Encontro das Coordenadoras de Comunidades das Pias Discípulas

O encontro anual das Irmãs Coordenadoras de Comunidades das Pias Discípulas aconteceu de 16 a 18 de abril de 2021 e foi inteiramente online este ano.

Participaram do encontro: Ir. Marilez Furlanetto, provincial; Ir. Lídia Natsuko Awoki, Vigária Geral; Ir. Terezinha Lubiana – Conselheira pela Formação, CP/SP; Ir. Kelly Silva de Oliveira – Comunidade Timóteo Giaccardo, SP e conselheira provincial; Ir. Vera Maria Galvan, conselheira; Ir. Luciana Tonon, conselheira; Ir. Soênia Alves Brito, coordenadora da Comunidade Rainha dos Apóstolos, SP; Ir. Maria da Conceição Dias, coordenadora da Comunidade Paulo Apóstolo, SP; Ir. Maria Goretti Lima de Medeiros, coordenadora da Comunidade Divino Mestre, Olinda/PE; Ir. Maria Aparecida Batista, coordenadora da Comunidade Divino Mestre, Manaus/AM; Ir. Letícia Pontini, coordenadora da Comunidade Irmã Modesta, Codajás/AM; Ir. Isabel Tonon, coordenadora da Comunidade Jardim Divino Mestre, Cabreúva/SP; Ir. Juceli Aparecida Mesquita, coordenadora da Comunidade Nazaré, Cabreúva/SP; Ir. Estela Pilatti, coordenadora da Comunidade Divino Mestre, Caxias do Sul/RS; Ir. Maria das Graças R. da Silva, coordenadora da Comunidade Cristo Redentor, Rio de Janeiro/RJ; Ir. Sônia Ferreira de Andrade, coordenadora da Comunidade Divino Mestre, Brasília/DF.

A programação do encontro foi assim: no dia 16 de abril, sexta-feira, houve a abertura do evento às 9h30, com a acolhida da Ir. Marilez e uma importante introdução da Ir. Lídia Natsuko Awoki, vigária Geral. Ela falou com as Irmãs sobre “O papel da coordenadora nos documentos PDDM: Regra de vida, Diretório e DEA”. As diretivas propostas para Ir. Lídia veja no link:

Ela conclui a sua colocação com as palavras do Papa Francisco na Catequese de 14 abril 2021 – A Igreja mestra em oração:

Na Igreja existem mosteiros, conventos e eremitérios onde vivem pessoas consagradas a Deus e que muitas vezes se tornam centros de irradiação espiritual. São comunidades de oração que irradiam espiritualidade. São pequenos oásis nos quais se partilha uma oração intensa e se constrói a comunhão fraterna dia após dia. Trata se de células vitais, não apenas para o tecido da Igreja, mas para a própria sociedade.

Rezar e trabalhar em comunidade faz progredir o mundo. É um motor.

A oração é aquela que abre a porta ao Espírito Santo, o qual inspira a ir em frente. As mudanças na Igreja sem oração não são mudanças da Igreja, são mudanças de grupo. E quando o Inimigo quer lutar contra a Igreja, fá-lo primeiro procurando secar as suas fontes, impedindo-as de rezar, e [induzindo-as a] fazer estas outras propostas. Se a oração cessar, por algum tempo parece que tudo pode continuar como habitualmente por inércia, mas depois de pouco tempo, a Igreja compreende que se torna como que um invólucro vazio, que perdeu o seu eixo central, que já não possui a nascente do calor e do amor.

A lâmpada da fé estará sempre acesa na terra, enquanto houver o óleo da oração.

Transmitir de geração em geração a lâmpada da fé com o óleo da oração. A lâmpada da fé que ilumina, que governa tudo como deve ser, mas que só pode ir em frente com o óleo da oração. Caso contrário, apaga-se. Sem a luz desta
lâmpada, não poderíamos ver o caminho para evangelizar, aliás, não poderíamos ver o caminho para crer realmente; não poderíamos ver os rostos dos irmãos dos quais nos devemos aproximar e servir; não poderíamos iluminar a sala onde nos encontramos em comunidade… Sem fé, tudo desmorona; e sem a oração, a fé extingue-se. Fé e oração, juntas. Não há outro caminho. Por isso a Igreja, que é casa e escola de comunhão, é casa e escola de fé e de oração.

Após este início de conversa, as Irmãs ficaram com conteúdo para refletir e conduzir a partilha nos dias 17 e 18 de abril, pela tarde.

Os textos que iluminaram o encontro das Irmãs foram:

  • Texto bíblico: João 15, 1-17; 17, 21-23
  • Leitura 1 – p. 64 a 67 – Fazer-se acompanhar no tempo da provação. A dimensão comunitária. In: Documento da Igreja 60: O dom da fidelidade, a alegria da perseverança.
  • Leitura 2 – p. 40 a 51 – Serviço da autoridade. In: Para vinho novo, odres novos. A vida consagrada desde o Concílio Vaticano II e os desafios ainda em aberto – Orientações

As leituras 1 e 2 são textos da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Veja abaixo os textos para baixar e ler:

As partilhas foram orientadas através das perguntas:

OBJETIVOS DA COMUNIDADE:

– Qual apelo a comunidade quer responder? (Usar verbos de ação)

DEFINIÇÃO DA COMUNIDADE

– Como é composta a comunidade?

– Qual a missão desta comunidade?

– Como a comunidade se sente enviada?

– Quais as necessidades da comunidade que precisam ser trabalhadas?

O encontro foi avaliado como positivo. Neste ambiente pandêmico, as Irmãs se sentiram irmanadas pelas partilhas, mesmo que o contato de forma digital não substitua o contato e calor presencial. Pela situação que passamos, os meios digitais são um bom placebo para o “encontro”. O encontro concluiu com o desejo de novo encontro entre as Irmãs.

Imagens do Encontro Anual das Irmãs Coordenadoras de Comunidades Pias Discípulas feito de modo online
Crédito das fotos: Ir. M. Goretti Lima de Medeiros

“Antes de ser uma construção humana, a comunidade religiosa é um dom do Espírito. De fato, é do amor de Deus difundido nos corações por meio do Espírito que a comunidade religiosa se origina e por ele se constrói como uma verdadeira família reunida no nome do Senhor. Não se pode compreender, portanto, a comunidade religiosa sem partir do fato de ela ser dom do Alto, de seu mistério e de seu radicar-se no coração mesmo da Trindade santa e santificante, que a quer como parte do mistério da Igreja, para a vida do mundo”.

(Vida fraterna em comunidade, 8)