A Igreja toda se prepara para o Jubileu do ano 2025. Desde o ano de 2023, o Papa Francisco está animando a todos para preparar este grande momento da igreja. Por vontade do Papa Francisco, os dois anos que precedem o Jubileu são dedicados à redescoberta do ensinamento do Concílio (primeiro ano) e à oração (segundo ano). O Ano do Concílio foi aberto a 11 de outubro de 2022 com a solene Liturgia Eucarística do 60º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, presidida pelo Santo Padre. Desde então, as comunidades cristãs de todo o mundo propuseram caminhos e momentos de reflexão sobre as quatro constituições conciliares: Dei Verbum, Sacrosanctum Concilium, Lumen Gentium, Gaudium et Spes. Na primavera de 2023 foram publicados pelo Dicastério para a Evangelização, por meio da Shalom Editrice, 34 volumes muito ágeis intitulados “Cadernos do Concílio”, escritos numa linguagem não acadêmica e com o objetivo de apoiar um caminho de redescoberta dos conteúdos centrais do Vaticano II. Foram pensados para ter a mais ampla difusão na comunidade cristã, ao serviço de cursos de catequese, de encontros do clero e de workshops de preparação para o Jubileu.

No Brasil, a coleção foi publicada pela editora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Edições CNBB. Os Cadernos podem ser adquiridos em todas as plataformas online.

Índice

 1. O Vaticano II: História e significado para a Igreja (Prefácio Papa Francisco, A. Comastri)

Dei Verbum

 2. A Revelação como Palavra de Deus (R. Fisichella)

 3. A Tradição (R. Fisichella)

 4. A Inspiração (A. Pitta)

 5. A Sagrada Escritura na vida da Igreja (M. Cardinali)

Sacrosanctum Concilium

 6. A Liturgia no Mistério da Igreja (A. Elberti)

 7. A Sagrada Escritura na Liturgia (M. Compiani)

 8. Viver a Liturgia na Paróquia (S. Riva)

 9. O Mistério Eucarístico (F. Sieni)

 10. A Liturgia das Horas (E. McNamara)

 11. Os Sacramentos (D. Jurczak)

 12. O Domingo (G. Midili)

 13. Os Tempos Fortes do Ano Litúrgico (M. Barba)

 14. A Música na Liturgia (M. Frisina)

Lumen Gentium

 15. O Mistério da Igreja (C. Militello)

 16. As imagens da Igreja (M. G. Riva)

 17. O povo de Deus   (S. Pié-Ninot)

 18. A Igreja é para a evangelização  (G. Morado)

 19. O Papa, os bispos, os sacerdotes e os diáconos (P. Goyret)

 20. Os leigos (M. Muolo)

 21. A vida consagrada (V. Berzosa)

 22. A santidade, vocação universal (F. M. Léthel)

 23. A Igreja peregrina rumo à plenitude (A. Schütz)

 24. Maria, a primeira fiel (L. Falasca)

Gaudium et Spes

 25. A Igreja no mundo de hoje (C. Pagazzi)

 26. O sentido da vida (M. Tulli)

 27. A sociedade humana (G. Cardinale)

 28. Autonomia e serviço (F. A. Grana)

 29. A família (A. Tornielli)

 30. A cultura (F. Marchese Ragona)

 31. Economia e Finanças  (D. Hillier)

 32. A política (F. Giansoldati)

 33. O diálogo como instrumento (I. Ingrao)

 34. A paz (N. Fabrizio)

Depois do ano dedicado à reflexão sobre os documentos e ao estudo dos frutos do Concílio Vaticano II, por proposta do Papa Francisco, o ano de 2024 será o Ano da Oração. O Santo Padre anunciou-o no domingo, 21 de janeiro de 2024, por ocasião do Quinto Domingo da Palavra de Deus. Já na sua Carta de 11 de fevereiro de 2022, dirigida ao Pró-Prefeito, Sua Ex. Rev.ma D. Rino Fisichella, para encarregar o Dicastério para a Evangelização do Jubileu, o Papa tinha escrito: «Desde já, apraz-me pensar que o ano que precede o evento jubilar, 2024, possa ser dedicado a uma grande ‘sinfonia’ de oração. Antes de mais, para recuperar o desejo de estar na presença do Senhor, de o escutar e de o adorar». Portanto, no caminho de preparação para o Jubileu, as dioceses são convidadas a promover a centralidade da oração individual e comunitária.

O Dicastério disponibilizou algumas ferramentas úteis para entender melhor e redescobrir o valor da oração. Para além das 38 catequeses sobre a Oração que o próprio Papa Francisco proferiu de 6 de maio de 2020 a 16 de junho de 2021, foi publicada pela Libreria Editrice Vaticana uma coleção de “Apontamentos sobre a Oração”. Trata-se de 8 volumes destinados a recolocar no centro a relação profunda com o Senhor, através das múltiplas formas de oração contempladas na rica tradição católica. Além disso, está disponível online um subsídio pastoral, em versão digital, para ajudar as comunidades paroquiais, as famílias, os sacerdotes, os clérigos e os jovens a viver com maior consciência a necessidade da oração quotidiana.

Em português:

O subsídio “Ensina-nos a rezar”, cujo título é tirado do capítulo XI do Evangelho de Lucas (Lc 11,1), já está disponível online, podendo ser descarregada gratuitamente a sua versão digital a partir do site. O opúsculo, inspirado no Magistério do Papa Francisco, pretende ser um convite a intensificar a oração como diálogo pessoal com Deus, para levar cada um a refletir sobre a sua fé e sobre o seu compromisso no mundo de hoje, nos diferentes âmbitos em que é chamado a viver. O objetivo é oferecer reflexões, indicações e conselhos sobre como viver mais plenamente o diálogo com o Senhor, na relação com os outros. O subsídio é composto por seções dedicadas à oração na comunidade paroquial, na comunidade familiar, outras dedicadas aos jovens, às comunidades de clausura, à catequese e aos retiros espirituais.

“Jubileu” é o nome de um ano particular: parece derivar do instrumento que se usava para indicar o seu início; trata-se do yobel, o chifre do carneiro, cujo som anuncia o Dia da Expiação (Yom Kippur). Esta festa recorre a cada ano, mas assume um significado especial quando coincide com o início do ano jubilar. Encontramos uma primeira ideia disto na Bíblia: o ano jubilar tinha que ser convocada a cada 50 anos, já que era o ano “extra”, a mais, que se vivia cada sete semanas de anos (cf. Lv 25,8-13). Ainda que fosse difícil de realizar, foi proposto como ocasião para restabelecer uma correta relação com Deus, entre as pessoas e com a criação, e implicava a remissão de dívidas, a restituição de terrenos arrendados e o repouso da terra.

Citando o profeta Isaías, o evangelho segundo Lucas descreve desta forma também a missão de Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19; cf. Is 61,1-2). Estas palavras de Jesus tornaram-se também ações de libertação e de conversão no quotidiano dos seus encontros e das suas relações.

Bonifácio VIII em 1300 proclamou o primeiro Jubileu, também chamado de “Ano Santo”, porque é um tempo no qual se experimenta que a santidade de Deus nos transforma. A sua frequência mudou ao longo do tempo: no início era a cada 100 anos; passou para 50 anos em 1343 com Clemente VI e para 25 em 1470 com Paulo II. Também há jubileus “extraordinários”: por exemplo, em 1933 Pio XI quis recordar o aniversário da Redenção e em 2015 o Papa Francisco proclamou o Ano da Misericórdia. A forma de celebrar estes anos também foi diferente: na sua origem, fazia-se a visita às Basílicas romanas de São Pedro e São Paulo, portanto uma peregrinação, mais tarde foram-se acrescentando outros sinais, como a Porta Santa. Ao participar no Ano Santo, vive-se a indulgência plenária.

Pai que estás nos céus,
a fé que nos deste no
teu filho Jesus Cristo, nosso irmão,
e a chama de caridade
derramada nos nossos corações pelo Espírito Santo
despertem em nós a bem-aventurada esperança
para a vinda do teu Reino.

A tua graça nos transforme
em cultivadores diligentes das sementes do Evangelho
que fermentem a humanidade e o cosmos,
na espera confiante
dos novos céus e da nova terra,
quando, vencidas as potências do Mal,
se manifestar para sempre a tua glória.

A graça do Jubileu
reavive em nós, Peregrinos de Esperança,
o desejo dos bens celestes
e derrame sobre o mundo inteiro
a alegria e a paz
do nosso Redentor.
A ti, Deus bendito na eternidade,
louvor e glória pelos séculos dos séculos.
Amém

Papa Francisco

Bula

Segundo a tradição, cada Jubileu é proclamado através da publicação de uma Bula Papal (ou Bula Pontifícia) de Proclamação. Por “Bula” entende-se um documento oficial, geralmente escrito em latim, com o selo do Papa, cuja forma dá o nome ao documento. No início, o selo era geralmente feito de chumbo e trazia na frente a imagem dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, fundadores da Igreja de Roma, e no verso o nome do Pontífice. Mais tarde, o selo metálico foi substituído por um carimbo a tinta, mas continuou a ser utilizado para os documentos mais importantes. Cada Bula é identificada pelas suas palavras iniciais. Por exemplo, São João Paulo II proclamou o Grande Jubileu do Ano 2000 com a Bula Incarnationis mysterium (“O Mistério da Encarnação”), enquanto o Papa Francisco proclamou o Jubileu Extraordinário da Misericórdia (2015-2016) com a Bula Misericordiae vultus (“O Rosto da Misericórdia”). A Bula de Indicação do Jubileu, que indica as datas do início e do fim do Ano Santo, é geralmente emitida no ano anterior, coincidindo com a Solenidade da Ascensão. Para o Jubileu de 2025, prevê-se que seja publicada a 9 de maio de 2024.

Fonte desta notícia: https://www.iubilaeum2025.va/pt.html

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