A voz das Mulheres nos Ministérios da Igreja-Diálogo Sinodal
Nestes dias, de 23 a 28 de junho, nós, Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre estamos vivendo a 26º Semana de Formação Intensiva no Jardim Divino Mestre, Cabreúva-SP.
Somos 26 irmãs, vindas de todas as comunidades do Brasil, acolhidas com a sororidade e o carinho da Comunidade do Jardim DM.
Iniciamos com a Celebração Eucarística na tarde deste domingo, presidida pelo Pe. Alberto Simionato que nos incentivou a aprender do Divino Mestre que nos forma com sua Palavra e sua vida. Após o jantar, Ir. Aparecida Batista, provincial, com as boas-vindas nos introduziu no tema da semana que viveremos em clima sinodal.
Com uma dinâmica interativa ao som de música e concentração, Ir. Juceli Aparecida Mesquita nos orientou e cada uma das irmãs teceu sua própria mandala e o conjunto delas enfeitou nossa sala de encontro.
Nosso primeiro dia foi orientado por Ir. Penha Carpanedo e Ir. Veronice Fernandes, com a participação remota de Ir. Regina Cesarato, de Roma, Itália. Nos adentramos no fundamento bíblico com o método da conversação espiritual.
Foi uma riqueza de conteúdos e de participação. Amanhã continuaremos nosso estudo e aprofundamento.
26ª Semana de Formação Intensiva
Além desta semana que acontece de 23 a 28 de junho, as Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre terão mais dois outros grupos: 07 a 12 de julho; e 04 a 09 de agosto de 2024.
A temática é a mesma para os três grupos formativos: A voz da mulher nos ministérios da Igreja – um diálogo sinodal. Este foi o tema do Congresso que aconteceu em Ariccia, Itália, na comemoração do Centenário da Congregação, de 28 de janeiro a 03 de fevereiro de 2024. Ir. Penha, Ir. Veronice e Ir. Laíde participaram deste importante evento e agora fazem o repasse para todas as irmãs da província.
O Congresso tinha como objetivo celebrar o Centenário da Fundação das Pias Discípulas do Divino Mestre, o aniversário de 60 anos da Sacrosanctum Concilium, a partir das Escrituras, do Concílio Vaticano II e do legado carismático do Bem-aventurado Tiago Alberione. Assim, foi proposto neste Congresso:
Ouvir, com atenção e respeito, a voz das mulheres em uma Igreja ministerial e missionária, em estilo sinodal e em diálogo com outras denominações cristãs;
Aprofundar o tema e a prática dos ministérios eclesiais, particularmente aqueles exercidos pelas mulheres na Igreja de ontem e de hoje, de acordo com contextos culturais específicos;
Iniciar processos transformadores e geradores que favoreçam escolhas corajosas para a missão dos Discípulos do Divino Mestre na vida da Igreja, na Família Paulina, em uma forma mais participativa e samaritana.
Na 26ª Semana de Formação Intensiva, as Irmãs Penha, Veronice e Laíde propuseram de usar o método da conversação espiritual, integrado com o método da Leitura Orante da Bíblia.
O MÉTODO DA CONVERSAÇÃO ESPIRITUAL
O método do diálogo sinodal é uma modalidade de diálogo. Mais que método é uma “Regra de conversação espiritual” [Regra de vida] que busca purificar o olhar e o coração com o máximo de participação para chegar ao discernimento espiritual. Esta regra foi usada no sínodo. Aliás o sínodo não é um método. É da natureza da Igreja ser sinodal. Na Igreja não há nada mais sinodal do que a liturgia [fazer coletivo].
Esta Regra de vida não é o jeito de fazer funcionar melhor um processo mas despertar em nós a natureza do ser Igreja. A Regra da conversação espiritual, é uma espécie de “ginástica” que nos coloca no eixo. É exigente, é a passagem caminho estreito como no parto, para nascer em um lugar amplo.
Os participantes formam pequenos círculos de 5 a 8pessoas. Cada círculo será acompanhado por uma facilitadora que tem a função de vigilância sobre o andamento dos trabalhos com a participação de todas as pessoas do círculo.
Invocação do Espírito. Ele age quando o invocamos. Seguido de um tempo pessoal para organizar-nos interiormente.
Primeiro passo: faz-se um primeiro giro, na sequencia do circulo. Cada pessoa partilha um aspecto que seja importante, bonito, útil e necessário, a partir da minha condição batismal de discipula, mulher, não a partir da função que exerço. Os demais membros do círculo estão à escuta.
Silencio: Terminado o 1º giro seguem um ou dois minutos de silêncio, que faz parte do diálogo. Neste silêncio deixar ressoar o que tocou nas falas do primeiro giro. Não podemos falar nada da própria fala no primeiro giro.
Segundo passo: Faz-se um segundo giro, ressoando o que ouviu nas outras falas. Não só repetir, mas ampliar: que imagem esta palavra despertou em mim, que movimento? Se no grupo não ressoar a minha fala não é porque foi esquecida, mas porque não foi considerada importante neste momento.
Silêncio, dois minutos para iniciarmosa síntese, dentro de nós. Não é um resumo, onde nos preocupamos em juntar todas as falas. Dois critérios para saber se é uma passagem do Espírito. Primeiro: a insistência de um argumento em diferentes falas é um indicador da passagem do Espírito, Não vem só de uma pessoa. Segundo: a originalidade, no sentido de originário, do nosso ser como Igreja, do nosso carisma, do nosso ministério também é um indicador da passagem. Cada pessoa busca esta síntese e depois partilha.
O terceiro passo; não propriamente um giro. As pessoas partilham o que emergiu na sua síntese pessoal, e no círculo se discute à luz destes dois critérios para chegar a dois ou três núcleos. Discussão é energia, que reconhecendo a pessoa, pode discordar do seu argumento, até chegar ao consenso que o discernimento espiritual requer. No círculo pode ter uma secretária que toma nota de tudo. A síntese se configura em dois ou três núcleos de significância espiritual, que vem ao nosso encontro, que não decidimos por nossa vontade e que acolhemos como dom do Espírito. A elaboração do texto final pode ser depois, mas é preciso que o círculo saia com o consenso sobre os núcleos que emergiram. [Se há uma posição A diferente da B ou se deixa perder ou devemos buscar uma posição C].
MÉTODO SINODAL E LEITURA ORANTE
Considerando que boa parte do nosso trabalho tem como ponto de partida leitura de textos biblicos, procuramos fazer uma articulação entre conversaão espiritual e os dois primeiros passos da leitua orante: leitura e meditação. Em certa medida, quando o ponto de partida é um texto biblico, a prmeira rodada no métoda conversação coincide com leitura, ao passo que a segunda coincide com a meditação. Nunca é demais lembrar em que consiste a leitura e meditação, no método da lectio divina.
Como já conhecemos e praticamos, a leitura é atenção às palavras, às imagens, às personagens, ações, sentimentos, atitudes. Importante: despojar-nos de todo saber sobre o texto.
Enquanto se lê, pode ser que um versículo ou uma palavra, chame a nossa atenção. Alessandro Borban[1] faz uma distinção entre “versículo de cabeça” e o “versículo de coração”. O “versículo de cabeça” é aquele filtrado pela nossa compreensão imediata, nossas memórias. Hoje em dia temos opinião sobre tudo. O versículo de “cabeça” coincide com o já dito, o já explicado, escutado, digamos, o lugar comum. O “versículo de coração”, é algo inédito, surpreendente, que não tínhamos percebido antes, ou não tínhamos percebido ainda desta maneira. O versículo do coração é um dom que requer uma qualidade na escuta: “atenção como escutais” [LC 8,18].
A meditação, segundo Alessandro, não é tempo de silêncio, nem exercício de ioga. Isso pode ser bom antes, para favorecer uma postura física correta e um acordo de paz no corpo.[2] Na meditação a escuta transforma-se em interpretação. Não uma interpretação, fundamentalista, mas um olhar que leva em conta o autor, o contexto, a questão vital a que o texto responde. Também não é necessariamente uma interpretação do texto em todas as direções ou em todos os seus aspectos. O ponto de partida da meditação é o “versículo do coração”, ou seja, aquela, palavra que nos atraiu como a sarça atraiu Moisés. À medida que nos aproximamos da Palavra como Moisés da sarça, outras palavras da Escritura quem venham enriquecer o nosso versículo, inicia-se um êxodo pessoal que “abre a inteligência das Escrituras [Lc 24,45]. Eis a importância dos textos paralelos ou memórias bíblicas, que se prolonga depois da lectio, mas durante toda a jornada, entre os afazeres cotidianos e compromisso, sempre à espera de faíscas emanadas do texto, verdadeiras intuições de sentido nunca antes entendido.
Muito esclarecedor é o que diz Ivan Nicoletto citado por Alessandro Barban: “Começas a colocar tua atenção em uma palavra, em um versículo, em uma pericote e ela te introduz em outras salas, espalha-se por toda a bíblia, as literaturas, os grandes mitos e símbolos da humanidade, e depois envolve as interpretações e as experiências às quais aquelas imagens deram vida. Estende-se ao presente da tua vida, te eleva talvez ao coração inexaurível da energia criadora e amante”.[3]
[1] Cf. Alessandro Barban. O Caminho espiritual da lectio divina. No livro Como água da fonte: a espiritualidade monástica camaldolense entre memória e profecia. São Paulo Edições Loyola, 2009,p. 174.
A porta de entrada na Semana Santa é a memória solene da entrada de Jesus em Jerusalém, “porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém” (Lucas 13,22]. Normalmente passamos rápido demais da procissão dos ramos ao relato da paixão. Mas é importante nos deter no mistério profundo desta epifania de Jesus que reúne todo o sentido espiritual da Semana Santa. Os relatos de Marcos Mateus e Lucas estão em sintonia entre si sobre a interpretação deste evento pascal. Neste domingo, escutamos a narrativa de
Marcos 11,1-10:
Multidões de peregrinos ocupam a cidade de Jerusalém na festa da Páscoa. Jesus não é um peregrino a mais, anônimo, perdido no meio da multidão. Jesus sobre a Jerusalém para cumprir o seu destino. Chega com os discípulos no limiar da cidade santa. Esta soleira que não é apenas a fronteira de uma cidade, mas o limite de uma vida. Jesus sente e sabe que seu caminho vai em direção à morte. E quando o futuro desaparece, o olhar se volta para o que está próximo.
Jesus, então se volta para os discípulos, envia dois deles, sem citar nome, e lhes dá responsabilidade sobre os preparativos de sua entrada solene em montaria régia. Os detalhes sobre o burrinho [7 dos 11 versículos] mostra toda a sua importância no contexto. Jesus entra na cidade como o Messias descrito pelo profeta Zacarias 9,9: rei justo e humilde, montado em um jumento emprestado [v. 3], sem tropas e sem armas, para destruir todo armamento e proclamar a paz. A participação ativa dos discípulos indica o profundo entrelaçamento entre o discipulado e a missão de paz de Jesus. Os discípulos e discípulas que subiram com Jesus a Jerusalém estão na sua escola. Um ditado rabínico afirma que “uma pessoa aprende pelos caminhos que percorre”. Os discípulos e discipulas aprendem medindo os seus próprios caminhos com os passos percorridos por Jesus.
A procissão que acompanhará esta entrada (v. 8-10) apresenta traços régios, como transparecem nos mantos espalhados pelo caminho e nas aclamações. O povo reconhece em Jesus o Messias como um novo Davi poderoso, conquistador, que iria devolver a Israel a soberania. Projetam sobre Jesus a sua ideia de Messias: “Bendito seja o Reino vindouro de nosso pai Davi”.
E no entanto, Jesus frustra esta expectativa. Jesus sempre anunciou o Reino de Deus, não de Davi. Passou a vida inteira desmontando a ideia de triunfo que imperava no povo e nos seus discípulos, fugiu daqueles que queriam fazê-lo rei (…). Com sua “entrada em Jerusalém”, Jesus desconcerta a todos. Diante dele é preciso decidir.
E então, veremos que a maioria dos que hoje o recebem como rei, pedirão que seja crucificado. O aparente êxito de hoje, será transformado no aparente fracasso dos dias que virão. Mas em Jesus, é no extremo fracasso, que êxito será revelado. “Quando eu for exaltado atrairei todos a mim”. Martín Buber, lembra que as realidades significativas se realizam mais na profundidade do fracasso que na superficialidade do êxito. No fracasso nossa consciência fica marcada para sempre.
Neste domingo o adentrar as portas da igreja com nossos ramos, o convite que chega até nós e a toda a Igreja é o de voltar o nosso olhar, para aquele que foi levantado como a serpente foi levantada por Moisés no deserto. A liturgia da Semana Santa, como toda a liturgia da Igreja, nos coloca diante do Pai, do lugar do filho, recordando ao Pai seu amor e a sua obediência. Neste curto espaço de tempo de uma semana, que vamos nos submergir no Mistério da MORTE DO FILHO, é a partir de seus passos, e não de nossos pensamentos, que cada coisa terá um novo olhar. O caminho que se abre é o caminho da não violência, do amor gratuito, da obediência à Palavra.
A violência, na sua raiz mais profunda, é uma absolutização do ego. Seguir o caminho de Cristo significa aprender o caminho da mansidão, isto é, de aceitar colocar limites em nós para acolher e dar espaço ao coletivo, às grandes causas humanitárias.
Seguir o Senhor para estar com Ele, para servi-Lo, fazer um silêncio profundo sobre nossas necessidades, sobre nossos pensamentos, sobre nossos sentimentos, sobre nossas opiniões. Estar atentos aos acontecimentos sem a interferência de nosso eu, sequer para tentar compreender. Silêncio receptivo: somente a ação de Deus, seus atos, suas palavras, seu silêncio. Podemos repetir ao longo destes dias uma pequena oração “Não eu, Senhor, senão Tu”.[1] Ou como nos inspira nossa Madre Escolástica: “Só tu, e basta!”
PARA BEM CELEBRAR O TRÍDUO PASCAL
O Tríduo Pascal não é preparação para a solenidade da Páscoa [como acontece com outros tríduos], mas é a própria celebração pascal em três dias: a sexta-feira da paixão, o sábado do seu repouso e o domingo do seu ressurgir dos mortos [segundo Santo Ambrósio][2] ou, o Sagrado Tríduo da cruz, sepultura e ressurreição [segundo Santo Agostinho][3]. A celebração da Ceia do Senhor ao anoitecer da quinta-feira com caráter de “primeiras vésperas”[4], é solene abertura do Tríduo que culmina na Vigília da noite pascal.
Toda a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II teve como finalidade devolver ao povo de Deus o acesso à liturgia, qual fonte de vida espiritual. Nesta perspectiva a celebração da Páscoa como era nas origens, volta a cada ano, como festa espiritual, realidade mística e universal. Assim sendo, não basta executar os ritos, ainda que de forma precisa, é preciso celebrar e fazer silêncio para deixar ecoar no coração o mistério proclamado na assembleia litúrgica. Além de participar das celebrações litúrgicas próprias de cada dia do Tríduo, há os ofícios comunitários, sobretudo o ofício da manhã no sábado santo. Ese propõe ainda tempo de oração pessoal como preparação e aprofundamento para os momentos comunitários.O que seguem são dicas para a oração pessoal de cada dia do tríduo.
MEMÓRIA DA ÚLTIMA CEIA DE JESUS – ABERTURA DO TRÍDUO
O que celebramos:
Nesta noite repetimos em memória da Páscoa de Jesus, os gestos da sua última ceia que estrutura a Liturgia eucarística; “tomou o pão, deu graças, partiu e passou aos seus”. Com esta celebração retomamos o verdadeirosentido da eucaristia. O simples gesto de passar ao outro um pedaço de pão é um gesto despojado de poder que aponta para uma espiritualidade da mesa, baseada na gratuidade e no serviço fraterno [cf. padre Adroaldo]. Eis o gesto de Jesus na noite da em que foi entregue, tendo à mesa Judas, aquele que o iria entregar.
Para a Oração pessoal
Depois da celebração celebra-se o ofício da “Vigilância com Jesus” na capela da reposição fazendo memória da passagem de Jesus, da Ceia à Cruz. Esta oração comunitária pode ser prolongada pessoalmente, repassando no coração a Palavra e meditando em silêncio:
a) Ler pausadamente e com toda a atenção, o texto da segunda leitura 1Coríntios 11,23-26 [relato mais antigo da última ceia de Jesus]. Ler também o evangelho de João 13,1-15.
b) Rezar no coração o salmo 116 da liturgia da Palavra da missa ou o salmo 130 indicado no Ofício da vigilância com sua antífona:
Pai, se este cálice não pode passar sem que eu beba,
seja feita a tua vontade.
1. Das profundezas, Senhor clamo a ti: / escuta a minha voz!
Atento se façam teus ouvidos / ao clamor da minha prece.
2 Se reténs os pecados, Senhor, / quem poderá subsistir?
Mas em ti se encontra o perdão: / eu temo e espero.
3. No Senhor ponho a minha esperança / e na sua palavra
espera a minh’alma o Senhor / mais que os guardas pela aurora.
4. No Senhor está toda a graça, / copiosa redenção,
ele vem resgatar Israel / de toda iniquidade.
5. Glória ao Deus presente em toda a terra / que Jesus manifestou,
ao Espírito de Deus amor materno, / toda graça e todo amor.
c) Ficar em silêncio, repetindo no coração alguma palavra, deixando que os sentimentos de Jesus habite o coração.
A GRANDE SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO – Primeiro dia do Tríduo
O que celebramos:
A Sexta-Feira da Paixão, em que pese a dimensão de dor tão curtida pela piedade popular, na perspectiva bíblica, sobretudo do Evangelho de João, é “Paixão gloriosa”, celebra, pois, o Amor Maior, que se manifestará vencedor na madrugada da Ressurreição. Ao fazer memória da bem-aventurada paixão do Senhor, a Igreja comemora o seu próprio nascimento do lado de Cristo na cruz (cf. PCFP, 58). A leitura da paixão segundo João é a parte mais importante da celebração deste dia. Exalta a vitória do Cristo o servo sofredor anunciado por Isaías 52,13-53,12 que fez da sua vida uma oferenda de amor até o fim (Hebreus 4,14-16;5,6-7).
Para a Oração pessoal
a) Os Ofícios da manhã e do meio-dia celebrados na igreja despojada [não na capela da reposição] e a solene celebração da tarde em si já oferecem uma experiência contemplativa do Mistério celebrado neste dia.
b) Esta contemplação pode ser prolongada depois de cada celebração, repassando no coração a Palavra e meditando em silêncio.
3) Em algum momento do dia, ler com calma, o texto que segue sobre o sentido espiritual deste grande dia em seu duplo mistério:[5]
[…]. A Igreja primitiva chamava a este dia “A Páscoa da Cruz,” porque ele é de fato o começo desta Páscoa ou Passagem cujo sentido nos será revelado progressivamente; primeiro na paz do grande e santo Sabbat, depois na alegria do dia da Ressurreição.
Mas antes, as trevas. Se ao menos pudéssemos compreender que as trevas da Sexta-feira Santa não são puramente simbólicas e comemorativas! É muito frequentemente com o sentimento de nossa própria justiça e de nossa própria integridade que contemplamos a tristeza solene destes ofícios. Há dois mil anos, sim, homens “maus” mataram o Cristo, mas hoje nós — o bom povo cristão — levantamos suntuosos túmulos em nossas igrejas; não é esta a prova da nossa justiça? E, no entanto, a Sexta-feira Santa não concerne somente ao passado. É o dia do Pecado, o dia do Mal, o dia no qual a Igreja nos ensina a aprender a terrível realidade do pecado e seu poder no mundo. Pois o pecado e o mal não desapareceram: ao contrário, permanecem a lei fundamental do mundo e de nossa vida. Nós que nos dizemos cristãos não entramos frequentemente nesta lógica do mal que conduziu o Sinédrio e Pilatos, os soldados romanos e toda a multidão a detestar, torturar e matar o Cristo? De que lado nós teríamos ficado se tivéssemos vivido em Jerusalém no tempo de Pilatos? Esta é a pergunta que nos é feita por cada uma das palavras do ofício de Sexta-feira Santa. É de fato “o dia deste mundo,” de sua condenação real e não somente simbólica, e do julgamento real e não somente ritual, de nossa vida. . . É a revelação da verdadeira natureza do mundo que preferiu então e continua a preferir as trevas à luz, o pecado ao bem, a morte à vida. E condenando o Cristo à morte “este mundo” condenou-se a si mesmo à morte, e na medida em que aceitamos seu espírito, seu pecado e sua traição a Deus, estamos também condenados. . . Este é o primeiro significado, terrivelmente realista, da Sexta-feira Santa: uma condenação à morte…
No entanto, este dia do Mal cuja manifestação e triunfo estão em seu paroxismo, é também o dia da Redenção. A morte do Cristo nos é revelada como uma morte salvífica para nós e para nossa salvação. […] O Cristo dá sua morte a seu Pai e no-la dá também. Ele a dá a seu Pai porque não há outro meio de destruí-la e libertar a humanidade dela; ora, é a vontade do Pai que os homens sejam salvos da morte. O Cristo nos dá sua morte porque na verdade é em nosso lugar que Ele morre. A morte é o fruto natural do pecado, um castigo iminente. O homem escolheu não mais estar em comunhão com Deus, porém como ele não tem a vida nele mesmo e por ele mesmo, morre. Em Jesus Cristo, entretanto, não há pecado, logo não há morte. É somente por amor a nós que ele aceita morrer; Ele quer assumir e compartilhar de nossa condição humana até o fim. […] Sua morte é então a revelação suprema de sua compaixão e de seu amor. […] A condenação é transformada em perdão.
[…] E enquanto o Cristo avança silenciosamente para a Cruz e para seu fim, quando a tragédia humana está em seu apogeu, seu triunfo, sua vitória sobre o mal e sua glorificação, aparecem progressivamente em luz plena. A cada passo esta vitória é reconhecida, confessada, proclamada: pela mulher de Pilatos, por José, pelo bom ladrão, pelo centurião. Quando ele morre na cruz, tendo aceito o supremo horror da morte, a solidão absoluta (Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?)” não resta senão confessar: “Verdadeiramente este homem era o filho de Deus!” Assim esta morte, este amor e esta obediência, esta plenitude de vida destroem aquilo que faz da morte o destino universal. “E os túmulos foram abertos” (Mt 27:52). Já aparecem os primeiros clarões da Ressurreição…
Este é o duplo mistério desta grande Sexta-feira; os ofícios deste dia nô-lo mostram e nos fazem participar dele. De um lado, eles insistem constantemente sobre a Paixão do Cristo enquanto pecado de todos os pecados, crime de todos os crimes. […] Por outro lado, encontramos desde o começo do ofício o segundo aspecto do mistério deste dia: o do sacrifício de amor que prepara a vitória final. […]
SÁBADO SANTO – Segundo dia do Tríduo
O que celebramos:
– No Sábado Santo, “a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e morte, a sua descida à mansão dos mortos, e esperando na oração e no jejum a sua ressurreição” (PS 73); ela abstém-se absolutamente do sacrifício da Missa, o altar foi desnudado (Missal Romano). O foco é a sepultura do Senhor, certificação de sua morte, pertencente à forma mais antiga da fé: ‘Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras’ (1Cor 15,3-4). Na liturgia ressoa o convite: “Cristo por nós padeceu, morreu e foi sepultado: vinde todos, adoremos!”
Para a Oração pessoal
O sábado santo é o segundo dia do tríduo, carrega em si um aspecto fundamental do mistério pascal do Senhor. Mesmo tendo de cuidar dos preparativos da grande vigília na noite pascal, é importante é importante consagrar algum momento à oração comunitária e pessoal. A Liturgia das Horas e a sua versão inculturada, o Ofício Divino das Comunidades, oferecem as orações para esse segundo dia do Tríduo. A insistência é que se celebre com o povo o Ofício de Leituras na madrugadinha e a Oração da manhã [ou ofício da manhã e do meio dia]. Tais ofícios celebrados na igreja despojada [não na capela da reposição] oferecem um ambiente contemplativo de vigilância, como as mulheres portadoras dos perfumes [miróforas] à espera da madrugada.
a) Esta contemplação pode ser prolongada depois de cada ofício, repassando no coração a Palavra e fazendo silêncio em atitude de vigilância.
b) Além disso é importante reservar um tempo pessoal em algum momento do dia, para a oração silenciosa e para a leitura espiritual. Sugerimos os seguintes textos: Os relatos evangélicos referentes aos sepultamento de Jesus: João 19,38-42 e Lucas 23,50-56 [ver também Mateus 27,56-61 e ; Marcos 15,42-47].
c) Textos sobre o sentido espiritual do sábado santo:
Alexandre Schmémann, Olivier Clément [padres da Igreja Oriental]:
O ‘grande e santo Sabbat’ é o dia que liga a Sexta-Feira santa, à comemoração da Cruz, ao dia da Ressurreição. Para muitos, a verdadeira natureza e o sentido desta ligação, a necessidade real deste dia intermediário, permanece obscura. Para a grande maioria daqueles que vão à igreja, os dias “importantes” da grande semana são a Sexta-feira e o Domingo, a Cruz e a Ressurreição. Estes dois dias, entretanto, ficam de alguma forma distintos. Há um dia de tristeza e depois um dia de alegria. Nesta sucessão, a tristeza é simplesmente substituída pela alegria. Mas segundo o ensinamento da Igreja, expresso na sua tradição litúrgica, a natureza desta sucessão não é uma simples substituição. A Igreja proclama que o Cristo “venceu a morte pela morte”; isto quer dizer que, antes mesmo da ressurreição, coloca-se um acontecimento no qual a tristeza não é simplesmente substituída pela alegria, mas ela própria é transformada em alegria. O grande Sábado é precisamente este dia de transformação, o dia em que a vitória germina de dentro mesmo da derrota, uma vez que antes da ressurreição nos é dado contemplar a morte da própria morte. . . E tudo isso é expresso – mais ainda, tudo isso é realmente atualizado – a cada ano, neste maravilhoso ofício matinal, na comemoração litúrgica que se torna para nós um “presente” salvador e transformador.
Bento XVI [2/5/2010]:
O Sábado Santo é aquele intervalo único e irrepetível na história da humanidade e do universo em que Deus, em Jesus Cristo, compartilhou não só nosso morrer, mas também nosso permanecer na morte. A solidariedade mais radical. Todos temos sentido alguma vez uma sensação espantosa de abandono. Isto é o que mais tememos da morte. Como os meninos, nos dá medo ficarmos sozinhos na escuridão. Só a presença de uma pessoa que nos ama nos dá segurança. Pois bem, isto é o que ocorreu no Sábado Santo: no reino da morte ressoou a voz de Deus. Aconteceu o inimaginável: que o Amor penetrou “nos infernos”: na obscuridade extrema da solidão humana mais absoluta. Também nós podemos escutar a voz que nos chama e a mão que nos toma e nos tira para fora. O ser humano vive porque é amado e pode amar. E se no espaço da morte penetrou o amor, então chegou ali a vida. Na hora da extrema solidão, nunca estaremos sozinhos.
Padre Adroaldo Palaoro:
O silêncio de Deus deve ser respeitado, pois a Deus lhe dói a morte de seus fiéis (Sl. 116,15): o Pai não estará fazendo luto por seu Filho e por suas criaturas? Não será que o silêncio do Sábado Santo supõe o direito de Deus se calar? Quê Deus não tem direito de guardar silêncio? Quem somos nós para exigir de Deus que nos esteja falando continuamente? Se não oramos a partir desse silêncio, é porque ainda não mergulhamos no mistério do Amor compassivo. […] O Pai está de luto; toda a natureza, em silêncio, acolhe a semente do Corpo do Verbo, na esperança de germinar Vida plena. O Sábado Santo, portanto, não é o mutismo de Deus, mas seu Silêncio, ou seja, a ação oculta de Deus estendida no tempo; morte e ressurreição são simultâneas no presente de Deus, mas no acontecer humano só podem ser sucessivas.
Antiga Homilia no grande Sábado Santo [(s. IV), lido do ofício das leituras]:
Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.
Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.
O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.
Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos que jaziam nas trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’
Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te dentre os mortos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.
Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra e fui até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado. […]
Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.
Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.
Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, construído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade”.
O DOMINGO DA RESSURREIÇÃO – Terceiro dia do Tríduo
Domingo da Páscoa na Ressurreição, “máxima solenidade do ano litúrgico” (PSL, 148).
A primeira celebração deste domingo maior é a Vigília Pascal,Mãe de todas as Vigílias da Igreja.
O que celebramos:Nesta NOITE os nossos pais e mães passaram pelas águas do Mar Vermelho livres da escravidão. Foi nesta noite que Jesus rompeu o inferno, e tornou para nós o novo Adão e a própria noite, e tão só ela, soube a hora em que Cristo ressurgiu da morte. Nesta noite, também nós passamos pelas águas batismais da Páscoa e renovamos o que professamos.
Para a oração pessoal – Lectio das leituras da Liturgia da Palavra[6]
a) Ler com atenção cada uma das 7 leituras, liturgia diária, ou no missal. Prestar atenção nas palavras que chamam a nossa atenção…
b) Ler a oração, buscando perceber a conexão que esta faz da leitura com o batismo
c) Por último ler a leitura da carta aos Romanos e o relato da ressurreição segundo Marcos
1ª Leitura de Gn 1,1-2,2; ou 1,1.26-31 – sobre a criação
Oração: Deus eterno e todo-poderoso,que dispondes de modo admirável todas as vossas obras, dai aos que forem resgatados pelo vosso Filho a graça de compreender que o sacrifício do Cristo, nossa Páscoa, na plenitude dos tempos, ultrapassa em grandeza a criação do mundo realizada no princípio. Por Cristo, nosso Senhor.
2ª Leitura de Gn 22,1-18 sobre o sacrifício de Abraão
Oração: Ó Deus, Pai de todos os fiéis, vós multiplicais por toda a terra os filhos da vossa promessa, derramando sobre eles a graça da filiação e, pelo mistério pascal, tornais vosso servo Abraão pai de todos os povos, como lhe tínheis prometido. Concedei, portanto, a todos os povos a graça de corresponder ao vosso chamado. Por Cristo, nosso Senhor.
3ª Leitura de Ex 14,15-15,1 sobre a passagem do mar Vermelho
Oração: Ó Deus, vemos brilhar ainda em nossos dias as vossas antigas maravilhas. Como manifestastes outrora o vosso poder, libertando um só povo da perseguição de Faraó, realizais agora a salvação de todas as nações, fazendo-as renascer nas águas do batismo. Concedei a todos os seres humanos tornarem-se filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito. Por Cristo, nosso Senhor.
4ª Leitura de Is 54,5-14 sobre a nova Jerusalém:
Oração: Deus eterno e todo-poderoso, para a glória do vosso nome, multiplicai a posteridade que prometestes aos nossos pais, aumentando o número dos vossos filhos adotivos. Possa a Igreja reconhecer que já se realizou em grande parte a promessa feita a nossos pais, da qual jamais duvidaram. Por Cristo nosso Senhor.
5ª Leitura de Is 55,1-11 sobre a “salvação oferecida a todos gratuitamente”
Oração: Deus eterno e todo-poderoso, única esperança do mundo, anunciastes pela voz dos profetas os mistérios que hoje se realizam. Aumentai o fervor do vosso povo, pois nenhum dos vossos filhos conseguirá progredir na virtude sem o auxílio da vossa graça. Por Cristo, nosso Senhor.
6ª Leitura de Br 3,9-15.31-4,4 sobre “a fonte da sabedoria”
Oração: Ó Deus, que fazeis vossa Igreja crescer sempre mais chamando todos os povos ao Evangelho, guardai sob a vossa proteção os que purificastes na água do batismo. Por Cristo, nosso Senhor.
7ª Leitura de Ez 36,16-28 – sobre “um coração novo e um espírito novo”:
Oração: Ó Deus, força imutável e luz inextinguível, olhai com bondade o mistério de toda a vossa Igreja e conduzi pelos caminhos da paz a obra da salvação que concebestes desde a eternidade. Que o mundo todo veja e reconheça que levanta o que estava caído, que o velho se torna novo e tudo volta à integridade primitiva por aquele que é princípio de todas as coisas. Por Cristo, nosso Senhor.
8ª Leitura de Rm 6,3-11– o nosso batismo na morte de Cristo
9. Evangelho de Marcos 16,1-7
A segunda celebração é a do dia da ressurreição,
O que celebramos:
O domingo da ressurreição é celebrado com grande solenidade (PS 97) o dia que o Senhor fez para nós.
Para a oração pessoal:
a) Fazer a Leitura orante do evangelho de João 20,1-18: não só a trecho indicado para este dia [1-10], mas até o versículo 18, que inclui o encontro com Madalena, a discípula amada.
b) Em algum momento do dia, ler com calma, o texto que segue sobre o sentido espiritual deste grande:
Alexandre Schmémann, Olivier Clément [padres da Igreja Oriental]:
Na Páscoa os esponsais são consumados. No Ressuscitado é a humanidade inteira, e o cosmos, que se acham secretamente recriados, transfigurados. Em sua hipóstase divina, portanto perfeita, e pela qual nada de exterior pode existir, o Cristo, através de uma comunhão sem limites, assume todo ser criado e o arrebata em sua ressurreição. […]
Em Cristo sempre vivo e presente no Espírito, cada um de nós morre e ressuscita: “Ontem, eu estava enterrado contigo, ó Cristo; hoje eu acordo contigo, ó Ressuscitado; Salvador, glorifica-me contigo em teu Reino.” A Ressurreição tem um alcance cósmico pois o corpo engloba secretamente o cosmos inteiro. Por isso o universo é chamado a rejubilar-se após ter tremido de um horror sagrado diante da Paixão e do enterro de seu Criador. “Que todo o universo esteja em festa, toda a terra… pois ele ressuscitou, o Cristo, alegria eterna.”
[…] Doravante a vida e a luz nos chegam mesmo pela morte e por todas as situações de morte de nossa existência se as “configuramos” na fé na cruz do Cristo sobre a qual ele venceu a morte. Por isso o mártir é o mais elevado estado místico do cristianismo. […] Não somente a morte está repleta de luz, como também o inferno: “Agora tudo está repleto de luz: o céu, a terra e o inferno.” Deus é tudo em todos. A apocatastase (a salvação universal) é oferecida à humanidade.
Não é, pois, de se impressionar que esses textos tenham fortes ressonâncias escatológicas: a luz da Páscoa é a mesma da Parusia. A Páscoa já é o Oitavo dia em que se inaugura a luz sem declínio. É o “dia do Senhor,” no sentido escatológico de que se reveste esta expressão na Bíblia: “É agora o dia insigne e santo, único nas semanas, o rei e o Senhor dos dias, a festa das festas.” […] O mundo só existe através das existências pessoais: sua transfiguração escatológica, inaugurada em Cristo, deve ser decifrada, assumida, reinventada e difundida pela comunhão dos santos, até que ela tenha atingido seu “pleroma,” conforme uma medida que não é a da história “objetiva,” mas a de Deus.
No Espírito Santo, a luz pascal, vida do Ressuscitado, nos é comunicada pela eucaristia que constitui a Igreja, que a funda sobre o “mistério pascal”: “Vinde, neste dia da Ressurreição, comungar o fruto novo da vinha, a alegria divina, a realeza do Cristo.” Uma vez que a eucaristia nos incorpora ao Ressuscitado, nós podemos, pouco a pouco, por uma ascese de vigilância, nos acordarmos para nossa ressurreição no Ressuscitado, de modo que nós contemplamos conscientemente nossa reunião com ele. […] “Vigiemos até o final do dia; em lugar da mirra, ofereçamos um hino ao Senhor e nós veremos o Cristo, Sol de Justiça, fazer brotar a vida para todos.”
[4]Ao longo da Idade Média, em consequência da decadência de toda a liturgia da Igreja, o tríduo pascal passou por tal deformação que o domingo da páscoa já não contava como parte do Tríduo [considerado como tal a quinta, a sexta e o sábado]. O sábado da sepultura desapareceu do horizonte espiritual da Igreja e tomou o lugar do domingo, denominado “Sábado de Aleluia”. Por isso, o papa Pio XII (1876-1958), incentivado pelo movimento litúrgico propôs Reforma da Vigília pascal [1951] a da semana santa [1955]. Entre outras coisas estabeleceu a hora da missa vespertina da ceia do Senhor [não antes das 17 horas] bem como a hora da vigília, de preferência depois da meia noite de sábado para o domingo. Com isto se restabelecia os dias do tríduo pascal: sexta da paixão, sábado da sepultura e domingo da Ressurreição, com seu solene início na noite da quinta [que na contagem da liturgia já pertence ao dia seguinte]. O dia da Quinta-feira santa, portanto, pertente à quaresma, não ao tríduo.
De 3 a 29 de junho, nós, Pias Discípulas do Divino Mestre estamos em Camaldoli, Itália, para o nosso 10º Capítulo Geral que tem escopo eletivo. Hoje, 21 de junho de 2023,o 10° Capítulo Geraldas Pias Discípulas do Divino Mestre elegeu Ir. M. Bernardita Meráz Sotelo, Superiora Geral do Institutopelo sexênio 2023 – 2029.
Ir. M. Bernardita Meráz Sotelo nasceu em 27 de fevereiro de 1958 em El Molino Namiquipa, província de Chihuahua, no Mexico. É Pia Discípula do Divino Mestre desde 25 de março de 1977. Ela é formada em Psicologia (1991/1995), tem mestrado em Terapia Gestalt (2005) e um diploma em Pastoral Vocacional.
Atualmente exercia seu apostolado como Diretora do programa kairos, acompanhando padres e religiosas em terapia e diagnóstico; e formadora das junioristas. Anteriormente foi Superiora Regional, Superiora Provincial e Visitadora Apostólica do Dicastério para Institutos de Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica.
Ir. M. Bernardita Meráz Sotelo será a primeira Superiora Geral das Pias Discípulas do Divino Mestre que não é italiana. Agradecemos a Ir. M. Micaela Monetti pelo seu serviço gratuito à frente da nossa congregação nestes últimos seis anos. Nossa prece e comunhão com o governo que cessa e com as Irmãs que assumirão.
10º Capítulo Geral
No dia 3 de junho, o Oásis Divino Mestre, em Camaldoli, Itália, foi colorido pelos rostos de todas as Irmãs vindas de diversas partes do mundo. Antes, tivemos uma belíssima Celebração Eucarística, na Igreja Divino Mestre, na Via Portuense. A celebração foi presidida pelo Cardeal Angelo de Donatis. Ele enfatizou que o discernimento é um dom da graça e o colírio para abrir nossos olhos e ver as maravilhas que Deus realiza é o Espírito Santo.
De 4 a 7 de junho, fizemos os exercícios espirituais acompanhados, com grande paixão, pela Ir. Elena Bosetti, jbp. Foi uma verdadeira imersão nas Sagradas Escrituras, seguindo o tema «Nos passos do Mestre… elas encontraram, acolheram e anunciaram Jesus». E assim, por meio das mulheres do Evangelho, experimentamos a beleza do seguimento e do anúncio.
A abertura dos trabalhos do Capítulo ocorreu na tarde do dia 8 de junho quando fomos chamadas pelo nome, o qual respondemos “eis-me aqui”. Após isto, assinatura atestou nossa legítima participação no 10º Capítulo Geral. Entramos na sala capitular em procissão, seguindo a Palavra. Na sala foram feitos os procedimentos formais, como aprovação do Regulamento e do Calendário, a nomeação dos serviços e das várias comissões.
A facilitadora que acompanha o nosso Capítulo é a Ir. Marian Murcia, do Instituto Sagrada Família, em Bordeaux, com quem nos detivemos em uma reflexão envolvente sobre o discernimento espiritual do Capítulo. A Ir. Marian nos lembrou que “o mesmo Espírito que inspirou nosso fundador está agindo nos corações dos membros da Congregação reunidos aqui em Camaldoli, mas também nos corações de todas as nossas irmãs que estão em casa, enquanto passamos por essa experiência “formal” do Capítulo”. Temos certeza que isto as alegrará e as farão sentir ainda mais em comunhão. «O discernimento que somos chamadas a viver exige que cada irmã esteja verdadeiramente preocupada com o bem do todo, com a vitalidade da Congregação e com sua missão hoje».
Entendemos que a palavra-chave é JUNTAS. Já estamos vivendo-a na oração litúrgica simples e rica, nos momentos de convívio, na escuta, no diálogo e no conhecimento mútuo das diferentes realidades da Congregação. O Espírito Santo, como um diapasão, nos deu o «la»… cabe agora a nós afinarmos para uma sinfonia maravilhosa.
De 9 a 11 de junho, fizemos uma viagem virtual visitando a realidade da Congregação espalhada pelos cinco continentes: a grande África (Burkina Faso, República Democrática do Congo e República do Congo), a imensa Ásia (Filipinas/Taiwan/Hong Kong, Coreia do Sul, Japão, Índia), a promissora Oceania (Austrália), a atribulada Europa (Itália, Vaticano, França, Polônia, Espanha, Portugal, Ucrânia, República Tcheca), as duasAméricas (México, Chile, Venezuela, Colômbia/Equador, Argentina, Brasil, Irlanda/Estados Unidos, Canadá).
Uma grande viagem caracterizada pela diversidade, riqueza de línguas, culturas, recursos humanos, espirituais e econômicos… tantas peças formando um único mosaico na comunhão de um único corpo. Essa grande viagem, porém, não foi apenas virtual, mas também vivida no conhecimento mútuo entre as irmãs que, nesta assembleia sinodal, representam todas as Circunscrições da Congregação.
Chegamos à conclusão de que estamos todas no mesmo barco: embora atravessemos as ondas na tempestade da vida e da missão, no barco, conosco, está Jesus, o Mestre ressuscitado, e por isso não temos medo de afundar, a fé confirma que com Ele o barco chegará à margem. As páginas da nossa história, da nossa vocação, da missão nos cinco continentes são feitas de luz e sombra, de sol e chuva (assim como o clima de Camaldoli que nos acompanha nestes dias). É a história das abundantes riquezas da graça derramadas sobre toda a família, uma bela história que nos faz cantar o Magnificat com alegria e o Miserere com humildade.
A oração na Sala Capitular, pela manhã, é animada a cada dia pelas irmãs de uma Circunscrição diferente; todas se expressam com simplicidade e criatividade. À tarde, antes de começar o trabalho, assistimos e ouvimos, com profunda emoção e gratidão, as histórias das irmãs que foram pioneiras nas fundações em todo o mundo, por meio das histórias em vídeo preparadas para o Centenário que estão no nosso site: https://www.pddm.org/-100anni/visual-story-telling/.
Na segunda-feira, 12 de junho, nos dedicamos a ler e compartilhar o relatório institucional apresentado por Ir. M. Micaela Monetti, do qual compartilhamos aqui um trecho: «O 10º Capítulo Geral nos oferece a oportunidade de ouvir, diretamente das delegadas, as diversas vozes da polifonia da Congregação que, na peculiaridade de cada circunscrição, manifestam a unidade da missão: ser, naquela porção do povo fiel de Deus da qual fazemos parte nas diversas nações e culturas, uma presença viva e atuante para que Jesus Mestre seja conhecido, amado e seguido, e em todos os lugares se elevem louvores a Deus, na beleza e na verdade».
No dia seguinte, 13 de junho, foi a vez de Ir. M. Giovanna Colombo apresentar o relatório econômico-administrativo da Congregação. Foi uma leitura realista da situação dos últimos seis anos, marcados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia e em outras partes do mundo, pela pobreza e pelas situações sociais em vários países. É um chamado à responsabilidade e à solidariedade em relação ao mundo inteiro. “As dificuldades econômicas e sociais – que certamente existem, e nos últimos anos ainda mais – não nos impedem de reconhecer o belo e o bom que acontece em nossas comunidades e ao nosso redor, apesar de tudo. Juntas, peçamos ao Bem-aventurado Tiago Alberione e à Madre M. Escolástica Rivata que nos obtenham do Divino Mestre um grande coração para acolher o grito de uma humanidade que tem fome e sede de Deus, especialmente nesta hora sombria da história, nos dê a coragem de nos doarmos totalmente à Sua causa, a humildade de reconhecer os nossos erros, a força para recomeçar através da experiência e do cansaço de cada dia. Mas, acima de tudo, pedimos para fortalecer a comunhão entre as diferentes Circunscrições e comunidades, o que nos faz sentir unidos no amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo».
Há tempo suficiente para compartilharmos a vida, seja nos grupos de idiomas variados ou no salão, todas juntas, ecoando o que está sendo refletido ou as inspirações que o Espírito sugere a cada uma para o bem de todo o corpo. Nós nos envolvemos em um diálogo animado com muita liberdade, escuta, respeito mútuo e ritmado por horários precisos que nossa facilitadora marca para nós.
Isso, que podemos considerar uma segunda etapa de nosso trabalho capitular, terminou em 13 de junho, com a celebração da reconciliação. Vivemos esse momento litúrgico na capela, seguindo o subsídio preparado para o centenário, pedindo e oferecendo sinceramente perdão mutuamente e nos reconciliando com o abraço da paz: « Lembre-se, porém, de todo o caminho que Javé seu Deus fez você percorrer durante quarenta anos no deserto, a fim de o humilhar e o colocar à prova, para conhecer suas intenções: será que você iria observar os mandamentos dele ou não? » (Dt 8,2).
Fase Iluminativa
No dia 14 de junho, iniciamos uma nova etapa de nosso trabalho capitular: a «fase iluminativa». Essa fase compreendeu dois dias: o primeiro foi conduzido pelo Pe. Mario Oscar Llanos, sdb, professor da Universidade Pontifícia Salesiana, especializado em pedagogia e pastoral vocacional. Ele abordou o seguinte tema: «Para que a formação integral se torne uma fonte de beleza», com o objetivo de responder às perguntas: «O que significa hoje viver uma formação integral? E quais são as maneiras específicas pelas quais a formação integral pode se tornar uma fonte de beleza?». A partir dessas perguntas, o Pe. Mário desenvolveu seu relatório, intercalado com a partilha da assembleia.
Concluímos esse momento de reflexão com Maria e Isabel, mulheres do encontro: « Hoje, com quem quero compartilhar a beleza de minha humanidade, para saltarmos juntas nas profundezas de nosso ser e agradecermos ao Senhor pelas obras que Ele realiza? Em que base construo meus relacionamentos? Deus pede nossa colaboração para uma sociedade fundada no amor, começando pelas pequenas coisas».
O segundo dia desta fase iluminativa foi marcado pela cor paulina. O pe. Don Bogusław Zeman, vigário geral dos Padres e Irmãos Paulinos, nos falou sobre: «A complementaridade na missão da Família Paulina». Este tema avivou nosso interesse, uma vez que toca não apenas a realidade da missão, mas a própria identidade da Família Paulina. O fato de chamarmos e sermos «Família Paulina» é uma das características essenciais do carisma paulino. Pe. Bogusław nos convidou a refletir, em primeiro lugar, sobre o significado da palavra «complementaridade», depois a buscar essas características em nossa história como Família, no legado que nos foi deixado pelo Bem-aventurado Tiago Alberione e, finalmente, na complementaridade da Família Paulina em sua missão hoje. Referindo-se ao versículo de Gn 2,23, concluiu com um encorajamento que é também uma sensibilização: « Vocês são ossos dos meus ossos, carne da minha carne. Preciso de vocês para viver e cumprir minha missão».
No dia 16 de junho, com grande alegria, nos permitimos um dia de visita/peregrinação em Siena, seguindo os passos de Santa Catarina. Nossa guia em Siena foi a Ir. M. Regina Cesarato, que nos deu uma amostra da beleza dessa cidade medieval. Retornamos a Camaldoli, agradecendo ao Senhor por nos favorecer um dia ensolarado. Neste link: https://www.pddm.org/10-capitolo-generale/galleria/, vocês podem ver algumas fotos.
Nos dias 17 e 18 de junho, nosso calendário incluiu a leitura, aprofundamento e partilha sobre o «Instrumento de Trabalho». Assim continua, para esta Assembleia capitular, o processo de discernimento que olha para toda a Congregação, para a Igreja, sociedade e todo o criado, realidades caracterizadas por desafios e mudanças de época.
O Instrumento de Trabalho que temos em nossas mãos nestes dias é fruto da reflexão de cada comunidade de toda Congregação. A Comissão Preparatória do X Capítulo Geral recolheu todas as contribuições das Circunscrições e estas se tornaram as estrelas da manhã que, brilhando intensamente, estão guiando o discernimento capitular. O método de discernimento é o da conversação espiritual, aprendida no caminho sinodal eclesial.
O Espírito Santo que sopra sobre nós e faz novas todas as coisas, graças também à vossa oração, nos guia para identificar os chamados que Deus sabiamente traçou para nós, para sermos as mulheres do Evangelho, discípulas/apóstolas do Mestre Ressuscitado, chamadas a viver a beleza do Encontro e a testemunhar a alegria de um envio para o mundo de hoje.
O Papa Francisco, há quase um ano, brindou a Igreja com a Carta Apostólica Desiderio Desideravi sobre a formação litúrgica do Povo de Deus. Com ela, o pontífice concedeu-nos uma leitura teológico-espiritual da Constituição litúrgica Sacrosanctum Concilium, cujo aniversário de 60 anos estamos prestes a celebrar no próximo 04 de dezembro. Compreendendo Desiderio Desideravi como uma retomada do caminho conciliar, os benefícios para a pastoral litúrgica são certamente inúmeros.
A Constituição sobre a sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium relança a celebração do Mistério de Cristo como fonte da genuína espiritualidade cristã. Ao reconhecer a Liturgia como forma ritual da Revelação, situa-a como constitutiva do evento pascal, inerente ao Mistério de Cristo e da Igreja. Sacrosanctum Concilium nos faz perceber que os ritos e preces não são mero adorno ou acréscimo ao Mistério Pascal com finalidade pedagógica, mas mostra-a como a atividade mais excelente, embora não única, dentre as ações pastorais da Igreja.
Em Desiderio Desideravi o Papa Francisco medita sobre os grandes temas da Constituição litúrgica à luz da reforma litúrgica nela instituída. Mais de meio século após sua promulgação, propõe-nos redescobrir a beleza da verdade da Liturgia que, precisamente, reside em ser a mediação para o encontro com o Senhor. O faz ressaltando a linguagem simbólica e a ação ritual interpretadas teologicamente na perspectiva da encarnação do Verbo, “método que a Trindade escolheu para abrir o caminho de comunhão até nós” (DD 10).
No ano em que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil disponibiliza para todos os fiéis a tradução da terceira edição típica do Missal Romano, após aproximadamente duas décadas de muito trabalho, a Semana de Liturgia quer ser ocasião de festa. Animados na recepção do grande monumento da oração cristã e uma das obras mais emblemáticas da reforma litúrgica que em breve estará nas mãos das comunidades de nosso país, o Centro de Liturgia e a Rede Celebra prepararam juntos um percurso formativo que buscará evidenciar como a Liturgia renovada pelo Concílio Vaticano II fez-se de fato fonte de vida para a Igreja.
I. DATA:
16 a 20 de outubrode 2023 (segunda a sexta-feira).
Início: 12h com o almoço do dia 16/10.
Término: 12h com o almoço do dia 20/10.
* Tendo em vista a metodologia da Semana de Liturgia compreende-se que a participação em tempo integral é indispensável.
· Diária do quarto individual R$312,00 x 4 diárias e ½: 1.404,00 (Um mil, quatrocentos e quatro reais).
• Diária do quarto duplo R$280,00 por pessoa x 4 diárias e ½: 1.260,00 (Um mil, duzentos e sessenta reais).
• Diária do quarto triplo R$248,00 por pessoa x 4 diárias e ½: 1.116,00 (Um mil, cento e dezesseis reais).
Para esse período será cobrado 4 diárias e ½
Pagamentos:
· Pagamento da Hospedagem direto com o Mosteiro de Itaici no período de 20/09 a 07/10/2023. (Não receberão pagamentos antes e nem posterior a data estipulada).
Forma de pagamento da hospedagem:
Via PIX, transferência bancária ou depósito.
– Dados para Transferência Bancária:
Razão Social: Associação Nobrega de Educação e Assistência Social (CNPJ 33.544.370/0035-98).
Banco Itaú – Agência 6260 – Conta Corrente 01573-7
– Chave PIX: 33.544.370/0035-98 (CNPJ)
* (Inscrições sem pagamento até o dia 07/10 serão canceladas).
* A nota será emitida em nome do pagador.
* Pagamento de mais de um inscrito, deve ser informado a quem se refere o pagamento.
* A confirmação da hospedagem será realizada mediante o envio do comprovante de pagamento para o e-mail: [email protected]
· Desistência/cancelamento serão aceitas até o dia 10/10/2023, após essa data será cobrado o percentual de 30% do valor total pago referente a taxa administrativa.
Participantes com restrições alimentares devem informar no momento da inscrição.
• Estão dispostos dentro do quarto: Por cama 02 lençóis, 01 travesseiro, 01 cobertor, 01 toalha de banho e 01 toalha de rosto
C – COMO CHEGAR:
· Aeroporto Internacional Viracopos – Campinas: é o aeroporto mais próximo do Mosteiro de Itaici. Segundo informações obtidas através do Google Maps o trajeto é de 17,3km, 22 min (aprox) de carro. Segundo informações da casa de encontros o mais comum é fazer este trajeto por meio de táxi e/ou aplicativos de mobilidade urbana (Uber, 99pop, etc).
· Campinas-Indaiatuba: transitar pela Rod. SP-75 até chegar a Saída 57-C e Sorocaba-Indaiatuba, Saída 55-A, saindo na Av. Cel. Antonio Estanislau do Amaral / Estr. Municipal Indaiatuba-Itupeva / Rod. José Boldrini. Manter-se nesse percurso até passar a ponte do Rio Jundiaí. A entrada fica à direita em frente a E.E. Joaquim Pedroso de Alvarenga.
· São Paulo-Indaiatuba: transitar pela Rod. dos Bandeirantes até a Saída 88. Fazer o contorno no pontilhão entrando para a Rod. SP-75. Manter-se no percurso até encontrar a Saída 57-C, saindo na Av. Cel. Antonio Estanislau do Amaral / Estr. Municipal Indaiatuba[1]Itupeva / Rod. José Boldrini. Manter-se nesse percurso até passar a ponte do Rio Jundiaí. A entrada fica à direita em frente a E.E. Joaquim Pedroso de Alvarenga.
· Sorocaba e região: seguir pela Rod. Sen. José E. de Moraes até chegar a Rod. Dep. Archimedes Lammoglia, manter-se no percurso até encontrar a Rod. Pref. Hélio Steffen. Siga nessa rota até encontrar a Rod. Eng. Ermênio de Oliveira Penteado, mantenha-se nesse percurso até encontrar à sua direita a Saída 55-A, saindo na Av. Cel. Antonio Estanislau do Amaral / Estr. Municipal Indaiatuba-Itupeva / Rod. José Boldrini. Manter-se nesse percurso até passar a ponte do Rio Jundiaí. A entrada fica à direita em frente a E.E. Joaquim Pedroso de Alvarenga.
· Rio de Janeiro-Indaiatuba: acesso pela Rod. Dom Pedro I, até a rotatória que leva a Rod. Anhanguera, seguir até encontrar a Rod. Alberto Panzan. Continuar em frente até a Rod. Bandeirantes, seguindo até chegar a Rod. SP-75.
· Ônibus (VB Transportes) – Informações pelo telefone (19) 3875-2342 ou pelo site www.vbtransportes.com.br. VB Transportes mantém horários diários de Campinas-Indaiatuba e São Paulo-Indaiatuba. De Indaiatuba ao bairro Itaici é preciso tomar táxi ou ônibus circular. O circular da Viação Guaianazes (Linhas: Engenho, Terras de Itaici ou Vale das Laranjeiras) passa no portão de entrada do Mosteiro de Itaici, sendo necessário andar 1,2Km até a recepção da casa.
IV. INFORMAÇÕES
· Trazer o Ofício Divino das Comunidades.
· Trazer comidas e bebidas típicas da sua região para a confraternização.
“Então as mulheres se lembraram das palavras de Jesus” (Lc 24,8).
Na madrugada do domingo, algumas mulheres vão ao túmulo trazendo no coração o sofrimento após ter presenciado a morte de Jesus na cruz. Elas entraram no túmulo, mas não viram o corpo de Jesus e ficaram sem saber o que lhe acontecera. Certamente suas interrogações foram muitas, pois estavam diante de um fato novo: o sepulcro vazio. O que, de fato, havia acontecido? Como entender e explicar a ausência do corpo do Mestre para o qual levaram perfumes?
É nesse momento que os anjos de Deus anunciam a elas que o corpo de Jesus não estava ali porque ele havia ressuscitado, e lhes pedem para recordar o que Jesus dissera: “O Filho do Homem será entregue nas mãos dos pecadores, será crucificado e no terceiro dia ressuscitará” (Lc 24,7). Esse acontecimento nos revela uma luz importante: era fundamental considerar a Palavra de Jesus para que pudessem acolher o que aconteceu em sua vida e o que ele estava indicando para elas.
Mináforas – Imagem de Ir. Laíde Sonda – Arquitetura do Apostolado Litúrgico
A Palavra é luz para nossa vida e faz arder nosso coração. Quando as mulheres se lembram das palavras de Jesus, elas se deixam iluminar por essa luz e não a retêm para si. Saem correndo para anunciar aos apóstolos e a outros o mistério que lhes tocara o coração. Quem configura sua vida à de Jesus, através de sua Palavra, é chamado a partilhar essa experiência de fé com a comunidade. Ainda que o testemunho delas não tenha sido considerado de imediato, elas não deixaram de proclamar e testemunhar a novidade que aquecia seus corações e transformava suas vidas: “Ele ressuscitou”. No fato proclamado – “Ele ressuscitou” – está todo o coração do mistério pascal e do anúncio cristão, cuja certeza é que Cristo está conosco todos os dias até o fim dos tempos. As mulheres são, de fato, as primeiras testemunhas da Ressurreição. E os apóstolos, após acolher o anúncio das mulheres, experimentam a graça do encontro com Jesus, que lhes abre a inteligência e o coração para um modo de vida renovado. E assim a ação de Deus transforma a vida das mulheres discípulas missionárias de Jesus Cristo, dos apóstolos, dos demais discípulos, de toda Igreja nascente.
Acolher a Palavra de Jesus, encontrar-se com ele, escutar testemunhos sobre a presença de Jesus na vida das pessoas são ações fundamentais que devem ser vivenciadas, partilhadas e testemunhadas por nós. É desse modo que nossa vida pessoal, familiar e comunitária se torna iluminada pela presença viva de Jesus Cristo. A Palavra Sagrada escrita e vivenciada, abre-nos horizontes para o caminho de sinodalidade por meio de uma experiência de fé pessoal e comunitária. Enquanto Igreja sinodal, somos chamados a caminhar juntos, desafiando esse modelo de sociedade que, por diversos meios, faz imperar o individualismo.
Sem dúvida, nosso tempo nos coloca interrogações assim como aquelas que as mulheres tiveram junto à sepultura de Jesus. Por exemplo, como superar um modo de vida social polarizado e funcionalista que não oferece às pessoas condições para refletir sobre o sentido da vida, da fé, da felicidade? Como fechar os olhos para o sofrimento dos mais pobres e das várias situações de mortes que assolam nosso país? Essas interrogações resultam de um mundo plural e complexo, cujas relações humanas se tornam cada vez mais “líquidas”, individualistas, não duradouras, o que fortalece, como consequência, o desenvolvimento de uma cultura do subjetivismo.
Diante dessas situações reais de sofrimento, precisamos ser sinais da presença do Salvador que entregou sua vida por todos da seguinte maneira: a) testemunhando nossa fé, nossa adesão a Cristo nos vários ambientes da sociedade; b) descobrindo luzes da presença viva de Jesus Cristo ressuscitado na vida de pessoas, famílias, comunidades e grupos; c) apontando o caminho do cuidado para com a vida das pessoas e com o meio ambiente; d) dedicando-se à construção de uma sociedade humanizada e fraterna, querida por Deus; e) cuidando da vida das pessoas, em especial dos pobres que vivem nas periferias urbanas e existenciais.
Portanto, iluminados pela Páscoa de Cristo e por sua Palavra, somos chamados a cuidar ainda mais da vida das pessoas, em especial dos pobres e de tantos quantos vivem nas periferias. Desse modo, somos chamados ressuscitar com Cristo, percorrendo os passos de sua paixão, morte e ressurreição. Jesus venceu a morte para nos dar a vida em plenitude. Assumiu nossa natureza humana e a condição de servo para nos revelar o Pai e, pelo Espírito Santo, nos fazer mergulhar no mistério de Deus. Como sinal de amor e entrega extrema ao projeto de Deus, ensina-nos o dom do serviço e da disponibilidade às pessoas.
Mesmo que nosso testemunho de fé não seja considerado pela comunidade cristã, precisamos confiar no Espírito Santo que está presente e age na vida das pessoas e nas realidades, indicando as luzes necessárias para caminharmos juntos, em espírito de sinodalidade.
Assim como o Papa Francisco nos pede, sejamos sinais de esperança face a uma humanidade em crise, portadores da palavra de Jesus, suas testemunhas, indo ao encontro das pessoas em suas realidades, tendo como verdade de fé o Cristo ressuscitado que nos acompanha, nos ilumina e nos fortalece!
Uma feliz e santa Páscoa a todos e todas!
Dom Esmeraldo Barreto de Farias
Foi ordenado sacerdote em 9 de janeiro de 1977, na diocese de Amargosa. Em 2000, o papa João Paulo II o nomeou bispo da diocese de Paulo Afonso, na Bahia. Em 28 de fevereiro de 2007, o Papa Bento XVI o nomeou bispo da diocese de Santarém. Em 2011, iniciou sua participação como membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. Ainda neste ano, foi nomeado arcebispo de Porto Velho. Em 18 de março de 2015 o Papa Francisco o nomeou bispo-titular de Súmula e auxiliar da Arquidiocese de São Luís do Maranhão. Em 18 de novembro de 2020, foi nomeado como bispo diocesano de Araçuaí.
O Espírito do Senhor está sobre mim; Ele me enviou para proclamar o ano da graça do Senhor (cfr Is 61; Lc 4,18-19).
Com o passar do tempo, muitas coisas serão realizadas que agora não se pode imaginar, desde que sejais fiel a sua vocação, na docilidade e na fé.
Na Família Paulina nascente, a comunidade das irmãs cresce em espírito de adoração e de serviço (RV 4).
No dia 21 de novembro, segunda-feira, recordamos a abertura do Ano Jubilar em preparação ao Centenário da Congregação. Nós celebramos na Casa Provincial, às 7h, e presidiu a celebração o pe. José Erivaldo Dantas, ssp.
Na sua homilia, Pe. Erivaldo falou da liturgia do dia, sobre a Memória da apresentação de Nossa Senhora. Sobre a alegria de celebrar o Centenário, o presbítero usou uma imagem interessante e bonita. Disse que já teve oportunidade de celebrar 100 anos de um tio. Momento de alegria e festividade para toda família. Mas pediu para ver como aquela pessoa chega aos 100 anos: chega bem, dentro do possível, com saúde e perspectivas ou chega cansada, triste e com dificuldade. Assim ele pediu que fizéssemos também a nossa avaliação desta chegada aos 100 anos.
Participaram presencialmente da celebração algumas Irmãs das Comunidades das Pias Discípulas em São Paulo. Como os ouvintes de Jesus na sinagoga de Nazaré, acolhemos o dom particular de um Ano de graça, revisitando o passado com gratidão, o presente com compromisso e o futuro com esperança.
Estamos concluindo o ano litúrgico na Solenidade de Cristo Rei do Universo e também nós, como toda a Igreja, estamos prestes a abrir um novo ano da graça, olhando para a realização do Reino, inaugurado por Jesus.
Em 21 de novembro de 1923, o pe. Alberione “colocava a parte” as duas primeiras Irmãs: foi um ato de preparação para a obra que há muito tempo ele guardava em seu coração, à luz do Espírito, como ele diria: «Em 1908 comecei a rezar e pedir orações para que nascesse uma Família religiosa de vida retirada, dedicada à Adoração e ao apostolado sacerdotal e litúrgico: toda de Jesus Divino Mestre presente no Mistério Eucarístico».(APD 1946-47, 21. Outras referências no mesmo volume nos números 42. 50. 129. Tradução retirada do livro CESARATO, Regina. A árvore vista a partir das raízes volume 1. Manuscrito de uso interno, 1997, p. 61).
Um pouco da nossa História presente na Regra de Vida PDDM
Padre Tiago Alberione (1884-1971), na memória de santa Escolástica (10 de fevereiro de 1924), inicia em Alba (Itália) a Congregação das Pias Discípulas do Divino Mestre. Escolhe Orsola Rivata (1897-1987) para ser sua colaboradora em Cristo. Chama-a com o nome de Escolástica, que significa “discípula”, e lhe confia a primeira comunidade de irmãs.
2. Tiago Alberione nasce em uma família camponesa e pobre, onde foi educado numa sólida vida cristã e ao trabalho. Aos sete anos, sente-se “iluminado” e declara: «quero ser padre». Nesta direção orienta “o estudo, a piedade, os pensamentos, o comportamento e até o lazer”. Ordenado presbítero, torna-se membro da Associação dos Sacerdotes Adoradores. No seminário de Alba empenha-se na formação ao presbiterado, atento aos movimentos de renovação socioeclesial.
3. A experiência eucarística que o seminarista Tiago Alberione vive na noite de passagem entre os dois séculos (1900-1901) é “decisiva para a missão específica e o espírito particular no qual nasceria e viveria a Família Paulina”. Em resposta ao convite evangélico «Vinde a mim todos», sente-se obrigado a preparar-se para fazer algo para o Senhor e a humanidade do seu tempo, unificando tudo em Cristo Mestre, Caminho, Verdade e Vida. Quando ressoa a hora de Deus, padre Alberione dedica-se totalmente ao apostolado da Imprensa, confirmando o chamado à evangelização nas fronteiras inexploradas do mundo da comunicação. Aberto aos sinais dos tempos, associa a mulher na diversidade e na complementaridade dos carismas, para a vida e a missão da Igreja. Considerando a situação religiosa do mundo, a partir de 1908 começa “a rezar e a pedir orações” para o nascimento de uma Família religiosa “toda de Jesus Divino Mestre presente no Mistério eucarístico”. A nossa Congregação se torna memorial da experiência carismática do Fundador: reza e trabalha para que a humanidade acolha, escute e ame Jesus Mestre e Salvador.
4. Guiado pelo Espírito e confirmado pelo Cônego Francesco Chiesa (1874-1946), seu diretor espiritual, o Fundador reúne as primeiras jovens na casa Divino Mestre e, em colaboração com Madre Escolástica, forma-as para uma nova missão em vista do advento do Reino de Deus no mundo. Na Família Paulina nascente, a comunidade das irmãs cresce em espírito de adoração e de serviço. Caracteriza-se pela fé heróica, pelo trabalho assíduo e pelo amor mútuo, na alegria, no silêncio e no habitual recolhimento. Encontramos este estilo de vida nas páginas evangélicas que inspiraram a Oração de Betânia.
5. O evento fundacional da nossa Congregação amadureceu na Igreja com alternadas vicissitudes que trazem o selo da Cruz. Padre Tiago Alberione institui inicialmente as Pias Discípulas do Divino Mestre “distintas e separadas” das Filhas de São Paulo, mas, por vicissitudes canônicas, foram a estas associadas em uma única aprovação. A interferência do Fundador, de Madre Escolástica e a oferta de vida do padre Timóteo Giaccardo (1896-1948) contribuem ao reconhecimento eclesial e institucional da nossa Congregação. No dia 3 de abril de 1947, quinta-feira santa, foi promulgado o decreto da aprovação diocesana. O nosso carisma exprime mais nitidamente a sua índole universal e a sua eficácia apostólica na aprovação pontifícia, concedida no dia 12 de janeiro de 1948 e ratificada definitivamente no dia 30 de agosto de 1960. O discernimento eclesial expresso com a beatificação de padre Tiago Alberione nos confirma na vocação recebida.
6. Participamos do projeto unitário da Família Paulina: viver e comunicar Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, à humanidade de hoje com os meios mais rápidos e eficazes que o progresso humano oferece. A nossa Congregação, chamada a cultivar a comunhão, “vai à raiz da videira, para obter a linfa que alimentará a planta, e assim dar frutos de santidade e de apostolado”.
7. Conquistadas por Jesus Mestre, contemplamo-lo e seguimo-lo no Mistério Pascal. Ele vive e se forma em nós no dinamismo do ano litúrgico e, com a força do seu Espírito, transforma a nossa vida em culto agradável a Deus. Maria, Rainha dos Apóstolos, nos introduz à escola de Jesus Mestre e nos ensina como amá-lo e anunciá-lo na vida de cada dia. São Paulo, apóstolo e místico, guia-nos no ardor da caridade até ao “não sou mais eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”.
8. No mistério da Igreja, povo de Deus, formamos comunidades onde se acolhe, se escuta e se serve ao Senhor, na multiplicidade das suas presenças com a nossa específica missão. Como Maria, imagem da Igreja, dóceis ao Espírito, guardamos a Palavra e a colocamos em prática, até sermos um só coração e uma só alma..
9. Pela ação do Espírito Santo, recebemos “a graça do apostolado” em Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida. Como Maria, Mãe de Deus, e as mulheres do Evangelho, transformadas pelo encontro com o Ressuscitado, Beleza que salva o mundo, somos enviadas, apóstolas com os apóstolos, a anunciálo, a celebrá-lo e a servi-lo. Do amor a Jesus vivente na Eucaristia, no Sacerdócio e na Liturgia nasce o nosso apostolado orientado à glória de Deus e à paz da humanidade. No espírito do apóstolo Paulo, que se fez tudo para todos, acolhemos com discernimento os valores e as tradições dos diversos povos e nos empenhamos no diálogo ecumênico e inter-religioso para o anúncio da novidade evangélica.
11. Continuamente damos graças a Deus que nos chamou a ser discípulas do seu Filho Jesus, nosso Senhor e Mestre. A voz do Espírito Santo, na profundidade do nosso coração, nos coloca em sintonia com o carisma de padre Alberione, vivido pela Família Paulina de geração em geração. “Tudo é de Deus, tudo nos leva ao Magnificat!”.
Percorremos o itinerário de cristificação, vivido pelo Fundador. Em Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, ele se deixou gradualmente transformar em verdadeiro homem de Deus e em apóstolo dos novos tempos. Ressoa também em nós a Palavra de Jesus: «Vinde a mim todos vós». Na Eucaristia renovamos o pacto que nos empenha a confiar-nos a Deus e a orientar todas as forças para o advento do seu Reino no mundo. Deixamo-nos conduzir pelo Espírito na procura da face de Deus, a exemplo das irmãs e dos irmãos que nos precederam na vocação. Nas provas do caminho espiritual e do apostolado perseveramos sustentadas pela promessa de Jesus Mestre Eucarístico: “Não temais. Eu estou convosco. Daqui quero iluminar. Arrependei-vos dos pecados”.
13. Atraídas pelo amor de Jesus Cristo, aderimos a Ele de modo livre e pessoal. Entramos no Caminho novo e vivo que nos guia ao Pai, na Verdade que nos torna livres e na Vida que nos preenche de alegria. Caminhamos em novidade de vida, impelidas à plena configuração a Cristo no seu Mistério Pascal: “Fui crucificado com Cristo e não sou mais eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Esta vida na carne, eu a vivo na fé do Filho de Deus que me amou e se entregou por mim”.
DIAS SIGNIFICATIVOS PARA A MEMÓRIA AGRADECIDA
21 de novembro de 1923: Úrsula Rivata e Metilde Gerlotto são colocadas a parte para iniciar uma nova obra na Família Paulina. 26 de novembro de 1971: morre, em Roma, o Bem-Aventurado Tiago Alberione, nosso Fundador. 29 de novembro de 1936: Madre Escolástica com Ir. M. Elia Ferrero partem do porto de Nápole para a fundação de uma comunidade no Egito e chegam em Alexandria/Egito no dia 2 de dezembro. 9 de dezembro de 2013: a Serva de Deus Madre Escolástica Rivata é reconhecida Venerável pelo Papa Francisco. 12 de janeiro de 1948: recebemos a Aprovação pontifícia. 24 de janeiro de 1948: morre o Bem-Aventurado Timóteo Giaccardo, fidelíssimo entre os fiéis do Fundador. 10 de fevereiro de 1924: em memória de Santa Escolástica, o Pe. Tiago Alberione dá início, em Alba, a Congregação das Pias Discípulas do Divino Mestre.
ORAÇÃO
Bendito sejais, Senhor nosso Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, fonte de vida e de todo dom.
Nós o louvamos pelas abundantes riquezas de graças dada à Igreja e à Família Paulina através da vida do Bem-Aventurado Pe. Tiago Alberione.
Ó Pai, guiastes com sabedoria estes 100 anos de história das Pias Discípulas do Divino Mestre e, com a efusão do Espírito Santo, as fez testemunhas do teu Filho Jesus.
Suscite hoje outras discípulas e apóstolas, seguindo o exemplo da venerável Madre Escolástica Rivata. Participantes do sacerdócio real do seu povo, converte-nos em uma liturgia viva para que, saciadas da fonte inesgotável de sua Palavra e Eucaristia, sejamos profecia de sua Presença que salva e transforma o mundo.
Glória a Ti, Santa Trindade, que desperta em nós o desejo de contemplar seu Rosto. Leve a pleno cumprimento a obra que iniciou, enquanto caminhamos, peregrinas, nesta história.
Guiados por Maria, Rainha dos Apóstolos, por São Paulo, por todos os santos e santas, chegaremos à sua morada, onde cantaremos para sempre o seu amor.
Por Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, na unidade do Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.
Em 21 de novembro de 2022, abre-se o ano jubilar do Centenário de Fundação das Pias Discípulas do Divino Mestre.
O ano jubilar é um tempo de graça no reconhecimento do dom que vem de Deus. É tempo de memória deutoronômica, como reza o Salmista: “Recordo-me dos dias passados, medito todas as tuas ações e fico refletindo sobre as obras de tuas mãos” (cf. Sl. 143). É tempo de reconciliação pelas infidelidades e incorrespondências, pelas divisões e feridas que provocamos ou temos sofrido, por causa do nosso pecado e da fragilidade da natureza humana. É tempo de olhar para frente com confiança, convencidas de que Deus é fiel: os dons e o seu chamado são irrevogáveis (cf. Rm 11,29). É tempo de renovada confiança em Jesus Mestre, que continua chamar novas gerações a serem mulheres do Evangelho, transformadas pelo encontro com Ele e corajosas em fazer ressoar o primeiro anúncio, com gestos e palavras: “Jesus Cristo te ama, deu a sua vida para salvar-te, e agora está vivo a teu lado cada dia, para iluminar-te, para reforçar, para libertar-te” (EG 164).
A presença de Jesus Cristo em nós se reconhece na medida em que um encontro conseguiu fazer com que você permanecesse aqui por toda a vida. Quem entre nós se envolve inteiramente é uma fonte de energia, de atividade, de criatividade inesgotável. Se não fomos alcançadas no profundo de nosso coração, se não vimos o Senhor, talvez demos parte do nosso tempo, vamos aos encontros, vamos à Missa, à adoração… damos algo, mas não fazemos uma experiência tão totalizante de modo a descobrir que o Senhor me chama por inteiro. E desta experiência totalizante nasce a urgência da formação continuada e da missão. Não podemos mais calar aquilo que vimos e ouvimos! (cf. At 4,20)
A beleza do encontro entre Maria e Isabel, através da presença do Espírito que dá vida, se manifesta no louvor do Magnificat e na dança do pequeno João. Nossas comunidades vibram da alegria do Evangelho, da Boa e Bela Notícia de que Deus ama o mundo e cuida de todos os seus filhos? Mesmo nestes tempos difíceis e sombrios, em que fragilidade e vulnerabilidade pedem testemunhas de esperança?
«Como cristãos, não podemos esconder que “se a música do Evangelho parar de vibrar em nossas entranhas, teremos perdido a alegria que flui da compaixão, da ternura que nasce da confiança, da capacidade de reconciliação que encontra sua fonte em saber que somos sempre perdoados-enviados. Se a música do Evangelho parar de tocar em nossas casas, em nossas praças, no local de trabalho, na política e na economia, teremos extinto a melodia que nos provocava a lutar pela dignidade de cada homem e mulher.” (Discurso no Encontro ecumênico, Riga – Lituânia (24 de setembro de 2018): L’Osservatore Romano, 24-25 de setembro 2018, p. 8). Outros bebem de outras fontes. Para nós, essa fonte de dignidade humana e de fraternidade está no Evangelho de Jesus Cristo». (FT 277).
Logomarca do Centenário e do 10° Capítulo Geral
Foi escolhida a logomarca elaborada por Ir. M. Laide Sonda (Província do Brasil). Evidencia a relação entre Jesus, Mestre e Senhor da Vida, e as mulheres que o seguem pelas estradas do mundo. A ficha descritiva, que se encontra anexada, nos ajuda a compreender melhor a proposta que a imagem quer transmitir.
Para o 10° Capítulo geral, foi escolhido adaptar a Logomarca do Centenário conservando sua imagem, mas inserindo o tema específico. De fato, no ano de graça 2022-2024, entrelaçam-se para nós, estes eventos importantes que se remetem reciprocamente: desejamos vive-los em harmonia e continuidade.
Conforme já dito, a Logomarca para a comemoração do Centenário é simples e constituída por quatro elementos principais: Jesus Mestre, Discípulas, Caminho-linhas aos pés, o número 100.
A figura de Jesus Mestre é a figura principal; Ele é o centro e o objetivo de nossa vocação e missão. O discipulado é aprendizado de cada dia. Exige caminhar, seguir o Mestre, pois é na sua Palavra, nos seus ensinamentos que se aprende a ser discípulas. «Atraídas pelo amor de Jesus Cristo aderimos a Ele de modo livre e pessoal. Entramos no Caminho novo e vivo que nos guia ao Pai, na Verdade que nos torna livres e na Vida que nos preenche de alegria» (RV13). Ele fez, faz e continua fazendo história com cada uma das discípulas que o seguiu, segue e seguirá.
Além do caminho há o texto: “Sulle orme di Gesù come donne del Vangelo”, tema proposto para o Centenário. O texto está ao redor da mandala, cujo simbolo indica o mistério de Cristo na sua natureza divina e humana e a contínua renovação da vida em Cristo, o renascer a cada dia, seja de cada cristão como também da vida coletiva, comunitária.
«A graça da conformação à Cristo é realizada pela ação do Espírito Santo, para a glória do Pai que nos conduz rumo a eternidade» (Introdução PGF). Embora não esteja presente um símbolo do Espírito há o dinamismo da roupa, como se houvesse vento, impulso. Esse Espírito conduz cada uma e a congregação, lhe confere ânimo, coragem para prosseguir apesar dos impasses de sua historia.
Com uma das mãos o Cristo Mestre abençoa, podendo ver neste gesto toda benção, todas as graças que nos foram dispensadas no decorrer desses 100 anos. «Tudo é de Deus, tudo nos leva ao Magnificat» (RV11). A mão da frente aponta o caminho, convida a seguir, confiar Nele: “Nolite timere, ego vobiscum sum!” ( RV12).
As imagens femininas são silhuetas que não identificam pessoas específicas, mas toda e qualquer discípula, de todos os continentes e etnias. Estão na cor preta para sobressair, mas também para simbolizar que, realisticamente, somos pálidas sombras daquilo que somos chamadas a ser.
As três linhas que compõem o caminho aludem ao dinamismo de seguir Jesus casto, pobre e obediente, à missão que brota da Páscoa: ao serviço da Eucaristia, do sacerdócio e da liturgia.
São três linhas, uma das quais dá origem a uma quarta linha, para nos lembrar que a fidelidade criativa ao carisma recebido de Pe. Alberione é vivida em seu desenvolvimento constante, em harmonia com o corpo sempre crescente de Cristo (cf MR 11).
Outros projetos para celebração do Ano Jubilar pelo Centenário PDDM
O Governo Geral também colocou em andamento os seguintes projetos:
O site www.pddm.org/100anni: No dia 20 de novembro, se abrirá uma nova página no site internacional: www.pddm.org/100anni, inteiramente dedicada aos eventos do Centenário. Editada pela Comissão para a Comunicação, esta página aguarda as notícias, publicações e outras inciativas da inteira Congregação.
Hino do Centenário
A canção escolhida, das muitas recebidas, intitula-se “Correte, non temete”, composta pela noviça Monica Marzulli. É uma canção simples, cativante e atrativa no ritmo e mensagem, fácil de memorizar e com o refrão também em inglês. Ela comunica a alegria pascal do encontro com o Mestre, o único motivo da escolha vocacional de cada discípula. Nas estrofes, ressoam as palavras “carismáticas” que motivaram e sustentaram as gerações de Irmãs antes de nós e continuam a transmitir luz e força para olhar para o futuro: “Não tenha medo. Eu estou com você. Daqui eu iluminarei” e “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6).
Ela foi interpretada por um coro de vozes mistas internacionais: Irmãs, Noviças e Noviços Paulinos na Itália, que cantaram transmitindo a energia multicultural. As traduções serão publicadas nos seguintes idiomas: inglês, francês, espanhol e português.
Agradecemos às Irmãs, os Confrades Paulinos e os aos Amigos do Divino Mestre que responderam em grande número, enviando uma composição, com a intenção de transmitir a alegria e o significado do Jubileu de Fundação. Todos os hinos compostos, aqueles que foram recebidos e aqueles que a criatividade ainda vai suscitar, serão publicados no site: www.pddm.org/100anni.
Participe conosco deste grande louvor a Deus pelos 100 anos de presença PDDM na Igreja.
Investimento: Mensalidade 2023 – 12 X de R$ 412,23
APRESENTAÇÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM LITURGIA
A Constituição sobre a Sagrada Liturgia, do Concílio Ecumênico Vaticano II, elevou a Ciência Litúrgica ao nível das disciplinas teológicas principais. A liturgia deve “ser ensinada tanto sob o aspecto teológico e histórico, quanto espiritual, pastoral e jurídico” (Sacrosanctum Concilium, 16). Além da capacitação docente, o curso tem por foco a necessidade de formar pessoas especializadas nesta área e também visa capacitar outros agentes da pastoral litúrgica, aptos para assessorarem equipes regionais, diocesanas, paroquiais e comunitárias, assim como encontros de formação em âmbito nacional, regional e local. O profissional especializado em Liturgia será capacitado para atuar como liturgista e ao mesmo tempo como formador, na área de pesquisa, do ensino e da pastoral litúrgica, mediante o desenvolvimento de competências integradas nos níveis individual, de equipe e organizacional, em coerência com a visão teológico-litúrgica, mistagógica, espiritual e pastoral do Concílio Ecumênico Vaticano II e posteriores avanços relativos, como o espírito evangélico e conciliar.
OBJETIVOS
– Proporcionar aprofundamento na ciência da liturgia, partindo da realidade cultural, eclesial e litúrgica do Brasil, da América Latina e do Caribe, refletindo sobre esta realidade à luz da Sagrada Escritura e da Tradição, particularmente do Concílio Vaticano II e do Magistério latino-americano e caribenho, para assim ter uma sólida visão teológica e pastoral da liturgia e contribuir para celebrações autênticas e inculturadas, comprometidas com o crescimento do Reino de Deus. – Capacitar liturgistas que sejam ao mesmo tempo formadores, preparados para o aprofundamento, a prática e a transmissão teológica, mistagógica e pastoral da liturgia na perspectiva do Concílio Vaticano II.
ESTRUTURA CURRICULAR
1º MÓDULO
2º MÓDULO
Metodologia da ciência Litúrgica
Mistagogia do Espaço Celebrativo
Liturgia e Antropologia
Sacramentalidade da Liturgia
Liturgia e Cristologia
Celebração da Palavra de Deus
Liturgia e Eclesiologia
Homilética e Partilha da Palavra
Bíblia e Liturgia
Música Ritual Litúrgica
Introdução à Ciência Litúrgica
Sacramentos da Iniciação Cristã I: Batismo e Confirmação
Liturgia na História
Catequese e Liturgia
Ofício Divino
Eucologia
Ano Litúrgico
Práticas Celebrativas II
Assembleia Litúrgica
Projeto Integrador II
Prática Celebrativas I
Projeto Integrador I
Liturgia e Pedagogia: Laboratório Litúrgico
3º MÓDULO
Inculturação da Liturgia
Espiritualidade Litúrgica
Sacramentos da Iniciação Cristã II: Eucaristia
Sacramentos da Cura: Reconciliação e Unção dos Enfermos
Sacramentos do Serviço I: Ordem e Ministérios
Sacramentos do Serviço II: Matrimônio
Sacramentais e Exéquias
Pastoral Litúrgica
Direito na Liturgia
Prática Celebrativas III
Projeto Integrador III
Carga horária total do Curso: 360h
DOCUMENTOS PARA MATRÍCULA
Os Documentos necessários (ver abaixo) deverão ser anexados na Central do Candidato (área de inscrição do curso, que se encontra no site do UNISAL):
RG e CPF (frente e verso) – fotocópia simples
certidão de nascimento ou casamento – fotocópia simples
reservista (sexo masculino) – fotocópia simples
comprovante de residência – fotocópia simples
diploma e histórico do curso superior – fotocópia autenticada
1 foto 3×4
Obs.: não será aceita a CNH.
HOSPEDAGEM
Há possibilidades de hospedagem no local do curso. Valores referente a hospedagem não estão inclusos no valor da inscrição do curso. A reserva deverá ser solicitada através do email [email protected] enviando nome completo do hóspede, data de chegada e data de saída. Outras informações: (11) 3649-0200, ramal 2003 com Cristina Prado.
INFORMAÇÕES
Sobre o Processo Seletivo e dúvidas pedagógicas: [email protected] Outras dúvidas e informações sobre o Curso: [email protected] – (11) 3649-0200, ramal 2005
Investimento: Mensalidade 2023 – 12 X de R$ 412,23
APRESENTAÇÃO
Mesmo após 50 anos da conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II constatam-se lacunas e problemas relativos à concepção, construção e organização dos lugares sagrados reservados ao culto da Igreja. Liturgistas, artistas plásticos, arquitetos e engenheiros encontram dificuldades para tratar com competência questões do espaço celebrativo, da arquitetura e da arte sacra à luz da evolução da Ciência Litúrgica, em diálogo com outras ciências. Nesse sentido, o Curso de Pós-Graduação lato sensu em Espaço Litúrgico: Arquitetura e Arte Sacra supre a carência de cursos acadêmicos que se proponham a formar especialistas nesta área do saber teórico conjugado com o saber fazer. O especialista em Espaço Litúrgico, Arquitetura e Arte Sacra será capacitado para atuar com competência nos âmbitos especificados pelo título do curso, nas áreas da pesquisa, do ensino, da pastoral litúrgica e do trabalho profissional para o qual está habilitado. Por isso, com os valores e a prática educativa do UNISAL (Centro Universitário Salesiano de São Paulo), as orientações e o firme apoio da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), lhe será proporcionado o desenvolvimento integrado de conhecimentos, valores e competências nos níveis: individual, de equipe e organizacional, em coerência com princípios e critérios oriundos do Concílio Ecumênico Vaticano II e ulteriores documentos da Igreja, e com as legislações eclesiástica e civil vigentes.
OBJETIVOS
– Proporcionar um ambiente de ensino e pesquisa relativo à “Espaço celebrativo, Arquitetura e Arte Sacra” que possibilite formar especialistas capazes de criar, edificar, organizar, adaptar e conservar os lugares da celebração e as obras destinadas ao culto da Igreja, à luz da Ciência Litúrgica hodierna e de estudos interdisciplinares afins, que têm por objeto a celebração ritual do mistério de Cristo, uma celebração comunitária pastoralmente participativa, bela e frutuosa;
– Proporcionar compreensão teológica, mistagógica, espiritual e pastoral da liturgia, fonte e cume da vida cristã, com ênfase nas linguagens representativa, simbólico-sacramental e comunicativa;
– Distinguir e aprofundar os aspectos constitutivos do Espaço Litúrgico, da Arquitetura e da Arte Sacra à luz dos princípios, normas e espírito do Concilio Vaticano II e das Conferências da Igreja na América Latina e da Igreja no Brasil, tendo presente o estudo da “Liturgia e Espaço Sagrado na História”, assim como a história da reforma litúrgica e as consequências nos ritos, nos espaços celebrativos e no patrimônio eclesial;
– Capacitar arquitetos, engenheiros, artistas, padres e agentes de pastoral na elaboração e execução de projetos de construção, reforma, adequação e preservação dos espaços celebrativos em coerência com os princípios e critérios atuais da Igreja, tendo presente que no âmbito eclesial a formação técnica é indissociável da formação litúrgica e da formação artística;
– Suscitar e promover a criação de Comissões de Espaço Litúrgico e Arte Sacra nas Dioceses e Arquidioceses com a contribuição de especialistas na área.
PERFIL DO EGRESSO
Arquitetos, engenheiros, artistas plásticos, teólogos e agentes da pastoral litúrgica, desde que graduados.
ESTRUTURA CURRICULAR
1º MÓDULO
2º MÓDULO
Metodologia da Ciência Litúrgica
Sacramentalidade da Liturgia
Liturgia e antropologia
Práticas Celebrativas II
Liturgia e Cristologia
História da Arte Sacra
Liturgia e Eclesiologia
Iconografia e Iconologia Cristãs
Bíblia e Liturgia
O edifício sagrado na história: Técnicas e estilos
Introdução à Ciência Litúrgica
Arte Sacra nos Documentos
Liturgia na História
Conforto Ambiental
Ofício Divino
Sustentabilidade
Práticas Celebrativas I
Projeto Integrador II
O Sagrado e suas Linguagens
Projeto Integrador I
3º MÓDULO
Inculturação da Liturgia
Práticas Celebrativas III
Estética e Liturgia
Teologia e Mistagogia do Espaço Litúrgico
Ritualidade e espaço
Bens Culturais da Igreja e Preservação
Projeto Integrador III
Carga horária total do Curso: 360h
DOCUMENTOS PARA MATRÍCULA
Os Documentos necessários (ver abaixo) deverão ser anexados na Central do Candidato (área de inscrição do curso, que se encontra no site do UNISAL):
RG e CPF (frente e verso) – fotocópia simples
certidão de nascimento ou casamento – fotocópia simples
reservista (sexo masculino) – fotocópia simples
comprovante de residência – fotocópia simples
diploma e histórico do curso superior – fotocópia autenticada
1 foto 3×4
Obs.: não será aceita a CNH.
HOSPEDAGEM
Há possibilidades de hospedagem no local do curso. Valores referente a hospedagem não estão inclusos no valor da inscrição do curso. A reserva deverá ser solicitada através do email [email protected] enviando nome completo do hóspede, data de chegada e data de saída. Outras informações: (11) 3649-0200, ramal 2003 com Cristina Prado.
INFORMAÇÕES
Sobre o Processo Seletivo e dúvidas pedagógicas: [email protected] Outras dúvidas e informações sobre o Curso: [email protected] – (11) 3649-0200, ramal 2005
Investimento: Mensalidade 2023 – 12 X de R$ 412,23
APRESENTAÇÃO
O serviço prestado pela música na ação litúrgica requer uma formação específica. É necessário que os ministérios litúrgico-musicais sejam formados adequadamente para assegurar uma celebração do Mistério Pascal de Cristo que seja, de fato, expresso e vivenciado pelas comunidades de fé, por meio da participação ativa, consciente e frutuosa.
A música litúrgica tem sido a “companheira fiel” da Igreja ao longo de toda a sua história. Sob diferentes aspectos, a música soube moldar-se às vicissitudes do tempo e levar adiante um projeto de Igreja em sua parte mutável e imutável, carreando o dado da fé em linguagem sensível e utilizando-se de variadas formas musicais da história. O Concílio Vaticano II, por meio da Constituição sobre a Sagrada Liturgia, lançou as bases para a renovação litúrgico-musical, associando à música a mesma finalidade da liturgia: a glorificação de Deus e a santificação dos fiéis. Referir-se à música como ação ministerial implicava, nesse contexto, na promoção do status funcional para o qual seria destinada desde a sua concepção. Deste modo, ampliava-se a compreensão de uma música como parte integrante da ação litúrgica com estreita relação à Palavra de Deus
OBJETIVOS
– Apropriar-se dos conhecimentos teóricos e metodológicos da musicologia litúrgica;
– Integrar o conhecimento musical ao litúrgico, com base no Rito (o projeto ritual), na Cultura (as implicações culturais) e na Música (o fazer musical);
– Capacitar profissionais da música para um exercício mais qualificado de seu ministério litúrgico;
– Formar agentes de pastoral para o serviço litúrgico-musical, capazes de aliar conhecimento técnico e vivência litúrgico-espiritual;
– Aprofundar os critérios de análise, criação e escolha do repertório litúrgico.
PERFIL DO EGRESSO
Todos aqueles que se interessam pela música litúrgica, a praticam e desejam conhecê-la profunda e cientificamente, sobretudo agentes de pastoral: padres, religiosos(as), leigos(as) que concluíram a graduação.
DOCUMENTOS PARA MATRÍCULA
Os Documentos necessários (ver abaixo) deverão ser anexados na Central do Candidato (área de inscrição do curso, que se encontra no site do UNISAL):
RG e CPF (frente e verso) – fotocópia simples
certidão de nascimento ou casamento – fotocópia simples
reservista (sexo masculino) – fotocópia simples
comprovante de residência – fotocópia simples
diploma e histórico do curso superior – fotocópia autenticada
1 foto 3×4
Obs.: não será aceita a CNH.
HOSPEDAGEM
Há possibilidades de hospedagem no local do curso. Valores referente a hospedagem não estão inclusos no valor da inscrição do curso. A reserva deverá ser solicitada através do email [email protected] enviando nome completo do hóspede, data de chegada e data de saída. Outras informações: (11) 3649-0200, ramal 2003 com Cristina Prado.
INFORMAÇÕES
Sobre o Processo Seletivo e dúvidas pedagógicas: [email protected] Outras dúvidas e informações sobre o Curso: [email protected] – (11) 3649-0200, ramal 2005
Nos dias 26 a 30 de setembro último, aconteceu 34ª Semana de Liturgia com o tema: “O rito como fonte do sacerdócio batismal e lugar do seu exercício”, no Mosteiro de Itaici, Indaiatuba-SP, promovida pelo Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard, em parceria com a Rede Celebra e certifica pelo UNISAL.
A 34ª Semana de Liturgia teve início com concentração no adro da igreja Santo Inácio no mosteiro as 16h. Com dinâmica, ciranda e a procissão para iniciar a celebração eucarística. Após a missa seguiu-se para o jantar. As 20h houve apresentação dos/as participantes, no salão de encontro e o Pe. Danilo César expôs a justificativa do tema.
Todos os dias as 7h rezava-se a oração das laudes com Oficio Divino das Comunidades. Logo após seguia-se para o café da manhã. As 8h45 dava-se inicio as atividades, fazendo sempre a memória do dia anterior.
Quanto às exposições, de terça a quinta foram abordados os temas: “O rito como fonte geradora do sacerdócio batismal e lugar do seu exercício: a preparação das oferendas – 1.ª parte: Mistagogia – Descrição ritual (a partir da celebração do dia anterior)”- (Pe. Márcio Pimentel); “A piedade popular: lugar teológico de sobrevivência do exercício do sacerdócio batismal” – (Ir. Penha Carpanedo); “Devocionismo: inconsciência do sacerdócio batismal e conivência com o clericalismo” – (Pe. Danilo Cesar); “A igreja e a casa: o sacerdócio batismal exercido entre espaço e tempo – 1.ª parte” e “O simulacro da igreja e da casa – o ‘espaço’ virtual: lugar para o exercício do sacerdócio? – 2.ª parte” – (D. Jeronimo).
Na sexta-feira na parte da manhã houve uma conversa com cada assessor/a fazendo ressonâncias do que foi vivido durante a semana e como vivenciar isso na prática do dia a dia na comunidade eclesial.
As 14h, todos os dias, acontecia o ensaio dos cantos para as celebrações e às 14h30, de terça a quinta-feira, Fr. Joaquim Fonseca, com muita competência, explicitava os temas: “O rito como fonte geradora do sacerdócio batismal: o canto da assembleia”; “O rito como lugar do exercício do sacerdócio batismal da assembleia: canto”; “O rito como lugar do exercício do sacerdócio batismal: a questão do canto dos ministros da música ritual[cantores, músicos, salmistas, presidente]”.
Após a exposição do assunto, havia uma parada para o intervalo, após o café, seguia-se para as vivências: → “Rito da Assinalação na entrada do catecumenato”; → “Rito da Bênção da mesa doméstica” e → “Rito do Cântico de Maria”, sempre as 16h, cada grupo com dois monitores. Pe. Marlon Ramos Lopes, foi quem preparou as vivências para essa semana de liturgia. Que foi muito bem avaliada pela equipe como também pelos participantes.
Ao longo desta 34ª Semana de Liturgia estiveram presentes os seguintes assessores: Pe. Márcio Pimentel, Ir. Penha Carpanedo, Pe. Danilo César, Dom Jerônimo, Ir. Veronice Fernandes, Elza Helena, Arnaldo Temochko, Fr. Joaquim Fonseca e Pe. Marlon Lopes. A equipe contou com a participação do músico Frei Telles e Ir. Neideane no trabalho da secretaria. Ao todo eram 102 participantes: 91 inscritos de todas as regiões do Brasil e 11 pessoas na equipe de trabalho.
A 34º Semana de Liturgia foi avaliada positivamente por parte dos participantes, como também houveram sugestões para a próxima semana de liturgia, que já tem data para acontecer: 16 a 20 de outubro de 2023.
Logo após para finalizar a 34ª semana de liturgia, fez-se uma roda com todos os participantes para cantar o hino “A ti, Ó Deus (Te Deum)”, no Oficio Divino das Comunidades.
A Semana de Liturgia acontece desde 1987 e é promovida pelo Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard, em parceria com a Rede Celebra tendo apoio da Comissão Episcopal Pastoral para Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e certificada pelo UNISAL.
De 20 a 22 de setembro, o curso de Teologia da UNICAP, juntamente com o Instituto Humanitas, o Programa de Pós-graduação de Teologia, o Instituto de Liturgia da UNICAP e a Arquidiocese de Olinda e Recife, com o intuito de contribuir no processo de reflexão e na preparação para o XVIII Congresso Eucarístico Nacional a ser realizado em Recife de 11 a 15 de novembro de 2022, realiza sua XXVI Semana Teológica e o I Colóquio Internacional de Liturgia, com o tema “Eucaristia como sinal de Reconciliação: ética, paz e ecologia”, nos dias 20, 21 e 22 de setembro de 2022.
Nós, Pias Discípulas do Divino Mestre, ficamos felizes com a participação da Ir. Paula Carlos de Souza em uma das oficinas deste importante evento para nossa Igreja. Ir. Paula atualmente é mestranda.
Essa Semana Teológica e esse Colóquio pretendem ser um espaço de debate acadêmico e pastoral, com o objetivo de alargar os horizontes e contribuir no labor teológico, do debate na área dos estudos teológicos. Para alcançar essa meta, serão oferecidas conferências, mesas de debate, oficinas, sessões de comunicações, além de apresentações culturais, que podem ser encontras na programação geral, a seguir:
PROGRAMAÇÃO
20/09 – Terça-feira:
Conferência de abertura: “Existe uma ética eucarística?” Palestrante:
Prof. Dr. Patrick Prétot, OSB (Instituto Católico de Paris)
Horário: 14h
Mesa temática: “Ite missa est!” Pistas de reflexão sobre uma “vida eucarística” fora dos muros da Igreja. Palestrantes:
Prof. Ms. Pedro Igor (UNICAP)
Dom Antônio Limacêdo (Bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife)
Horário: 16h
21/09 – Quarta-feira:
Conferência: “Ressignificar a vida em tempos de pandemia e de guerra, celebrando a Eucaristia” Palestrante:
Prof. Dr. Pedro Rubens Oliveira, SJ (UNICAP)
Horário: 14h
Mesa temática: “Traditionis custodes: a celebração da eucaristia e o desafio da unidade eclesial” Palestrantes:
Prof. Dr. Dom Jerônimo, OSB (UNICAP)
Dom Armando Bucciol (Diocese de Livramento de Nossa Senhora)
Horário: 16h
22/09 – Quinta-feira:
Conferência: “O espaço celebrativo como locus teológico da comunhão eclesial” Palestrante:
Prof. Dr. Gilles Drouin (Instituto Católico de Paris)
Horário: 14h Local:
Mesa temática: A liturgia eucarística como paradigma para reconciliação Palestrantes:
Tema 1: “Eucaristia em tempos de Laudato Si: perspectiva ecológica da celebração eucarística” Prof. Dr. Luiz Vieira da Silva (UNICAP) Local: B302
Tema 2: “Eucaristia à luz de Fratelli Tutti: amizade social e novos horizontes democráticos” Prof. Dr. Sergio Albuquerque Damião (UNICAP) Local: B303
Tema 3: “Eucaristia e Sagrada Escritura: alimento e comunhão em textos selecionados do Antigo e Novo Testamento” Prof. Dr. Cláudio Vianney Malzoni (UNICAP) Local: B304
Tema 4: “O dinamismo eucarístico como fomento do ecumenismo e do diálogo inter-religioso”” Prof. Dr. Christiano de Souza e Silva (UNICAP)
Tema 5: “A Igreja faz a Eucaristia e a Eucaristia faz a Igreja”: A Eucaristia como fomento da vida da Igreja Ir. Paula Souza, PDDM