Para toda a Família Paulina, hoje, 19/10/2020, é um dia especial. Celebramos a memória do Bem-Aventurado Timóteo Giaccardo.

Na capela da comunidade -Madre Escolástica – Casa Provincial em São Paulo, aconteceu a celebração Eucarística em memória do Bem – aventurado Timóteo Giaccardo, com o rito de profissão religiosa de Ir. Risalva Ribeiro Gonçalves, presidida pelo Padre Valdêz Dall’Agnesse, SSP.

Estavam presentes as Irmãs da Casa Provincial e da Comunidade Paulo Apóstolo. Foi um momento orante e participativo. Ao final, cantamos o hino dedicado ao Bem-aventurado Timóteo Giaccardo:

Ao Mestre Divino o louvor porque chamou a lhe seguir/O Beato Timóteo Giaccardo, como discípulo fiel que o amou
Cantamos louvores a Ti, Jesus, com vozes ardentes de fé/
Por este discípulo amado. Fiel até o fim ao Senhor.

Beato Timóteo Giaccardo, nossa família confia em ti./
Do céu onde estás hoje implora/atende as preces e roga por nós.

Gratidão a Deus pelo Sim generoso da nossa Irmã Risalva Ribeiro Gonçalves e pelo testemunho de santidade do Bem-aventurado Timóteo Giaccardo.

Quem foi o Bem-Aventurado Timóteo Giaccardo?

José Timóteo Giaccardo, sacerdote paulino, italiano, pertence à Congregação da Pia Sociedade de São Paulo. A originalidade de sua vida está em ter sido o primeiro sacerdote da Família Paulina e um fidelíssimo discípulo do Fundador, Padre Tiago Alberione. Nasceu em Narsole, norte da Itália. Sua família era pobre de bens materiais, mas rica de fé e virtudes cristãs. Em 1908 José encontrou-se pela primeira vez com o jovem padre Tiago Alberione que, em Narzole estava dando sua colaboração na paróquia. Padre Alberione, percebendo no pequeno José profunda piedade e grande vontade de ser padre; encaminhou-o para o seminário da diocese de Alba.

Tendo como guia espiritual padre Alberione, em 1917 José Timóteo entrou na “Obra de São Paulo” fundada em 1914 por seu mestre e cuja finalidade específica era a evangelização por meio da imprensa, a principal mídia da época. Desde cedo José Timóteo mostrou-se uma pessoa de profunda vida interior, desejosa de ser cada dia melhor e ajudar seus semelhantes no bem. Por isso com grande fé acatou as orientações de Padre Alberione que indicava uma nova forma de santidade e de evangelização.

José Timóteo, movido pela fé, foi fiel companheiro da “primeira hora”, seguidor incondicional e colaborador ativo do Fundador da então nascente Família Paulina. Acompanhou todas as obras e todas as pessoas com grande perspicácia e sensibilidade. Além de alguns livros, deixou como preciosa herança espiritual um “Diário”, rico da presença de Deus e desejos profundos de santidade para si mesmo e para todos. Sua fé em Deus e amor à missão fazia dele uma pessoa autêntica e radical. Lemos em seu “Diário”: “Ó Jesus, quero viver de tua vida, transforma-me. Quero ser “outro Jesus” na minha vida e com todas as pessoas”.

Diante das grandes dificuldades para a aprovação da Congregação das Discípulas do Divino Mestre (uma das congregações fundadas por Alberione) que se dedicam à missão eucarística, missão sacerdotal e missão litúrgica, padre Timóteo não mediu esforços nem súplicas. Diante das respostas negativas não hesitou em oferecer a própria vida para a garantir a existência na Igreja desta congregação, certamente querida por Deus.

E o importante é que Deus aceitou a oferta. Foi assim que ele, acometido por leucemia, veio a falecer alguns dias após a aprovação pontifícia das Discípulas do Divino Mestre, no dia 24 de janeiro de 1948. A aprovação chegara no dia 12 de janeiro de 1948.
Dele escreveu o Fundador: “De 1909 a 1914, quando a Divina Providência preparava a Família Paulina, ele, embora não entendendo tudo, teve clara intuição da obra. As luzes que recebeu da Eucaristia, sua fervorosa devoção Mariana, a reflexão sobre os documentos pontifícios o iluminaram sobre as necessidades da Igreja e sobre os meios modernos para anúncio do Evangelho”.

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