No final de semana, 30 e 31 de dezembro de 2021, vivemos como Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre a Festa de Jesus Mestre, titular do nosso Instituto. Junto com a celebração de Jesus Divino Mestre, recordamos todas as Irmãs Jubilandas: Jubileu de 50 anos a serviço da Liturgia de Ir. Élida Spadeto, Ir. Estela Pilatti, Ir. Rosária Belançon, Ir. Rosalina Fattori, Ir. Stefana Wyginsky, Ir. Terezinha Rosa, Ir. Zélia Lázaro e os 60 anos de Consagração de Ir. Luisa Mantovani.

Nesse clima de festa, como fazemos todos os anos, foram partilhadas as criatividades e leituras feitas pelas Irmãs e pelos Amigos do Divino Mestre, motivados pela Equipe de Criação. Neste ano, a Equipe de Criação motivou para a leitura de dois presentes do Papa Francisco. As Irmãs da Equipe de Criação da província escreveram: “Como caminho eclesial, tivemos, neste ano, dois grandes presentes do papa Francisco que se referem diretamente à nossa missão: o motu proprio SPIRITUS DOMINI, que modifica o Código de Direito Canônico possibilitando o acesso das mulheres ao ministério instituído do leitorado e do acolitado, e o motu proprio TRADITIONIS CUSTODES, que reafirma a liturgia conforme os decretos  do Concílio Vaticano II como a única expressão da lex orandi do rito romano. Com gratidão pelos sinais da presença de Deus na caminhada da Igreja, como Equipe de Criação, a fim de nos motivarmos mutuamente para criatividade na missão, convidamos cada comunidade, irmã, jovens, Amigos e Amigas do Divino Mestre, a partilhar as iniciativas apostólicas que brotaram nesse tempo, bem como novidades artístico-litúrgicas que surgiram ou aquelas que os apelos da missão suscitam em nós, como sugestões para desenvolvermos. O encontro pode ser enriquecido pela leitura e partilha de SPIRITUS DOMINI e de TRADITIONIS CUSTODES: em que nos confirmam e o que nos inspiram? Nos encontraremos virtualmente para partilhar e celebrar juntos: Dia 31 de outubro de 2021, domingo, às 16h (horário de Brasília), pelo Google Meet”.

O encontro online teve a participação da Ir. Lídia Natsuko Awoki, pddm, Vigária Geral.

Partilhamos com os leitores e leitoras desta notícia as fotos destes momentos celebrativos importantes para a nossa vida fraterna das comunidades de Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre e Cooperadores Paulinos Amigos(as) do Divino Mestre. As imagens são das comunidade de Cabreúva/SP, Caxias do Sul/RS, Manaus/AM e Rio de Janeiro/RJ.

Também no final desta notícia, colocamos o testemunho de vida as Irmãs jubilandas Pias Discípulas deste ano de 2021.

COMUNIDADE CRISTO REDENTOR E CP-ADM DO RIO DE JANEIRO/RJ

O nosso domingo do Divino Mestre começou animado. Participamos da Celebração Eucarística na Paróquia São Camilo de Lellis. Foi uma celebração muito bonita! Continuamos com o almoço festivo e às 16h nos reunimos para LIVE de comemoração. Foi um momento de encontro entre nós irmãs e os ADM (ainda que online), de descontração, de partilha da vida e de criatividades, além de aprofundamentos de dois documentos maravilhosos. Que alegria ver também que os estudos que fizemos e apresentamos na Formação Intensiva de 2017 começaram a dar frutos. O livro Arte no Espaço Litúrgico é uma benção! É bom ver que a nossa província continua viva e vibrante, apesar das dificuldades. Isto nos mostra que o Divino Mestre cuida com amor de nossa família e vai nos conduzindo segundo a sua vontade.

Parabéns à equipe de criação e a todos que contribuíram para que esse momento acontecesse!

COMUNIDADE PIAS DISCÍPULAS, CP-ADM E IRMÃS PAULINAS – MANAUS/AM

Homilia proferida por Irmã Cidinha Batista, PDDM, na Catedral Metropolitana de Manaus/AM

Estamos finalizando, com gratidão, o mês de outubro, mês missionário. E como Família Paulina, fundada pelo padre Tiago Alberione, celebramos, no último domingo de outubro a festa de Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, como Ele mesmo se definiu. A missão dessa grande família, formada por 5 congregações e 5 institutos, com carismas diferentes, mas com o mesmo objetivo é: “Viver integralmente o evangelho de Jesus Cristo, no espírito de são Paulo apóstolo, sob o olhar de Maria, Rainha dos Apóstolos” (AD 93).

O tema central da liturgia deste domingo é o primado do amor sobre todos os mandamentos, compreendido em suas duas vertentes inseparáveis: amor a Deus e amor ao próximo, respectivamente, como se fossem as duas faces da mesma moeda. Isso é evidenciado, sobretudo, pelo Evangelho, no qual Jesus responde ao questionamento de um mestre da Lei sobre o primeiro dos mandamentos, afirmando que o primeiro é amar intensamente a Deus e o segundo é amar o próximo.

A resposta de Jesus ao mestre da lei recorda a escritura que nós ouvimos na primeira leitura (livro do Deuteronômio): Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com todo o teu entendimento e com toda a tua força. Essa era a solene proclamação de fé que todo o israelita devia fazer diariamente E Jesus acrescenta: O segundo mandamento é este: Amarás teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes.

O que é “amar a Deus”? De acordo com o exemplo e o testemunho de Jesus, o amor a Deus passa, primeiro, pela escuta da sua Palavra, pelo acolhimento das suas propostas e pela obediência total aos seus projetos.

Os dois mandamentos não podem se separar: “amar a Deus” é cumprir a sua vontade e estabelecer com os irmãos relações de amor, de solidariedade, de partilha, de serviço, até ao dom total da própria vida.

O caminho da fé que, dia a dia, somos convidados a percorrer, resume-se no amor a Deus e no amor aos irmãos. Quem nos ensina é o próprio Mestre Jesus.

Ele é o mestre por excelência porque foi o exemplo vivo de seus ensinamentos. A segunda leitura, tirada da Carta aos Hebreus nos diz que Jesus Cristo é o sacerdote por excelência, que o Pai enviou ao mundo. O sacerdócio de Jesus Cristo, com seu amor incondicional ao Pai e à humanidade, é o genuíno paradigma do agir cristão no mundo. Na sua obediência e na sua entrega – que foi até ao dom total da vida, na cruz – ficou bem expresso o seu amor ao Pai e aos irmãos. Deixemos nos conduzir por esse amor.

E neste caminho de seguimento, reafirmamos nossa fé e confiança no Senhor, retomando a primeira estrofe do salmo de hoje (Sl 17) – “Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, minha rocha, meu refúgio salvador! Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, Minha força e poderosa salvação”.

JUBILEU DA IR. ESTELA, EM CAXIAS DO SUL/RS

CELEBRAÇÃO EM CABREÚVA/SP

A celebração foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Vicente Costa. Contou com a participação das Irmãs das Comunidades de São Paulo e foi realizada no dia 30 de outubro, sábado, na capela Divino Mestre, da comunidade. As jubilandas Ir. Élida Spadeto, Ir. Rosária Belançon, Ir. Stefana Wyginsky, Ir. Zélia Lázaro comemoraram seus 50 anos de vida Consagrada.

TESTEMUNHO DAS JUBILANDAS 2021

IR. LUISA MANTOVANI: 60 ANOS DE VIDA RELIGIOSA

“OS MEUS PENSAMENTOS NÃO SÃO OS TEUS PENSAMENTOS”

Eu não tinha sonho nem desejo de seguir a vida religiosa. Mas é Deus que escolhe e chama a quem Ele quer. O meu pároco dizia que foi um chamado urgente. E eu respondi aqui estou. Para mim, foi uma surpresa de Deus que se manifestou e mudou a minha vida para sempre.

Confiando e acreditando na palavra de Jesus Mestre, EU SOU O CAMINHO A VERDADE E A VIDA. A raiz de tudo é a graça de Deus, amor à congregação e à missão. Entrega livre e gratuita da minha vida a Deus. Sou grata a Congregação que me acolheu e ajudou a ser uma Pia Discípula do Divino Mestre Caminho, Verdade e Vida.  Amém

                                                                                                                                                                                                  Ir. Luiza Mantovani

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Jubileu de 50 anos de Vida Consagrada | Ir. Élida Spadeto

Sou filha de Stéfani Spadeto e Julia Ceroline Spadeto, ambos de famílias simples. Tiveram 12 filhos dos quais sou a sétima. Aos 7 anos de idade fiz a minha Primeira Comunhão e senti bater forte o meu coração quando vi o sacerdote levantar a hóstia na consagração e eu vi uma criança recém-nascida tão linda que até hoje não vi outra igual. Ao chegar em casa, eu falei: “Mãe, eu quero ser irmã!”. Ela me disse: “Vamos rezar. Se for da vontade de Deus, um dia você vai”. Sempre confiante e rezando a Maria, pedindo a Deus a decisão do meu pai. Ele não queria permitir porque minha tarefa era cuidar dos afazeres da casa, das crianças menores e da minha mãe que era muito doente.

Com muitas lágrimas, esperança e oração, se passaram quase 10 anos desta experiência. No dia 20 de janeiro de 1967, eu disse ao meu pai: “Hoje eu vou para o convento”. Ele respondeu: “Vai, mas veja o que está fazendo… Seus irmãos pequenos, sua mãe doente…” Cheguei em São Paulo no dia 24 de janeiro do mesmo ano. No dia 29 de julho, ingressei no postulado e, meses depois, fiz a vestição e fui transferida para o Rio de Janeiro para trabalhar na loja Apostolado Litúrgico e na propaganda que chamávamos “beneficência”.

Sempre com o espírito fixo no Mestre Divino, acreditava na minha vocação. Um dia seria Irmã de votos. Ele me acompanha e Maria me guia. Nunca perdi a esperança e sempre confiei naquele que é fiel: Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida. Viver em Cristo, a verdadeira videira, e ser um ramo dessa videira e produzir com a graça de Deus muitos frutos para vida eterna, através da minha vivência cotidiana. Tive sempre vivo no coração os apostolados: Eucarístico, Sacerdotal e Litúrgico.

Neste ano jubilar, sou grata a Deus por tantas bênçãos recebidas em toda minha vida. Obrigada, Senhor!

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Jubileu de 50 anos de Vida Consagrada | Ir. M. Estela Pilatti

O que me motivou e impulsionou a doar a minha vida, foi o próprio “seguimento de Jesus Mestre”. Procurei responder ao seu chamado, alimentando-me com a Eucaristia e com sua Palavra, assumindo a missão a serviço do Reino.

Uma Palavra foi forte e me acompanhou no caminho vocacional: “Faça-se em mim segundo a tua Palavra”! O sim de Maria é para mim exemplo e me inspira a buscar fazer sempre a vontade de Deus. (Lc 1, 38)

Um grande aprendizado que assimilei do Padre Tiago Alberione, foi a sua fidelidade a Jesus Mestre Caminho Verdade e Vida e a São Paulo. Um aspecto particular foi a sua coragem de lançar-se a frente para o bem da humanidade, sem nunca se deixar vencer pelo fracasso ou o medo. A herança que o Fundador nos deixou é para mim fonte e alicerce de espiritualidade e de apostolado. No amor a Jesus Mestre, a Maria Rainha dos Apóstolos e a São Paulo, sigo com alegria na entrega da vida, assumindo a missão a serviço da Eucaristia, do Sacerdócio e da Liturgia.

A raiz da alegria que me ajudou ser fiel ao chamado, foi a experiência do grande amor de Jesus por mim e, pela força deste amor, tive a graça de perseverar mesmo nos momentos difíceis. 

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Jubileu de 50 anos de Vida Consagrada | Ir. Rosária Belançon

Graça e Paz!

“Vocês serão Felizes se fizerdes como eu fiz” Jo 13, 15.

Dou Graças a Deus por celebrar o Jubileu de ouro de consagração religiosa no discipulado de Jesus Divino Mestre, servindo a Igreja povo de Deus pelo ministério Eucarístico, Sacerdotal e Litúrgico.

As experiências missionárias: no cuidado da vida das pessoas, na formação litúrgica, no serviço Sacerdotal no ministério Eucarístico, unida às irmãs da caminhada e à todas as Discípulas, à minha família. Canto com Maria, Rainha dos Apóstolos o Magnífica! Por tudo dou graças!

Em Cristo Mestre,

Ir. Rosária Belançon

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Jubileu de 50 anos de Vida Consagrada | Ir. Rosalina Fattori

TESTEMUNHO DE MINHA VOCAÇÃO

Olá, minhas queridas Irmãs!  Graça e paz em Cristo Mestre!

Que bom poder expressar um pouco daquilo que vivi e experienciei nestes 50 anos de minha consagração e entrega na missão, como Discípula do Divino Mestre. Foram anos de intensos desafios, mas de muita esperança.

Desde muito cedo, em minha pré-adolescência, senti que o Senhor me chamava para um caminho e uma vocação especial. Sempre admirava minha irmã que me precede na vocação religiosa nas Irmãs Servas do Espírito Santo, porém não me sentia atraída pelo seu carisma e missão.

Graças a Deus cresci em uma família profundamente cristã e dedicada às coisas de Deus. Minha vocação pôde crescer e desabrochar, de acordo com os valores cristãos e religiosos. Ingressei na Congregação no dia 24 de janeiro de 1965, na comunidade de Caxias do Sul. Ali iniciei meu caminho vocacional, embora muito limitado devido minha pouca idade.

 Aos poucos fui crescendo no amor, no conhecimento e na convicção de minha vocação.

O ideal de São Paulo, de Alberione, foi também interiorizado como meu: “Tornei-me tudo para todos, a fim de salvar alguns a qualquer custo” (1 Cor 9, 22).

Minha primeira experiência como consagrada, foi exatamente o chamado a dedicar alguns anos de minha juventude como missionária a serviço dos sacerdotes idosos em Melbourne, Austrália. Casa esta fundada por sua eminência Cardeal James Robert Knox.  Recordo-me com carinho a pessoa de cada sacerdote, sua vida entregue ao povo de Deus, sua serenidade, sua santidade visível. Vivi e experienciei momentos bonitos e outros muito desafiantes; uma experiencia de fé e de muita riqueza apostólica.

Sempre me senti acompanhada e identificada com o texto de João 11-1-45 onde Jesus visita a família de Betânia. Me inspirou sempre a grande e profunda profissão de fé de Marta, sua entrega, seu serviço e sua amizade profunda com Jesus. A contemplação de Maria a torna humana e sensível em apresentar seu irmão Lázaro a Jesus como aquele que ele ama. Jesus ama esta comunidade de irmãos! Este espírito de oração, de bem-querer, foi o que me fez permanecer apesar de todas as dificuldades. Momentos fortes de espiritualidade e de vida comunitária me fizeram amar sempre mais o ideal da Pia Discípula e descobrir o imenso valor desta bela vocação e missão na Igreja.

Em 2014, o Senhor me fez um novo chamado missionário. Desta vez para Venezuela. Desde então, aqui me encontro exercendo nossa missão. Não é fácil o momento que atravessamos! Para cada dia um novo desafio! Mas a misericórdia e a providência do Senhor são sempre surpreendentes e nunca nos abandonam.

Às Jovens que estão a caminho no seguimento de Jesus e as que estão buscando e discernindo seu chamado, lhes digo que vale a pena fazer a entrega da vida, colocando-a a serviço dos irmãos, seja aonde for e como for. Deus necessita de nossos braços prolongadores da missão, de nossas forças e amor para transformar a realidade deste mundo tão necessitado.

Ir Maria Rosalina Fattori

Barquisemeto, Venezuela, 25/05/2021

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Jubileu de 50 anos de Vida Consagrada | Ir. Stéfana Wyginski

Eu nasci no dia 28-08-1944, filha de Gustavo Wyginski e Rosa Misura. Sou a 2ª filha de três filhos. Morávamos em um povoado de umas 20 famílias. Tinha igreja, estação de trem e de ônibus, alguns comércios e escola.

Quando eu era pequena, minha mãe esteve no hospital com meu irmão. Ao voltar, falou que as irmãs eram generosas e boas. Então pensei: também quero ser irmã para ser boa. Gostava das coisas de Deus e sempre frequentava a igreja até com sacrifícios. Aos 15 anos, conheci algumas irmãs, mas não entrei por problemas econômicos. Entre 18 e 19 anos, pude trabalhar com as irmãs e, conhecendo minha história, me ajudaram a recomeçar os estudos.

Aos 22 anos, entrei na nossa congregação. Gostei do clima de família, adoração e vendo a imagem de Pe. Alberione e as orações escritas no livrinho me tocaram profundamente. Desejei sempre seguir o seu carisma a serviço da Eucaristia, Sacerdócio e Liturgia.

Antes de ingressar, tinha escutado um padre falar da necessidade de mais sacerdotes porque o povo é bastante. Então senti a necessidade de fazer algo pelos sacerdotes. Também faltavam catequistas e enfermeiras.

Quando ia fazer o pedido para a profissão perpétua, pensei um pouco porque sentia uma dorzinha no estômago, mas veio em mente: “quem me separará do amor de Cristo?” (Rom 8,31-39). Daí fiz o pedido e senti uma grande paz e alegria. Fiz a profissão perpétua no dia 19 de março de 1977. Dificuldades não faltaram, mas com a graça Divina e de Maria Santíssima estou aqui.

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Jubileu de 50 anos de Vida Consagrada | Ir. Terezinha da Rosa

CAMINHO VOCACIONAL

Sou agraciada por Deus, primeiramente, por ser revestida de Cristo pelo batismo e por ser chamada na congregação das Pias Discípulas do Divino Mestre. São anos de muitas graças e bênçãos do Senhor em minha vida.

Desde pequena tenho devoção especial a nossa Senhora, pois certamente foi ela que me indicou o caminho a seguir o seu Filho Jesus. Gostava de ir à celebração na capela de nossa Senhora do Bom Sucesso que havia próxima da minha casa. Também algumas vezes ia à celebração Eucarística na Paróquia Santa Terezinha. Aí conheci as Irmãs do PIMI. Queria ser uma Irmã para servir mais diretamente Jesus. Aos 16 anos de idade conheci as Irmãs Pias Discípulas que me encantaram e decidi ir com elas. Dia 02 de Fevereiro de 1968, já entrei para ficar.

No início foi muito difícil, mas com a graça de Deus superei. Eu gostava muito dos momentos celebrativos e da adoração ao Santíssimo. Foram esses momentos que me impulsionaram a viver mais conectada com a Videira, Jesus (Jo 15, 1-8): “Eu sou a videira e vós sois os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele produz muitos frutos”. Assim, fui deixando que ele transformasse o meu ser e meu agir. Consequentemente foi fortificando a missão.

Em João 14,6, Eu sou o Caminho a Verdade e a Vida. Esse caminho ele me indicou a percorrer, mesmo com os desafios. A sua palavra me sustentou firme para seguir em frente. Sempre procurei escutar e assimilar sua palavra como Verdade e Vida, afim de vivenciar com simplicidade e comunicar na missão. Lucas 1; salmo 23; João 15,10-14; Romanos 8,31; Além dessas citações bíblicas outras, me ajudaram na minha caminhada de vida consagrada a Deus.

Um ensinamento importante assimilado vivendo o carisma do Beato Padre Tiago Alberione, a serviço da Eucaristia, do Sacerdócio e da Liturgia, foi a compreensão do mistério da encarnação: Maria no seu sim a Deus, trouxe ao mundo Jesus o Filho amado do Pai, tendo a responsabilidade de cuidar, contemplar, adorar esse sacerdote por excelência até o mistério da cruz. Esse exemplo de Maria, me motivou, mesmo na minha pobreza, fazer tudo pela glória de Deus e santificação da humanidade.

A raiz da alegria que me ajudou a manter a fidelidade foi sobretudo a espiritualidade: Celebrações Eucarística, laudes, vésperas, adoração, oração pessoal contemplativa, a convivência fraterna e missão no CAL; tudo isso, contribuiu para que a chama da alegria permanecesse acesa.

Que a Santíssima Trindade, qual amo tanto me ajude ser fiel até o fim. Amém.

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Jubileu de 50 anos de Vida Consagrada | Ir. Zélia Lázaro

Sonhava em ser mãe. Gostava muito de crianças e me custou muitíssimo deixar meu irmão de seis anos. Mas tudo foi mudando com o exemplo do pároco, tia e tios salesianos e, sobretudo, me encantei vendo o silêncio e a oração das primeiras Pias Discípulas que se hospedavam lá em casa para buscar as jovens que meu pai, como bom vocacionista, conquistava. Também chamou atenção as irmãs beneditinas que ensinavam as crianças e jovens a rezar e cantar. Aí senti no coração o desejo de seguir este caminho. Para ter certeza fiz a novena ao Sagrado Coração de Jesus, obtendo a confirmação no sétimo dia da novena. A partir daí o Senhor foi acendendo luzes conforme se fazia necessário!

Quando se opta para seguir o MESTRE, se renuncia os próprios desejos para cumprir a missão de doar-se ao serviço daquele que nos escolheu, chamou e enviou (Jo 15, 16) “Não foram vocês…”.  E eu respondi: “Eis-me aqui Senhor!”

O Primeiro Mestre me escreveu: “a Adoração é tudo para a Pia Discípula. Assegura a perseverança, se é bem feita”, confirmou-me assim a missão e a fonte vital das três dimensões ‘Eucaristia, Sacerdócio e Liturgia’. Um aprofundamento gradativo foi crescendo em mim ouvindo a Palavra em cada tempo da vida: “não fostes vós que me escolhestes…” Jo 15,16, Jesus estava me conduzindo: “Não tenha medo… chamei pelo nome; você é minha….”Is 43,1-2, um grande alerta, reforço e consolo: Ex. 23,20 “Eis que envio meu Anjo à frete de ti…”, confirmando segurança na missão; então, só posso dizer: “sei em quem acreditei sua graça ajudou e ajudará a perseverar até o fim!” (2 Tm 2, 12).

A raiz da grande alegria, além da espiritualidade, é ser fiel em ir descortinando as múltiplas faces em Jesus Mestre, cultivando o encontro pessoal com Ele, em busca da identificação até (Gl 2,20). O que me tem ajudado tanto é a confiança e parceria com Nossa Senhora, Mãe, espelho e âncora em meu caminho.

Sinto com gratidão o grande amor de Deus que me envolveu desde o nascimento e me trouxe até aqui nesta celebração dos 50 anos de consagração e, que certamente me conduzirá até o fim e me acolherá eternamente em seus braços. Esta é a minha fé, confiança e esperança!

Com simplicidade e crescente empenho sigo na certeza de que aquele que me chamou é fiel e, foi abundante sua graça e misericórdia. Minhas preces e gratidão para todos que me apoiaram e me apoiam nesta caminhada. Por tudo ‘Bendito seja Deus!’.

Ir. Zélia Lázaro

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