Encontro Anual das Junioristas 2021

De 13 à 15 de fevereiro, houve o Encontro Anual das Irmãs Junioristas Pias Discípulas do Divino Mestre no município de Cabreúva, SP, para o encontro anual, mantendo o distanciamento social nesse tempo de pandemia. O encontro foi facilitado pela formadora Ir. Juceli Aparecida Mesquita. Também as irmãs junioristas tiveram a oportunidade de ter a presença da vigária geral Ir. Lídia Natsuko Awoki, que estava de passagem pelo Brasil.

 No primeiro dia de encontro as jovens irmãs partilharam um pouco sobre como cada uma se encontra e suas expectativas para o ano que está iniciando.

No segundo dia o encontro, motivadas pela Ir. Lídia, as jovens irmãs refletiram sobre o artigo: “Re-imaginar o futuro: A espiritualidade e o carisma ajudam a Vida Religiosa a ser mais geradora neste Tempo”, de Ir. Teresa Gil Muñoz, STJ, e também sobre a homilia do papa Francisco do dia 02.02.2021, em ocasião da festa da Apresentação do Senhor e Dia Mundial da Vida Consagrada com o tema: “A paciência de Deus não exige perfeição, mas generosidade do coração”. Após a leitura e reflexão dos textos, as irmãs colocaram os pontos chaves em forma de teatro. No final da apresentação escutaram a canção que fala sobre a paciência, autor Lenine. Na parte da tarde, Ir. Juceli Mesquita conduziu outro momento com uma roda de partilha. O grupo finalizou aquele dia fazendo uma ligação para madre geral Ir. Micaela Monetti e a Ir. Natali Bertoso que não pode se juntar ao grupo de forma presencial. Assim finalizaram louvando ao Senhor pelas maravilhas vividas naquele dia.

No último dia de encontro, o grupo avaliou e planejou para o próximo encontro que está previsto para setembro de 2021.

O Encontro Anual das Irmãs Junioristas Pias Discípulas do Divino Mestre é uma possibilidade das jovens irmãs se reunirem e juntas, partilharem sua vida nestes primeiros anos de vida religiosa. Agradecemos a cada uma pelo sim generoso e pelo acompanhamento das Irmãs Juceli e Lídia às nossas jovens e queridas irmãs.

MENSAGEM DO PAPA FRANSCICO PARA QUARESMA 2021

Abaixo, a mensgem do Papa Francisco na íntegra para esta Quaresma de 2021.

«Vamos subir a Jerusalém…» (Mt 20, 18).
Quaresma: tempo para renovar fé, esperança e caridade.

Queridos irmãos e irmãs!

Jesus, ao anunciar aos discípulos a sua paixão, morte e ressurreição como cumprimento da vontade do Pai, desvenda-lhes o sentido profundo da sua missão e convida-os a associarem-se à mesma pela salvação do mundo.

Ao percorrer o caminho quaresmal que nos conduz às celebrações pascais, recordamos Aquele que «Se rebaixou a Si mesmo, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz» (Flp 2, 8). Neste tempo de conversão, renovamos a nossa fé, obtemos a«água viva» da esperança e recebemos com o coração aberto o amor de Deus que nos transforma em irmãos e irmãs em Cristo. Na noite de Páscoa, renovaremos as promessas do nosso Batismo, para renascer como mulheres e homens novos por obra e graça do Espírito Santo. Entretanto o itinerário da Quaresma, como aliás todo o caminho cristão, já está inteiramente sob a luz da Ressurreição que anima os sentimentos, atitudes e opções de quem deseja seguir a Cristo.

jejum, a oração e a esmola – tal como são apresentados por Jesus na sua pregação (cf. Mt 6, 1-18) – são as condições para a nossa conversão e sua expressão. O caminho da pobreza e da privação (o jejum), a atenção e os gestos de amor pelo homem ferido (a esmola) e o diálogo filial com o Pai (a oração) permitem-nos encarnar uma fé sincera, uma esperança viva e uma caridade operosa.

1. A fé chama-nos a acolher a Verdade e a tornar-nos suas testemunhas diante de Deus e de todos os nossos irmãos e irmãs

Neste tempo de Quaresma, acolher e viver a Verdade manifestada em Cristo significa, antes de mais, deixar-nos alcançar pela Palavra de Deus, que nos é transmitida de geração em geração pela Igreja. Esta Verdade não é uma construção do intelecto, reservada a poucas mentes seletas, superiores ou ilustres, mas é uma mensagem que recebemos e podemos compreender graças à inteligência do coração, aberto à grandeza de Deus, que nos ama ainda antes de nós próprios tomarmos consciência disso. Esta Verdade é o próprio Cristo, que, assumindo completamente a nossa humanidade, Se fez Caminho – exigente, mas aberto a todos – que conduz à plenitude da Vida.

O jejum, vivido como experiência de privação, leva as pessoas que o praticam com simplicidade de coração a redescobrir o dom de Deus e a compreender a nossa realidade de criaturas que, feitas à sua imagem e semelhança, n’Ele encontram plena realização. Ao fazer experiência duma pobreza assumida, quem jejua faz-se pobre com os pobres e «acumula» a riqueza do amor recebido e partilhado. O jejum, assim entendido e praticado, ajuda a amar a Deus e ao próximo, pois, como ensina São Tomás de Aquino, o amor é um movimento que centra a minha atenção no outro, considerando-o como um só comigo mesmo [cf. Enc. Fratelli tutti (= FT), 93].

A Quaresma é um tempo para acreditar, ou seja, para receber a Deus na nossa vida permitindo-Lhe «fazer morada» em nós (cf. Jo 14, 23)Jejuar significa libertar a nossa existência de tudo o que a atravanca, inclusive da saturação de informações – verdadeiras ou falsas – e produtos de consumo, a fim de abrirmos as portas do nosso coração Àquele que vem a nós pobre de tudo, mas «cheio de graça e de verdade» (Jo 1, 14): o Filho de Deus Salvador.

2. A esperança como «água viva», que nos permite continuar o nosso caminho

A samaritana, a quem Jesus pedira de beber junto do poço, não entende quando Ele lhe diz que poderia oferecer-lhe uma «água viva» (cf. Jo 4, 10-12); e, naturalmente, a primeira coisa que lhe vem ao pensamento é a água material, ao passo que Jesus pensava no Espírito Santo, que Ele dará em abundância no Mistério Pascal e que infunde em nós a esperança que não desilude. Já quando preanuncia a sua paixão e morte, Jesus abre à esperança dizendo que «ressuscitará ao terceiro dia» (Mt 20, 19). Jesus fala-nos do futuro aberto de par em par pela misericórdia do Pai. Esperar com Ele e graças a Ele significa acreditar que, a última palavra na história, não a têm os nossos erros, as nossas violências e injustiças, nem o pecado que crucifica o Amor; significa obter do seu Coração aberto o perdão do Pai.

No contexto de preocupação em que vivemos atualmente onde tudo parece frágil e incerto, falar de esperança poderia parecer uma provocação. O tempo da Quaresma é feito para ter esperança, para voltar a dirigir o nosso olhar para a paciência de Deus, que continua a cuidar da sua Criação, não obstante nós a maltratarmos com frequência (cf. Enc. Laudato si’3233.4344). É ter esperança naquela reconciliação a que nos exorta apaixonadamente São Paulo: «Reconciliai-vos com Deus» (2 Cor 5, 20). Recebendo o perdão no Sacramento que está no centro do nosso processo de conversão, tornamo-nos, por nossa vez, propagadores do perdão: tendo-o recebido nós próprios, podemos oferecê-lo através da capacidade de viver um diálogo solícito e adotando um comportamento que conforta quem está ferido. O perdão de Deus, através também das nossas palavras e gestos, possibilita viver uma Páscoa de fraternidade.

Na Quaresma, estejamos mais atentos a «dizer palavras de incentivo, que reconfortam, consolam, fortalecem, estimulam, em vez de palavras que humilham, angustiam, irritam, desprezam» (FT, 223). Às vezes, para dar esperança, basta ser «uma pessoa amável, que deixa de lado as suas preocupações e urgências para prestar atenção, oferecer um sorriso, dizer uma palavra de estímulo, possibilitar um espaço de escuta no meio de tanta indiferença» (FT, 224).

No recolhimento e oração silenciosa, a esperança é-nos dada como inspiração e luz interior, que ilumina desafios e opções da nossa missão; por isso mesmo, é fundamental recolher-se para rezar (cf. Mt 6, 6) e encontrar, no segredo, o Pai da ternura.

Viver uma Quaresma com esperança significa sentir que, em Jesus Cristo, somos testemunhas do tempo novo em que Deus renova todas as coisas (cf. Ap 21, 1-6), «sempre dispostos a dar a razão da [nossa] esperança a todo aquele que [no-la] peça» (1 Ped 3, 15): a razão é Cristo, que dá a sua vida na cruz e Deus ressuscita ao terceiro dia.

3. A caridade, vivida seguindo as pegadas de Cristo na atenção e compaixão por cada pessoa, é a mais alta expressão da nossa fé e da nossa esperança

A caridade alegra-se ao ver o outro crescer; e de igual modo sofre quando o encontra na angústia: sozinho, doente, sem abrigo, desprezado, necessitado… A caridade é o impulso do coração que nos faz sair de nós mesmos gerando o vínculo da partilha e da comunhão.

«A partir do “amor social”, é possível avançar para uma civilização do amor a que todos nos podemos sentir chamados. Com o seu dinamismo universal, a caridade pode construir um mundo novo, porque não é um sentimento estéril, mas o modo melhor de alcançar vias eficazes de desenvolvimento para todos» (FT, 183).

A caridade é dom,que dá sentido à nossa vida e graças ao qual consideramos quem se encontra na privação como membro da nossa própria família, um amigo, um irmão. O pouco, se partilhado com amor, nunca acaba, mas transforma-se em reserva de vida e felicidade. Aconteceu assim com a farinha e o azeite da viúva de Sarepta, que oferece ao profeta Elias o bocado de pão que tinha (cf. 1 Rs 17, 7-16), e com os pães que Jesus abençoa, parte e dá aos discípulos para que os distribuam à multidão (cf. Mc 6, 30-44). O mesmo sucede com a nossa esmola, seja ela pequena ou grande, oferecida com alegria e simplicidade.

Viver uma Quaresma de caridade significa cuidar de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia por causa da pandemia de Covid-19. Neste contexto de grande incerteza quanto ao futuro, lembrando-nos da palavra que Deus dera ao seu Servo – «não temas, porque Eu te resgatei» (Is 43, 1) –, ofereçamos, juntamente com a nossa obra de caridade, uma palavra de confiança e façamos sentir ao outro que Deus o ama como um filho.

«Só com um olhar cujo horizonte esteja transformado pela caridade, levando-nos a perceber a dignidade do outro, é que os pobres são reconhecidos e apreciados na sua dignidade imensa, respeitados no seu estilo próprio e cultura e, por conseguinte, verdadeiramente integrados na sociedade» (FT, 187).

Queridos irmãos e irmãs, cada etapa da vida é um tempo para crer, esperar e amar. Que este apelo a viver a Quaresma como percurso de conversão, oração e partilha dos nossos bens, nos ajude a repassar, na nossa memória comunitária e pessoal, a fé que vem de Cristo vivo, a esperança animada pelo sopro do Espírito e o amor cuja fonte inexaurível é o coração misericordioso do Pai.

Que Maria, Mãe do Salvador, fiel aos pés da cruz e no coração da Igreja, nos ampare com a sua solícita presença, e a bênção do Ressuscitado nos acompanhe no caminho rumo à luz pascal.

Roma, em São João de Latrão, na Memória de São Martinho de Tours, 11 de novembro de 2020.

Francisco

Fonte: http://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/lent/documents/papa-francesco_20201111_messaggio-quaresima2021.html

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Renovo por mais um ano…

RENOVAÇÃO DOS VOTOS RELIGIOSOS DAS IRMÃS JUNIORISTAS PIAS DISCÍPULAS DO DIVINO MESTRE

O dia 10 de fevereiro é a data para as Primeiras Profissões religiosas. Esta data se recorda a fundação da Congregação.
Assim, nossas irmãs junioristas renovam os votos a cada ano, nas diversas comunidades que elas fazem parte.

Acompanhamos a cada uma com nosssas orações.

COMUNIDADE JARDIM DIVINO MESTRE| CABREÚVA, SP
IR. SAMILLIS PRAIA CASTRO
RENOVAÇÃO DOS VOTOS: 9 DE FEVEREIRO

Na manhã do dia 09 de fevereiro, na capela Divino Mestre, em Cabreúva-SP, durante a celebração eucarística, presidida pelo Pe. Joaquim, a Ir. Samillis Praia Castro renovou os votos de castidade, pobreza e obediência. Assim se expressa a ir. Samillis: “Estou contente, porque o Senhor, misericordioso, é fiel para comigo e continua renovando a força do seu chamado em minha vida. Gratidão a todos que rezam pela minha vocação e me ajudam a viver este dom com liberdade e inteireza”.

COMUNIDADE TIMÓTEO GIACCARDO | SÃO PAULO, SP
IR. BIANCA, IR. JÉSSICA, IR. NEIDEANE E IR. ROMILDA
RENOVAÇÃO DOS VOTOS RELIGIOSOS: 9 DE FEVEREIRO

No dia 09 de fevereiro de 2021, durante a celebração eucarística presidida pelo Padre Jakson Ferreira de Alencar, SSP, na Comunidade Timóteo Giaccardo em São Paulo, Ir. Maria Antônia Bianca Oliveira dos Santos, Ir. Maria Jéssica Carolina Vallenilla Pérez, Ir. Maria Neideane Alves Monteiro e Ir. Maria Romilda Cordeiro Sarmento renovaram com voto, por um ano, os Conselhos Evangélicos.
A celebração deu-se início às 18h30. Após a saudação inicial do Pe. Jakson, Ir. Penha Carpanedo fez um breve comentário acolhendo a todos que se faziam presentes.
Após a homilia, as irmãs diante da palavra renovaram os votos de castidade, pobreza e obediência. Recebeu os votos a provincial Ir. Marilez Furlanetto, delegada da superiora geral. As irmãs tiveram como testemunhas Ir. Kelly Silva de Oliveira e Ir. Luciana Tonon.
Logo após a celebração a comemoração estendeu-se com um delicioso jantar cantando parabéns para as irmãs e assim bendizendo a Deus pelo Dom da vocação.

COMUNIDADE BRASÍLIA, DF
IR. NATALI DOS SANTOS BERTOSO
RENOVAÇÃO DOS VOTOS RELIGIOSOS: 10 DE FEVEREIRO

A celebração da renovação dos votos da Ir. Natali Santos Bertoso aconteceu na Capela do Centro de Apostolado Litúrgico de Brasília, no dia 10 de fevereiro, às 17h.
O pe. Paulo César Magalhães, da Congregação de São Luis Orione, presidiu a celebração. Além da comemoração pela renovação dos votos da Ir. Natali, as irmãs já aproveitaram para iniciar os festejos pelos 60 anos de vida religiosa da Ir. Luisa Mantovani.
A superiora local, Ir. Sônia Ferreira Andrade, recebeu a renovação dos votos da Ir. Natali Santos Bertoso.

Além das irmãs da Comunidade de Brasília, participaram os colaborares do Centro de Apostolado Litúrgico: Junio e Moisés.

VINHO NOVO EM ODRES NOVOS

No dia 04 de fevereiro de 2021, a Província Brasileira das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre, na capela – Casa Provincial, em São Paulo/SP, na Celebração litúrgica das Vésperas, com a presença das Irmãs da comunidade, do governo provincial anterior e a presença de Ir. M. Lídia Natsuko Awoki, vigária geral, delegada nomeada pela Superiora Geral, Ir. M. Micaela Monetti, as irmãs solenemente receberam o mandato aos ministérios para formar o Governo Provincial para o triênio (2021 -2023).

Ir. Marilez Superiora Provincial é nomeada num segundo mandato

Ir. Mª Teresinha Lubiana: Vigária provincial

Ir. Vera Maria Galvan: Conselheira Provincial

Ir. Mª. Kelly Silva de Oliveira: Conselheira Provincial

Ir. Mª. Luciana Tonon: Conselheira Provincial

Ir. Mª. Julia Cristina de Almeida: Secretária provincial

Ir. Mª. Edilaine Alves de Souza: Ecônoma provincial

Em obediência ao chamado do Senhor e apoiadas com nossa comunhão e oração, as Irmãs responderam “Eis me aqui, Senhor” e se comprometeram a promover a unidade, de formar ao sentido de pertença a nossa Família religiosa, de organizar e incrementar a vida de caridade e a missão, animando a participação de todas as irmãs e jovens, em sintonia com a inteira Congregação, Família Paulina e Igreja.

As irmãs que estavam no governo provincial até agora também receberam uma bonita homenagem e oraçoes. Com o refrão carismático: O Senhor vai acendendo luzes à medida que precisamos, as Irmãs do governo Provincial que encerram o seu ministério, simbolicamente entregaram as novas irmãs uma vela, luz para iluminar a missão.

Gratidão a Deus pelo sim assumido das Irmãs do Governo Provincial que se colocam ao ministério da Unidade, do Carisma da Congregação, no Seguimento de Jesus, Caminho, Verdade e Vida, a exemplo da Venerável Madre Escolástica Rivata, e no espírito do fundador, o Bem -aventurado padre Alberione.

A celebração foi concluída com o hino de Benção de Deus, de nossos pais e mães na Fé.

Mensagem da Madre Geral das Pias Discípulas pelo 25º Dia Mundial da Vida Consagrada

Abaixo, na integra, a carta circular númeo 1 deste ano, com a mensagem celebrativa pelo 25º Dia Mundial da Vida Consagrada e Festa da Apresentação do Senhor.

———— CIRCULAR N. 1 ————-
Pie Discepole del Divin Maestro – Casa Generalizia
Roma, 31 de janeiro de 2021
Dia do Senhor

Queridas irmãs,
recebemos una carta afetuosa do Card. João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, por ocasião do XXV Dia da Vida consagrada que celebramos no próximo 02 de fevereiro, com todo o povo fiel de Deus.
É uma mensagem que convido a acolher com profunda gratidão. Com palavras animadas pela esperança e cheias de participação fraterna, reflete sobre a situação particular e dramática em que estamos imersas, solidárias com toda a humanidade. E nos convida a superar a tentação de nos recuar, lamentarmos, e fechar os olhos, ouvindo, ao invés, as entranhas da misericórdia, como o samaritano que se fez próximo do infeliz encontrado ao longo do caminho.
Ele nos dirige o apelo direto para focar na Encíclica do Papa Francisco Fratelli tutti: “Consagradas e consagrados em institutos religiosos, monásticos, contemplativos, institutos seculares e novos institutos, membros do ‘ordo virginum’, eremitas, membros das sociedades de vida apostólica, pedimos a todos vocês que coloquem esta Encíclica no centro de sua vida, formação e missão. De agora em diante, não podemos ignorar essa verdade: somos todos irmãos e irmãs, como rezamos, talvez não com tanta consciência, no Pai nosso, porque “Sem uma abertura ao Pai de todos, não pode haver razões sólidas e estáveis para o apelo à fraternidade” (FT n. 272)»
A partir de nossa comunidade vocacional abrimos nossos olhos para as sombras de um mundo fechado e, na escola do Evangelho, aprendemos a pensar e gerar um mundo aberto, com um coração aberto para o mundo inteiro. Portanto, imediatamente, no diálogo e favorecendo a amizade social, abrimos caminhos de novos encontros.
Sem esconder-nos as muitas feridas à fraternidade que provocamos todos os dias, ou as sofremos, na vida em comunidade, juntas reencontramos as raízes da profecia da vida consagrada. Firmes e enraizadas nela, descobriremos a beleza do que professamos na vida: O amor de Cristo nos reuniu para tornar-nos uma só família de suas discípulas. Como Ele e graças a Ele, no Espírito, podemos responder ao mandamento: “amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e com toda a tua força e amarás o teu próximo como ti mesmo”. Reunidas no seu Nome, e não só por motivos humanos, desejamos ser um sinal humilde e plausível da misericórdia do Pai que opera maravilhas (RV 73).
Todas, independentemente da idade ou situação de vida, somos habilitadas a ser esta profecia: sinal humilde e possível da misericórdia do Pai, que opera em nós e ao nosso redor suas maravilhas. São palavras sobre as quais refletir e, fazê-las descer no profundo da consciência, para que se enraízem e deem bons frutos. Nos ungimos mutuamente com o bálsamo do perdão, da cura e da ternura eucarística – como diz o papa Francisco – que atinjamos à uma vida de fé e de intimidade com Deus, para ser reconhecidas por aquilo que somos: discípulas de Jesus Mestre (cf. Jo 13, 34 – 35).
Nessas semanas temos a alegria de acolher entre nós, definitivamente, as juniores que emitem a Profissão Perpétua – em Burkina Faso, Coreia, Índia,–; as noviça que emitem a profissão religiosa temporária – no Congo, na Coreia, nas Filipinas,– e outras jovens que estão progredindo no caminho formativo. É uma bela oportunidade para nos lembrar, realisticamente, que não é importante ser numerosas, mas ser acesas. Como o Bemaventurado Padre Alberione muitas vezes repete: “Ser acesas para iluminar”.
No dia 10 de fevereiro, celebraremos juntas a Festa dos inícios na memória daquele dia em que tudo teve, publicamente, princípio. Na gratidão por Madre Escolástica Rivata e pelas Irmãs, por ela escolhidas para constituir a primeira comunidade de Pias Discípulas, entramos, idealmente, em diálogo com elas para ouvir delas “como era no princípio “. Não se trata apenas de fazer um exercício de reconstrução histórica, mas de deixar emergir do profundo de mim mesma aquilo que da experiência carismática das primeiras Madres ainda hoje me regenera e me dá alegria. De fato, o carisma das origens é a experiência do Espírito que, de geração em geração, chegou até nós. E hoje, em cada uma de nós, ele é vivido, guardado, aprofundado e constantemente desenvolvido em harmonia com o corpo de Cristo em constante crescimento (cf. MR 11).
O inovador compositor e maestro Gustav Mahler (1860-1911) dizia: “Tradição é guardar fogo, não adorar cinzas”. Eu me pergunto: O que resta, em nós e entre nós, do “fogo dos inícios”? A quem, na comunidade eclesial, ou civil, oferecemos um lugar em torno desse “fogo dos inícios” para continuar a se aquecer, reavivar-se, encontrar conforto e sentido da vida?
A partilha fraterna das respostas a estas perguntas favoreça entre nós a experiência da narração de vida, em encontros comunitários nutritivos, que alimentem o crescimento na fé e na alegria da vocação, para que a Palavra de Deus corra e seja glorificada.

Ir. M. Micaela Monetti, superiora geral

PDDM: FORMAÇÃO AO NOVO GOVERNO DA PROVÍNCIA DO BRASIL

De 28 de janeiro a 07 de fevereiro, acontece a formação ao governo da Província Brasil das Pias Discípulas do Divino Mestre. A ir. Maria Lidia Natsuko Awoki, vigária geral, está presente neste processo. 

Em carta protocolar do Governo Geral, datada de 19 de janeiro de 2021, a Ir. M. Micaela Monetti, superiora geral, saúda as irmãs e jovens em formação da Província do Brasil e faz-se presença fraterna entre as irmãs. 

Participam desta formação, as irmãs do governo anterior (2018-2020): Vigária Provincial – Ir. Clarinda Piassi; Secretária Provincial – Analice Lúcia Balestrin e Ecônoma e conselheira Provincial – Ir. Ana Patrícia Reinaldo de Oliveira; as conselheiras Ir. Soênia Brito e Ir. Isabel Tonon. E as irmãs que assumem o ministério neste próximo triênio (2021-2023): Ir. Marilez Furlanetto, reeleita provincial; Ir. Mª Teresinha Lubiana, Vigária provincial; as conselheiras Ir. Kelly Silva de Oliveira, Ir. Luciana Tonon, Ir. Vera Maria Galvan; Ir. Mª Edilaine Alves de Souza, Ecônoma provincial. A ir. Julia Cristina de Almeida, secretária, não participa deste momento formativo porque não conseguiu se deslocar para São Paulo, por conta da Pandemia.

Para a formação deste novo governo, a Madre Geral na sua carta motivou a todas para este momento diferente, mas memorável para a vida comunitária das Pias Discípulas. 

Em carta, a Ir. M. Micaela anima:

Não obstante a grave crise produzida pela pandemia em curso, Ir. M. Lidia Awoki, vigária geral, pôde viajar e entrar no Brasil.

A presença dela entre vocês manifesta a comunhão e a participação do governo geral na vida das comunidades das Pias Discípulas no Brasil. É também a oportunidade de reavivar entre nós o já profundo sentido de pertença à Congregação, sentir-nos parte integrante de um organismo internacional e intercontinental que só deseja contribuir para a difusão do Reino de Deus no mundo seguindo Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida.

Ela foi por mim delegada para a formação ao serviço do governo provincial composto por Ir. Marilez Furlanetto, por suas conselheiras, pela ecônoma e pela secretária. Com um programa acordado em precedência, elas estarão empenhadas a partir de 28 de janeiro próximo, pelos dias sucessivos necessários.

Em diálogo com Ir. Marilez Furlanetto, superiora provincial, e as outras irmãs do governo, serão tomados em consideração os aspectos prioritários para o caminho da Província, rumo a 2023, na comunhão eclesial e de Família Paulina.

Nesta visita, entre irmãs em Cristo, procurarão individuar, juntas, a vida nova que flui na fraternidade, no empenho apostólico e de santificação, de todas e de cada uma. Aquela vida que, a partir do 9° Capítulo geral, desejamos deixar emergir livre e alegre, como testemunho de que, encontrar Jesus e segui-lo como discípulas, no século XXI, dá alegria e sentido à existência. De fato, a vida nova é Ele, o Divino Mestre que vive em nós, em crescimento contínuo até a plena estatura de pessoa perfeita, que deseja doar a própria vida para que o mundo creia e possa participar da alegria do Evangelho.

Na alegria e na paz, que São Paulo deseja às comunidades cristãs, acompanho vocês com afeto.

No dia 28/01/2021, o dia iniciou com a leitura da carta acima. A seguir, Ir. M. Lidia conduziu um momento de oração com a leitura dos textos litúrgicos do dia: 1ª Leitura – Hb 10,19-25; Salmo 23 (24),1-2. 3-4ab. 5-6 (R. Cf. 6); e Evangelho – Mc 4,21-25. A partir do Evangelho e leitura de Hebreus fez uma reflexão focando na dimensão do “olhar e o prestar atenção”. Provocou a participação e partilha entre as irmãs a partir da pergunta: “Estes últimos trinta dias, como prestei atenção em minha pessoa em minha comunidade?”.  Ir. Marilez Furlanetto conduziu a apresentação do relatório da Província do triênio 2018-2020.

No dia 29/01 Ir. Ana Patrícia Reinaldo apresentou o relatório no que se refere à comunhão dos bens. Também no neste dia 29/01, aconteceu um breve momento online com a Ir. M. Micaela, expressando a comunhão com a superiora geral, partilhando a alegria e a disponibilidade do serviço.

Este momento formativo continuará dia 30/01 com uma jornada de intensa oração e partilha. 

Acompanhemos nossas irmãs com nossas orações.

ATENÇÃO: PARA AS FOTOS ABAIXO, AS IRMÃS RETIRARAM AS MÁSCARAS. DURANTE TODO O EVENTO, ESTÃO SENDO USADAS AS MÁSCARAS, ÁLCOOL EM GEL E TENTADO RESPEITAR O DISTANCIMENTO ENTRE IRMÃS.

Agora se começa! Caminhando rumo à abertura do Ano Bíblico da Família Paulina

Estamos nos preparando para celebrar o Ano Bíblico da Família Paulina (o terceiro, depois do de 1960-1961, desejado pelo Fundador, e o de 1991-1992, promovido pelos Superiores Gerais de nossas Congregações). O ano bíblico que abriremos em 26 de novembro tem, no entanto, algumas peculiaridades que o tornam, pelo menos em parte, também um “Centenário” de eventos importantes que não devem ser desperdiçados.
Em 15 de setembro de 1920, o Papa Bento XV, promotor da Obra Nacional para a Boa Imprensa, promulga a Encíclica Spiritus Paraclitus, colocando a divulgação e a leitura do Novo Testamento no coração da Boa Imprensa: «Tanto quanto cabe a nós, Veneráveis Irmãos, nunca deixaremos, seguindo o exemplo de Jerônimo, de exortar a todos os cristãos a ler diariamente e intensamente, sobretudo os santíssimos Evangelhos de nosso Senhor, bem como os Atos dos Apóstolos e as Epístolas, de modo a transformá-los em substância e sangue vitais».
A exortação do papa foi imediatamente acolhida por Alberione. Vários anos depois (em 1962), em uma de suas cartas, Pe. Alberione faz de 1920-1921 a fonte de seu intenso serviço à Palavra: «A difusão da Boa Imprensa foi a cooperação que teve a maior implementação, principalmente depois para a difusão do Evangelho, do qual centenas de milhares de cópias já em 1920-1923 foram editadas». Isso é confirmado por uma meditação de 1960 às Pias Discípulas do Divino Mestre, na qual o Ano Bíblico de 1960-1961 está enraizado no espírito das origens: «Em 1920-1922, escrevi na Vida Pastoral e no Cooperador: “Em toda família haja o Crucifixo, a imagem de Nossa Senhora e haja o Evangelho”. Agora digamos, com um passo à frente: “Em toda família: o crucifixo, a imagem de Nossa Senhora e a Bíblia completa”. Que ela seja bem honrada, lida e posta em prática: ou seja, os ensinamentos dados sejam recebidos, acolhidos».
Alguns meses depois, em abril de 1921, o Primeiro Mestre [Alberione] enfatiza: «Há uma coisa em particular a qual é bom ter muita consideração: acima de tudo, a Casa é para a divulgação do Evangelho, é uma missão moderna; como uma Igreja onde a luz da verdade deve brilhar». E este é precisamente o ano em que a “produção própria” parece começar: «Nossa primeira iniciativa bíblica foi realizada em 1921, quando imprimimos a primeira tradução dos Salmos com a nova tradução. Foi um passo notável na época: antes não houve nada parecido. Em seguida, promovemos a impressão de centenas de milhares de Evangelhos» (o texto é retirado de uma meditação às FSP de 1961). Um serviço tornado possível graças ao envolvimento de cooperadores generosos: «Em 1921, um de nossos cooperadores de Cortemilia (Cuneo) se ofereceu para mandar imprimir as primeiras 100.000 cópias dos Evangelhos por sua conta. Um de nossos padres, que atualmente é o Provincial da Espanha, foi encarregado de cuidar da difusão do referido Evangelho nas várias dioceses e paróquias, servindo-se, para esse fim, de grupos de cooperadores dispostos e zelosos. A iniciativa encontrou a concordância de muitos bispos e numerosos párocos, que organizaram depósitos de Evangelhos que depois eram distribuídos entre os paroquianos» (carta de 17 de março de 1962).
Mas há outro evento, de fundamental importância, que nos aproxima do início de nosso apostolado bíblico: a mudança definitiva entre julho e agosto de 1921 da Via Vernazza para a atual Casa Mãe em Alba. De acordo com a cuidadosa introdução ao Donec formetur Christus in vobis, feita por Pe. Antonio F. da Silva, este seria o período da famosa “graça de confirmação” a que devemos as três frases escritas em todas as nossas capelas (“Não temais: estou convosco! Daqui quero iluminar! Tende a dor dos pecados”). O Primeiro Mestre apresenta a entrada na Casa Mãe em um texto intitulado L’Opera di Dio: «A Escola Tipográfica de Alba foi aberta há sete anos em agosto de 1914. Foi um período inteiro de preparação, de sábio aprendizado, um estágio… Portanto, agora devemos começar. Por isso, a Casa toma o seu verdadeiro nome “Pia Sociedade de São Paulo”, deixando pouco a pouco aquele da preparação, e assim são constituídas as suas seções masculina e feminina» (UCBS, 15 de julho de 1921, p. 8).
Os passos estão maduros para que a Pia Sociedade de São Paulo, em 5 de outubro de 1921, seja oficialmente estabelecida, com a profissão dos votos dos primeiros paulinos e a solene inauguração da casa. É o próprio bispo de Alba, Dom Re, a acolher a profissão dos votos dos 14 alunos “mais velhos” e abençoar as novas instalações. Alberione fala de uma «proteção visível do Senhor; por Ele desejada, por Ele guiada, por Ele trazida… [A Casa reúne] catorze pessoas do ramo masculino, oito do ramo feminino que se consagraram ao apostolado da boa imprensa». E na Casa reina uma convicção: «Os tempos apostólicos revivem!».
100 anos depois, o Ano Bíblico nos convida a beber desta “fonte”, levandonos ao coração de nosso serviço à Palavra, para que os tempos apostólicos ainda revivam!

Pe. Giacomo Perego, ssp

ORAÇÃO PARA O ANO BÍBLICO 2020-2021

Ó Jesus,
verdadeira luz que ilumina a humanidade, viestes do
Pai para ser nosso Mestre e nos ensinar seu
caminho na verdade:
Vida e Espírito são as “palavras” que nos destes.
Concedei-nos conhecer os mistérios de Deus e
suas incompreensíveis riquezas.
Mostrai-nos todos os tesouros da sabedoria e da
ciência de Deus, que em vós estão guardados.
Fazei com que a Palavra habite nossa vida, e
ilumine nossos passos.
Fazei com que a Palavra se espalhe rapidamente e
chegue até os confins da terra.
Maria Rainha dos Apóstolos e os santos Pedro e Paulo sejam nosso exemplo, inspiração e guia.
Amém.

Oração livremente inspirada no texto de Pe.Alberione, Leggete le Sacre Scritture(p.320).

Atos dos Apóstolos e a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

 “Eles nos demonstraram uma benevolência fora do comum” (At 28,2), lema escolhido para esta semana de oração: “24 a 31 de maio”. As pessoas que haviam sofrido um naufrágio, durante a viagem de Paulo a Roma, foram acolhidas com generosidade pelos habitantes da ilha de Malta. Essa ilha, situada no coração do mar Mediterrâneo, marca o encontro de civilizações, culturas e religiões. A leitura de “Atos dos Apóstolos 27,18–28,10”, utilizada na festa em Malta para celebrar a chegada da fé cristã através de Paulo, é o texto indicado para iluminar a oração e as celebrações pela unidade dos cristãos, no respeito às diferenças e comunhão na diversidade. O texto bíblico mostra o drama enfrentado pelos diversos grupos de passageiros do navio, para vencer as divisões e garantir a vida para todos em meio à tempestade. A travessia do mar Mediterrâneo reflete também a situação de tantos migrantes e refugiados em busca de vida mais digna.

& Atos dos Apóstolos 27,18–28,10, últimos capítulos do livro que foi escrito em torno do ano 90 da era cristã, quando a perseguição aumentava com o imperador Dominicano (81–96).  Segundo Fernando Altemeyer, o livro dos Atos dos Apóstolos se estrutura em cinco grandes sessões ou blocos:

1. Origens da Igreja em Jerusalém, onde a questão ecumênica está no conflito com o judaísmo legalista. O preço humano desse conflito serão as vidas ceifadas de Estevão e Tiago.

2. Perseguição e missão ecumênica: de Jerusalém a Antioquia, onde a crise ecumênica se situará no encontro das diversas identidades culturais dos samaritanos, antioquenos e etíopes. Aqui vivemos a conversão de Paulo e a perseguição de Pedro.

3. Primeira viagem e Concílio, sendo questão chave no ecumenismo o debate em Jerusalém sobre a circuncisão e os costumes judaicos.  A proclamação de Pedro e o decreto conciliar abrirão caminho para a liberdade ecumênica sem rupturas internas.

4. Grande viagem e fundação das Igrejas na Ásia e na Grécia, sendo o tema ecumênico central a inserção do Evangelho de Cristo no mundo cultural grego e o confronto com as autoridades e estruturas imperiais de Roma.

5. Paulo prisioneiro, desde Jerusalém (ano 58) e Cesareia, e o complexo processo diante de Félix com a narração da viagem à capital do Império, Roma (no outono-inverno do ano 60), e sua prisão domiciliar entre os anos 61-63.

Paulo de Tarso é o defensor de metodologia e pedagogia ecumênicas, marcadas pela abertura e pela superação de imposições. De perseguidor a evangelizador, vive na carne o drama das primeiras divisões entre os cristãos. O clímax da crise ele vive na Igreja de Éfeso. A experiência pessoal de Damasco irá impregnar-se em seus atos e palavras. Sua conversão constitui-se na reviravolta histórica fundamental no movimento cristão primitivo. Depois do que Paulo viveu ali em Damasco, tudo será feito como uma grande tarefa ecumênica.  O “néo-apóstolo ecumênico”, após permanecer três dias sem ver, comer e beber, está preparado para empreender o caminho novo. Escreve cartas para animar e superar conflitos e preconceitos. Fala do único corpo de Cristo em suas epístolas e realiza viagens para costurar e compor um corpo firme e unido. Paulo reconhece que todos têm a possibilidade de conhecer a vontade de Deus e viver o Evangelho (Vida Pastoral – Julho-Agosto de 2001).

& Atos dos Apóstolos 27,1-12: “Embarque para Roma”

A viagem a Roma é consequência do recurso de Paulo ao imperador (25,11; 26,32), mas também a realização de um projeto apostólico (19,21) e de um desígnio providencial (23,11). Paulo viaja em companhia de outros prisioneiros e do centurião com seus soldados. A navegação dependia de ventos favoráveis. A escala em Sidônia possibilitaPaulo “encontrar seus amigos e receber assistência deles” (27,3). Ao chegar a Mira, embarcam em um navio comercial vindo de Alexandria, no Egito, carregado de trigo (27,38) e com outros passageiros. Em Bons Portos tiveram que decidir os rumos da viagem. Já havia passado o “jejum”, o Dia da Expiação celebrado entre o fim de setembro e o início de outubro, e aproximava-se o inverno, quando a navegação era suspensa. Paulo aconselha a permanecer ao abrigo de Creta, a fim de preservar a carga, o navio e, sobretudo as vidas. O piloto queria chegar a Fênix, um porto de Creta mais seguro para passar o inverno. O centurião desejava continuar a viagem e prevalece sua opinião.

& Atos dos Apóstolos 27,13-26: “A tempestade”

O início do inverno no mar Mediterrâneo oriental se caracterizava pela formação de repentinas tempestades. Em tais circunstâncias abandonar a costa meridional de Creta era uma decisão imprudente, pois a embarcação ficava exposta a fortes ventos do norte como o “euraquilão”. Por isso, enfrentaram uma violenta tempestade e o apóstolo Paulo lembra sua predição profética para não deixar Creta. Neste momento difícil, a presença de Paulo anima a esperança dos tripulantes e passageiros:Convido a manter a coragem; pois nenhum de vós perderá a vida” (27,22). Deus manifesta seu plano salvífico mediante o apóstolo Paulo, que transmite confiança a todos os seus companheiros de travessia: “Confio em Deus, que tudo acontecerá como me foi dito” (27,23-25).  “Devemos encalhar em alguma ilha”.

& Atos dos Apóstolos 27,27-44: “Salvos do naufrágio”

 O navio continuava à deriva no mar “Adriático”, parte do Mediterrâneo entre Creta (Grécia) e a Cicília (Itália). Os marinheiros pressentem a aproximação de terra e têm a intenção de abandonar o navio. Paulo comunica paz, promove o diálogo e a colaboração entre todos os passageiros. Ele mesmo se fortalece ao “tomar o pão, dar graças a Deus, partir o pão e comer”, exemplo que reanima todos a se alimentarem também (27,33-38). Esta comida tem sentido eucarístico e o barco neste momento simboliza as comunidades dos seguidores de Cristo, navegando entre ondas tormentosas, porém oferecendo segurança aos que estão a bordo.  O navio finalmente encalha, mas os soldados decidem matar os prisioneiros, os mais vulneráveis (27,41-42). A vida dos descartáveis é conservada em vista de Paulo, instrumento de salvação ao qual Deus confiou a vida de todos os seus companheiros de viagem (27,24).  Assim, “todos chegaram sãos e salvos em terra”.

& Atos dos Apóstolos 28,1-10: “Paulo em Malta”

Malta, com seus portos, servia de base para o comércio no mar Mediterrâneo e era utilizada para passar o inverno. Os que haviam sofrido o naufrágio foram acolhidos com amabilidade: “Eles nos demonstraram uma benevolência fora do comum” (28,2). Unidos ao redor do fogo com os povos da ilha, os grupos que estavam no navio superam as divisões e fortalecem a comunhão na diversidade. “Acolhida e hospitalidade” (28,7) contribuem para o apóstolo Paulo evangelizar, mesmo sob a total vigilância da tropa. A víbora, o poder opressor (Mc 16,18; Lc 10,19) não impede o prisioneiro Paulo de realizar sinais libertadores em favor da vida e dignidade das pessoas.  O pai de Públio, governador da ilha, estava doente e “Paulo foi visitá-lo, rezou, impôs-lhe as mãos e o curou” (28,8). Os habitantes da ilha reconhecem que o apóstolo Paulo é sinal da presença de Deus: “Os doentes vinham ter com ele e eram curados” (28,9).  Eles nos deram numerosas provas de estima, e quando partimos “proveram-nos de todo o necessário” (28,10).  Acolhem com gratidão a Boa Nova que chega por meio de Paulo, o apóstolo de todas as gentes.

O cuidado, a solidariedade demonstra sintonia com Jesus e seu projeto (Mt 25,31-46). O papa Francisco fala dos migrantes e refugiados, forçados como Jesus Cristo a fugir. Convida a acolher, proteger, promover e integrar os deslocados. Quase todos os dias, a televisão e os jornais dão notícias de refugiados que fogem da fome, guerra e outros perigos graves, em busca de segurança e de uma vida digna para si e para as suas famílias. Em cada um deles, está presente Jesus, forçado – como no tempo de Herodes – a fugir para Se salvar. Os conflitos e as emergências humanitárias, agravadas pelas convulsões climáticas, aumentam o número dos deslocados e se repercutem sobre as pessoas que já vivem em grave estado de pobreza. Muitos dos países atingidos por estas situações carecem de estruturas adequadas, que permitam atender às necessidades daqueles que foram deslocados. 

            A pandemia recordou-nos como é essencial a corresponsabilidade, pois só é possível enfrentar a crise com a contribuição de todos, mesmo de categorias frequentemente subestimadas. Devemos encontrar a coragem de abrir espaços onde todos possam sentir-se chamados e permitir novas formas de hospitalidade, de fraternidade e de solidariedade.  É necessário colaborar para construir. O apóstolo Paulo recomenda a superar as divisões e a permanecer unidos no mesmo espírito(1Cor 1,10). A construção do Reino de Deus é um compromisso comum a todos os cristãos. Para salvaguardar a Casa Comum e torná-la cada vez mais parecida com o plano original de Deus, devemos empenhar-nos em garantir a cooperação internacional, a solidariedade global e o compromisso local, sem deixar ninguém de fora.

No próximo dia 24 de maio terá início o Ano Especial dedicado à “Laudato Si”. No Brasil, em particular, é urgente concretizar essa Encíclica no contexto da Amazônia. Estamos bem próximos do ponto de não retorno, à beira da desertificação desse bioma. O Grito da terra e dos pobres na Amazônia chega ao limite, denuncia Pe. Dario Bossi. E, com a pandemia, todos estamos na mesma tempestade mesmo se, em barcos muito diferentes: alguns mais frágeis, outros mais fortes. Porém, mais uma vez, os mais pobres estão sendo as maiores vítimas de um mundo desajustado que traiu o sonho de Deus.

Que o clamor em prol de vida digna para todos leve a superar as divisões e desigualdades como propõe o apóstolo Paulo ao dizer: “Não há mais judeu ou grego, escravo ou livre, homem ou mulher, pois todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,28). Ao longo desta semana de oração pela unidade dos cristãos, invoquemos confiantes: “Vinde, Espírito de Deus, e enchei os corações dos fiéis com vossos dons! Acendei neles o amor como um fogo abrasador! Vós que unistes tantas gentes, tantas línguas diferentes numa fé, na unidade e na mesma caridade”.     

Irmã Helena Ghiggi, da congregação Discípulas do Divino Mestre.

REZAR O TERÇO

O Papa Franciso motivou a oração do rosário para todo este mês de maio. No calendário popular, dedicamos este mês a Maria, Mãe de Jesus. A oração do Terço (ou Rosário) é uma oração milenar da igreja. Segundo a Carta Apostólica ROSARIUM VIRGINIS MARIAE, “o Rosário situa-se na melhor e mais garantida tradição da contemplação cristã. Desenvolvido no Ocidente, é oração tipicamente meditativa e corresponde, de certo modo, à « oração do coração » ou « oração de Jesus » germinada no húmus do Oriente cristão”.

Ainda na introdução desta Carta Apostólica, o Papa João Paulo II motiva para a oraçao: “Na sobriedade dos seus elementos, concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um compêndio. Nele ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor. Mediante o Rosário, o crente alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor”. 

Assim somos convidados a contemplar Cristo por Maria. A contemplação de Cristo tem em Maria o seu modelo insuperável. O rosto do Filho pertence-lhe sob um título especial. Foi no seu ventre que Se plasmou, recebendo d’Ela também uma semelhança humana que evoca uma intimidade espiritual certamente ainda maior. À contemplação do rosto de Cristo, ninguém se dedicou com a mesma assiduidade de Maria. Os olhos do seu coração concentram-se de algum modo sobre Ele já na Anunciação, quando O concebe por obra do Espírito Santo; nos meses seguintes, começa a sentir sua presença e a pressagiar os contornos. Quando finalmente O dá à luz em Belém, também os seus olhos de carne podem fixar-se com ternura no rosto do Filho, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura (cf. Lc 2, 7).

Como rezar o terço?

A partir da cruz, siga as orações na sequência indicada

  • Inicia-se segurando pela cruz, com o Sinal a Cruz, Oferecimento do Terço e a oração do Creio (ver orações abaixo)
  • Reza-se um Pai-Nosso, seguido de três Ave-Maria.
  • Recita-se: Glória ao Pai, ao Filho…
  • O terço possui 5 dezenas. A cada dezena contempla-se o mistério, seguido de 1 Pai-Nosso e 10 Ave-Maria
  • Ao final de cada dezena reza-se Glória ao Pai seguido da jaculatória Oh! meu bom Jesus… (vide orações abaixo)
  • Ao concluir as 5 dezenas, reza-se os agradecimentos

Orações do Terço

Oferecimento do Terço (reza-se no início)

Divino Jesus, eu vos ofereço este terço (Rosário) que vou rezar, contemplando os mistérios de nossa Redenção. Concedei-me, pela intercessão de Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem me dirijo, as graças necessárias para bem rezá-lo para ganhar as indulgências desta santa devoção.

Creio em Deus Pai

Creio em Deus Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra, e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo poderoso, donde há de vir julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.

Pai Nosso

Pai Nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossa ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Ave Maria

Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre Jesus. Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Glória ao Pai

  • Glória ao Pai, ao Filho e o Espírito Santo. Como era no princípio, agora é sempre. Amém.

Oh! Meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem. Amém.

 Na oração do Rosário contemplam-se todos os mistérios. No caso da oração do Terço, contempla-se um dos mistérios, conforme dias e mistérios a seguir:

Mistérios Gozosos (segundas e sábados)

1º Mistério – Encarnação do Filho de Deus
No primeiro mistério contemplemos a Anunciação do Arcanjo São Gabriel à Nossa Senhora. Disse o Anjo à Maria: “Eis que conceberás e darás à luz um filho e o chamarás com o nome de Jesus”. Disse então Maria: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim, segundo a tua palavra”. (Lc 1,31.37)
Intenção: aprendamos e peçamos a humildade de Maria ante o chamado de Deus.

2º Mistério – Maria visita sua prima Isabel.
“Maria pôs-se a caminho, para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrando em casa de Zacarias, saudou Isabel (…) que repleta do Espírito Santo, exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre” (…) Feliz a que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido”. Lc 1,39-45
Intenção: admiremos e peçamos o amor de Maria para com o próximo.

3º Mistério – Jesus nasce na pobreza de Belém
Enquanto se encontravam em Belém, completaram-se os dias para o parto, e ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o com faixas e reclinou-o numa manjedoura, porque não havia um lugar para eles na sala. Lc 2, 6-7
Intenção: peçamos a Jesus e a Maria o espírito de pobreza evangélica.

4º Mistério – Cumprindo a lei de Moisés, Maria apresenta Jesus no templo
“Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a lei de Moséis, levaram-no a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor… E Simeão disse a Maria: “Eis que este menino foi colocado para a queda e o soerguimento de muitos em Israel, e como um sinal de contradição. E a ti, uma espada transpassará a tua alma, para que se revelem os pensamentos íntimos de muitos corações”. Lc 2, 22.34-35
Intenção: consideremos e peçamos a obediência que teve a Virgem Maria.

5º Mistério – O menino Jesus, perdido e encontrado no Templo, entre os doutores.
“Ao vê-lo, ficaram surpresos, e a mãe lhe disse: ‘Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos’. Ele respondeu: ‘Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?’ Eles porém, não compreenderam a palavra que eles lhe dissera” Lc 2, 48-50
Intenção: peçamos a graça de conhecer e seguir nossa vocação.

Mistérios Dolorosos (terças e sextas-feiras)

 1º Mistério – A oração e o sofrimento de Jesus no Jardim das Oliveiras.
“Disse-lhe Jesus: ‘Minha alma está triste até a morte. Permanecei aqui e vigiai comigo”. E, indo um pouco diante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: ‘Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Mt 26,38-39.41
Intenção: peçamos o espírito de oração.

2º Mistério – Jesus é flagelado.
Disse-lhes: Vós me apresentastes este homem como agitador do povo. Ora, eu o interroguei diante de vós e não encontrei neste homem motivo algum de condenação, como o acusais (…) Como vedes, este homem nada fez que mereça a morte. Por isso, vou soltá-lo, depois de o castigar. Eles, porém, vociferaram todos juntos: ‘Morra este homem! Solta-nos Barrabás!’. Pilatos então tomou a Jesus e o mandou flagelar. Lc 23,14.15b-18; Jo 19,1
Intenção: peçamos a virtude do amor ao próximo.

3º Mistério – A coroação de espinhos de Jesus.
“Os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-na em sua cabeça e jogaram sobre ele um manto de púrpura. Aproximando-se dele, diziam: ‘Salve, rei dos Judeus!’ E o esbofeteavam”. Jo 19, 2-3
Intenção: peçamos a pureza de intenções e de desejos.

4º Mistério – Jesus carrega a pesada cruz, rumo ao Calvário
“Depois de caçoarem dele, despiram-lhe a capa escarlate e tornaram a vesti-lo com suas próprias vestes e levaram-no para o crucificar. Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”. Mt 27,31; Mc 8,34b
Intenção: admiremos a paciência do Salvador e peçamos a graça de ser pacientes em nossas provas e sofrimentos.

5º Mistério – Jesus morre na cruz por todos os homens
“Tomaram então a Jesus. E ele saiu, carregando a sua cruz e chegou ao chamado ‘lugar da Caveira’ (…) onde o crucificaram; e com ele, dois outros: um de cada lado, e Jesus no meio”. Jesus, então, vendo a sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis o teu filho!’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe!’.” Jo 19,16b-18.26-27a
Intenção: Peçamos a graça de compreender e viver a missa, que é renovação do sacrifício do Calvário.

 Mistérios Gloriosos (quartas-feiras e Domingos)

1º Mistério – Jesus ressuscita, vencendo a morte
“Disse o Anjo às mulheres: ‘Não temais! Sei que estais procurando Jesus, o crucificado. Ele não está aqui, pois ressurgiu, conforme havia dito (…). Ide dizer aos seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galileia. Lá o vereis, como vos tinha dito’.” Mt 28,5b-6a; Mc 16,7
Intenção: peçamos a plena transformação de nossa vida em Cristo.

2º Mistério – A ascensão de Jesus Cristo ao céu.
“Jesus levou os discípulos até Betânia. E erguendo as mãos, abençoou-os. E enquanto os abençoava, distanciou-se deles e era elevado ao céu. Eles se prostraram diante dele, e depois voltaram a Jerusalém, com grande alegria(…)” Lc 24, 50b-52
Intenção: peçamos a graça de buscar unicamente o Reino de Deus e sua justiça, porque tudo mais nos será dado por acréscimo.

3º Mistério – A vinda do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos.
“Quando chegou o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído semelhante ao soprar de impetuoso vendaval; e encheu toda a casa onde se achavam. E apareceram umas línguass de fogo, que se distribuíram e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os impelia a falar (…) Pedro disse: “Não, esses homens não estão ébrios, como pensais (…) mas é que se realiza a palavra do profeta: Sucederános últimos dias, diz o Senhor, derramarei o meu Espírito sobre toda carne”. ” At 2,1-4.15a-16.17a
Intenção: peçamos os dons do Espírito Santo, especialmente a sabedoria, a fortaleza e o zelo.

4º Mistério – A gloriosa assunção de Maria no Céu.
“A gloriosa assunção de Maria ao céu é a festa do seu destino de plenitude e de felicidade, da glorificação de sua alma imaculada e de seu corpo virginal, bem como de sua perfeita configuração com o Cristo ressuscitado”. (Paulo VI)
Intenção: peçamos a graça de viver noss vocação à santidade.

5º Mistério – Maria é coroada Rainha do céu e da terra, e intercessora de todos os homens junto a seu Filho Jesus.
“A festa da Assunção prolonga-se alegremente na celebração da festa da realeza de Maria. Neste mistério, nós a contemplamos junto ao Rei dos séculos, onde resplandece como Rainha e intercede com Mãe”. (Paulo VI)
Intenção: proponhamo-nos confiar na mediação de Maria e peçamos o dom da perseverança.

 Mistérios Luminosos (quinta-feira)

Introdução dos mistérios feitas pelo São João Paulo II.

1º Mistério – Contemplamos Jesus sendo batizado por João Batista no Rio Jordão. Enquanto Cristo desce à água do rio, como inocente que se faz pecado por nós, o céu se abre e voz do Pai proclama-o Filho dileto, ao mesmo tempo em que o Espírito vem sobre ele para investi-lo na missão que o espera.

2º Mistério – contemplamos o início dos sinais de Caná, quando Cristo, transformando a água em vinho, abre à fé o coração dos discípulos graças à intervenção de Maria, a primeira entre os que creem.

3º Mistério – Contemplamos a pregação com a qual Jesus anuncia o advento do Reino de Deus e convida à conversão, perdoando os pecados de quem se dirige a ele com humilde confiança, início do mistério de misericórdia que ele prosseguirá exercendo até o fim do mundo, especialmente por meio do sacramento da reconciliação confiado à sua Igreja.

4º Mistério – Contemplamos a transfiguração de Jesus que, segundo a tradição, se deu no monte Tabor. A glória da divindade reluz no rosto de Cristo, enquanto o Pai o credencia aos apóstolos extasiados para que o “escutem” e se disponham a viver com ele o momento doloroso da paixão, a fim de chegarem com ele à glória da ressurreição e a uma vida transfigurada pelo Espírito Satno.

5º Mistério – Contemplamos a instituição da Eucaristia, na qual Cristo se faz alimento com o seu corpo e o seu sangue sob os sinais do pão e do vinho, testemunhando “até o extremo” seu amor pela humanidade, por cuja salvação se oferecerá em sacrifício.

Agradecimentos – no final do terço

Infinitas graças vos damos, Soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossa mão liberais. Dignai-vos, agora e para sempre, tomar-nos debaixo do vosso poderoso amparo e para mais vos obrigar vos saudamos com uma Salve Rainha:

Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro nos mostrai a Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó Clemente, ó Piedosa, ó Doce, sempre virgem Maria.

V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

DIA DAS NOVIÇAS PIAS DISCÍPULAS DO DIVINO MESTRE

Domingo “in Albis”: Páscoa da Igreja para os neófitos

Segundo a tradição das Pias Discípulas do Divino Mestre, celebra-se o dia da noviça no 2º Domingo da Páscoa, anteriormente chamado domingo “in Albis” (= branco).

Todas as pessoas que haviam recebido os sacramentos da iniciação na Vigília Pascal recebiam uma veste branca e permaneciam com ela durante toda a oitava da Páscoa. Este tempo era chamado de catequese mistagógica,. Os neófitos – como eram chamados os que tinham recebido o Batismo – aprofundavam o sentido dos sacramentos pascais e entravam em relação fraterna com a Igreja.

No Domingo “in Albis” deixavam esta veste branca, sinal de que a celebração terminava e entravam na vida do Mistério celebrado. A antífona de entrada: “Como recém-nascidos, desejem o puro leite espiritual para crescerem na Salvação, Aleluia!” (1ºPd 2,2) entoa o sentido deste sinal. Isto é, renascidos em Cristo, todos os que haviam recebido os sacramentos da iniciação à vida cristã e que já estavam há um tempo caminhando no aprofundamento da fé e vida cristã são convidados a desejar o alimento da vida nova recebida e assumida. Este é o paralelo com as noviças que estão no início do caminho de seguimento a Jesus, no estilo de vida das Discípulas do Divino Mestre.

As Noviças são convidadas a também assumir este desejo constante de nutrir-se bem e crescer em todas as dimensões para um seguimento autêntico à Jesus, no estilo de vida da Irmãs Pias Discípulas.

Quem iniciou esta tradição foi Pe. Timóteo Giaccardo, primeiro sacerdote Paulino, quando se ocupava da formação das noviças Pias Discípulas do Divino Mestre.

Atualmente temos cinco noviças no Brasil:

1° ano- 09/02/2020
 Belimar Victoria Hernández Escobar (Venezuela)
 Maria Odette Jagou Hultsch (Irlanda-U.S.A.)
 Virginia Landín Rodriguez (México)
 Amira Giselle Isleño (Argentina)

2° anno – 09/02/2019
 Indianara Cristina da Silva Pereira (Brasil)

Rezamos com cada uma delas, invocando de Deus todas as luzes para bem viver esta etapa de formação.