho peso. Lutou contra a fadiga e depois de muita luta e muito cansado conseguiu chegar até a outra margem do rio. A caminhada de travessia era longa.

Cristóvão depois da travessia, muito cansado e limpando o suor, exclamou ao menino: “O mundo não é mais pesado do que tu!” O menino o olhou com ternura, sorridente e disse: “Não se espante, você não somente teve o mundo sobre si como carregou em seus ombros aquele que criou o mundo. Eu sou Cristo, seu Rei, cuja obra você tem servido.” Tempos depois, movido pela fé, o gigante iria dar a vida, enfrentando crueldade e torturas por causa da sua fé.

Logo depois Cristóvão passou a ser invocado pelos viajantes. Os viajantes começaram a pedir a sua intercessão para o sucesso de suas viagens.

O martirológico nos diz: “Na Lícia, São Cristóvão, mártir, que, sob o imperador Décio, tendo sido ferido com varas de ferro e preservado da violência do fogo pelo poder de Jesus Cristo, foi, afinal, atravessado de flechas e recebeu o martírio, pela decapitação (III Século?)” (Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XIII, p. 341 á 343).

Sua data é comemorada dia 25 de julho, dia em que se comemora o dia do motorista.

A oração de São Cristóvão é a seguinte:

 “Ó São Cristóvão, que atravessastes a correnteza furiosa de um rio com toda a firmeza e segurança, porque carregáveis nos ombros o Menino Jesus, fazei que Deus se sinta sempre bem em meu coração, porque então eu terei sempre firmeza e segurança no guidão do meu carro e enfrentarei corajosamente todas as correntes que eu encontrar, venham elas dos homens ou do espírito infernal. São Cristóvão, rogai por nós. Amém.”

Oração do motorista a São Cristóvão:

São Cristóvão, que levastes um dia o fardo preciosíssimo, o Menino Jesus e, por isso, és invocado como Patrono Celestial. Abençoa a mim e a meu carro!

Dirige minhas mãos, meus pés, meus olhos. Guarda os freios, protege-me nas curvas fechadas e no asfalto molhado. Guarda-me das colisões e de pneus estourados. Livra-me das derrapagens. Segura animais soltos, pedestres distraídos e imprudentes.

Dá-me cortesia para os outros motoristas e, sobretudo, para com os guardas de trânsito.

Que eu seja cauteloso nas ruas movimentadas, atento nos cruzamentos e nunca alcoolizado, para que eu um dia possa ir segura (o) e diretamente, não antes do prazo, para a garagem do céu.

Amém.

Pe. Walteír Gonçalves Magalhães, C.Ss.R é missionário Redentorista e pároco da Paróquia São José Operário em Paraíso do Tocantins – TO. Ordenado em 1998 em Goiânia. Já morou e trabalhou no Santuário do Divino Pai Eterno em Trindade e na Basílica de Nossa Senhora Aparecida em Aparecida – SP. Também morou e trabalhou na Casa Geral dos Missionários Redentoristas em Roma e prestou serviço na União dos Superiores Gerais no Vaticano. Formado em Filosofia, Teologia e Administração de Empresa.

Madre Escolástica Rivata: modelo de santidade

Irmã Cidinha Batista – pddm

 Uma memória para aquecer o coração, iluminar o olhar e alimentar o sonho.

Afinal, quem é madre Escolástica?  Vamos conhecer, um pouquinho, a vida dessa mulher corajosa, que foi a primeira, entre muitas, a viver o seu discipulado a serviço do Reino na missão Eucarística, Sacerdotal e Litúrgica, no seguimento de Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida.

Num pequeno povoado chamado Guarene, na Itália, nasce a primeira filha do casal Antônio Rivata e Lúcia Alexandria, no dia 12 de julho de 1897. Os pais buscaram logo o sacramento para a recém nascida, que foi batizada com o nome de Úrsula Maria Rivata. Na primeira escola, a família, Úrsula recebeu exemplos que ficaram impressos em sua pessoa desde pequena e que foram um guia constante para seus passos. Sua mãe, Lúcia, adoece e morre aos 24 anos. Úrsula tinha apenas seis anos e, pelo fato de ser a mais velha, sente precocemente o peso da responsabilidade. Era uma bela criança, delicada, graciosa nos gestos, possuía uma voz melodiosa, gostava da escola e aprendia com facilidade, mostrava-se atenta e cuidadosa.

O trabalho sempre fez parte da vida de Úrsula, que crescia num ambiente de pobreza. Aos 15 anos, trabalha como tecelã. Mais tarde passou a trabalhar numa família, como empregada doméstica, por um período de dois anos. Era para ela motivo de grande alegria passar para as mãos do pai o fruto do seu trabalho sem tirar nada para si; agradecia ao Senhor pela oportunidade de ajudar os seus familiares. Um dia seu pai a chama e diz: – “Tem um rapaz que me pediu a sua mão; é um bom moço, está bem de vida. Observe-o, se quiser. Você poderá ser feliz com ele”.  Ela não respondeu de imediato, nem deu grande importância à proposta. Foi à missa e, voltando, correu até seu quarto, ajoelhou-se diante da imagem do Sagrado coração e disse, com toda a força do seu ser: “Senhor, apenas Tu, e basta!” Úrsula comunicou ao pai seu não à proposta de casamento. Sua resposta espontânea e decidida durou a vida toda e permaneceu fiel a essa opção.

Foi em busca de bons livros que Úrsula vai à livraria São Paulo, onde encontra padre Alberione que a convida para ingressar no Instituto. Sua decisão de tornar-se religiosa era clara, faltava-lhe, porém uma orientação precisa sobre qual Instituto escolher. Mas ela mesmo afirma: “O Senhor, quando tem projetos sobre uma pessoa, Ele próprio indica os caminhos a seguir”.

Depois de expor ao pai e à segunda mãe a decisão de ingressar, intensificou a oração e empenhou-se aos necessários preparativos. Teve que suportar, naqueles momentos seguintes, as dificuldades que lhe eram apresentadas pela família, e se tornavam para ela uma batalha diária. Enfim, um dia obteve o consentimento do pai que decidiu que a acompanharia até o Instituto de Padre Alberione. Assim, Úrsula ingressou no dia 29 de julho de 1922; era um sábado, tradicionalmente consagrado a Maria.

Ao chegar na casa, foi acompanhada até a capela. Olhou para o Tabernáculo, observou em volta e, sobretudo, olhou para dentro de si mesma. Com os olhos plenos de luz, repetia com coragem e fé, aquilo que num momento de luta e medo havia dito: “Senhor, só Tu, e basta!” Assim, empreendeu um caminho de fidelidade criativa à vocação que aos poucos Deus ia lhe revelando.

Depois de algum tempo, Padre Tiago Alberione vê na jovem Úrsula que é chegada a hora de “visualizar” um outro ponto de luz que teve em sua intuição carismática; começa a prepará-la; entrega-lhe um livro com o título: As mulheres no Evangelho e pede para lê-lo e meditá-lo. Passados alguns dias ele perguntou se havia lido, Úrsula teve a intuição, dada pelo Espírito, de que poderia colaborar em grandes coisas. Embora sentindo-se pequena e pobre, Sentiu-se iluminada pelo conteúdo do livro; ela, uma jovem do campo, poderia reviver o Evangelho; sentia-se chamada a “seguir o Mestre” como as mulheres do Evangelho.

Dias depois, Alberione reúne a comunidade e diz: – Coloquem-se à parte Úrsula e Metilde, pois confiarei a elas uma missão especial. Em seguida, Metilde, dirigindo-se ao padre Alberione, pergunta – E o que faremos? – Vocês farão silêncio, silêncio, silêncio. Assim começou, de forma silenciosa e operosa, a vida das Discípulas.

A jovem Úrsula de 26 anos, esperta, vivaz e entusiasta assume de forma serena e produtiva a missão que lhe foi confiada publicamente. A elas se unem mais seis jovens e em poucos meses são oito. Padre Alberione, no dia 10 de fevereiro 1924, reuniu as jovens escolhidas para dar orientação a respeito da missão e da vida espiritual. Falou-lhes sobre santa Escolástica e explicou-lhes que o nome ‘Escolástica’ significa “discípula”, e que escolhera propositalmente este dia para formar uma família que se dedique à oração, ao Culto do Divino Mestre eucarístico e ao louvor perene, no silêncio e no recolhimento, em reparação dos pecados cometidos pela má imprensa. Elas iriam se chamar Irmãs Discípulas do Divino Mestre; elegeu Úrsula como responsável pelo grupo e deu-lhe o nome de Irmã Escolástica. Este foi oficialmente o dia da fundação da Congregação.

No dia 25 de março deste mesmo ano as jovens fizeram os votos religiosos, receberam um habito próprio. Úrsula, agora irmã Escolástica, com o entusiasmo que lhe era característico fazia da oração um encontro profundo com Jesus, o Mestre, ao mesmo tempo em que trazia presente toda a realidade da humanidade. Levava para a oração a Bíblia e o jornal; apresentava diariamente ao Senhor as necessidades e os sofrimentos das pessoas, os fatos sociais, as situações políticas e econômicas que afetavam o mundo. Esta atitude revela-nos a grande sensibilidade de uma mulher atenta à realidade e de sua fé encarnada na vida e, de uma vida vivida na fé. Foi para as jovens irmãs guia e intérprete das orientações do fundador, sempre operosa, jovial e contente. Mesmo quando passava por duras provas, seu olhar transparecia alegria e docilidade.

O sonho de Padre Tiago Alberione e o projeto de Deus que irmã Escolástica assumiu custaram-lhe muitos sacrifícios, sofrimentos, incompreensões e até calúnias no interno da Família Religiosa e na cúpula da Igreja. Principalmente no que se refere aos trâmites para o reconhecimento e aprovação jurídica da Congregação. Ela ousou ir ao Vaticano e, pessoalmente, se dirigir à Congregação dos Religiosos para esclarecer alguns aspectos que dificultava a aprovação das Discípulas, pois sentia profundamente que essa era a vontade de Deus. Tal atitude não foi vista com bons olhos pelas autoridades da Igreja; por isso sofreu muito e foi afastada de todas as suas funções (uma espécie de exílio). Apesar da angústia que lhe despedaçava o coração, Escolástica nutria um grande amor pelo Senhor e pela missão, e por isso não se deixava abater pelas adversidades. Viveu seu discipulado na escuta, na criatividade e no amor até o fim a serviço do reino, passando pela experiência do Mistério Pascal.

Na celebração do seu nascimento, 12 de julho, como uma forma de homenagem, a Congregação fixou esse dia como o dia das Aspirantes. Assumindo na força do carisma o exercício de nosso ministério junto ao povo de Deus, temos a alegria de partilhar o dom que é Madre Escolástica. Teríamos ainda muito a dizer diante da longa e intensa vida dessa nossa irmã. Fica o convite para quem deseja juntar-se às Discípulas no desafio de tornar mais conhecida e estimada essa grande mulher.