Inauguração da Capela Divino Mestre na Betânia: acolhidos em Situação de Rua criam obra de mosaico com apoio de professor
A Irmã Elci Zerma, emocionada e repleta de gratidão, compartilhou com a comunidade a recente inauguração da Capela Divino Mestre, um espaço espiritual destinado aos acolhidos da Casa Betânia, que atende pessoas em situação de rua. A inauguração da capela representa mais do que um marco físico; é um símbolo da reconstrução da vida e da dignidade de homens que, por diversas razões, se encontram em situação de vulnerabilidade social. A obra em mosaico que adorna o interior da capela foi criada pelos próprios acolhidos, com o auxílio de um professor de artes, evidenciando o trabalho coletivo e a importância da arte como ferramenta de ressignificação da vida e de fortalecimento da autoestima.
A Betânia é um projeto social voltado para o atendimento de homens adultos, com idades entre 18 e 59 anos, em situação de rua. Esses homens enfrentam condições de risco e vulnerabilidade, muitas vezes agravadas por problemas como dependência de álcool e outras drogas. A iniciativa da Casa Betânia se enquadra como um serviço de alta complexidade, voltado para a reintegração social e a recuperação integral desses indivíduos. A proposta não se limita ao fornecimento de abrigo e alimentação, mas trabalha de forma abrangente na promoção da autonomia, saúde integral, resgate da dignidade e do direito à vida.
A inauguração da Capela Divino Mestre, que surgiu como um desejo de proporcionar aos acolhidos um espaço de oração, reflexão e espiritualidade, também serve como um marco importante no processo de reintegração desses homens à sociedade. A obra em mosaico, que embeleza a capela, foi uma construção coletiva feita pelos próprios acolhidos. Com o auxílio de um professor de artes, eles puderam expressar suas emoções e sentimentos por meio da arte, criando um ambiente mais acolhedor e digno. O mosaico, que ilustra cenas de fé e esperança, é um reflexo do processo de ressignificação que esses homens estão vivenciando ao longo de sua jornada no projeto.
A Betânia se destaca, entre outras coisas, pelo trabalho dedicado ao resgate de valores essenciais para a formação de cidadãos plenos e dignos. Além de proporcionar abrigo e cuidados básicos, o projeto promove ações que buscam garantir a autonomia de seus acolhidos, oferecendo a eles a oportunidade de recuperar sua saúde integral. A Betânia acredita que, para que uma pessoa seja verdadeiramente reintegrada à sociedade, é preciso que ela tenha acesso à saúde física e mental, apoio emocional e, principalmente, a reconquista da sua autoestima.
Um dos pilares do trabalho realizado pela Betânia é o respeito à dignidade humana e ao direito à vida. A casa não só oferece abrigo, mas também busca dar aos acolhidos as ferramentas necessárias para que possam retomar o controle de suas vidas. Isso envolve desde o acesso a tratamentos de saúde, até a promoção da cidadania, com atividades que estimulam o exercício de direitos e deveres na sociedade. O projeto trabalha para que os homens que ali se encontram possam sentir que ainda têm um papel importante na sociedade e que podem contribuir para o bem coletivo.
Outro ponto fundamental abordado pela Betânia é o resgate da autoestima e a prática da fraternidade e justiça. Através de uma convivência que valoriza o respeito mútuo, os acolhidos podem se apoiar uns aos outros, compartilhando experiências e criando laços de solidariedade. Esse processo fortalece a confiança e o sentimento de pertencimento, elementos essenciais para a recuperação e a reintegração social.
A Betânia também defende a igualdade de direitos, buscando garantir que todos os acolhidos, independentemente de seu passado ou das dificuldades que enfrentam, possam ter acesso aos mesmos direitos que qualquer outro cidadão. Isso inclui não apenas a busca por trabalho e educação, mas também o direito à moradia digna, à saúde e à segurança.
A criação da Capela Divino Mestre e a realização da obra em mosaico pelos próprios acolhidos são exemplos claros da prática da solidariedade e da importância do trabalho coletivo no processo de reintegração social. A capela não é apenas um local de oração, mas um espaço de esperança e de força, onde os acolhidos podem refletir sobre suas vidas, suas escolhas e suas possibilidades de transformação. A arte, em suas diversas formas, é uma poderosa ferramenta de transformação, e a capela se torna, assim, um reflexo de todo o trabalho de recuperação e de reconstrução da dignidade realizado na Betânia.
A inauguração deste espaço é, portanto, um momento de celebração não apenas para a comunidade da Betânia, mas para todos aqueles que acreditam na força da solidariedade e na capacidade de transformação humana. Ao apoiar os acolhidos e proporcionar-lhes a oportunidade de expressar suas emoções e criar, a Betânia reafirma seu compromisso com o resgate da cidadania e com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos têm o direito de recomeçar e de buscar uma nova chance.
Dessa forma, a inauguração da Capela Divino Mestre vai além de um simples evento religioso: ela representa a vitória de uma comunidade que, através do acolhimento e da solidariedade, se reconstrói, se reinventa e segue em frente.
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