A liturgia do dia desta terça-feira, 2 de setembro de 2025, nos convida a mergulhar no mistério da presença libertadora de Cristo, que vence as trevas e oferece uma vida nova em comunhão com Deus. Estamos na 22ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I), e as leituras propostas pela Igreja nos recordam a vigilância, a confiança e a vitória da luz sobre toda forma de mal.
As leituras são:
- Primeira leitura: 1Ts 5,1-6.9-11
- Salmo responsorial: Sl 26(27),1.4.13-14 (R. 13)
- Evangelho: Lc 4,31-37
Primeira leitura: 1Ts 5,1-6.9-11 – Viver na luz de Cristo
Na carta aos Tessalonicenses, São Paulo nos exorta a viver como filhos da luz. Ele recorda que o “Dia do Senhor” virá de maneira inesperada, como “ladrão de noite”. Por isso, não podemos viver adormecidos, acomodados ou distraídos com as ilusões deste mundo.
A mensagem é clara: quem pertence a Cristo não anda nas trevas. Somos chamados à sobriedade, à vigilância e à fé constante. Paulo reforça que não fomos destinados para a ira, mas para alcançar a salvação por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele morreu por nós para que, estejamos acordados ou adormecidos, vivamos unidos a Ele.
A liturgia do dia nos lembra, assim, que a vida cristã é marcada pela esperança. Não se trata de medo do fim, mas de uma confiança que fortalece a comunidade. É por isso que Paulo conclui incentivando os irmãos: “Consolai-vos uns aos outros e edificai-vos mutuamente”. O chamado é para viver em comunhão, ajudando-nos a permanecer firmes na luz.
Salmo responsorial: Sl 26(27) – “Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver”
O salmo 26 é uma resposta confiante à mensagem da primeira leitura. O salmista proclama: “O Senhor é minha luz e salvação; a quem eu temerei?” É um convite à confiança plena em Deus, mesmo diante das dificuldades e ameaças.
O salmo nos conduz a uma atitude de esperança, de quem espera a ação de Deus com paciência e certeza de que a vitória final pertence ao Senhor. A liturgia do dia nos ajuda, portanto, a recordar que a verdadeira segurança não está nas forças humanas, mas na bondade divina que nunca falha.
Evangelho: Lc 4,31-37 – Jesus vence o mal e anuncia com autoridade
No Evangelho segundo São Lucas, contemplamos Jesus em Cafarnaum, ensinando com autoridade. Sua palavra não era como a dos mestres da lei, mas carregava uma força que tocava profundamente os corações. A cena ganha intensidade quando Ele expulsa um espírito impuro que atormentava um homem.
O demônio reconhece quem é Jesus: “Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus!” Essa confissão involuntária revela a identidade de Cristo, que veio para libertar o ser humano do poder do mal. Com uma ordem firme, Jesus manda que o espírito saia, e todos ficam admirados com o poder de Sua palavra.
A liturgia do dia nos coloca diante da força libertadora de Cristo. Sua presença não apenas ensina, mas transforma. Ele não é um mestre qualquer, mas o Filho de Deus que tem autoridade sobre o mal, sobre as doenças e sobre a morte.
Esse Evangelho nos convida a refletir: quais são os “espíritos impuros” que ainda nos escravizam? Medos, vícios, rancores, mentiras, desânimos? Cristo tem poder de libertar cada um de nós, assim como libertou aquele homem em Cafarnaum. Basta nos abrirmos à Sua graça.
Mensagem central da liturgia do dia
Unindo as três leituras, vemos uma linha condutora: a vitória da luz sobre as trevas.
- São Paulo nos exorta à vigilância, lembrando que somos filhos da luz.
- O salmo proclama a confiança no Senhor que é nossa salvação.
- O Evangelho mostra Jesus vencendo o mal com Sua palavra poderosa.
A liturgia do dia nos recorda que a vida cristã não é passiva. Precisamos estar atentos, vigilantes, enraizados na fé e abertos à ação libertadora de Cristo. A vigilância espiritual não é medo, mas confiança ativa, esperança que se traduz em escolhas concretas de vida nova.
Essa mensagem é profundamente atual. Em um mundo marcado por tantas incertezas, inseguranças e crises, o convite à vigilância e à confiança em Cristo é essencial. Muitas vezes, nos deixamos adormecer pelo comodismo, pelas distrações digitais ou pelas promessas fáceis de felicidade passageira.
A liturgia do dia nos chama a despertar. Lembra-nos de que o tempo da salvação é agora. Precisamos nos revestir da sobriedade e da fé, para não sermos vencidos pelo medo ou pela indiferença.
O Evangelho nos mostra que os “espíritos impuros” continuam presentes na sociedade: egoísmo, injustiça, ódio, violência. Mas também nos garante que Cristo é mais forte do que todas essas forças. Sua palavra continua a ter autoridade para transformar vidas.
Celebrar a liturgia do dia é, portanto, atualizar em nossa vida essa certeza: Jesus está vivo, caminha conosco e tem poder de nos libertar.
A liturgia do dia nos inspira a três atitudes concretas:
- Vigilância espiritual: estar atentos à presença de Deus e não deixar que a rotina ou o pecado nos adormeçam.
- Confiança em Deus: diante das dificuldades, proclamar como o salmista: “O Senhor é minha luz e salvação.”
- Abertura à libertação de Cristo: deixar que Sua palavra nos transforme, nos cure e nos liberte das cadeias que nos prendem.
A liturgia do dia desta terça-feira, 2 de setembro de 2025, nos revela a força da Palavra de Deus que ilumina, consola e liberta. Ela nos recorda que somos filhos da luz, chamados à vigilância e à confiança. O salmo reforça que nossa esperança está em Deus, e o Evangelho confirma que Cristo tem poder sobre todo mal.
Ao participar da liturgia do dia, renovamos nossa fé no Senhor que é nossa luz e salvação. Que possamos deixar que Sua Palavra nos transforme, para que vivamos em sobriedade, esperança e comunhão fraterna, sendo sinais da vitória da luz sobre as trevas no mundo de hoje.

