No aniversário 32º aniversário da pascoa da Venerável Escolástica, a Família Paulina esteve reunida na celebração da Eucaristia, neste 3º Domingo da Quaresma.
Na palavra de Jesus o apelo continuo à conversão, concretizada na atitude de serviço e entrega gratuita ao Reino, ecoava no testemunho de Moisés, na experiência do encontro com Deus sendo instrumento de libertação, solidário com os que sofrem injustamente. Madre Escolástica bebeu desta fonte inesgotável do Ano Litúrgico e soube reverter em testemunho de vida seu amor à Eucaristia, às pessoas.

Úrsula nasceu em Guarene Itália, no dia 12 de julho de 1897. É a primeira entre quatro filhos do casal Antonio Rivata e Lúcia Alessandria. Úrsula teve duas irmãs e um irmão, que viveu apenas dez meses após a morte da mãe, a qual faleceu quando Úrsula tinha somente seis anos de idade. O pai casou-se novamente e educou suas filhas em ambiente familiar de valores humanos e cristãos.

A pequena Úrsula se destacava na escola e entre as colegas, por sua sensibilidade, inteligência e capacidade de iniciativa. Aos sete anos foi admitida à primeira comunhão e recebeu o sacramento da confirmação em 1909. Fortalecida no empenho cristão, participa do coral da paróquia e experimenta, na sua adolescência e juventude, vários tipos de trabalho, desde a lavoura à fábrica de seda. Isso a colocou em contato com diversas realidades sociais e contribuiu para o seu crescimento.

O pai, Antonio, se orgulha de suas três belas filhas, e como bom e vigilante patriarca, dirige-se um dia a Úrsula para lhe dizer que um rapaz a pediu em casamento, acrescentando: É um bom jovem e tem também algumas posses; com ele você poderá ter uma vida feliz. Quarenta anos mais tarde, narrando este episódio, Úrsula escreve: …depois da Missa, vindo para casa, diante de uma bela estátua do Sagrado Coração… eu lhe disse: Senhor, só Tu e basta. Desci a escada e fui ter com papai e dizer-lhe: não, não aceito a mão dele.

Com a expressão Senhor, só tu e basta, a jovem Úrsula diz o seu “sim” Àquele que por primeiro a escolheu e que, a partir daquele momento lhe pedirá para ser “o Único” da sua vida, “na alegria e na dor, na saúde e na doença, na pátria e no exílio…” Embora já tenha atingido a maioridade, a sua decisão provoca certo contraste na família, acolhido por ela como uma prova que a reforça ainda mais na decisão.

Úrsula continua a sua formação lendo muito. A paixão pela leitura, na busca de bons livros, leva-a ao encontro de um grande apóstolo dos tempos modernos: padre Tiago Alberione o qual, sem rodeios, enquanto procura o livro pedido por ela, e depois num breve diálogo, lhe diz: Quando você vem para a casa São Paulo? A partir disso tendo já vinte e quatro anos, sente-se impulsionada a romper com as demoras e a oposição da família.

Acompanhada pelo pai, no dia 29 de julho de 1922, Úrsula entrou na aventura que a conduziu nos insondáveis caminhos do Senhor. No vivaz contexto das primeiras fundações paulinas, no dia 21 de novembro de 1923, padre Alberione diz: Separai para mim Úrsula e Matilde, para a obra à qual as destinei. Assim começou a escolha de Úrsula para iniciar a nova fundação juntamente com outras seis jovens que a própria Úrsula ajudará escolher dentre as jovens do grupo feminino já existente.

O dia 10 de fevereiro de 1924, memória de Santa Escolástica, foi escolhido pelo padre Alberione para o início da nova fundação. No dia 25 de março do mesmo ano, festa da Anunciação, este grupo de oito jovens, faz sua manifestação oficial com o hábito religioso e a profissão dos votos. Recebem um nome novo e Úrsula torna-se Irmã Escolástica da Divina Providência.

No mesmo dia inicia aquele que será o seu trabalho principal: a Adoração Eucarística e o viver como irmã e mãe ao lado dos Sacerdotes e Discípulos da Sociedade São Paulo. Desde estes inícios, Madre Escolástica Rivata passa a ser a colaboradora em Cristo com Padre Alberione, para a realização do carisma das Pias Discípulas do Divino Mestre. Com vinte e oito anos é a responsável pela nova família que surge e, a partir deste momento, pode-se ler a história de Escolástica somente seguindo passo a passo o caminho das Pias Discípulas.

Ela foi a primeira sobre a qual o bem-aventurado Tiago Alberione havia posto o olhar para dar vida à nova fundação e é a última do primeiro núcleo das oito a concluir, podemos assim dizer, o arco fundacional. No dia 24 de março de 1987, Madre Escolástica conclui seu peregrinar terreno. Dia 13 de março de 1993, em Alba, inicia-se o processo diocesano para a beatificação e canonização de Madre Escolástica Rivata. Ela foi proclamada Venerável pelo papa Francisco no dia 9 de dezembro de 2013 e agora continua o processo para o próximo passo, a beatificação.

 

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