Amigos do Divino Mestre: como conhecemos as Pias Discípulas do Divino Mestre?

Breve testemunho histórico do casal FRANCISCO e ANTÔNIA, Amigos do Divino Mestre do Núcleo de Brasília/DF

            O que nos oportunizou conhecer as Irmãs foi a divulgação de um curso de formação em canto litúrgico no folheto Povo de Deus da Arquidiocese de Brasília. Através do telefone, entramos em contato com a Irmã Neusa Maria Bresiani e fomos até à casa delas em Taguatinga, cidade satélite de Brasília. Fizemos a inscrição e participamos do curso que foi muito proveitoso.

A partir desse encontro, passamos a ter contato com frequência, pois a Congregação passou a organizar mais cursos de formação litúrgica a realizar-se na UCB (Universidade Católica de Brasília), que tem seu campo em Taguatinga. Nesses encontros, passamos a conhecer as demais Irmãs: Venerina Vaccarisi, Ozília Ardisson e Leni Rossi, sendo a Irmã Neusa a coordenadora da casa. Esses encontros de formação litúrgica tiveram início por volta do ano 2002.

            No ano de 2013, com a chegada da Irmã Analice Lúcia Balestrin, teve início a organização do Grupo Amigos do Divino Mestre de Brasília. O grupo prosseguiu caminhando no discipulado do Apóstolo Paulo, dentro da espiritualidade do Bem-Aventurado Pe. Tiago Alberione. Passamos a ter encontro de formação em São Paulo a cada 2 anos. Nessa perspectiva, fomos orientados pela Congregação a fazermos parte dos Cooperadores Paulinos e particularmente recebemos um convite mais que especial feito pela Irmã Venerina, pois, segundo ela, via em nós um casal vocacionado para o serviço à Igreja. Aceitamos o convite, com muita preocupação, pois o compromisso é muito sério e requer muita responsabilidade. Enfim, estamos nesse caminho de Jesus Mestre na conversão de cada dia.

            Em 2018, celebramos o centenário dos Cooperados Paulinos. Evento esse que nos proporcionou a possibilidade de conhecermos a cidade de Alba, terra natal do nosso fundador enquanto membros da Família Paulina. Tivemos a oportunidade de conhecer e saber tudo sobre a vida de Tiago Alberione e as congregações por ele criadas. Encerramos todos os eventos no encontro com o Papa Francisco na Praça São Pedro.

            Concluímos afirmando que nessa caminhada com as Irmãs Pias Discípulas nossa formação foi muita enriquecida no tocante aos carismas: sacerdócio, Eucaristia e liturgia.

            Fizemos as promessas na festa do Divino Mestre de 2018 na Paróquia Santa Edwiges, na Asa Sul. Presidiu a celebração Monsenhor Jamil Alves de Souza, padre da Arquidiocese de Brasília.

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Campanha da Fraternidade 2022

A Campanha da Fraternidade de 2022 já tem sua identidade visual. Com o intuito de promover o diálogo sobre a realidade educativa no Brasil, à luz da fé cristã, no próximo ano seremos convidados a refletir sobre a “Fraternidade e Educação”. O lema será: “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31, 26).

De acordo com o secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, o caminho de construção da CF 2022 tem como uma das motivações a celebração dos 40 anos da Pastoral da Educação no Brasil, e o texto-base – documento que norteia as ações da Campanha da Fraternidade – e que segue em elaboração. “Quando nós falamos da realidade educativa, tal realidade não se restringe ao ensino científico e técnico, mas o desejo é lançar o olhar sobre a educação de forma integral”, afirmou.

Para que a Campanha da Fraternidade seja melhor desenvolvida, foram propostos sete objetivos específicos, que são: analisar o contexto da educação, bem como os desafios potencializados pela pandemia; verificar o impacto das políticas públicas na educação; identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição Cristã em vista de uma educação humanizadora; refletir sobre o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo com a colaboração das instituições de ensino; incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum; estimular a organização do serviço pastoral junto às escolas, universidades, centros comunitários e outros espaços educativos; e promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres.

 Fonte: https://www.cnbb.org.br/campanha-da-fraternidade-2022-foi-apresentada-aos-bispos-reunidos-em-assembleia/

Da janela do ícone

Alzira Fernandes

Ícone da Trindade de André Rublev

NAS ORIGENS

O longo caminho percorrido pela arte bizantina atinge o seu auge na representação do ícone da Trindade de André Rublev, pois através de meios humanos (traços, luz, cores) traduz-se uma realidade que escapa, pela sua natureza transcendental, a toda a linguagem humana. Parece uma empresa impossível representar o mistério da Trindade, a vida íntima das três personagens divinas através da pintura figurativa. Por isso, poderíamos dizer que a obra de Rublev se aproxima de uma visão mística. Será importante perguntarmo-nos qual era o pensamento daqueles que inspiraram o pintor, melhor dizendo, o escritor e o que na realidade queria ele exprimir na sua obra.

Os textos bíblicos. Depois das perseguições, a comunidade cristã tinha necessidade de representar o mistério central da sua fé. Primeiramente, começou pela tradição oral, depois, no Evangelho de João, escrito no final do séc. I, Jesus, no seu longo discurso no Cenáculo, abre os olhos dos discípulos ao mistério das três personagens divinas numa só natureza divina, convidando todos os homens e mulheres a participarem dessa mesma vida trinitária. É, pois, no Novo Testamento que devemos procurar o verdadeiro sentido do ícone da Trindade.

Mas o texto que servirá de base à reflexão teológica posterior é o do Livro do Génesis (18,1-15). A cena dos três anjos permanecerá como tipo, ou seja, a forma simbólica para exprimir a unidade da natureza divina. Como se chegou a dar à visita das três personagens celestes a Abraão um sentido trinitário? S. Paulo dá a este episódio um significado para a vida de Abraão e o seu lugar na economia da salvação. A cena que, à primeira vista, é simples gesto de hospitalidade, vai muito além.  Paulo sublinha que esta promessa não é somente o anúncio do nascimento de um filho, Isaac, a continuação da descendência de Abraão, mas que ela é, na realidade, a visão da Encarnação, o desígnio eterno que Deus manifestou em Cristo e que nos dá a possibilidade de nos aproximarmos com toda a confiança pelo caminho da fé em Cristo (GI3, 6; Rm 4,3: Ef 1, 3-14)

A influência dos Padres gregos e latinos

A revelação trinitária opera-se de um modo progressivo. A tradição judaica e, depois, os Padres da Igreja, interpretaram esta hospitalidade de Abraão como uma manifestação de Deus. Pouco a pouco, a leitura trinitária de Gn 18 generaliza-se no seio do Cristianismo. A própria iconografia também fez este processo evolutivo duma visão cristológica para uma visão trinitária.

Foi no contexto dos primeiros concílios, centrados nos dogmas referentes à pessoa do Filho de Deus, à sua encarnação e às suas origens no seio da Trindade, que os Padres da Igreja interpretaram o episódio da visita dos três personagens a Abraão como uma aparição da Trindade. O primeiro testemunho que evoca os três anjos provém de Justino (+ 165). Mas é só depois do Concílio de Niceia (325) que a Patrologia, oriental e ocidental, aprofundará a teologia da Trindade.

É então que a teologia, sobretudo graças aos Padres Capadocianos, elabora, a partir do século IV, a teologia da Trindade na luta contra o arianismo. Deste modo, durante os séculos seguintes, formou-se a ideia da economia da salvação, o plano eterno das três pessoas divinas de salvar o mundo. A doutrina teológica dos Padres é inseparável da oração pública e é na criação litúrgica que se exprime a fé comum da Igreja de um modo mais autêntico e vivo.

Obras artísticas precedentes. As representações da Trindade são raras no primeiro milénio da arte cristã. Pode ter sido uma consequência da iconoclastia que destruíra também as imagens, mas é, antes de tudo, pelo facto de que a iconografia da Trindade apresentava aos artistas mais dificuldades que as das festas litúrgicas.

Uma pintura de inspiração cristã da primeira metade do século IV foi descoberta, em 1955, nas catacumbas da Via Latina, em Roma, mostrando Abraão a receber os três jovens. Estas personagens apresentam o mesmo tamanho, as mesmas vestes e fazem o mesmo gesto. Tudo isto parece indicar que se trata já de uma interpretação e não simplesmente de uma ilustração do relato bíblico. No século seguinte, o mosaico de Santa Maria Maior mostra já uma interpretação da cena do encontro de Abraão com os três personagens. Mais clara ainda é a significação oferecida pelo mosaico de S. Vitale em Ravena (antes de 547) onde, no centro, está a refeição com as três personagens. O facto desta composição se encontrar no santuário, lugar da celebração litúrgica, mostra a criação de um novo tipos, de uma nova cena simbólica que explica o sacrifício do Novo Testamento e da Eucaristia. É provavelmente o mais antigo dos tipos iconográficos de expressão da unidade da natureza divina.

Deste modo se formou uma concepção da ceia que servirá de modelo aos séculos seguintes. Estas obras são etapas duma evolução que conduz o espectador até às profundezas do mistério trinitário. Assim, à luz dos Padres gregos e latinos, dos textos da liturgia e das obras artísticas precedentes, o ícone de André Rublev aparece, como iremos ver, como a suma teológica e artística.

O ESCRITOR

André Rublev, nascido entre 1360-1370, viveu em época turbulenta, mas, simultaneamente, muito rica em acontecimentos, nos mais diversos níveis. A vitória Russa sobre as hostes dos Mongóis, conhecidos no Ocidente por Tártaros, em 1380, na batalha de Koulikovo, criou no povo russo o entusiasmo pela libertação e por ter acentuado o sentido de nacionalidade e unidade à volta de Moscovo. Foi também a época em que o monaquismo, nas suas diversas formas, conheceu um grande desenvolvimento. A cultura e a arte florescem a partir dos mosteiros.

Rublev  morre, no dia 9 de Janeiro de 1430, foi recentemente canonizado, com o nome de Santo André, o Iconógrafo, cuja memória se celebra no dia 4 de Julho.

A influência de S. Sérgio de Radonej. O nome de Rublev aparece referido pela primeira vez nas crónicas, em 1405, quando foi pintada a Catedral da Anunciação, no Kremlin, em Mascava. Participa neste trabalho integrado numa equipe de pintores dirigida pelo célebre Théophane, o grego. Contudo, apesar da enorme influência deste sobre a arte russa da época, apesar da sua autoridade incontestada e merecida, Rublev não seguiu o caminho de Theophane, mas o próprio caminho, inspirado no ambiente espiritual ligado à figura de S. Sérgio de Radonej.

Um dos maiores obreiros do florescimento espiritual desta época, Sérgio de Radonej é considerado um dos santos russos mais populares. A. sua vida foi toda ela dedicada à contemplação do mistério da Santa Trindade, que se tornou o assunto da sua oração, a fonte da sua vida interior e do seu serviço aos outros. Deste modo, encarnou a paz que ultrapassa toda a inteligência e fez brilhar esta paz à sua volta. Nele, segundo as testemunhas, foi restabelecido o estado nascente da harmonia que se estendeu à própria natureza. A sua humildade extrema contagiava aqueles que o vinham visitar. Para facilitar a vida dos outros monges, assumia as tarefas mais difíceis e partilhava o seu pedaço de pão com um urso selvagem que o vinha ver.

Dedicou a construção da sua igreja à Santa Trindade e esforçou-se por realizar a unidade, à imagem da comunhão trinitária, a começar pela sua comunidade monástica e alargando-se à vida política do seu tempo. Para facilitar a unidade do país, reconciliou os príncipes feudais inimigos e abençoou o príncipe de Moscou, Dimitri, na luta contra os Tártaros, predizendo a sua vitória. S. Sérgio morreu a 25 de Setembro de 1392, tornou-se padroeiro do o povo cristão da Rússia, deixando grande número de discípulos.

Um convite a escrever o ícone da Trindade. André Rublev foi monge do mosteiro de Santo Andrónico, em Moscou. Contemporâneo de S. Sérgio é muito provável que o tenha conhecido. Mas se não o conheceu pessoalmente, viveu assiduamente em contato com os seus discípulos que continuaram a sua obra e seus ensinamentos sobre a humildade, o amor, o despojamento e a solidão contemplativa, orientada para a transfiguração do espírito e para a união com Deus pela oração contínua. No centro desta espiritualidade está o amor a Deus Trindade e ao próximo.

André Rublev e o seu amigo, companheiro de juventude, Daniel, conhecido por “Negro”, são descritos como “homens perfeitos em virtude”. Rublev é um homem humilde, cheio de alegria e luminosidade. Nos dias de festa, quando não pintava, Rublev e seu amigo Daniel sentavam-se diante dos veneráveis e divinos ícones e, contemplando-os sem discrição, elevavam o espírito e o pensamento para a luz da presença divina. Nele, a arte está unida à santidade. Sob a influência do hesicasmo, que preconizava o silêncio, a paz e a tranquilidade espiritual, deixou-se conduzir, na vida contemplativa como na atividade de iconógrafo, pela simplicidade e pela harmonia.

Em 1408, André Rublev pinta, com Daniel, a Catedral da Assunção, em Vladimir. Pouco depois de 1422, o discípulo de S. Sérgio, Nikon, convida-o para pintar a nova Igreja da Trindade no mosteiro de São Sérgio, construída para substituir a igreja primitiva, incendiada pelos Tártaros. Surge então o célebre ícone da Trindade, admirável tradição da herança espiritual de S. Sérgio. Este ícone suscitou tal veneração que levou à publicação de um decreto, no Concílio de 1551, da Igreja Ortodoxa Russa, aconselhando os iconógrafos a pintarem este tema, tomando o ícone de Rublev como o modelo. (…)

AS TRÊS PERSONAGENS MISTERIOSAS

No ícone da Trindade e graças à arte da iconografia, o orante é conduzido ao centro do mistério do ícone: as três personagens. (…) As personagens apresentam uma característica marcante: os seus traços são rigorosamente idênticos, como se fosse o mesmo a ser representado três vezes. O mesmo rosto, o mesmo tipo de cabelo, o mesmo corpo alongado. É uma mesma e única figura que é três vezes representada em posições diferentes. Os três têm na mão o cetro do poder, que é também é o cajado de peregrinos do mundo. Possuem uma auréola para designar que têm igual dignidade e realeza. As suas vestes contêm o azul, símbolo da verdade divina que os habita. As asas que os circundam têm a mesma forma e dimensão. O ícone representa o Deus único, um só Deus com a mesma natureza divina em três pessoas. Mas cada personagem tem uma posição diferente; tudo é efetivamente diferente: as cores, os gestos, a direção dos olhares.

O Filho. Pela sua posição, pela força das cores do vestuário, uma das personagens parece sair da composição em direção ao observador. Ela está vestida com uma túnica vermelha escura e um manto azul. O vermelho escuro é a cor da realeza e do amor. Recorda o sangue do Filho derramado no sacrifício da cruz. A faixa dourada no ombro direito, chamada é sinal imperial no Império Bizantino, representa o serviço do Grande Sacerdote que é simultaneamente celebrante e Vítima. A dilatação da manga simboliza o futuro sacrifício. O azul do manto que cobre unicamente um dos ombros é a cor da transcendência, das profundidades da vida divina e recorda que o Filho é enviado para a salvação do mundo.

No entanto, a personagem do ícone de Rublev não apresenta o rosto iconográfico típico do Cristo, porque não tem barba; ele é o Filho de Deus e o Cristo será o Filho encarnado em Jesus de Nazaré. Não se trata de Jesus de Nazaré glorificado, mas do Filho eterno de Deus, antes mesmo do mistério da encarnação no tempo e no espaço, mas pela veste ele o é simultaneamente (Jo 1, 1.3). Esta personagem é a manifestação do Pai. A posição e a cabeça inclinada para a direita revelam que ele recebe tudo do Pai; é um sinal de submissão e do dom de si mesmo. Esta inclinação corresponde à inclinação da cabeça do Cristo dos ícones da Crucifixão (Fl 2, 6 sg.). Ele é o Verbo, a imagem do Pai. Tudo o que Ele faz, fá-lo em união com o Pai, sobretudo a consagração do cálice, no qual se resume todo o seu ser.

O Pai. O movimento das personagens do centro e da direita e, com elas, o da montanha e da árvore, é de inclinação para a personagem da esquerda que tem uma postura mais direita que as outras duas. O Filho e o Espírito inclinam-se perante o Pai, assim como toda a Criação, numa atitude de adoração. A postura do Pai é de majestade imutável e, por isso, centro do diálogo. Ele é a Origem, o Princípio sem princípio; é o seu papel paternal. Apresenta os ombros cobertos, porque é ele que envia o Filho e o Espírito. Através da sua veste transparente e luminosa, sobressai o azul da divindade insondável, da transcendência infinita daquele que é a fonte de toda a vida divina. Tudo é calmo nele. Ele está numa posição de escuta do Verbo, para transmitir a mensagem ao anjo colocado diante dele.

O Espírito Santo. Diante do Pai encontra-se o anjo que, pela ligeira curvatura do seu corpo, simboliza a abertura total e parece acolher as outras personagens, É o Espírito vivificante. Com a cabeça ligeiramente inclinada, ele parece escutar com muita atenção o que os outros dizem. Como que para registrar e meditar. A sua veste é da cor da divindade e do vigor da Primavera. O verde do manto simboliza o crescimento, a fertilidade e a esperança. Este envolve-o num só ombro, visto que ele é também um enviado do Pai, com o seu bastão de peregrino do mundo até o fim dos tempos. A túnica azul indica que a terceira pessoa também é Deus, igual às outras duas. Do branco imaculado da mesa destaca – se o gesto da mão como se ele quisesse confirmar o pedido do Filho em se aproximando do cálice.

Os rostos, as mãos, os olhares. Os rostos são idênticos, porque as três personagens são idênticas na sua natureza. Embora cada uma assuma uma tarefa particular, as outras duas estão presentes e ativas, na medida em que a ação trinitária se realiza sempre a três. Não há distância temporal, nem em hierarquia entre os três. São co-eternos.

A mão direita do Pai implica autoridade: envia o Filho único ao mundo para estabelecer a eterna Aliança com a humanidade. Mas também envia o Espírito da verdade e do amor. Uma bênção pascal parte da mão direita do Pai e passa à mão direita do Filho. O Filho bendiz, consagrando o cálice do cordeiro. A posição dos dedos sugere um segundo movimento até à mão do Espírito com o dedo fino ensina-nos isso, ela descansa no fundo branco da toalha com os quatro cantos que simbolizam os quatro Evangelhos. O Espírito, pela sua mão, nos introduz no mistério do Cálice. O Pai, fonte eterna de toda a bênção, bendiz através do Filho, verdadeiro Cordeiro Pasçal, bênção que se transmite ao mundo através do Espírito Santo. Toda a humanidade é abençoada pela Trindade Santa.

O olhar do Pai exprime uma ordem e um pedido, confirmando, assim, o sacrifício do Filho. O olhar do Filho dirige-se para o anjo que se encontra à sua direita, um olhar que não se pode desligar do outro, um olhar que corresponde ao amor do Pai e à entrega de si. O olhar do Espírito dirigido para o cálice traduz a ideia central do diálogo silencioso do Pai e do Filho. Fixa o cálice e parece envolvê-lo. Mas ele está também levantado para o alto, unindo-se à linha que une os olhares do Pai e do Filho. O Espírito é a difusão em nós dos frutos do diálogo do Pai e do Filho.

Alzira Fernandes, Companhia de santa Tereza de Jesus, Portugal. http://www.teresianasstj.com

Imagem que inspirou o ícone da Trindade (Gênesis 18,1-15)

Deus apareceu a Abraão junto aos Carvalhos de Mambré quando ele estava sentado à porta da tenda ao calor do dia, Abraão viu à sua frente três homens de pé bem à sua frente. Ao vê-los, saiu da entrada da tenda, correu ao encontro deles e prostrou-se, tocando a terra, dizendo: “Meu Senhor, se alcancei graça diante de seus olhos, por favor, não passe pelo seu servo sem uma parada. Que se tragam um pouco de água para que vocês lavem os pés e depois descansem debaixo da árvore. Permitam que eu traga um pedaço de pão a fim de que vocês recuperem as forças antes de partir… [Gênesis 18,1-5]

História e sentido da Festa da Santíssima Trindade

A Trindade de Deus é confessada pela Igreja desde sempre, em cada liturgia. Aliás, antes mesmo da proclamação do dogma da fé trinitária nos Concílios de Niceia (325) e de Constantinopla (381), a Igreja já tinha em sua liturgia a formulação da fé trinitária, significando que, na Igreja, a oração é a norma da fé. O nosso hino de vigília (ODC, n. 53) é um exemplo. Composto no século II faz uma proclamação trinitária: nós cantamos o Pai e o Filho e o Divino que nos conduz (Estrofe 3).

Segundo a tradição patrística, a doutrina teológica é inseparável da oração pública e é na criação litúrgica que se exprime a fé comum da Igreja de um modo mais autêntico e vivo. Por isso se diz que a liturgia é a fé primeira e a teologia é a fé segunda. A liturgia é fonte da fé, da teologia, da catequese, da espiritualidade.

A dimensão trinitária da fé é estruturante da liturgia da Igreja. Por isso, não se conhece uma festa teológico-dogmática da Trindade nem na Antiguidade Cristã, nem na tradição cristã oriental. Foi João XXII que a introduziu na Igreja de Roma, no século XIV, a ser celebrada no domingo após a solenidade de pentecostes. Na verdade, houve grande resistência da Igreja, justamente por considerar que a liturgia é estruturalmente trinitária. Mas acabou prevalecendo a influência do Mosteiro de Cluny, na França, que deste o século XI dedicava um domingo a esta festa.

Contudo, uma vez no calendário da Igreja, o domingo da Trindade é uma ocasião para aprofundar o mistério do nosso Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Mistério de Unidade na diversidade, amor plural e comunitário. É uma oportunidade de renovar a nossa consciência de que na unidade da Trindade, encontrarmos a FONTE de inspiração para a convivência fraterna e para a solidariedade.  

   Santo Atanásio, bispo, IV século:

A nossa fé é esta: cremos na Trindade santa e perfeita, que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo; nele não há mistura alguma de elemento estranho; não se compõe de Criador e criatura; mas toda ele é potência e força operativa; uma só é a sua natureza, uma só é a sua eficiência e ação. O Pai cria todas as coisas por meio do Verbo, no Espírito Santo; e deste modo, se afirma a unidade da Santíssima Trindade. Por isso, proclama-se na Igreja um só Deus, que reina sobre tudo, age em tudo e permanece em todas as coisas. Reina sobre tudo como Pai, princípio e origem; age em tudo, isto é, por meio do Verbo; e permanece em todas as coisas no Espírito Santo.

Encontro das Coordenadoras de Comunidades das Pias Discípulas

O encontro anual das Irmãs Coordenadoras de Comunidades das Pias Discípulas aconteceu de 16 a 18 de abril de 2021 e foi inteiramente online este ano.

Participaram do encontro: Ir. Marilez Furlanetto, provincial; Ir. Lídia Natsuko Awoki, Vigária Geral; Ir. Terezinha Lubiana – Conselheira pela Formação, CP/SP; Ir. Kelly Silva de Oliveira – Comunidade Timóteo Giaccardo, SP e conselheira provincial; Ir. Vera Maria Galvan, conselheira; Ir. Luciana Tonon, conselheira; Ir. Soênia Alves Brito, coordenadora da Comunidade Rainha dos Apóstolos, SP; Ir. Maria da Conceição Dias, coordenadora da Comunidade Paulo Apóstolo, SP; Ir. Maria Goretti Lima de Medeiros, coordenadora da Comunidade Divino Mestre, Olinda/PE; Ir. Maria Aparecida Batista, coordenadora da Comunidade Divino Mestre, Manaus/AM; Ir. Letícia Pontini, coordenadora da Comunidade Irmã Modesta, Codajás/AM; Ir. Isabel Tonon, coordenadora da Comunidade Jardim Divino Mestre, Cabreúva/SP; Ir. Juceli Aparecida Mesquita, coordenadora da Comunidade Nazaré, Cabreúva/SP; Ir. Estela Pilatti, coordenadora da Comunidade Divino Mestre, Caxias do Sul/RS; Ir. Maria das Graças R. da Silva, coordenadora da Comunidade Cristo Redentor, Rio de Janeiro/RJ; Ir. Sônia Ferreira de Andrade, coordenadora da Comunidade Divino Mestre, Brasília/DF.

A programação do encontro foi assim: no dia 16 de abril, sexta-feira, houve a abertura do evento às 9h30, com a acolhida da Ir. Marilez e uma importante introdução da Ir. Lídia Natsuko Awoki, vigária Geral. Ela falou com as Irmãs sobre “O papel da coordenadora nos documentos PDDM: Regra de vida, Diretório e DEA”. As diretivas propostas para Ir. Lídia veja no link:

Ela conclui a sua colocação com as palavras do Papa Francisco na Catequese de 14 abril 2021 – A Igreja mestra em oração:

Na Igreja existem mosteiros, conventos e eremitérios onde vivem pessoas consagradas a Deus e que muitas vezes se tornam centros de irradiação espiritual. São comunidades de oração que irradiam espiritualidade. São pequenos oásis nos quais se partilha uma oração intensa e se constrói a comunhão fraterna dia após dia. Trata se de células vitais, não apenas para o tecido da Igreja, mas para a própria sociedade.

Rezar e trabalhar em comunidade faz progredir o mundo. É um motor.

A oração é aquela que abre a porta ao Espírito Santo, o qual inspira a ir em frente. As mudanças na Igreja sem oração não são mudanças da Igreja, são mudanças de grupo. E quando o Inimigo quer lutar contra a Igreja, fá-lo primeiro procurando secar as suas fontes, impedindo-as de rezar, e [induzindo-as a] fazer estas outras propostas. Se a oração cessar, por algum tempo parece que tudo pode continuar como habitualmente por inércia, mas depois de pouco tempo, a Igreja compreende que se torna como que um invólucro vazio, que perdeu o seu eixo central, que já não possui a nascente do calor e do amor.

A lâmpada da fé estará sempre acesa na terra, enquanto houver o óleo da oração.

Transmitir de geração em geração a lâmpada da fé com o óleo da oração. A lâmpada da fé que ilumina, que governa tudo como deve ser, mas que só pode ir em frente com o óleo da oração. Caso contrário, apaga-se. Sem a luz desta
lâmpada, não poderíamos ver o caminho para evangelizar, aliás, não poderíamos ver o caminho para crer realmente; não poderíamos ver os rostos dos irmãos dos quais nos devemos aproximar e servir; não poderíamos iluminar a sala onde nos encontramos em comunidade… Sem fé, tudo desmorona; e sem a oração, a fé extingue-se. Fé e oração, juntas. Não há outro caminho. Por isso a Igreja, que é casa e escola de comunhão, é casa e escola de fé e de oração.

Após este início de conversa, as Irmãs ficaram com conteúdo para refletir e conduzir a partilha nos dias 17 e 18 de abril, pela tarde.

Os textos que iluminaram o encontro das Irmãs foram:

  • Texto bíblico: João 15, 1-17; 17, 21-23
  • Leitura 1 – p. 64 a 67 – Fazer-se acompanhar no tempo da provação. A dimensão comunitária. In: Documento da Igreja 60: O dom da fidelidade, a alegria da perseverança.
  • Leitura 2 – p. 40 a 51 – Serviço da autoridade. In: Para vinho novo, odres novos. A vida consagrada desde o Concílio Vaticano II e os desafios ainda em aberto – Orientações

As leituras 1 e 2 são textos da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Veja abaixo os textos para baixar e ler:

As partilhas foram orientadas através das perguntas:

OBJETIVOS DA COMUNIDADE:

– Qual apelo a comunidade quer responder? (Usar verbos de ação)

DEFINIÇÃO DA COMUNIDADE

– Como é composta a comunidade?

– Qual a missão desta comunidade?

– Como a comunidade se sente enviada?

– Quais as necessidades da comunidade que precisam ser trabalhadas?

O encontro foi avaliado como positivo. Neste ambiente pandêmico, as Irmãs se sentiram irmanadas pelas partilhas, mesmo que o contato de forma digital não substitua o contato e calor presencial. Pela situação que passamos, os meios digitais são um bom placebo para o “encontro”. O encontro concluiu com o desejo de novo encontro entre as Irmãs.

Imagens do Encontro Anual das Irmãs Coordenadoras de Comunidades Pias Discípulas feito de modo online
Crédito das fotos: Ir. M. Goretti Lima de Medeiros

“Antes de ser uma construção humana, a comunidade religiosa é um dom do Espírito. De fato, é do amor de Deus difundido nos corações por meio do Espírito que a comunidade religiosa se origina e por ele se constrói como uma verdadeira família reunida no nome do Senhor. Não se pode compreender, portanto, a comunidade religiosa sem partir do fato de ela ser dom do Alto, de seu mistério e de seu radicar-se no coração mesmo da Trindade santa e santificante, que a quer como parte do mistério da Igreja, para a vida do mundo”.

(Vida fraterna em comunidade, 8)

ASSEMBLEIA GERAL DOS BISPOS 2021 DO BRASIL SERÁ ONLINE

A Assembleia dos Bispos, no ano passado, foi cancelada devido a Pandemia. Neste ano, pela primeira vez, a Assembleia Geral dos Bispos será em formato online. Ela inicia hoje, segunda-feira, 12/04, e vai até sexta-feira (16/04).

Segundo Dom Mário Antônio ao blog da CNBB Norte 1, “a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está se preparando para realizar a sua 58ª Assembleia Geral ordinária. A Conferência Episcopal achou por bem não adiar por mais um ano a realização da assembleia, mas que ela seja feita de maneira virtual, pois é impossível realizar a assembleia da Conferência Episcopal neste ano de 2021 de maneira presencial, tendo em vista a questão da pandemia. De março do ano passado até este mês de abril, ainda não superamos a pandemia no Brasil. A situação ainda está muito crítica, com vários dias com mais de 4.000 falecidos em 24 horas.”, afirma o segundo vice-presidente da entidade.

Dom Mário Antônio da Silva destaca que “irão discutir assuntos muito importantes e necessários, inclusive sobre as Diretrizes Gerais sobre a Ação Evangelizadora na Igreja do Brasil, o aprofundamento sobre as indicações do objetivo geral, que terá como tema central a Palavra de Deus”. Junto com isso, o bispo diz que “outras discussões muito importantes surgirão no decorrer da semana e que vão ajudar no processo de evangelização, que traz com esse tempo da pandemia novos desafios, sejam eles pastorais e até mesmo econômicos para que a evangelização continue acontecendo”.

Diante da realidade do episcopado brasileiro, formado por mais de 470 bispos, 309 titulares e 160 eméritos, tendo em conta a situação da pandemia no Brasil, “reunir mais de 400 pessoas, bispos e assessores, somando mais de 500 pessoas, num único lugar neste tempo de pandemia, não é sensato, não é atitude responsável”, insiste o segundo vice-presidente da CNBB.  Esse é o motivo para realizar a 58ª Assembleia Geral da CNBB de modo virtual, insiste Dom Mário Antônio, que ainda ressalta o fato de que “são pessoas que vem de muitos lugares do Brasil, ou seja, de todas as dioceses, de todos os nossos estados, e depois retornando para os seus lugares”. Por isso, “assembleia virtual é a melhor atitude de responsabilidade”.

O Bispo de Roraima acrescenta que “desejam, assim, ser um exemplo para as comunidades de que é possível levar adiante o processo de evangelização, de discussões de temas e de coisas que são necessárias hoje através da tecnologia, via internet”. Ele pede o acompanhamento de todos “com as suas orações para que a assembleia, nesta nova modalidade, seja exitosa e que consigam como episcopado enviar para o povo brasileiro mensagens de esperança, de confiança, fortalecendo mutuamente na oração e na solidariedade para superar a pandemia e atender os mais pobres”.

Fonte: http://cnbbnorte1.blogspot.com/2021/04/dom-mario-antonio-assembleia-virtual-e.html

Abaixo, Análise de conjuntura da situação social preparada para esta Assembleia Geral dos Bispos do Brasil:

DIA DA NOVIÇA PDDM

Segundo a nossa tradição, nós, Pias Discípulas, celebramos o Dia das Noviças no 2º Domingo da Páscoa, anteriormente chamado domingo “in Albis” (= branco).

Por que Domingo in Albis? Nas primeiras comunidades cristãs, os catecúmenos, isto é, os que iriam receber os sacramentos de iniciação, eram acolhidos pela comunidade no Primeiro Domingo da Quaresma. Começava então a catequese para o Batismo, durante a qual eram apresentados os principais pontos da fé cristã e celebrada a inserção do catecúmeno na comunidade, culminando com a celebração dos sacramentos da iniciação na Vigília Pascal. Eles recebiam a veste branca na celebração e permaneciam com ela durante a semana após a Páscoa, tempo da chamada catequese mistagógica, quando os neófitos – como eram chamados os que tinham recebido o Batismo – aprofundavam o sentido dos sacramentos pascais e entravam em relação fraterna com a Igreja.

No Domingo “in Albis” deixavam a veste branca recebida na vigília pascal, sinal de que a celebração terminava e entravam na vida do Mistério celebrado (Cf. Dia do Senhor – Ciclo Pascal ABC, 2002).

Como se expressa Santo Agostinho na sua homilia para o 2º Domingo da Páscoa:

“É com palavras do Apóstolo que vos falo: Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não deis atenção à carne para satisfazer as suas paixões (Rm 13,14), a fim de que, também na vida, vos revistais daquele que revestistes no sacramento. Todos vós que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um só, em Jesus Cristo (Gl 3,27-28).

Agora caminhais pela fé, vivendo neste corpo mortal como peregrinos longe do Senhor. Mas o vosso caminho seguro é aquele mesmo para quem vos dirigis, Jesus Cristo, que se fez homem por amor de nós. Para os seus fiéis ele preparou um grande tesouro de felicidade, que há de revelar e dar abundantemente a todos os que nele esperam, quando recebermos na realidade aquilo que recebemos agora só na esperança.

Hoje é o oitavo dia do vosso nascimento. Hoje completa-se em vós o sinal da fé que, entre os antigos patriarcas, consistia na circuncisão do corpo no oitavo dia depois do nascimento segundo a carne. Por isso, o próprio Senhor, despojando-se por sua ressurreição da mortalidade da carne e revestindo-se de um corpo não diferente mas imortal, ao ressuscitar consagrou o “dia do Senhor”, que é o terceiro dia depois de sua paixão, mas na contagem semanal dos dias, é o oitavo a partir do sábado, e coincide com o primeiro dia da semana.”.

Quem iniciou esta tradição foi dom Timóteo Giaccardo, quando ocupava da formação das noviças Pias Discípulas do Divino Mestre.

Rezamos por todas as noviças Pias Discípulas no mundo que celebram este dia, na alegria do Ressuscitado.

Antífona de entrada: “Como recém-nascidos, desejem o puro leite espiritual para crescerem na Salvação, Aleluia!” (1ºPd 2,2). Isto é, renascidos em Cristo, desejem o alimento da vida nova recebida e assumida (paralelo com as noviças que estão no início do caminho de seguimento a Jesus, no estilo de vida das Discípulas do Divino Mestre).

Noviças Pias Discípulas no Mundo:

As noviças Pias Discípulas que fazem o Noviciado no Brasil estão no período do Estágio. Elas estão em diversas comunidades, convivendo com as Irmãs, no modo de vida local, inserida nos diversos apostolados da casa. A pandemia dificultou a viagem de duas noviças: Virgínia e Odette, que são, respectivamente, da Província do México e Delegação USA/Irlanda. Por isto, elas estão realizando o período apostólico no Brasil, nas comunidades de Brasília e Rio de Janeiro. A noviça Amira está na sua pátria, Argentina. Rezemos pelo caminho vocacional de cada uma.

Na foto, as noviças que estão na comunidade do Noviciado 2021 no Brasil:
Virginia (Província do México), Amira (Argentina) e Odette (Delegação EUA/Irlanda).

34º Aniversário de Morte da Venerável Madre Escolástica

Quando há a abertura do processo de canonização de uma pessoa, o primeiro estágio é o de “servo de Deus”. Se se apresenta virtudes necessárias, é proclamado “venerável”. Caso se prove um milagre por sua graça, é beatificado. A canonização acontece com a comprovação de um segundo milagre. A querida Madre Escolástica já recebeu o título de “Venerável” e isto é gratificante para todas nós Pias Discípulas do Divino Mestre e toda a Família Paulina. Assim sentimos que com o modo de vida inspirado ao Bem-Aventurado Tiago Alberione é fonte de santificação para todos os membros.

Mas você conhece a Venerável Madre Escolástica? Ela foi a primeira irmã convocada a ser Pia Discípula do Divino Mestre.

Abaixo, trazemos a bonita história contada pela ir. M. Gemma Oberto:

Um “sim” para a vida

16 de Abril de 1896. Da Igreja paroquial de S. Martino di La Mora, que se  debruça sobre o largo Belvedere, dominando a bacia de Langhe, sai um jovem casal de  esposos: Lúcia Alessandria e António Rivata. Não têm a viagem de núpcias programada  e, depois do almoço, frugal mas festivo, preparado em casa da esposa, no vale do  povoado, para os lados de Santa Maria, percorrem os poucos quilómetros, passando  por Alba, que os levarão à sua casa em Guarene, rua Luccio, nº 24.

Passou pouco mais de um ano de matrimónio quando, a 12 de Julho de 1897, nasce a sua filha primogênita que no Batismo, celebrado no dia logo a seguir ao seu  nascimento, recebe o nome de Úrsula, para recordar tanto a avó paterna como a avó  materna.

Úrsula começa a vida no ano da morte de Teresa de Lisieux (30 de Setembro).  Misteriosamente estas duas vidas entrelaçam-se. Santa Teresa exercerá uma força  atrativa sobre Úrsula através da leitura de “História de uma alma” e será uma figura  de referência nos inícios da Congregação das Pias Discípulas do Divino Mestre. 1897 é  também o ano do nascimento de João Batista Montini (26 de Setembro), futuro Papa  Paulo VI, fato que Madre Escolástica lhe recordará orgulhosamente numa audiência  em 1974.

Guarene: um sugestivo lugar do Piemonte

O ambiente em Guarene oferece à pequena Úrsula imagens sugestivas: sobre  a rocha mais elevada ergue-se a imponente e harmoniosa construção do castelo,  evocando a nobreza que através dos séculos exerce a sua influência na vida da região.  A capela do castelo, dedicada a Santa Teresa d’Ávila, será meta frequente para os  passeios e momentos de oração da jovem Úrsula. A existência de numerosos  campanários testemunha uma religiosidade inculcada no ânimo das pessoas que não  se rendeu nem mesmo perante as incursões sarracenas. A vista desde Roero a Langhe  empurra o olhar até à cadeia dos Alpes; em baixo contempla-se o vale fértil do Tanaro  e avistam-se as torres de Alba.

A terra, trabalhada com o suor do rosto, não é avara e oferece às pessoas trabalhadoras de Guarene as fontes para viver com dignidade, ainda que sobriamente.  O asilo infantil, confiado às irmãs do Cottolengo, e as escolas até ao quinto ano  asseguram o cuidado e a alfabetização das novas gerações.

Por dois anos Úrsula tem só para si as atenções do pai e da mãe; em seguida  chegam Giuseppina (1899), Clotilde (1900) e Tiago (1903). A família aumenta e tudo  parece decorrer na sóbria felicidade das famílias unidas e abertas à vida.

A primeira grande dor

A alegria pelo nascimento de Tiago depressa é ofuscada pelo que Úrsula  recordará sempre como “a primeira grande dor da vida”. A 3 de Julho de 1903, Lúcia, a mãe, morre; Úrsula, que já não terá o seu beijo no seu sexto aniversário, encontra-se no papel de filha e de irmã mais velha. Os jogos,  as canções e os trilos de alegria que enchiam a casa apagam-se e o pai António tem de  enfrentar a dura prova. Tem a ajuda dos familiares, mas a responsabilidade dos quatro  filhos que Lúcia lhe deixa é toda sua.

Ainda estava na infância – escreverá Madre Escolástica em 1941 – e parecia-  me que a vida fosse somente rosas e flores. Amada por bons pais, cercada pelos seus  cuidados primorosos, os dias decorriam felizes. Com a minha voz límpida, enchia a  casa de trilos festivos e atormentava a minha mãe com mil perguntas. Oh, cara mãe!  Demasiado belos eram esses dias, era necessário que a provação viesse visitar este  pequeno ser despreocupado. E chegou a primeira grande dor!… Depois de uma breve  doença, morre a mãe dilecta! Que dor! Quem a pode compreender? Só quem a  experimentou é que entende esta dor intensa, esta desventura, que é perder este ser  assim tão caro! Esta é uma ferida que não sara, através de todas as vicissitudes da  vida com o acumular dos anos. E o Senhor assim quis, na sua infinita bondade e  sabedoria, que eu fosse bem cedo visitada pela dura prova da dor…”.

Úrsula, que em Outubro deve começar a escola primária, regressa cedo a casa  com o pai, consolidando com ele um relacionamento especial. O irmãozinho Tiago  está na ama-de-leite e as irmãs em casa da avó materna. Criança vivaz e inteligente,  Úrsula gosta de aprender a ler e a escrever e isto atenua a sua dor e prepara-a para  olhar o futuro com serenidade. Como a mãe lhe tinha ensinado, recorre com confiança  a Nossa Senhora que, na igreja paroquial, tem o seu belo altar e, também em casa, lhe  sorri a partir de um grande quadro.

Em 1904, António decide levar para casa uma nova mãe para os seus filhos.  No mês de abril casa-se com Giuseppa Bertolotto, mulher forte, de sólidos princípios  cristãos, ainda que na aparência e no carácter seja muito diferente de Lúcia. O pequeno Tiago morre aos 10 meses e, sem filhos das segundas núpcias, em  casa permanecem as três irmãs.

Úrsula tem dificuldade em aceitar a “mãe Giuseppa” que toma o lugar da sua mãe,  mas empenha-se em seguir o seu exemplo, em admirar a sua dedicação para que ela e  as suas irmãs cresçam, cuidando não só do físico, mas também do espiritual.

Anjinho e pimentinha

Na escola, recordam as suas contemporâneas, estava entre as melhores,  estudava, estava sempre bem preparada e muitas vezes recebia o prêmio de trazer  sobre o avental, por sete dias consecutivos, a medalha com a esfinge do rei e a fita  tricolor.

A menina bonita que parecia um anjinho, aos olhos dos colegas mostra-se  também muito esperta, vivaz, habitualmente alegre, ativa, que sabia estar bem em  grupo, que moldava no canto a sua bela voz, uma jovem sincera, franca, de uma  “simplicidade que não admitia descontos”.

Paróquia e caminho espiritual

O encontro com Jesus Eucarístico na primeira comunhão, em maio de 1904,  dá “novas asas” à vida de Úrsula. O sacramento da Confirmação que recebe em 1909  das mãos de Monsenhor Giuseppe Re, bispo de Alba, fortifica-a no empenho cristão.

A paróquia dos Santos Pedro e Bartolomeu é muito activa e os sacerdotes  que, no florescente seminário de Alba, assimilaram um grande amor à Eucaristia,  transmitem-no com o incentivo à Comunhão frequente, com a catequese e o cuidado  pastoral para com todas as idades e condições.

Organizam-se acuradamente as festas dos padroeiros com a pregação  confiada aos sacerdotes do seminário de Alba, entre os quais, Padre Tiago Alberione.

Úrsula marca também presença ativa na schola cantorum que ajuda a  saborear a beleza das celebrações. Também o edifício da igreja, sobretudo no seu  interior, é bem cuidado. O pároco, padre João Agnello, empreende um restauro atento  e manda executar sobre a abóbada, por Lourenço e Constantino Mossello de Montà, a  pintura dos anjos que adoram a Santíssima Eucaristia, os Santos Pedro e Bartolomeu e S. Lourenço. Naturalmente também Úrsula, ao olhar para o alto, terá seguido a criação  das imagens que depois alimentaram a sua oração. Muitas vezes terá fixado o olhar  sobre  a  pequena  porta  do  sacrário  onde  está  representado  Jesus  que  diz  aos discípulos: “Venite ad Me omnes / Vinde a Mim todos”, sentindo-se atraída por este  convite do Divino Mestre.

Trabalho e amizades

Úrsula cresce e, neste clima de harmonia entre natureza e graça, forma a sua  personalidade. Guarene é um pequeno povoado, mas é aberto à experiência e  vivacidade espiritual, e também cultural, da cidade vizinha de Alba.

Não obstante a sua sede de saber e de conhecimento, depois da escola primária não é oferecida a Úrsula a possibilidade do estudo, mas pela leitura continua  a sua autoformação e não só no campo religioso. O tempo disponível para ler  restringe-se às horas noturnas e ela tem de valer-se da luz do azeite, sujeitando-se  por vezes à reprovação da madrasta: “Lês toda a noite, até o teu nariz fica  chamuscado”.

Na adolescência e juventude experimenta o trabalho em vários âmbitos, para  além do doméstico, o que a põe em contato com as diversas realidades sociais e  contribui para o seu crescimento e maturidade. O trabalho nos campos em contato com os ciclos e a beleza da natureza imprime nela um timbre “ecológico” afinado,  alimentado até aos últimos anos da vida. Experimenta também a fadiga e a constância  que requer a terra para que dê os seus frutos e, não por último lugar, o abandono à  providência do Senhor quando, por calamidades naturais, como a queda de granizo, se  perdem em poucos minutos todas as colheitas. O emprego sazonal na fábrica de seda  De Fernex em Alba, leva-a a tomar contato com os problemas do relacionamento  entre patrões e operários, numa estrutura onde os fermentos sociais do início do  século XX eram acentuados, como é documentado nas crónicas de Alba do tempo. No  tempo de trabalho na fiação, que sazonalmente contratava jovens provenientes dos  arredores com oferta de um internato para as refeições e as dormidas, encontra  Eufrosina Binello, uma jovem que a precederá na entrada entre as fileiras do padre  Alberione e, sobre as pegadas dos primeiros discípulos chamados por Jesus, fará lhe ressoar o convite: “Vem e vê”. O serviço numa família burguesa de Alba leva-a a  viver a condição de colaboradora doméstica, ocupação bastante comum para muitas  jovens de então e que a aproxima de tantas outras dos dias de hoje.

Opção de vida

Antônio orgulha-se das suas três filhas que crescem e começam a ser  notadas pelos jovens da região. Depois do empenho econômico para a sua nova casa  na rua Luccio nº 22, começa a pôr a parte as poupanças para preparar os seus dotes.  O seu desejo é que encontrem um bom partido e que sejam felizes. Está atento a  quem pousa os olhos sobre elas e um dia chama Úrsula, a filha mais velha que,  segundo o costume, devia ser a primeira a casar, e diz-lhe que um tal André pediu a  sua mão.

É um bom rapaz – sublinha o pai – que tem posses, com ele poderás ter uma  vida feliz”. Como bom patriarca aconselha e pede que reflita. Propõe, mas não impõe. Deseja o melhor para as filhas e, com particular sensibilidade, para Úrsula que, no  aspecto físico, lhe recordava muito Lúcia. A proposta do pai Antônio é como um  relâmpago que rasga as nuvens e provoca uma primeira grande decisão. De fato,  depois da Missa Dominical, ao sair da Igreja, olha para André, que não lhe era  desconhecido, mas que agora deve avaliar como a pessoa a quem poderia ligar a sua  vida. É verdadeiramente um belo rapaz e muito bom. Mas, subitamente sente-se  profundamente desnorteada e corre pela descida que a leva à rua Luccio, nº 22.  Eloquente a recordação daquele momento, escrita quarenta anos depois:

Depois da Missa, regressando a casa, tomou-me uma espécie de medo e,  entrando em casa fui imediatamente para o meu quarto onde estava uma estátua  bonita do Sagrado Coração… Pus-me diante do Sagrado Coração e disse-lhe: Senhor,  só Tu e basta.

Desci a escada e fui ter com o meu pai para lhe dizer: não, não aceito a sua mão.”

Senhor, só Tu e basta! Disse o seu Sim Àquele que por primeiro a chamou e que a partir deste momento lhe pedirá para ser “só, o único” da sua vida, “na alegria e  na dor, na saúde e na doença, na pátria e no exílio…”. A partir daqui o seu caminho  desenha-se com maior clareza e o seu estilo de vida assume novas conotações.

“A partir daquele momento mudei muito a minha maneira de atuar e não me  saciava em mortificar-me, orar constantemente, a Missa todas as manhãs, confissão  semanal e comunhão. Descobri debaixo de um vão de escadas o livro “Prática de amar  Jesus Cristo” e este ajudou-me muito a orientar bem a minha vida de piedade. Li  também a “História de uma alma” e também me fez muito bem, em particular deu-me  o forte desejo de me tornar religiosa”.

Sente que a sua vida deverá ser toda entregue ao Senhor, mesmo que não  saiba ainda como ou onde. É já maior de idade, mas a sua decisão provoca um certo contraste na família, acolhido como uma prova que a reforça ainda mais na decisão e  no exercício do quarto mandamento.

O encontro com padre Alberione

Continua a formar-se lendo muito e a paixão pela leitura, na busca de bons  livros, leva-a ao encontro com um grande apóstolo dos tempos modernos: padre Tiago  Alberione que, sem rodeios, enquanto procura o livro pedido e depois de um breve  diálogo lhe diz: “Quando vens para S. Paulo?”

Para além disso, naquele sábado, entre as bancas do mercado de Alba,  encontra novamente Eufrosina, a amiga do tempo da fábrica, que já faz parte do  grupo feminino da fundação do padre Tiago Alberione, que a convida com entusiasmo  contagiante para ir ver onde se encontra.

Uma outra luz se acende no caminho de Úrsula. Nos seus 24 anos sente-se  impelida a ir para além das expectativas e oposições familiares, que porém se  intensificam quando manifesta a sua vontade de ir para S. Paulo, pelo facto da obra do padre Alberione estar a principiar e ainda não se vislumbrarem claros horizontes e  garantias para o futuro.

Seguir o Mestre

Úrsula tinha fixado um tempo: o fim dos trabalhos de Verão nos campos.  Aplanadas as dificuldades, a 29 de Julho de 1922, acompanhada pelo pai, entra na  aventura que a levará pelos caminhos imperscrutáveis do Senhor.

Em Alba, na primeira casa própria, depois de muitas mudanças nos primeiros  anos, padre Tiago Alberione, que em 1914 dera início à Pia Sociedade de S. Paulo com  dois jovens, tem agora um bom número de apóstolos da boa imprensa. Desde 1915  existe também um grupo de jovens mulheres que, apenas uma semana antes, a 22 de  Julho, com os votos privados e a nomeação de Tecla Merlo como Superiora Geral, são  constituídas oficialmente com o nome de Filhas de S. Paulo.

Úrsula tem diante de si o programa dado pelo fundador a toda a obra: “Glória  a Deus, paz aos homens”, levar o Evangelho com os meios modernos, que então consistiam sobretudo na imprensa. É certo que na “Casa” qualquer ocupação, mesmo  limpar verdura, preparar as refeições, lavar e engomar a roupa, é direcionada para  este objetivo. Ser o único Corpo de Cristo leva a que todos alcancem o mesmo fim.

Uma nova família

Talvez desde o encontro na livraria com Úrsula, o padre Tiago Alberione  sentisse, sob moção do Espírito Santo, que chegara o momento de ampliar a família.

Quando esta jovem, na maturidade dos seus 25 anos, entra em S. Paulo, ele  põe-lhe entre mãos o livro “As mulheres do Evangelho”, como instrumento para a  sintonizar com a futura missão. O Padre Alberione quer difundir o Evangelho com a  imprensa e com os meios que virão no futuro, mas está convicto que são necessárias  pessoas que, com a vida, sejam anúncio e contágio da Boa Notícia, como as mulheres  que seguiram Jesus no seu peregrinar e que estavam presentes na manhã da  ressurreição, mulheres que com a riqueza da sua feminilidade e doação sustentem e  acompanhem os apóstolos de hoje. Ecoam também as palavras do seu diretor  espiritual, o Cónego Francisco Chiesa: “Antes de executar as obras assegura-te de um  grupo proporcional de almas que rezem e, se necessário, se imolem por essas obras,  se queres que sejam vitais”.

Úrsula e Matilde

A 21 de Novembro de 1923, com um gesto que se reveste de certa solenidade  e que evoca o gesto da comunidade de Antioquia para Paulo e Barnabé (cfr. Act 13,2),  mesmo se em Alba o lugar e os meios parecem muito pobres (de facto estamos na  cozinha e o púlpito do anúncio é uma rudimentar caixa de madeira), padre Alberione  diz:

“Ponde de parte Úrsula e Matilde para uma missão que lhes confiarei”. Ainda não é  um projeto claro, mas sabe que se deve dar andamento à obra do Espírito. À pergunta lógica de Matilde: “O que iremos fazer?”, responde com um tríplice  imperativo: “Fareis silêncio, silêncio, silêncio”, quase como quem diz: deveis escutar,  escutar, escutar aquilo que o Senhor vos comunicar e a Presença que nos fala não está  no terramoto, não está no fogo, mas no passar de uma brisa ligeira, no silêncio (cfr  1Reis 19, 11-12).

Úrsula sente-se apartada com Matilde Gerlotto do grupo das jovens  presentes na única casa de Alba, para uma nova obra, na qual é preciso abandonar-se  ao projeto de Deus que se manifestará através do Fundador. É escolhida como “cabeça” e, em Janeiro de 1924, padre Alberione encarrega-a de escolher entre as  jovens aspirantes, em comunhão com Mestra Tecla, algumas companheiras, aquelas  que são “mais inclinadas à piedade especialmente eucarística”, delineando assim a  característica fundamental do novo grupo.

Uma vela viva

Enquanto se forma o grupo das oito primeiras, padre Alberione inicia a  “pastoral vocacional” em favor das futuras Pias Discípulas e a 24 de Janeiro de 1924  envia uma carta a todos os párocos de Itália nestes termos:

“Permito-me enviar-lhe um esboço do regulamento para um instituto de jovens para a  Adoração contínua ao Santíssimo Sacramento. Espero de si uma adoradora! Isto é,  uma vocação da sua paróquia. Será como uma vela viva que arderá e se consumirá  diante do Bom Pastor, por si e pela sua paróquia. Deo gratias. Humildes obséquios.

Devotíssimo in Domino. Sacerdote Alberione Giacomo.”

E muitos párocos partiram para acompanhar a Alba a sua “vela viva”.

Um nome novo, uma missão nova

O dia 10 de Fevereiro de 1924, dia de Santa Escolástica, é escolhido pelo  padre Alberione para dar início à nova fundação com o primeiro núcleo de oito, que a  25 de Março terá a sua manifestação oficial com a tomada do hábito religioso e a  profissão dos votos. As oito recebem um nome novo e Úrsula torna-se Irmã Escolástica  da Divina Providência. Começa naquele mesmo dia o que será o seu “trabalho  principal”: a Adoração Eucarística com turnos de duas horas, que, alguns meses  depois, precisamente no dia da Assunção, com as novas que chegaram, cobrirá  também as horas da noite.

Devem “ter cuidado do Divino Mestre e dos seus ministros”: o amor a Jesus  Mestre leva a Irmã Escolástica a viver como irmã e mãe ao lado dos Sacerdotes e  Discípulos da Sociedade de S. Paulo numa doação sem reservas que se alarga depois aos sacerdotes de toda a Igreja.

Irmã Escolástica tem 28 anos, não lhe falta o entusiasmo e a luz que recebe  quotidianamente na escola do Mestre Eucarístico acompanha-a no papel que pedirá  um crescendo de pureza e espírito empreendedor. É a responsável da nova família que  surge ao lado das já consolidadas Filhas de S. Paulo, guiadas pela Venerável Tecla  Merlo que constantemente estará lado a lado para acolher, interpretar e atuar o  projeto do Fundador e levar, num caminho que de fácil não tem nada, as Pias  Discípulas do Divino Mestre até à aprovação da Igreja.

A primeira Madre

A partir deste momento a história de Escolástica pode ler-se ao seguir a par e  passo o caminho das Pias Discípulas. Se cada pessoa se colhe no ambiente em que  vive, para aquela que é escolhida para começar uma nova congregação, ao lado da  extraordinária figura carismática do Beato Tiago Alberione, é de obrigação uma leitura  em contínua dissolução, sem apagar a identidade da pessoa, mas que a torna  encarnação e comunicação daquela particular forma de vida.

Não por acaso, a qualquer jovem que nos primeiros anos, quando ainda não havia uma regra escrita, perguntava ao padre Alberione como ser Pia Discípula, ele  respondia: “Olhai Madre Escolástica”.

As Pias Discípulas desenvolvem-se e, guiadas por Madre Escolástica,  conseguem superar não poucas dificuldades e manter viva a identidade inclusive no  período em que juridicamente, do fim de 1929 e até 1947, mesmo continuando a ter a  sua formação específica, estão sob a única aprovação das Filhas de S. Paulo. São anos  em que o diálogo entre carisma e instituição escreve páginas que fazem tocar com a  mão a ação do Espírito que conduz e corrige decisões em si mesmas boas, mas às  vezes sugeridas pela sabedoria humana. As regras canónicas são observadas para os  atos oficiais, mas Madre Escolástica em docilidade criativa às diretrizes do Fundador,  continua a fazer crescer as Pias Discípulas, segundo a vocação e missão específicas,  centrada na Eucaristia, no Sacerdócio e na Liturgia, na espera da sua plena  manifestação, também a nível externo.

Missão em África

As provas, quando se vivem na luz de Deus, levam sempre à abertura de  horizontes. Humanamente aparece inexplicável a decisão do padre Alberione de pedir,  em 1936, a Madre Escolástica que deixasse a direção das Pias Discípulas e que se  transferisse primeiro para Roma como vice mestra das noviças e depois que se fizesse  ao largo rumo a África.

Em Novembro de 1936, na companhia da irmã Elia Ferrero, parte para  Alexandria, no Egito, com a perspectiva de explorar possíveis presenças na África  oriental e na Terra Santa. No Egito encontra-se na condição de minoria étnica no meio da população muçulmana com a qual procura, no dia-a-dia, viver lado a lado  caminhos concretos de diálogo.

O seu modo de agir, acompanhado sempre por um sorriso, é bem aceite no bairro  onde se estabelecem e é conhecida por todos como “a boa senhora”.

Para a difusão do Evangelho não hesita, num certo período, em vestir os  hábitos seculares para obter a autorização de aceder aos navios de lazer e levar aos  passageiros a boa imprensa.

Regresso do “Egito”

O grupo das Pias Discípulas do Divino Mestre, já consistente, sem a condução  da madre, sofre; mas com determinação dá provas de que a semente do carisma  cresceu, tornou-se forte e não se confunde com o carisma grande e belo das Filhas de S. Paulo. O Fundador, decorridos menos de dois anos, chama do Egito Madre  Escolástica para que retome o seu ministério de guia e de presença materna também  para os irmãos da Sociedade de S. Paulo e para que prepare o terreno para obter a  aprovação do instituto na Igreja.

Para o padre Alberione é ainda tempo de criatividade fundacional. A partir de  1936 abrem-se novos horizontes na pastoral paroquial e ele dá vida às Irmãs de Jesus  Bom Pastor (conhecidas por  Pastorinhas).  Ao mesmo tempo toma consciência  de que as Pias Discípulas e as Pastorinhas, institutos em rápido desenvolvimento de pessoas e de obras, requerem também uma sistematização jurídica apropriada. Mais uma vez,  pelo menos para a parte feminina, não quer renunciar à ideia de “uma família” com  uma única aprovação para os três ramos empenhados nas várias expressões  apostólicas. Não é fácil harmonizar o sentimento de um fundador com as regras  canónicas. Neste caso emerge a força dos carismas que não conseguem fundir-se num só. As dificuldades do caminho ajudam a apressar a manifestação do projeto de Deus.  Nos anos da segunda guerra mundial a Família Paulista recebe dois  importantes sigilos da Igreja com a aprovação pontifícia da Sociedade de S. Paulo  (1941) e das Filhas de S. Paulo (1943), enquanto não chega a bom porto o projeto das três congregações femininas com uma única aprovação.

Olhar em direção ao futuro

Madre Escolástica, desde o dia em que regressou do Egito, com os olhos do  discernimento, preocupa-se sobretudo em dar uma sólida formação às novas  gerações, reconhecendo na irmã Maria Lúcia Ricci, que tem apenas 25 anos, a pessoa  adequada para guiar o noviciado. Também a formação cultural tem a sua importância e com a colaboração do Beato Timóteo Giaccardo, o primeiro sacerdote da Sociedade  de S. Paulo, que recebeu do fundador o encargo de seguir de perto o caminho das Pias  Discípulas, organiza estudos de vários níveis.

A partir de 1938 ganha vida uma obra particular que faz parte da missão e  que deve também assegurar o necessário sustento económico, isto é, o conjunto de  atividades para a liturgia, denominado “Domus Dei”. Madre Escolástica promove com  entusiasmo o trabalho das imagens, pintura, arte sacra, bordado, confecção de  paramentos… orientando também as irmãs para a formação artística e técnica nos  vários sectores.

As obras externas são úteis e necessárias, mas Escolástica tem a consciência  de que aquilo que dá estabilidade é uma vida entregue. É neste período que Jesus  Mestre começa a conduzi-la pelo caminho de uma oferta que a marcará  profundamente para o resto da vida. Na festa da Transfiguração de 1941, dia em que  se contempla Jesus a caminho da sua Hora, escreve:

“Hoje, 6 de Agosto, festa da Transfiguração de Jesus, fiz a oferta da minha  vida em favor da Congregação das Pias Discípulas. Aceitarei do Senhor tudo o que Lhe  aprouver enviar-me para este fim e para descontar nesta vida todas as minhas faltas e obter a graça de morrer num ato de perfeito amor a Deus. Tudo isto com o auxílio de  Jesus e de Maria”.

Ser na Igreja

Embora haja outras irmãs mais preparadas cultamente, em 1945, quando se  trata de escrever as Constituições e, em particular, o texto das diretrizes práticas para  as Pias Discípulas, o padre Alberione chama junto a si Madre Escolástica que, antes de  sentar-se à secretária, visita todas as comunidades e se põe na escuta de cada irmã  para depois fazer uma relação detalhada.

O reconhecimento da Igreja é o sonho que nunca foi posto de parte por  Madre Escolástica. Está ciente de que, com a expansão geográfica e numérica, se  torna sempre mais difícil harmonizar a vida sobre dois planos: juridicamente serem  chamadas Filhas de S. Paulo e, de facto, no concreto da vida quotidiana e nas obras,  serem Pias Discípulas. A clareza da pertença, a identidade, deve ter também um rosto  jurídico. A situação “de direito” e “de facto”, que não trazia problemas às primeiras  gerações, torna-se de dia para dia mais insustentável e ela, como Madre, na escuta da  palavra do fundador, sustentada sempre pela sabedoria materna da Mestra Tecla Merlo, sente o dever de empenhar-se para dar estabilidade ao caminho traçado. Para manter a unidade e favorecer o desenvolvimento, agora que as Pias Discípulas são  mais de trezentas e as casas se estendem a várias regiões da Itália e a diversos  continentes, é necessária uma Regra de Vida própria, escrita e aprovada e não só  transmitida oralmente na vida.

A 9 de Julho de 1945 é apresentado ao Santo Padre o pedido para a  aprovação da Pias Discípulas, anexando a este pedido as Constituições, preparadas  pelo padre Alberione com a inspiração concreta de Madre Escolástica.

Tudo parece decorrer regularmente segundo os ritmos que estas práticas  requerem e o padre Alberione, no fim de Dezembro de 1945, parte com a Mestra Tecla Merlo para uma longa visita às casas do Norte e do Sul da América.

Em Roma estão o padre Timóteo Giaccardo e o padre Frederico Muzzarelli  que olham pelas relações com a Santa Sé. Mas sobretudo está Madre Escolástica com  o coração e o olhar atentos a este nascimento jurídico, para ter o sigilo da Igreja sobre  tudo quanto o fundador tinha delineado desde o início e como uma semente  depositada nela para que acompanhasse a sua germinação e crescimento.

Esperança de vida e tempestade

Estamos na Primavera de 1946 e quem examina o processo está perplexo  porque não se pede, como habitualmente, a aprovação de um novo instituto, mas que  se considere o grupo das Pias Discípulas na condição jurídica atual das Filhas de São Paulo, isto é, com aprovação pontifícia. O direito não contempla esta solução para uma situação “de facto” que é lida  como uma tentativa cismática, e estão inclinados para arquivar o pedido.

Madre Escolástica percebe isto e, na ausência do fundador, sentindo-se  responsável na primeira pessoa, depois de orar e jejuar, de ter pedido conselho e oração às irmãs, decide subir a colina do Vaticano para favorecer a causa das Pias   Discípulas do Divino Mestre.

Pensa que nas cartas depositadas talvez não estivesse bem explicado, e quem  mais do que ela pode esclarecer as dúvidas, quem mais do que ela, que desde o início  acolheu a semente de vida das Pias Discípulas e a fez crescer, guardada até no meio de  graves dificuldades, pode manifestá-lo? Está consciente da sua pequenez, de não  possuir a ciência das leis canónicas, de não ter a linguagem da diplomacia, mas está  confiante que ao expor as razões do coração e da vida, os peritos saberão traduzi-las na norma.

Certamente, não é fácil comunicar… e a sua quente e apaixonada suplica de  não soterrar o pedido de aprovação das Pias Discípulas não causa boa impressão às  autoridades da Santa Sé. A sua linguagem soa como a de uma pessoa que fomenta  uma divisão, que se rebela, que quase pretende afirmar que aquilo que expõe é  claramente  vontade  de  Deus e que só o padre Alberione, neste caso, é o homem de Deus que pode  pronunciar a palavra decisiva.

Para Madre Escolástica é o início de uma particular conformação a Cristo no  seu Mistério Pascal, precisamente no tempo em que a liturgia vive a Paixão do Senhor. A ela e às Pias Discípulas será pedida uma espera de um ano antes de ver a luz da  ressurreição.

Madre Escolástica tem 49 anos e, no seu caminho de configuração a Cristo é  como uma espiga de trigo maduro: para que a vida continue é necessário que a  semente caia na terra e morra.

Exílio

15 de Abril de 1946, segunda-feira da semana santa. É o dia em que a liturgia  contempla Maria que, em Betânia, unge com o perfumado nardo Jesus de Nazaré. É  também o dia em que Madre Escolástica parte o seu vaso de alabastro, dizendo sim a  uma providência que lhe dilacera o ser. De facto, por disposição da Congregação dos  Religiosos, é afastada do governo das Pias Discípulas. Lemos nas suas memórias:

“…Quando fiquei sozinha, no meu solilóquio com o Senhor, no tumulto dos  pensamentos e com uma angústia capaz de despedaçar-me o coração, ofereci tudo ao

Senhor por amor. Era amor verdadeiramente puro, nascido de um coração que sangra,  quase agonizante como o de Jesus no horto do Getsémani, mas acompanhado de uma  paz e serenidade e de uma esperança que aceitava tudo e oferecia em agradecimento  a Deus quanto lhe fosse agradável pela perseverança das Pias Discípulas na sua  vocação.”

Ao início, em 1923, foi “posta de parte” para ser a raiz da Congregação, agora  é “posta à parte” para continuar a ser o fundamento do edifício já crescido, para viver  como o Mestre Divino o amor até ao sinal supremo do dom da vida. Uma palavra eloquente, vinda do fundador, chega-lhe nesta circunstância:

“Deves ser como o material que se usa nos alicerces da casa: não se vê, mas o  valor do edifício está na solidez dos alicerces. Outras irão parecer melhores como os  muros caiados e pintados e parecerá que o mérito seja seu, mas diante de Deus contará muito mais quem, escondida nos alicerces, sustentar todo o edifício e o tornar  sólido com as suas virtudes e humildade”.

Num primeiro  momento parece que o “pequenino rebanho” das Pias Discípulas, deixado sem guia, se dispersa, se desorienta, mas é questão de pouco… Madre Escolástica, ao  transmitir aquilo que o fundador lhe inculcava, tinha formado pessoas nas quais ficara  impressa uma forte identidade e o “pequenino rebanho” une-se, mais forte do que  nunca. Diante do padre Angélico d’Alessandrio, o padre capuchinho enviado como  Visitador Apostólico para tirar todas as fantasias de autonomia ao grupo das Pias  Discípulas, as irmãs mostram-se tão decididas e determinadas que o hábil diplomático  se vê obrigado a mudar de rota. O seu decidido “vim fazer o funeral das Pias  Discípulas”, pronunciado em meados de Outubro de 1946, em Dezembro tem de ser  traduzido num itinerário de ressurreição, que empreende com a ajuda do Beato  Timóteo Giaccardo e do perito canonista padre Frederico Muzzarelli.

Madre Escolástica não se curva sobre si mesma, perdoa e reza por quem lhe  “procurou este castigo”, vive na esperança e no abandono que se põe na escuta mais  atenta e contínua da voz do seu Mestre e Esposo. Brama pelas suas filhas que sofrem  e continua a oferecer o seu suporte com a escrita e a palavra quando tem essa  possibilidade. Teria necessidade de consolação, mas é ela que consola. Vive um  silêncio que sabe encontrar os caminhos da comunicação sem infringir o que lhe foi  imposto.

Sobre os passos de Maria, Mãe de Jesus, a discípula Escolástica partilha a  sorte do seu Mestre na Hora da prova e repete: “Senhor, só Tu e basta.”

Luz de vida

Na segunda-feira da semana santa de 1946, Madre Escolástica tinha acolhido  o exílio como perfume para ungir os pés do Mestre e é agora segunda-feira santa, um  ano depois, quando, quase numa dança de alegria deixa Nizza para alcançar, não sem  um pouco de aventura, a casa de Bordighera e daí prosseguir até Alba, onde estão a  começar a brilhar as primeiras luzes de ressurreição para as Pias Discípulas. No dia 3 de Abril de 1947, Quinta-feira Santa, as Pias Discípulas do Divino  Mestre são aprovadas na Igreja pelo decreto assinado pelo bispo de Alba, Monsenhor  Luís M. Grassi.

Madre Escolástica é reconhecida como primeira ex-Superiora Geral e o  fundador pede que para com ela se tenha reconhecimento filial, respeito, devoção,  amor, e se tome em máxima consideração o seu ensinamento, conselho, diretrizes, oração.

Na Igreja de S. Paulo, em Alba, será a primeira das irmãs a chegar (quase de  corrida e com o rosto iluminado como testemunham as presentes) ao lugar onde,  diante do delegado do bispo e de Madre M. Lúcia Ricci, nomeada Superiora Geral,  Escolástica pronunciará a fórmula da profissão “segundo as Constituições das Pias  Discípulas do Divino Mestre”. Finalmente! Madre Escolástica vive a alegria da mulher  que esquece o sofrimento porque a vida nova desabrochou (cfr Jo 16, 21).

O que se passa no seu coração neste dia? Confidencia alguns fragmentos num  escrito dirigido ao fundador:

“… Agora não tenho senão um único desejo, viver esquecida na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, cumprindo no silêncio e na penumbra o meu dever  quotidiano e esperando ansiosamente a chegada do Esposo das núpcias eternas!…  Parece-me que já dei tudo a Jesus… Todos os dias, com o auxílio da sua graça, quero  dar-lhe generosamente e com perfeito amor tudo aquilo que Ele quiser da sua  miserabilíssima criatura…”

O ano de 1948 assinala para as Pias Discípulas outro passo importante:  apenas decorridos 9 meses da aprovação diocesana, a 12 de Janeiro, chega a  aprovação pontifícia, acolhida por Madre Escolástica com particular exultação:

“…Comunicaram-nos a boa notícia da aprovação. Pensa na explosão de  alegria que irrompia no peito de cada uma! Parecia-nos viver um sonho. Ainda hoje  oferecia a adoração para obter esta graça. Que graça! Não parece verdade. Esta tarde  cantámos o Te Deum com todo o coração e com quanta voz tínhamos. O Senhor  demonstrou-nos verdadeiramente o seu amor de predileção…”

A segunda pátria

A Congregação tem todas as cartas regularizadas para caminhar sem entraves  e é este o momento em que Madre Escolástica deixa a terra das suas origens para  levantar tendas na América latina, mais precisamente na Argentina, onde chega a 2 de  Outubro de 1948.

Deixar a pátria, o velhinho e amado pai que não tornará a ver, as irmãs, a  proximidade do fundador, custou-lhe muito, mas padre Alberione dizia que mudar de  casa, de nação, é como mudar de quarto e, neste espírito, Madre Escolástica acolhe a nova obediência.

Numa situação sócio-política complicada põe mãos à obra, cuidando antes de  mais das vocações e das jovens para as quais se preocupa até em preparar lugares acolhedores. Provê com grande zelo ao desenvolvimento das obras apostólicas  valorizando para isso os recursos locais. A Argentina logo se transforma na sua segunda pátria. Contagia tudo e todos  com o seu fervor, o amor pela Congregação, o amor pelas muitas almas a salvar.

Sem distinções

Depois de uma permanência de 15 anos na Argentina, em 1963, recebe o  convite para regressar a Itália. A Congregação está às portas de celebrar 40 anos de  fundação e, para responder às novas gerações que desejam conhecer as riquezas das  origens, a Superiora Geral, Madre M. Lúcia Ricci, pede a Madre Escolástica que escreva  as “memórias”.

Em Itália vive como irmã entre irmãs sem se destacar, deixando-se às vezes  até humilhar, continuando assim a alimentar a raiz. Confecciona paramentos e alfaias  litúrgicas, perfumando-as com uma contínua oração enquanto trabalha. O seu sorriso,  a sua amabilidade tornam-se penetrantes e comunicativos, como o sol que a todos  chega sem esperar um “obrigado”, feliz por oferecer a sua luz e o seu calor.

Vive a época do Concílio Ecuménico Vaticano II com alegria e participação,  apercebendo-se dele, juntamente com o fundador, como um selo do Espírito Santo  sobre a Congregação.

Olhar e coração para o mundo

Está muito viva em Madre Escolástica a participação nos eventos da  sociedade para levá-los ao Mestre Divino na Adoração Eucarística. Num apontamento  escreve:

“Ler jornais, escutar a rádio e a televisão para conhecer as necessidades das  almas e rezar por todas as necessidades do país, da Igreja, das almas da humanidade  inteira.”

O teólogo Bruno Forte, ao falar da contemplação cristã que se desenrola aos pés da Eucaristia e da palavra, isto é, de mediações históricas, densas, fortes e bem  precisas e sublinhando que precisamente quem é mais contemplativo por vocação deve ser mais enraizado na história, evocava, como “ícone denso e belo, Madre  Escolástica que vai para a Adoração Eucarística com o jornal debaixo do braço,…  levando assim a história à glória…”

Na oração, em circunstâncias especiais, amadurece também acontecimentos  vistos. Por exemplo, no tempo das leis sobre o aborto e o divórcio, em 1976, escreverá  ao Deputado italiano Fortuna e em 1978 ao Presidente da República Italiana Leone.

Investir nos jovens

Estre 1973 e 1981, vivendo em Roma no centro da Congregação, enquanto na  sociedade se tornam mais perversas as contestações a vários níveis, Madre Escolástica  tece uma especial relação epistolar e de diálogo com as jovens em formação. Faz-se  pequena com os pequenos para poder espalhar uma palavra boa, acautelar dos  perigos. Comunica e exorta a viver não as coisas que se aprendem nos livros, mas na  experiência de vida com Jesus, o Livro da Vida. Ressoa sempre mais que “só Ele é o  Tudo”, que “o único sonho seja amar Jesus, único amor, único Tudo”.

Manifesta-se sempre mais vivo o desejo do encontro com o Esposo amado  pelo qual se sente amada e o repetir constante de “ganhar méritos… fazer-se santas”  não é mais do que traduzir na vida quotidiana o convite de Jesus a “acumular tesouros  para o reino dos céus” e não ter outro tesouro para além d’Ele (cf Mt 6, 21; Lc 12, 34).

Nostalgia do paraíso

Madre Escolástica já viu partir para a última viagem muitas das irmãs com  quem tinha iniciado o caminho, mas a 26 de Novembro de 1971, a morte do fundador  marca particularmente a sua vida. O pai, o guia, o homem de Deus que a tinha  acolhido e acompanhado por mais de 50 anos nos imperscrutáveis caminhos do  Mestre Divino, encerra o seu caminho e nela se acentua a nostalgia do paraíso.

A partir de 1981, a parábola da sua vida encaminha-se para a conclusão terrena. Participa ainda no III Capítulo Geral e no dia 8 de Abril de 1981 encontra João  Paulo II, recebendo dele o “beijo dos pequenos”. Depois, pelo progressivo declínio das  forças, é transferida para a casa de Sanfrè, onde decorrerão os últimos 6 anos da sua  vida.

Silêncio e cumprimento

Mesmo se o físico de Madre Escolástica se deteriora, a chama interior  permanece sempre viva, ou melhor, parece aumentar cada vez mais. A partir de 1984 vê-se privada também do uso da palavra, mas esta ausência  de som revela-se como uma vivíssima comunicação não-verbal com o brilho do olhar e  o movimento da mão.

São os anos em que o seu pequeno quarto se torna o lugar do encontro, lugar  onde a primeira Pia Discípula do Divino Mestre põe no coração de numerosas filhas dos cinco continentes que passam junto dela, a herança mais preciosa, que resume  todo o arco da sua existência: “Senhor, só Tu e basta!”.

Foi a primeira que o Beato Tiago Alberione escolheu para dar vida à nova  fundação e é a última do primeiro núcleo de oito a fechar, se assim se pode dizer, o  arco fundacional.

A 24 de Março de 1987, enquanto se cantam as primeiras vésperas  contemplando o Sim de Maria, a discípula Escolástica diz o seu último Sim terreno,  “pronta e adornada para celebrar com o Divino Mestre as núpcias eternas”.

O dom continua

A 13 de Março de 1993, em Alba, começa o processo diocesano para a  beatificação e canonização da Serva de Deus Madre Escolástica Rivata, que agora  continua o seu percurso na Congregação para a Causa dos Santos. Desde o dia 3 de Abril de 2008, após a transladação do cemitério de Alba, os  restos mortais de Madre Escolástica Rivata repousam na Igreja de Jesus Mestre, em Roma, via Portuense 741.

Com o decreto sobre as virtudes heroicas foi proclamada venerável a 9 de  Dezembro de 2013.

Encontro Anual das Junioristas 2021

De 13 à 15 de fevereiro, houve o Encontro Anual das Irmãs Junioristas Pias Discípulas do Divino Mestre no município de Cabreúva, SP, para o encontro anual, mantendo o distanciamento social nesse tempo de pandemia. O encontro foi facilitado pela formadora Ir. Juceli Aparecida Mesquita. Também as irmãs junioristas tiveram a oportunidade de ter a presença da vigária geral Ir. Lídia Natsuko Awoki, que estava de passagem pelo Brasil.

 No primeiro dia de encontro as jovens irmãs partilharam um pouco sobre como cada uma se encontra e suas expectativas para o ano que está iniciando.

No segundo dia o encontro, motivadas pela Ir. Lídia, as jovens irmãs refletiram sobre o artigo: “Re-imaginar o futuro: A espiritualidade e o carisma ajudam a Vida Religiosa a ser mais geradora neste Tempo”, de Ir. Teresa Gil Muñoz, STJ, e também sobre a homilia do papa Francisco do dia 02.02.2021, em ocasião da festa da Apresentação do Senhor e Dia Mundial da Vida Consagrada com o tema: “A paciência de Deus não exige perfeição, mas generosidade do coração”. Após a leitura e reflexão dos textos, as irmãs colocaram os pontos chaves em forma de teatro. No final da apresentação escutaram a canção que fala sobre a paciência, autor Lenine. Na parte da tarde, Ir. Juceli Mesquita conduziu outro momento com uma roda de partilha. O grupo finalizou aquele dia fazendo uma ligação para madre geral Ir. Micaela Monetti e a Ir. Natali Bertoso que não pode se juntar ao grupo de forma presencial. Assim finalizaram louvando ao Senhor pelas maravilhas vividas naquele dia.

No último dia de encontro, o grupo avaliou e planejou para o próximo encontro que está previsto para setembro de 2021.

O Encontro Anual das Irmãs Junioristas Pias Discípulas do Divino Mestre é uma possibilidade das jovens irmãs se reunirem e juntas, partilharem sua vida nestes primeiros anos de vida religiosa. Agradecemos a cada uma pelo sim generoso e pelo acompanhamento das Irmãs Juceli e Lídia às nossas jovens e queridas irmãs.

MENSAGEM DO PAPA FRANSCICO PARA QUARESMA 2021

Abaixo, a mensgem do Papa Francisco na íntegra para esta Quaresma de 2021.

«Vamos subir a Jerusalém…» (Mt 20, 18).
Quaresma: tempo para renovar fé, esperança e caridade.

Queridos irmãos e irmãs!

Jesus, ao anunciar aos discípulos a sua paixão, morte e ressurreição como cumprimento da vontade do Pai, desvenda-lhes o sentido profundo da sua missão e convida-os a associarem-se à mesma pela salvação do mundo.

Ao percorrer o caminho quaresmal que nos conduz às celebrações pascais, recordamos Aquele que «Se rebaixou a Si mesmo, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz» (Flp 2, 8). Neste tempo de conversão, renovamos a nossa fé, obtemos a«água viva» da esperança e recebemos com o coração aberto o amor de Deus que nos transforma em irmãos e irmãs em Cristo. Na noite de Páscoa, renovaremos as promessas do nosso Batismo, para renascer como mulheres e homens novos por obra e graça do Espírito Santo. Entretanto o itinerário da Quaresma, como aliás todo o caminho cristão, já está inteiramente sob a luz da Ressurreição que anima os sentimentos, atitudes e opções de quem deseja seguir a Cristo.

jejum, a oração e a esmola – tal como são apresentados por Jesus na sua pregação (cf. Mt 6, 1-18) – são as condições para a nossa conversão e sua expressão. O caminho da pobreza e da privação (o jejum), a atenção e os gestos de amor pelo homem ferido (a esmola) e o diálogo filial com o Pai (a oração) permitem-nos encarnar uma fé sincera, uma esperança viva e uma caridade operosa.

1. A fé chama-nos a acolher a Verdade e a tornar-nos suas testemunhas diante de Deus e de todos os nossos irmãos e irmãs

Neste tempo de Quaresma, acolher e viver a Verdade manifestada em Cristo significa, antes de mais, deixar-nos alcançar pela Palavra de Deus, que nos é transmitida de geração em geração pela Igreja. Esta Verdade não é uma construção do intelecto, reservada a poucas mentes seletas, superiores ou ilustres, mas é uma mensagem que recebemos e podemos compreender graças à inteligência do coração, aberto à grandeza de Deus, que nos ama ainda antes de nós próprios tomarmos consciência disso. Esta Verdade é o próprio Cristo, que, assumindo completamente a nossa humanidade, Se fez Caminho – exigente, mas aberto a todos – que conduz à plenitude da Vida.

O jejum, vivido como experiência de privação, leva as pessoas que o praticam com simplicidade de coração a redescobrir o dom de Deus e a compreender a nossa realidade de criaturas que, feitas à sua imagem e semelhança, n’Ele encontram plena realização. Ao fazer experiência duma pobreza assumida, quem jejua faz-se pobre com os pobres e «acumula» a riqueza do amor recebido e partilhado. O jejum, assim entendido e praticado, ajuda a amar a Deus e ao próximo, pois, como ensina São Tomás de Aquino, o amor é um movimento que centra a minha atenção no outro, considerando-o como um só comigo mesmo [cf. Enc. Fratelli tutti (= FT), 93].

A Quaresma é um tempo para acreditar, ou seja, para receber a Deus na nossa vida permitindo-Lhe «fazer morada» em nós (cf. Jo 14, 23)Jejuar significa libertar a nossa existência de tudo o que a atravanca, inclusive da saturação de informações – verdadeiras ou falsas – e produtos de consumo, a fim de abrirmos as portas do nosso coração Àquele que vem a nós pobre de tudo, mas «cheio de graça e de verdade» (Jo 1, 14): o Filho de Deus Salvador.

2. A esperança como «água viva», que nos permite continuar o nosso caminho

A samaritana, a quem Jesus pedira de beber junto do poço, não entende quando Ele lhe diz que poderia oferecer-lhe uma «água viva» (cf. Jo 4, 10-12); e, naturalmente, a primeira coisa que lhe vem ao pensamento é a água material, ao passo que Jesus pensava no Espírito Santo, que Ele dará em abundância no Mistério Pascal e que infunde em nós a esperança que não desilude. Já quando preanuncia a sua paixão e morte, Jesus abre à esperança dizendo que «ressuscitará ao terceiro dia» (Mt 20, 19). Jesus fala-nos do futuro aberto de par em par pela misericórdia do Pai. Esperar com Ele e graças a Ele significa acreditar que, a última palavra na história, não a têm os nossos erros, as nossas violências e injustiças, nem o pecado que crucifica o Amor; significa obter do seu Coração aberto o perdão do Pai.

No contexto de preocupação em que vivemos atualmente onde tudo parece frágil e incerto, falar de esperança poderia parecer uma provocação. O tempo da Quaresma é feito para ter esperança, para voltar a dirigir o nosso olhar para a paciência de Deus, que continua a cuidar da sua Criação, não obstante nós a maltratarmos com frequência (cf. Enc. Laudato si’3233.4344). É ter esperança naquela reconciliação a que nos exorta apaixonadamente São Paulo: «Reconciliai-vos com Deus» (2 Cor 5, 20). Recebendo o perdão no Sacramento que está no centro do nosso processo de conversão, tornamo-nos, por nossa vez, propagadores do perdão: tendo-o recebido nós próprios, podemos oferecê-lo através da capacidade de viver um diálogo solícito e adotando um comportamento que conforta quem está ferido. O perdão de Deus, através também das nossas palavras e gestos, possibilita viver uma Páscoa de fraternidade.

Na Quaresma, estejamos mais atentos a «dizer palavras de incentivo, que reconfortam, consolam, fortalecem, estimulam, em vez de palavras que humilham, angustiam, irritam, desprezam» (FT, 223). Às vezes, para dar esperança, basta ser «uma pessoa amável, que deixa de lado as suas preocupações e urgências para prestar atenção, oferecer um sorriso, dizer uma palavra de estímulo, possibilitar um espaço de escuta no meio de tanta indiferença» (FT, 224).

No recolhimento e oração silenciosa, a esperança é-nos dada como inspiração e luz interior, que ilumina desafios e opções da nossa missão; por isso mesmo, é fundamental recolher-se para rezar (cf. Mt 6, 6) e encontrar, no segredo, o Pai da ternura.

Viver uma Quaresma com esperança significa sentir que, em Jesus Cristo, somos testemunhas do tempo novo em que Deus renova todas as coisas (cf. Ap 21, 1-6), «sempre dispostos a dar a razão da [nossa] esperança a todo aquele que [no-la] peça» (1 Ped 3, 15): a razão é Cristo, que dá a sua vida na cruz e Deus ressuscita ao terceiro dia.

3. A caridade, vivida seguindo as pegadas de Cristo na atenção e compaixão por cada pessoa, é a mais alta expressão da nossa fé e da nossa esperança

A caridade alegra-se ao ver o outro crescer; e de igual modo sofre quando o encontra na angústia: sozinho, doente, sem abrigo, desprezado, necessitado… A caridade é o impulso do coração que nos faz sair de nós mesmos gerando o vínculo da partilha e da comunhão.

«A partir do “amor social”, é possível avançar para uma civilização do amor a que todos nos podemos sentir chamados. Com o seu dinamismo universal, a caridade pode construir um mundo novo, porque não é um sentimento estéril, mas o modo melhor de alcançar vias eficazes de desenvolvimento para todos» (FT, 183).

A caridade é dom,que dá sentido à nossa vida e graças ao qual consideramos quem se encontra na privação como membro da nossa própria família, um amigo, um irmão. O pouco, se partilhado com amor, nunca acaba, mas transforma-se em reserva de vida e felicidade. Aconteceu assim com a farinha e o azeite da viúva de Sarepta, que oferece ao profeta Elias o bocado de pão que tinha (cf. 1 Rs 17, 7-16), e com os pães que Jesus abençoa, parte e dá aos discípulos para que os distribuam à multidão (cf. Mc 6, 30-44). O mesmo sucede com a nossa esmola, seja ela pequena ou grande, oferecida com alegria e simplicidade.

Viver uma Quaresma de caridade significa cuidar de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia por causa da pandemia de Covid-19. Neste contexto de grande incerteza quanto ao futuro, lembrando-nos da palavra que Deus dera ao seu Servo – «não temas, porque Eu te resgatei» (Is 43, 1) –, ofereçamos, juntamente com a nossa obra de caridade, uma palavra de confiança e façamos sentir ao outro que Deus o ama como um filho.

«Só com um olhar cujo horizonte esteja transformado pela caridade, levando-nos a perceber a dignidade do outro, é que os pobres são reconhecidos e apreciados na sua dignidade imensa, respeitados no seu estilo próprio e cultura e, por conseguinte, verdadeiramente integrados na sociedade» (FT, 187).

Queridos irmãos e irmãs, cada etapa da vida é um tempo para crer, esperar e amar. Que este apelo a viver a Quaresma como percurso de conversão, oração e partilha dos nossos bens, nos ajude a repassar, na nossa memória comunitária e pessoal, a fé que vem de Cristo vivo, a esperança animada pelo sopro do Espírito e o amor cuja fonte inexaurível é o coração misericordioso do Pai.

Que Maria, Mãe do Salvador, fiel aos pés da cruz e no coração da Igreja, nos ampare com a sua solícita presença, e a bênção do Ressuscitado nos acompanhe no caminho rumo à luz pascal.

Roma, em São João de Latrão, na Memória de São Martinho de Tours, 11 de novembro de 2020.

Francisco

Fonte: http://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/lent/documents/papa-francesco_20201111_messaggio-quaresima2021.html

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Renovo por mais um ano…

RENOVAÇÃO DOS VOTOS RELIGIOSOS DAS IRMÃS JUNIORISTAS PIAS DISCÍPULAS DO DIVINO MESTRE

O dia 10 de fevereiro é a data para as Primeiras Profissões religiosas. Esta data se recorda a fundação da Congregação.
Assim, nossas irmãs junioristas renovam os votos a cada ano, nas diversas comunidades que elas fazem parte.

Acompanhamos a cada uma com nosssas orações.

COMUNIDADE JARDIM DIVINO MESTRE| CABREÚVA, SP
IR. SAMILLIS PRAIA CASTRO
RENOVAÇÃO DOS VOTOS: 9 DE FEVEREIRO

Na manhã do dia 09 de fevereiro, na capela Divino Mestre, em Cabreúva-SP, durante a celebração eucarística, presidida pelo Pe. Joaquim, a Ir. Samillis Praia Castro renovou os votos de castidade, pobreza e obediência. Assim se expressa a ir. Samillis: “Estou contente, porque o Senhor, misericordioso, é fiel para comigo e continua renovando a força do seu chamado em minha vida. Gratidão a todos que rezam pela minha vocação e me ajudam a viver este dom com liberdade e inteireza”.

COMUNIDADE TIMÓTEO GIACCARDO | SÃO PAULO, SP
IR. BIANCA, IR. JÉSSICA, IR. NEIDEANE E IR. ROMILDA
RENOVAÇÃO DOS VOTOS RELIGIOSOS: 9 DE FEVEREIRO

No dia 09 de fevereiro de 2021, durante a celebração eucarística presidida pelo Padre Jakson Ferreira de Alencar, SSP, na Comunidade Timóteo Giaccardo em São Paulo, Ir. Maria Antônia Bianca Oliveira dos Santos, Ir. Maria Jéssica Carolina Vallenilla Pérez, Ir. Maria Neideane Alves Monteiro e Ir. Maria Romilda Cordeiro Sarmento renovaram com voto, por um ano, os Conselhos Evangélicos.
A celebração deu-se início às 18h30. Após a saudação inicial do Pe. Jakson, Ir. Penha Carpanedo fez um breve comentário acolhendo a todos que se faziam presentes.
Após a homilia, as irmãs diante da palavra renovaram os votos de castidade, pobreza e obediência. Recebeu os votos a provincial Ir. Marilez Furlanetto, delegada da superiora geral. As irmãs tiveram como testemunhas Ir. Kelly Silva de Oliveira e Ir. Luciana Tonon.
Logo após a celebração a comemoração estendeu-se com um delicioso jantar cantando parabéns para as irmãs e assim bendizendo a Deus pelo Dom da vocação.

COMUNIDADE BRASÍLIA, DF
IR. NATALI DOS SANTOS BERTOSO
RENOVAÇÃO DOS VOTOS RELIGIOSOS: 10 DE FEVEREIRO

A celebração da renovação dos votos da Ir. Natali Santos Bertoso aconteceu na Capela do Centro de Apostolado Litúrgico de Brasília, no dia 10 de fevereiro, às 17h.
O pe. Paulo César Magalhães, da Congregação de São Luis Orione, presidiu a celebração. Além da comemoração pela renovação dos votos da Ir. Natali, as irmãs já aproveitaram para iniciar os festejos pelos 60 anos de vida religiosa da Ir. Luisa Mantovani.
A superiora local, Ir. Sônia Ferreira Andrade, recebeu a renovação dos votos da Ir. Natali Santos Bertoso.

Além das irmãs da Comunidade de Brasília, participaram os colaborares do Centro de Apostolado Litúrgico: Junio e Moisés.