NOVEMBRO NA LITURGIA CATÓLICA: UM TEMPO DE MEMÓRIA, ESPERANÇA E SANTIDADE

O mês de novembro ocupa um lugar especial no coração da Igreja Católica. É um tempo profundamente marcado pela lembrança, pela gratidão e pela esperança. A liturgia convida os fiéis a refletirem sobre a comunhão dos santos, a vida eterna e a misericórdia de Deus que se estende a todos os seus filhos, vivos e falecidos.

Logo nos primeiros dias, o calendário litúrgico nos conduz a duas celebrações de grande significado espiritual. No Dia de Todos os Santos (1º de novembro), a Igreja exulta ao recordar todos aqueles que viveram a fé de modo exemplar, muitos dos quais não são conhecidos ou canonizados oficialmente. É um convite à santidade cotidiana, mostrando que todos são chamados a viver em comunhão com Deus.

Em seguida, o Dia de Finados (2 de novembro) nos faz voltar o olhar para os irmãos e irmãs que já partiram desta vida. A Igreja reza pelas almas do purgatório, sustentada pela fé na ressurreição e na promessa de Cristo de que a morte não tem a última palavra. É um tempo de oração, consolo e esperança.

Ao longo do mês, outras celebrações enriquecem o caminho espiritual dos católicos. A festa de Nossa Senhora das Graças, em 27 de novembro, recorda a manifestação da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré e a devoção à Medalha Milagrosa, sinal da proteção e da intercessão materna de Maria.

No último domingo do mês, a liturgia culmina com a Solenidade de Cristo Rei do Universo, encerrando o Ano Litúrgico. Nesta festa, a Igreja proclama que Cristo é o centro e o sentido de toda a criação, o Rei que governa com amor, justiça e paz.

Além disso, em novembro a Igreja também celebra a Jornada Mundial dos Pobres, instituída pelo Papa Francisco. É um apelo à solidariedade, à partilha e ao compromisso com os mais necessitados, uma expressão concreta do Evangelho.

Assim, novembro é um mês que une memória e esperança, fé e caridade. É um tempo de contemplar o mistério da vida eterna, de agradecer pelos exemplos dos santos e de renovar o desejo de seguir Cristo com o coração aberto à santidade e ao amor.

Jornada Mundial dos Pobres: um chamado à esperança e à solidariedade

De 9 a 16 de novembro de 2025, a Igreja em todo o mundo celebrará a 9ª Jornada Mundial dos Pobres, com o tema “Tu és a minha esperança” (Sl 71,5). Inspirada por este convite bíblico à confiança em Deus, a Jornada busca fortalecer o compromisso da Igreja com as pessoas em situação de vulnerabilidade, promovendo gestos concretos de amor, escuta e encontro fraterno.

No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora (Cepast), incentiva que dioceses, paróquias e comunidades vivam não apenas o Dia Mundial, mas oito dias inteiros de mobilização. É um tempo de oração, convivência e partilha com os mais pobres — um verdadeiro exercício de caridade e justiça social.

A Jornada recorda que ajudar os pobres é, antes de tudo, uma questão de justiça. Como destaca o Papa Leão XIV, a Igreja é chamada não apenas a aliviar a dor dos necessitados, mas também a enfrentar as causas estruturais da pobreza. Cada comunidade é convidada a organizar ações concretas e a refletir sobre o modo como pode ser presença transformadora no mundo.

Abaixo, um subsídio preparado pela Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora (Cepast) com orientações pastorais, propostas de ação, a mensagem do Papa Leão XIV para a Jornada e sugestões de vivência comunitária. O material é um convite para que toda a Igreja viva este momento como uma oportunidade não apenas de ajudar, mas também de ouvir e aprender com as pessoas empobrecidas, reconhecendo nelas o rosto de Cristo.


IGREJA CATÓLICA CELEBRARÁ A 9ª JORNARDA MUNDIAL DOS POBRES COM O TEMA “TU ÉS A MINHA ESPERANÇA”

De 9 a 16 de novembro de 2025, a Igreja Católica em todo o mundo celebrará a 9ª Jornada Mundial dos Pobres (JMP), que neste ano traz como tema “Tu és a minha esperança” (cf. Sl 71,5). Inspirada no convite bíblico à esperança, a iniciativa quer fortalecer o compromisso da Igreja com as pessoas em situação de vulnerabilidade, promovendo solidariedade, escuta e fraternidade.

No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora (Cepast), incentiva dioceses, paróquias e comunidades a viverem não apenas o Dia Mundial dos Pobres, mas oito dias inteiros de mobilização. O objetivo é transformar o período em um tempo de oração, convivência e gestos concretos de amor junto aos mais necessitados.

Caridade e justiça

Mais do que uma ação assistencial, a Jornada é também um convite à escuta e ao aprendizado com aqueles que enfrentam a pobreza — uma realidade que afeta, de modo particular, pessoas negras e moradores das periferias urbanas, historicamente empurrados à exclusão social e econômica.

O Papa Leão XIV faz um chamado direto às comunidades católicas: agir com coerência e enfrentar as causas estruturais da pobreza, lembrando que “ajudar os pobres é uma questão de justiça, muito antes de ser uma questão de caridade”.

Caminho de esperança: orientações pastorais

Para auxiliar na vivência da Jornada, a Comissão elaborou um subsídio pastoral com orientações, propostas de ação, a mensagem do Papa Leão XIV e sugestões de atividades comunitárias. O material convida toda a Igreja a transformar este momento em uma oportunidade não só de ajudar, mas também de reconhecer nos pobres o rosto de Cristo.

“Queremos que as ações não se limitem apenas ao Dia Mundial do Pobre. Por isso, o subsídio também traz propostas para o pós-jornada. Contamos com a participação e o engajamento de todos neste momento forte da Igreja, instituído pelo Papa Francisco no encerramento do Ano da Misericórdia, em 2016, e que agora segue com o Papa Leão XIV”, destaca Alessandra Miranda, assessora da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora.

“Aproveitem o material, mobilizem suas comunidades e grupos, e venham somar nesse grande mutirão de solidariedade que, com certeza, será mais uma vez abraçado por todo o Brasil”, conclui a assessora da CNBB.