Neste último domingo de outubro, dia 30, as Irmãs Pias Discípulas junto com a Família Paulina, celebra a Solenidade de Jesus Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida. Celebrações em todas as regiões do Brasil marcaram este dia.
Com os textos do 31º Domingo do Tempo Comum, o evangelho nos convida a olharmos para Zaqueu, o homem que queria “ver Jesus”. Ver indica o desejo firme de fazer parte do seu Reino e da sua comunidade de salvação. E Jesus colocou em Zaqueu todo seu amor dando a ele a vida eterna.
Em São Paulo, a Família Paulina se reuniu na Casa das Irmãs Pias Discípulas em Cabreúva/SP. Quem presidiu a celebração foi o neo-presbítero, pe. Danilo Alves Lima, ssp. Confira a homilia do Pe. Danilo na íntegra para este dia:
“Dentre as maravilhosas heranças carismáticas que o Bem-aventurado Tiago Alberione nos deixou – e são muitas! – a maior delas é, sem dúvida, ter-nos deixado Jesus Cristo, Divino Mestre, como o centro da nossa espiritualidade. A nossa espiritualidade é cristocêntrica. Jesus é o centro! Jesus é o motivo pelo qual nos consagramos, vivemos em comunidade, fazemos apostolado. Um dia fomos chamados e respondemos ao seu convite. E aqui estamos, buscando a cada dia ser pessoas melhores, no serviço a Deus e à Igreja.
Jesus Mestre é o centro da espiritualidade de nossa Família Paulina. Jesus é o centro de toda a nossa vida cristã. É para ele que devemos manter fixos os nossos olhos. É por ele que devemos gastar a nossa vida, servindo aos irmãos e as irmãs, sobretudo os pobres, pois é com ele que viveremos eternamente felizes no Reino dos céus. Essa é a nossa esperança! Jesus, Divino Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida é o centro, o sentido de nossa existência! O Cristo Metre, o Cristo integral, o Cristo total.
Jesus Mestre, o único Mestre. Escreve o Padre Alberione: “Jesus Cristo Mestre. Jesus disse: ‘Quanto a vós, não permitais que vos chamem de mestre, pois um só é o vosso Mestre’ (Mt 23,8). E por que entre nós se usa muito, e para tantas pessoas, esse título? Existe “professor” e existe “mestre”. O professor instrui a mente, comunicando aquilo que estudou. E muitos são os professores. Jesus, por sua vez, é o único Mestre, enquanto é Caminho, Verdade e Vida. Ele é a própria Verdade; é o Caminho que nos conduz ao céu, à salvação; é a Vida de graça sobre a terra, e a Vida bem-aventurada no céu. Dar em plenitude Jesus Cristo ao mundo, este é o nosso apostolado” (CISP 571).
Dar em plenitude Jesus Cristo ao mundo, como fez Maria – “a editora do Verbo divino” – eis a nossa missão. E nós sabemos como o mundo tem sede de Jesus, da Boa Notícia que ele trouxe. Nós não podemos nos acomodar diante das dificuldades; são muitas as crises que querem a todo custo nos desanimar: crise vocacional, crise financeira, crise até mesmo existencial. Essas crises só terão espaço se perdemos o foco, se desviarmos o nosso olhar de Jesus. Porque as estruturas do nosso apostolado são importantes, e devemos cuidar delas, é verdade; mas as estruturas com pessoas doentes, física e espiritualmente, não tem sentido; a estrutura sem pessoas não tem razão de existir. As estruturas passam e passarão, mas as pessoas não. O dever de dar Jesus em plenitude ao mundo, o Cristo Mestre integral, continuará sendo a razão pela qual a Família Paulina existe. Seja nos grandes centros de apostolado, seja no encontro com uma pessoa, seja simplesmente a nossa presença. Felizes seremos se ouvirmos: “Eis um membro da Família Paulina, eis um anunciador de Jesus Cristo”. Tristeza, ao contrário, se ouvirmos: “Eis um membro da Família Paulina. Eis um comerciante”. Deus nos livre disso, e nos faça verdadeiros anunciadores de Jesus, com a nossa vida e com o nosso apostolado.
Mas para que isso aconteça, para que sejamos capazes de anunciar o Cristo em plenitude ao mundo, nós precisamos fazer uma experiência com ele. Uma experiência que transforme a nossa vida. Não é possível anunciar o que não experimentamos. O nosso discurso será vazio, não tocará os corações. O encontro pessoal com Jesus é que dá eficácia ao nosso apostolado, é que dá sentido à nossa vida.
Minhas irmãs e meus irmãos, não são necessários grandes eventos, ocasiões extraordinárias para fazermos uma experiência com Jesus. O Evangelho de hoje nos mostra isso. Zaqueu estava levando a sua vida na normalidade de seus dias, “chefe dos cobradores de impostos e muito rico”. Como sabemos, não era visto com bons olhos pelos outros. Tratavam Zaqueu como “pecador”. Quantas vezes nós também não olhamos com bons olhos nossos irmãos e irmãs. Somos incapazes de ver algo bom neles, só defeitos. E, para isso, a vida comunitária pode aguçar essa capacidade em nós. Olhamos para os outros com olhos de julgamento; Jesus olha para nós, como olhou para Zaqueu, com os olhos da compaixão e da misericórdia.
Antes desse olhar transformador, Zaqueu procurava ver Jesus, mas não conseguia porque era baixo. Essa informação é no mínimo curiosa. Santo Ambrósio, comentando esse versículo diz: “O que pode significar o fato de os evangelhos não mencionarem a estatura de nenhum outro personagem, e de Zaqueu sim? Talvez Zaqueu seja dito pequeno de estatura porque encolheu-se sob o peso da própria malícia ou pela pequena fé que tinha. Não se curvou diante do Cristo porque na ocasião ainda não o conhecia”.
Por isso, sobe na árvore. Para ver Jesus de cima, sem se misturar com a multidão que seguia o Mestre. Jesus passa e percebe a presença de Zaqueu. Ninguém passa despercebido por Jesus. Olhou para cima. Imaginemos a doçura do olhar de Jesus. Os outros olhavam Zaqueu como pecador; Jesus o olha como filho de Abraão. Jesus tem o olhar de compaixão, que é próprio de Deus. É isso que nos lembra a linda oração tirada do livro da Sabedoria, que ouvimos na primeira leitura: “Senhor, de todos tens compaixão, porque tudo podes. Sim, amas tudo o que existe e não desprezas nada do que existe; porque, se odiasse alguma coisa, não a terias criado. A todos, porém, tu tratas com bondade, porque tudo é teu, Senhor, amigo da vida”.
É, portanto, esse olhar de compaixão de Jesus, Divino Mestre, esse olhar de misericórdia que transforma a vida, que devemos experimentar e anunciar em plenitude ao mundo. Ao encontrar-se com Jesus, Zaqueu abandonou a vida que levava, para começar outro modo de viver ao lado de Jesus. Lembrou-se dos pobres, inclusive!
Que a celebração desta Eucaristia, que a celebração de cada eucaristia, cada encontro com Jesus no Pão, na Palavra e nas pessoas transforme a nossa vida. Que a salvação trazida por Jesus entre na casa do nosso coração. Assim, seremos felizes anunciadores do Cristo Mestre, Caminho, Verdade e Vida”.
Veja as fotos das celebrações nas outras regiões do Brasil:
Comunidade Divino Mestre, Olinda/PE:
Comunidade Divino Mestre, Brasília/DF
Comunidade Divino Mestre, Caxias do Sul/RS
“Jesus, o Mestre, Pastor, caminho, Verdade e vida é o coração da nossa espiritualidade apostólica. O nosso Fundador se apressa em esclarecer em Jesus, Mestre, para nós não é um daqueles tantos mestres, mas o único Mestre, Caminho, Verdade e Vida “.
Neste domingo dia 30 de outubro de 2022, a comunidade das Irmãs P. Discípulas do Divino Mestre juntamente como os Amigos e as Amigas do Divino Mestre, Irmãs Pastorinhas, colaboradores e parentes, se reuniram para celebrar a Eucaristia na capela Divino Mestre Caxias do Sul – RS. A celebração foi presidida pelo padre Daniel D’Agnoluzzo Zatti, pároco da Paróquia São Ciro. A celebração foi orante, ministerial e participativa.
Em nossa oração recordamos, a inteira Congregação, das Irmãs Pias Discípulas e todos os membros que constituem a grande Família Paulina que vivem a Espiritualidade de Jesus Mestre Pastor, Caminho, Verdade e Vida. Após a celebração continuamos a partilha e a convivência. Momento de gratidão pela presença de todos.
Pelo grupo, Ir. Analice L. Balestrin