📖 Leituras:

  • 1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 15,1-2.22-29
  • Salmo: 66(67),2-3.5.6 e 8 (R. 4)
  • 2ª Leitura: Apocalipse 21,10-14.22-23
  • Evangelho: João 14,23-29

Neste 6º Domingo da Páscoa, a liturgia nos convida a contemplar a presença viva do Senhor ressuscitado que prepara a sua comunidade para a missão no mundo, guiada pela força do Espírito Santo.

1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 15,1-2.22-29

O relato do Concílio de Jerusalém nos mostra uma Igreja nascente, confrontada com desafios de unidade diante da diversidade. A questão era: os cristãos vindos do paganismo deveriam seguir as práticas da Lei judaica? A resposta, fruto do discernimento comunitário, é clara: “Decidimos, o Espírito Santo e nós” (v.28). Este é um marco eclesial que revela que a verdadeira comunhão se constrói na escuta do Espírito e no respeito às diferenças, sem impor fardos desnecessários.

A comunidade pascal é chamada a ser espaço de acolhida, unidade e liberdade no seguimento de Jesus.

Salmo 66(67)

O salmista eleva um cântico de louvor, pedindo que a bênção de Deus se estenda a todos os povos: “Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!”. Este salmo ecoa o desejo missionário da Igreja, que, iluminada pelo Ressuscitado, deseja que todos conheçam a sua salvação e experimentem sua misericórdia.

2ª Leitura: Apocalipse 21,10-14.22-23

A visão da Jerusalém Celeste, descendo do céu, é um sinal de esperança escatológica. Ela representa a plenitude da comunhão entre Deus e a humanidade. Essa cidade não necessita de templo, pois “o Senhor Deus Todo-poderoso e o Cordeiro são seu templo” (v.22). A luz de Cristo ilumina a vida, e suas portas estão sempre abertas, acolhendo todos os povos.

A comunidade pascal, hoje, é chamada a ser sinal desta cidade santa, testemunhando a luz de Cristo que dissipa toda treva.

Evangelho: João 14,23-29

Neste trecho do discurso de despedida, Jesus oferece palavras de consolo e promessa. O amor a Ele se manifesta na escuta e na prática de sua palavra: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (v.23).

Ele promete o Paráclito, o Espírito Santo, que ensinará e recordará tudo o que Ele revelou. O dom da paz que Jesus oferece não é uma paz passageira, mas a certeza da presença de Deus no coração dos discípulos, sustentando-os na missão e nos desafios da vida.

Este domingo insere-se na preparação imediata para a Ascensão e Pentecostes. A Igreja, nascida da Páscoa, é formada na escuta da Palavra, fortalecida pela presença do Espírito e enviada para testemunhar o amor de Deus no mundo.

A liturgia destaca:

  • A comunhão que vence as divisões (Atos).
  • A missão universal, que brota da Páscoa (Salmo).
  • A esperança escatológica na plena comunhão com Deus (Apocalipse).
  • A presença amorosa de Deus, que habita nos corações dos que guardam sua Palavra (Evangelho).

Oração Final

Senhor Jesus, que prometestes o Espírito da Verdade para consolar e conduzir a vossa Igreja, fortalecei-nos no amor e na escuta da vossa Palavra. Que sejamos sinal de unidade, paz e esperança no mundo, testemunhando a luz da vossa ressurreição. Amém.

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