De 9 a 16 de novembro de 2025, a Igreja Católica em todo o mundo celebrará a 9ª Jornada Mundial dos Pobres (JMP), que neste ano traz como tema “Tu és a minha esperança” (cf. Sl 71,5). Inspirada no convite bíblico à esperança, a iniciativa quer fortalecer o compromisso da Igreja com as pessoas em situação de vulnerabilidade, promovendo solidariedade, escuta e fraternidade.
No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora (Cepast), incentiva dioceses, paróquias e comunidades a viverem não apenas o Dia Mundial dos Pobres, mas oito dias inteiros de mobilização. O objetivo é transformar o período em um tempo de oração, convivência e gestos concretos de amor junto aos mais necessitados.
Caridade e justiça
Mais do que uma ação assistencial, a Jornada é também um convite à escuta e ao aprendizado com aqueles que enfrentam a pobreza — uma realidade que afeta, de modo particular, pessoas negras e moradores das periferias urbanas, historicamente empurrados à exclusão social e econômica.
O Papa Leão XIV faz um chamado direto às comunidades católicas: agir com coerência e enfrentar as causas estruturais da pobreza, lembrando que “ajudar os pobres é uma questão de justiça, muito antes de ser uma questão de caridade”.
Caminho de esperança: orientações pastorais
Para auxiliar na vivência da Jornada, a Comissão elaborou um subsídio pastoral com orientações, propostas de ação, a mensagem do Papa Leão XIV e sugestões de atividades comunitárias. O material convida toda a Igreja a transformar este momento em uma oportunidade não só de ajudar, mas também de reconhecer nos pobres o rosto de Cristo.
“Queremos que as ações não se limitem apenas ao Dia Mundial do Pobre. Por isso, o subsídio também traz propostas para o pós-jornada. Contamos com a participação e o engajamento de todos neste momento forte da Igreja, instituído pelo Papa Francisco no encerramento do Ano da Misericórdia, em 2016, e que agora segue com o Papa Leão XIV”, destaca Alessandra Miranda, assessora da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora.
“Aproveitem o material, mobilizem suas comunidades e grupos, e venham somar nesse grande mutirão de solidariedade que, com certeza, será mais uma vez abraçado por todo o Brasil”, conclui a assessora da CNBB.