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ADRIANA ESCANDIAN: FAMÍLIA AMIGA DO DIVINO MESTRE

Adriana, Mauro e Ana Clara: família Amiga do Divino Mestre conta sua história neste importante movimento dos leigos e leigas no carisma das Pias Discípulas do Divino Mestre.

Conheci a Congregação das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre em 2011 quando as irmãs Terezinha Lubiana e Veronice Fernandes foram fazer trabalho missionário na minha paróquia, Santíssima Trindade, em Linhares – ES.

Participei dos encontros de liturgia e demais atividades por elas propostos, mas sem muito contato. Logo em seguida fui para São Paulo – SP para fazer um tratamento de saúde e lá eu e meu esposo Mauro as conhecemos mais de perto e nos encantamos com a missão da congregação.

Em 2013 fomos convidados para fazer parte dos Amigos e Amigas do Divino Mestre – ADM e conhecemos outras pessoas, amigos e amigas, que também amam a missão das Pias Discípulas. Lá estudamos sobre a vida e missão de São Paulo Apóstolo, a fundação da Família Paulina por intermédio e inspiração do Bem-Aventurado Tiago Alberione, a vida e testemunho da Madre Escolástica, a fundação dos Cooperadores Paulinos e consequentemente dos Amigos do Divino Mestre.

Participamos de todos os encontros nacionais realizados (2013, 2014, 2016 e 2018) e nos mantemos conectados diariamente pelo grupo de WhatsApp onde recebemos o Evangelho do dia e notícias dos grupos de ADM distribuídos pelo nosso Brasil a fora.

Através dessas conversas diárias mantemo-nos ligados as Irmãs e aos Amigos uma vez que não existe em nossa cidade e estado nenhuma comunidade de irmãs Discípulas. Cada encontro (presencial ou on-line), cada boletim enviado, cada conversa no grupo de WhatsApp é um momento de espiritualidade e fortalecimento de minha fé. Ver tantas vidas se doando de várias formas à evangelização e por amor a JESUS MESTRE, CAMINHO, VERDADE E VIDA me faz querer divulgar esta missão tão linda das Pias Discípulas. Somos gratos à Deus pelo dom da vida e missão de cada irmã Pia Discípula do Divino Mestre, de cada amigo e amiga do Divino Mestre pelo acolhimento, testemunho e esperança semeada a cada manhã.

Cada encontro nacional é uma festa da evangelização onde encontramos culturas diferentes do Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste do nosso país. Eu e minha família rogamos diariamente à Deus para que envie numerosas e santas vocações sacerdotais, leigas, missionárias e consagradas para a nossa Igreja e para o mundo, em especial para a Congregação das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre.

Que Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos interceda à Deus por cada um de nós. Que São Paulo Apóstolo, Bem-aventurado Tiago Alberione e Madre Escolástica nos ajude na nossa caminhada.

Foto: Adriana, seu esposo Mauro e a filha do casal, a linda e querida Ana Clara.

Adriana Escandian

Linhares – Espírito Santo – julho 2021

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ESCUTAR, DISCERNIR E VIVER A VOCAÇÃO

A Pastoral Vocacional das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre – PDDM, está proporcionando através da página: Escutar, Discernir e Viver a Vocação, no Facebook, um espaço de acolhida e escuta para jovens que buscam fazer um caminho de discernimento vocacional.

projeto escutar, discernir e viver a vocação

Venha conhecer e conversar conosco.

A vida é nosso primeiro e inestimável valor. É a nossa primeira vocação a que somos chamados. Cuidar da vida é uma resposta carinhosa a Deus que nos chama, ama e presenteia com este grande dom.

Ao decorrer da nossa vida, damos esta resposta amorosa a Deus e buscamos dar sentido para nossa existência. Algumas pessoas decidem-se pela vida religiosa: dão sentido a própria existência na constante doação de si pelo Reino de Deus.

Na Igreja, temos uma diversidade de carismas atentos à inspiração do Espírito Santo de Deus. Quando o povo clama, Deus na sua bondade sempre ouve e responde. A vida religiosa é esta amorosa resposta de Deus ao clamor do seu povo.

Este espaço vocacional quer ajudar a você jovem se encontrar na sua vocação religiosa. Somos religiosas das Pias Discípulas do Divino Mestre (PDDM) e a Pastoral Vocacional pretende apresentar o nosso carisma, mas também te ajudar a discernir qual o seu caminho na vida religiosa.

Venha conversar conosco. Este espaço está no Facebook, mas também temos os contatos das Irmãs que podem te atender com carinho:

Ir. Terezinha Lubiana – whats: (11) 97259-2673

Ir. Soenia Alves Brito – whats: (11) 95913-8467

Ir. Letícia Pontini – whats: (92) 9444-4578

Ir. Luciana Tonon – whats: (54) 98140-7783

O projeto ESCUTAR, DISCERNIR E VIVER A VOCAÇÃO tem verbos fortes e de ação. Quando buscamos o sentido do verbo ESCUTAR, lemos que é um verbo transitivo direto e que quer dizer “estar consciente do que está ouvindo”. Jovem, você já parou para se escutar? O processo de escuta exige que outra pessoa colabore contigo, pois pode contribuir para que te ajude a DISCERNIR as diversas vozes que, muitas vezes, ouvimos. ESCUTAR é uma etapa que pede muita atenção.

Muitas vezes, pelas diversas possibilidade que temos, “vivemos e ouvimos” muitas coisas. ESCUTAR é importante, mas é primordial que caminhemos para o segundo degrau do nosso autoconhecimento: DISCERNIR estas vozes. Exige tempo, conversas, oração…. Colocar-se inteiramente nas mãos de Deus para que Ele possa “fazer maravilhas” na nossa vida.

VIVER A VOCAÇÃO é o fruto esperado deste caminho de busca e conhecimento. Qual a sua vocação? Para que Deus te chamou a viver?

Estas e outras perguntas são significativas e precisam de um início de discernimento e conversa. A Pastoral Vocacional PDDM conta com Irmãs preparadas para iniciar este caminho de discernimento da vontade de Deus sobre sua vida.

CONHEÇA UM POUCO DAS IRMÃS PIAS DISCÍPULAS DO DIVINO MESTRE

Viver e dar ao mundo Jesus Cristo   

A espiritualidade que sustenta o carisma, a vida e a missão das Discípulas do Divino Mestre tem seu centro na pessoa de Jesus, na definição plena que ele mesmo deu de seu ser, de sua vida e missão: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6).

A identidade da nossa Congregação é definida a partir do próprio nome: Pias Discípulas do Divino Mestre. Brota desta identidade o empenho primeiro a ser vivido, o de permanecer na escuta, no seguimento de Jesus Mestre, em comunidade.

Carisma

O carisma da Congregação tem como centro a pessoa de Jesus Cristo Mestre Caminho, Verdade e Vida que nos chama a seu seguimento.  Vivemos em comunidade, de vida consagrada apostólica e somos chamadas a comunicar Jesus Mestre com a vida e o apostolado.

Apostolado

O ministério apostólico inclui a oração incessante, como intercessão pela Igreja e pela humanidade, bem como, a animação e a formação litúrgica, com a finalidade de possibilitar a todos, uma participação ativa, consciente e frutuosa na celebração do Mistério Pascal de Jesus, ao longo do ano litúrgico.

Com esse objetivo, elaboramos e divulgamos conteúdos e subsídios: a Revista de Liturgia, cursos de formação litúrgica em diferentes níveis e colocamos arquitetura, pintura, música e artesanato a serviço da liturgia. O que produzimos destina-se às celebrações litúrgicas, a fim de que a comunidade cristã possa sempre mais viver, rezar e celebrar a liturgia na dignidade e na beleza.


CICLO DE FORMAÇÃO LITÚRGICA: NAS FONTES DO CONCÍLIO

Devido a pandemia que nos impede de nos reunir em eventos presenciais, o Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard está promovendo um Ciclo de Formação Litúrgica nas fontes do Concíclio Vaticano II e a temática abordada será SACRAMENTALIDADE. Este ciclo de formação acontece no mês de outubro. As vagas são limitadas.

Acompanhe a programação:

Datas: 18, 20 e 22 de outubro de 2021 de 19h30 às 21h.

18 de outubro, segunda- feira:

  • A sacramentalidade da Assembleia
    Me. Arnaldo Antonio de Souza Temochko

20 de outurbro, quarta-feira:

  • A sacramentalidade da Presidência
  • Me. Pe. Carlos Gustavo Haas

22 de outubro, sexta-feira

  • A sacramentalidade da Palavra
  • Dr. Dom Jerônimo Pereira Silva, OSB

Evento online limitado.

Taxa de inscrição: R$ 30,00 – parte da arrecadação será destinada à Ação Solidária Emergencial “É tempo de cuidar” da CNBB.

Conheça a REVISTA DE LITURGIA. Assine, renove, divulgue a REVISTA DE LITURGIA.

Encontro Online do Secretariado Geral da Formação PDDM

Conforme a Circular da Madre Geral n. 3, ir. Micaela Monetti, hoje, dia 03 de junho de 2021, inicia o “Encontro Online Internacional” preparado pelo Secretariado Geral para a Formação. Este encontro reunirá representações em todas as nações que estamos de Irmãs que prestam este serviço na nossa Congregação.

Do Brasil, conforme relação anexa a esta circular n. 3 da Madre Geral, participarão: Ir. M. Analice Lúcia Balestrin, SAV – Serviço de animação vocacional; Ir. M. Aparecida Batista, SAV – Serviço de animação vocacional; Ir. M. Juceli Aparecida Mesquita, Postulado e Juniorato; Ir. M. Leticia Pontini, SAV – Serviço de animação vocacional; Ir. M. Luciana Tonon; Noviciado; Ir. M. Soênia Alves Brito, SAV – Serviço de animação vocacional; Ir. M. Terezinha Lubiana, Formação contínua; Ir. Marilez Furlanetto, Formação contínua.

Está previsto esta programação:

TemáticaData | 16:00 – 19:00 (CET)
Viver a mudança epocal Quinta, 03 de junho
Paradigma de formação Quinta, 10 de junho
Fraternidade e formação Quinta,  17 de junho
Formação na era digital Quinta, 09 de setembro
Formação integral segundo o PGF Quinta, 16 de setembro
Diálogo com a Superiora geral Quinta, 23 de setembro

Segundo ir. Micaela Monetti na circular n. 3, “O tema que orienta o percurso de aprofundamento e partilha é extraído da palavra profética: “Vejam que estou fazendo uma coisa nova: ela está brotando agora, e vocês não percebem?” (Is 43,19). Somos conscientes de que a qualidade da formação é fundamental para a vitalidade do Instituto e para a colaboração ao advento do Reino de Deus no mundo.”

Ainda segundo a circular, esta iniciativa tem por finalidade sustentar o processo de formação paulina que é caminho de conversão contínua: tem foco na santidade, no desenvolvimento de uma personalidade integrada, capaz de viver em comunidade, de trabalhar com outros/as e para os outros. Os encontros serão nos meses de junho e setembro e abordarão temas gerais, mas urgentes, para a formação à vida consagrada hoje. As irmãs que participam do Encontro são numerosas por diversos títulos, com a possibilidade de conectar-se em diferentes faixas horárias, segundo o programa que anexamos.

Permaneçamos unidas com nossas irmãs, na oração.

Amigos do Divino Mestre: como conhecemos as Pias Discípulas do Divino Mestre?

Breve testemunho histórico do casal FRANCISCO e ANTÔNIA, Amigos do Divino Mestre do Núcleo de Brasília/DF

            O que nos oportunizou conhecer as Irmãs foi a divulgação de um curso de formação em canto litúrgico no folheto Povo de Deus da Arquidiocese de Brasília. Através do telefone, entramos em contato com a Irmã Neusa Maria Bresiani e fomos até à casa delas em Taguatinga, cidade satélite de Brasília. Fizemos a inscrição e participamos do curso que foi muito proveitoso.

A partir desse encontro, passamos a ter contato com frequência, pois a Congregação passou a organizar mais cursos de formação litúrgica a realizar-se na UCB (Universidade Católica de Brasília), que tem seu campo em Taguatinga. Nesses encontros, passamos a conhecer as demais Irmãs: Venerina Vaccarisi, Ozília Ardisson e Leni Rossi, sendo a Irmã Neusa a coordenadora da casa. Esses encontros de formação litúrgica tiveram início por volta do ano 2002.

            No ano de 2013, com a chegada da Irmã Analice Lúcia Balestrin, teve início a organização do Grupo Amigos do Divino Mestre de Brasília. O grupo prosseguiu caminhando no discipulado do Apóstolo Paulo, dentro da espiritualidade do Bem-Aventurado Pe. Tiago Alberione. Passamos a ter encontro de formação em São Paulo a cada 2 anos. Nessa perspectiva, fomos orientados pela Congregação a fazermos parte dos Cooperadores Paulinos e particularmente recebemos um convite mais que especial feito pela Irmã Venerina, pois, segundo ela, via em nós um casal vocacionado para o serviço à Igreja. Aceitamos o convite, com muita preocupação, pois o compromisso é muito sério e requer muita responsabilidade. Enfim, estamos nesse caminho de Jesus Mestre na conversão de cada dia.

            Em 2018, celebramos o centenário dos Cooperados Paulinos. Evento esse que nos proporcionou a possibilidade de conhecermos a cidade de Alba, terra natal do nosso fundador enquanto membros da Família Paulina. Tivemos a oportunidade de conhecer e saber tudo sobre a vida de Tiago Alberione e as congregações por ele criadas. Encerramos todos os eventos no encontro com o Papa Francisco na Praça São Pedro.

            Concluímos afirmando que nessa caminhada com as Irmãs Pias Discípulas nossa formação foi muita enriquecida no tocante aos carismas: sacerdócio, Eucaristia e liturgia.

            Fizemos as promessas na festa do Divino Mestre de 2018 na Paróquia Santa Edwiges, na Asa Sul. Presidiu a celebração Monsenhor Jamil Alves de Souza, padre da Arquidiocese de Brasília.

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Campanha da Fraternidade 2022

A Campanha da Fraternidade de 2022 já tem sua identidade visual. Com o intuito de promover o diálogo sobre a realidade educativa no Brasil, à luz da fé cristã, no próximo ano seremos convidados a refletir sobre a “Fraternidade e Educação”. O lema será: “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31, 26).

De acordo com o secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, o caminho de construção da CF 2022 tem como uma das motivações a celebração dos 40 anos da Pastoral da Educação no Brasil, e o texto-base – documento que norteia as ações da Campanha da Fraternidade – e que segue em elaboração. “Quando nós falamos da realidade educativa, tal realidade não se restringe ao ensino científico e técnico, mas o desejo é lançar o olhar sobre a educação de forma integral”, afirmou.

Para que a Campanha da Fraternidade seja melhor desenvolvida, foram propostos sete objetivos específicos, que são: analisar o contexto da educação, bem como os desafios potencializados pela pandemia; verificar o impacto das políticas públicas na educação; identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição Cristã em vista de uma educação humanizadora; refletir sobre o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo com a colaboração das instituições de ensino; incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum; estimular a organização do serviço pastoral junto às escolas, universidades, centros comunitários e outros espaços educativos; e promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres.

 Fonte: https://www.cnbb.org.br/campanha-da-fraternidade-2022-foi-apresentada-aos-bispos-reunidos-em-assembleia/

Da janela do ícone

Alzira Fernandes

Ícone da Trindade de André Rublev

NAS ORIGENS

O longo caminho percorrido pela arte bizantina atinge o seu auge na representação do ícone da Trindade de André Rublev, pois através de meios humanos (traços, luz, cores) traduz-se uma realidade que escapa, pela sua natureza transcendental, a toda a linguagem humana. Parece uma empresa impossível representar o mistério da Trindade, a vida íntima das três personagens divinas através da pintura figurativa. Por isso, poderíamos dizer que a obra de Rublev se aproxima de uma visão mística. Será importante perguntarmo-nos qual era o pensamento daqueles que inspiraram o pintor, melhor dizendo, o escritor e o que na realidade queria ele exprimir na sua obra.

Os textos bíblicos. Depois das perseguições, a comunidade cristã tinha necessidade de representar o mistério central da sua fé. Primeiramente, começou pela tradição oral, depois, no Evangelho de João, escrito no final do séc. I, Jesus, no seu longo discurso no Cenáculo, abre os olhos dos discípulos ao mistério das três personagens divinas numa só natureza divina, convidando todos os homens e mulheres a participarem dessa mesma vida trinitária. É, pois, no Novo Testamento que devemos procurar o verdadeiro sentido do ícone da Trindade.

Mas o texto que servirá de base à reflexão teológica posterior é o do Livro do Génesis (18,1-15). A cena dos três anjos permanecerá como tipo, ou seja, a forma simbólica para exprimir a unidade da natureza divina. Como se chegou a dar à visita das três personagens celestes a Abraão um sentido trinitário? S. Paulo dá a este episódio um significado para a vida de Abraão e o seu lugar na economia da salvação. A cena que, à primeira vista, é simples gesto de hospitalidade, vai muito além.  Paulo sublinha que esta promessa não é somente o anúncio do nascimento de um filho, Isaac, a continuação da descendência de Abraão, mas que ela é, na realidade, a visão da Encarnação, o desígnio eterno que Deus manifestou em Cristo e que nos dá a possibilidade de nos aproximarmos com toda a confiança pelo caminho da fé em Cristo (GI3, 6; Rm 4,3: Ef 1, 3-14)

A influência dos Padres gregos e latinos

A revelação trinitária opera-se de um modo progressivo. A tradição judaica e, depois, os Padres da Igreja, interpretaram esta hospitalidade de Abraão como uma manifestação de Deus. Pouco a pouco, a leitura trinitária de Gn 18 generaliza-se no seio do Cristianismo. A própria iconografia também fez este processo evolutivo duma visão cristológica para uma visão trinitária.

Foi no contexto dos primeiros concílios, centrados nos dogmas referentes à pessoa do Filho de Deus, à sua encarnação e às suas origens no seio da Trindade, que os Padres da Igreja interpretaram o episódio da visita dos três personagens a Abraão como uma aparição da Trindade. O primeiro testemunho que evoca os três anjos provém de Justino (+ 165). Mas é só depois do Concílio de Niceia (325) que a Patrologia, oriental e ocidental, aprofundará a teologia da Trindade.

É então que a teologia, sobretudo graças aos Padres Capadocianos, elabora, a partir do século IV, a teologia da Trindade na luta contra o arianismo. Deste modo, durante os séculos seguintes, formou-se a ideia da economia da salvação, o plano eterno das três pessoas divinas de salvar o mundo. A doutrina teológica dos Padres é inseparável da oração pública e é na criação litúrgica que se exprime a fé comum da Igreja de um modo mais autêntico e vivo.

Obras artísticas precedentes. As representações da Trindade são raras no primeiro milénio da arte cristã. Pode ter sido uma consequência da iconoclastia que destruíra também as imagens, mas é, antes de tudo, pelo facto de que a iconografia da Trindade apresentava aos artistas mais dificuldades que as das festas litúrgicas.

Uma pintura de inspiração cristã da primeira metade do século IV foi descoberta, em 1955, nas catacumbas da Via Latina, em Roma, mostrando Abraão a receber os três jovens. Estas personagens apresentam o mesmo tamanho, as mesmas vestes e fazem o mesmo gesto. Tudo isto parece indicar que se trata já de uma interpretação e não simplesmente de uma ilustração do relato bíblico. No século seguinte, o mosaico de Santa Maria Maior mostra já uma interpretação da cena do encontro de Abraão com os três personagens. Mais clara ainda é a significação oferecida pelo mosaico de S. Vitale em Ravena (antes de 547) onde, no centro, está a refeição com as três personagens. O facto desta composição se encontrar no santuário, lugar da celebração litúrgica, mostra a criação de um novo tipos, de uma nova cena simbólica que explica o sacrifício do Novo Testamento e da Eucaristia. É provavelmente o mais antigo dos tipos iconográficos de expressão da unidade da natureza divina.

Deste modo se formou uma concepção da ceia que servirá de modelo aos séculos seguintes. Estas obras são etapas duma evolução que conduz o espectador até às profundezas do mistério trinitário. Assim, à luz dos Padres gregos e latinos, dos textos da liturgia e das obras artísticas precedentes, o ícone de André Rublev aparece, como iremos ver, como a suma teológica e artística.

O ESCRITOR

André Rublev, nascido entre 1360-1370, viveu em época turbulenta, mas, simultaneamente, muito rica em acontecimentos, nos mais diversos níveis. A vitória Russa sobre as hostes dos Mongóis, conhecidos no Ocidente por Tártaros, em 1380, na batalha de Koulikovo, criou no povo russo o entusiasmo pela libertação e por ter acentuado o sentido de nacionalidade e unidade à volta de Moscovo. Foi também a época em que o monaquismo, nas suas diversas formas, conheceu um grande desenvolvimento. A cultura e a arte florescem a partir dos mosteiros.

Rublev  morre, no dia 9 de Janeiro de 1430, foi recentemente canonizado, com o nome de Santo André, o Iconógrafo, cuja memória se celebra no dia 4 de Julho.

A influência de S. Sérgio de Radonej. O nome de Rublev aparece referido pela primeira vez nas crónicas, em 1405, quando foi pintada a Catedral da Anunciação, no Kremlin, em Mascava. Participa neste trabalho integrado numa equipe de pintores dirigida pelo célebre Théophane, o grego. Contudo, apesar da enorme influência deste sobre a arte russa da época, apesar da sua autoridade incontestada e merecida, Rublev não seguiu o caminho de Theophane, mas o próprio caminho, inspirado no ambiente espiritual ligado à figura de S. Sérgio de Radonej.

Um dos maiores obreiros do florescimento espiritual desta época, Sérgio de Radonej é considerado um dos santos russos mais populares. A. sua vida foi toda ela dedicada à contemplação do mistério da Santa Trindade, que se tornou o assunto da sua oração, a fonte da sua vida interior e do seu serviço aos outros. Deste modo, encarnou a paz que ultrapassa toda a inteligência e fez brilhar esta paz à sua volta. Nele, segundo as testemunhas, foi restabelecido o estado nascente da harmonia que se estendeu à própria natureza. A sua humildade extrema contagiava aqueles que o vinham visitar. Para facilitar a vida dos outros monges, assumia as tarefas mais difíceis e partilhava o seu pedaço de pão com um urso selvagem que o vinha ver.

Dedicou a construção da sua igreja à Santa Trindade e esforçou-se por realizar a unidade, à imagem da comunhão trinitária, a começar pela sua comunidade monástica e alargando-se à vida política do seu tempo. Para facilitar a unidade do país, reconciliou os príncipes feudais inimigos e abençoou o príncipe de Moscou, Dimitri, na luta contra os Tártaros, predizendo a sua vitória. S. Sérgio morreu a 25 de Setembro de 1392, tornou-se padroeiro do o povo cristão da Rússia, deixando grande número de discípulos.

Um convite a escrever o ícone da Trindade. André Rublev foi monge do mosteiro de Santo Andrónico, em Moscou. Contemporâneo de S. Sérgio é muito provável que o tenha conhecido. Mas se não o conheceu pessoalmente, viveu assiduamente em contato com os seus discípulos que continuaram a sua obra e seus ensinamentos sobre a humildade, o amor, o despojamento e a solidão contemplativa, orientada para a transfiguração do espírito e para a união com Deus pela oração contínua. No centro desta espiritualidade está o amor a Deus Trindade e ao próximo.

André Rublev e o seu amigo, companheiro de juventude, Daniel, conhecido por “Negro”, são descritos como “homens perfeitos em virtude”. Rublev é um homem humilde, cheio de alegria e luminosidade. Nos dias de festa, quando não pintava, Rublev e seu amigo Daniel sentavam-se diante dos veneráveis e divinos ícones e, contemplando-os sem discrição, elevavam o espírito e o pensamento para a luz da presença divina. Nele, a arte está unida à santidade. Sob a influência do hesicasmo, que preconizava o silêncio, a paz e a tranquilidade espiritual, deixou-se conduzir, na vida contemplativa como na atividade de iconógrafo, pela simplicidade e pela harmonia.

Em 1408, André Rublev pinta, com Daniel, a Catedral da Assunção, em Vladimir. Pouco depois de 1422, o discípulo de S. Sérgio, Nikon, convida-o para pintar a nova Igreja da Trindade no mosteiro de São Sérgio, construída para substituir a igreja primitiva, incendiada pelos Tártaros. Surge então o célebre ícone da Trindade, admirável tradição da herança espiritual de S. Sérgio. Este ícone suscitou tal veneração que levou à publicação de um decreto, no Concílio de 1551, da Igreja Ortodoxa Russa, aconselhando os iconógrafos a pintarem este tema, tomando o ícone de Rublev como o modelo. (…)

AS TRÊS PERSONAGENS MISTERIOSAS

No ícone da Trindade e graças à arte da iconografia, o orante é conduzido ao centro do mistério do ícone: as três personagens. (…) As personagens apresentam uma característica marcante: os seus traços são rigorosamente idênticos, como se fosse o mesmo a ser representado três vezes. O mesmo rosto, o mesmo tipo de cabelo, o mesmo corpo alongado. É uma mesma e única figura que é três vezes representada em posições diferentes. Os três têm na mão o cetro do poder, que é também é o cajado de peregrinos do mundo. Possuem uma auréola para designar que têm igual dignidade e realeza. As suas vestes contêm o azul, símbolo da verdade divina que os habita. As asas que os circundam têm a mesma forma e dimensão. O ícone representa o Deus único, um só Deus com a mesma natureza divina em três pessoas. Mas cada personagem tem uma posição diferente; tudo é efetivamente diferente: as cores, os gestos, a direção dos olhares.

O Filho. Pela sua posição, pela força das cores do vestuário, uma das personagens parece sair da composição em direção ao observador. Ela está vestida com uma túnica vermelha escura e um manto azul. O vermelho escuro é a cor da realeza e do amor. Recorda o sangue do Filho derramado no sacrifício da cruz. A faixa dourada no ombro direito, chamada é sinal imperial no Império Bizantino, representa o serviço do Grande Sacerdote que é simultaneamente celebrante e Vítima. A dilatação da manga simboliza o futuro sacrifício. O azul do manto que cobre unicamente um dos ombros é a cor da transcendência, das profundidades da vida divina e recorda que o Filho é enviado para a salvação do mundo.

No entanto, a personagem do ícone de Rublev não apresenta o rosto iconográfico típico do Cristo, porque não tem barba; ele é o Filho de Deus e o Cristo será o Filho encarnado em Jesus de Nazaré. Não se trata de Jesus de Nazaré glorificado, mas do Filho eterno de Deus, antes mesmo do mistério da encarnação no tempo e no espaço, mas pela veste ele o é simultaneamente (Jo 1, 1.3). Esta personagem é a manifestação do Pai. A posição e a cabeça inclinada para a direita revelam que ele recebe tudo do Pai; é um sinal de submissão e do dom de si mesmo. Esta inclinação corresponde à inclinação da cabeça do Cristo dos ícones da Crucifixão (Fl 2, 6 sg.). Ele é o Verbo, a imagem do Pai. Tudo o que Ele faz, fá-lo em união com o Pai, sobretudo a consagração do cálice, no qual se resume todo o seu ser.

O Pai. O movimento das personagens do centro e da direita e, com elas, o da montanha e da árvore, é de inclinação para a personagem da esquerda que tem uma postura mais direita que as outras duas. O Filho e o Espírito inclinam-se perante o Pai, assim como toda a Criação, numa atitude de adoração. A postura do Pai é de majestade imutável e, por isso, centro do diálogo. Ele é a Origem, o Princípio sem princípio; é o seu papel paternal. Apresenta os ombros cobertos, porque é ele que envia o Filho e o Espírito. Através da sua veste transparente e luminosa, sobressai o azul da divindade insondável, da transcendência infinita daquele que é a fonte de toda a vida divina. Tudo é calmo nele. Ele está numa posição de escuta do Verbo, para transmitir a mensagem ao anjo colocado diante dele.

O Espírito Santo. Diante do Pai encontra-se o anjo que, pela ligeira curvatura do seu corpo, simboliza a abertura total e parece acolher as outras personagens, É o Espírito vivificante. Com a cabeça ligeiramente inclinada, ele parece escutar com muita atenção o que os outros dizem. Como que para registrar e meditar. A sua veste é da cor da divindade e do vigor da Primavera. O verde do manto simboliza o crescimento, a fertilidade e a esperança. Este envolve-o num só ombro, visto que ele é também um enviado do Pai, com o seu bastão de peregrino do mundo até o fim dos tempos. A túnica azul indica que a terceira pessoa também é Deus, igual às outras duas. Do branco imaculado da mesa destaca – se o gesto da mão como se ele quisesse confirmar o pedido do Filho em se aproximando do cálice.

Os rostos, as mãos, os olhares. Os rostos são idênticos, porque as três personagens são idênticas na sua natureza. Embora cada uma assuma uma tarefa particular, as outras duas estão presentes e ativas, na medida em que a ação trinitária se realiza sempre a três. Não há distância temporal, nem em hierarquia entre os três. São co-eternos.

A mão direita do Pai implica autoridade: envia o Filho único ao mundo para estabelecer a eterna Aliança com a humanidade. Mas também envia o Espírito da verdade e do amor. Uma bênção pascal parte da mão direita do Pai e passa à mão direita do Filho. O Filho bendiz, consagrando o cálice do cordeiro. A posição dos dedos sugere um segundo movimento até à mão do Espírito com o dedo fino ensina-nos isso, ela descansa no fundo branco da toalha com os quatro cantos que simbolizam os quatro Evangelhos. O Espírito, pela sua mão, nos introduz no mistério do Cálice. O Pai, fonte eterna de toda a bênção, bendiz através do Filho, verdadeiro Cordeiro Pasçal, bênção que se transmite ao mundo através do Espírito Santo. Toda a humanidade é abençoada pela Trindade Santa.

O olhar do Pai exprime uma ordem e um pedido, confirmando, assim, o sacrifício do Filho. O olhar do Filho dirige-se para o anjo que se encontra à sua direita, um olhar que não se pode desligar do outro, um olhar que corresponde ao amor do Pai e à entrega de si. O olhar do Espírito dirigido para o cálice traduz a ideia central do diálogo silencioso do Pai e do Filho. Fixa o cálice e parece envolvê-lo. Mas ele está também levantado para o alto, unindo-se à linha que une os olhares do Pai e do Filho. O Espírito é a difusão em nós dos frutos do diálogo do Pai e do Filho.

Alzira Fernandes, Companhia de santa Tereza de Jesus, Portugal. http://www.teresianasstj.com

Imagem que inspirou o ícone da Trindade (Gênesis 18,1-15)

Deus apareceu a Abraão junto aos Carvalhos de Mambré quando ele estava sentado à porta da tenda ao calor do dia, Abraão viu à sua frente três homens de pé bem à sua frente. Ao vê-los, saiu da entrada da tenda, correu ao encontro deles e prostrou-se, tocando a terra, dizendo: “Meu Senhor, se alcancei graça diante de seus olhos, por favor, não passe pelo seu servo sem uma parada. Que se tragam um pouco de água para que vocês lavem os pés e depois descansem debaixo da árvore. Permitam que eu traga um pedaço de pão a fim de que vocês recuperem as forças antes de partir… [Gênesis 18,1-5]

História e sentido da Festa da Santíssima Trindade

A Trindade de Deus é confessada pela Igreja desde sempre, em cada liturgia. Aliás, antes mesmo da proclamação do dogma da fé trinitária nos Concílios de Niceia (325) e de Constantinopla (381), a Igreja já tinha em sua liturgia a formulação da fé trinitária, significando que, na Igreja, a oração é a norma da fé. O nosso hino de vigília (ODC, n. 53) é um exemplo. Composto no século II faz uma proclamação trinitária: nós cantamos o Pai e o Filho e o Divino que nos conduz (Estrofe 3).

Segundo a tradição patrística, a doutrina teológica é inseparável da oração pública e é na criação litúrgica que se exprime a fé comum da Igreja de um modo mais autêntico e vivo. Por isso se diz que a liturgia é a fé primeira e a teologia é a fé segunda. A liturgia é fonte da fé, da teologia, da catequese, da espiritualidade.

A dimensão trinitária da fé é estruturante da liturgia da Igreja. Por isso, não se conhece uma festa teológico-dogmática da Trindade nem na Antiguidade Cristã, nem na tradição cristã oriental. Foi João XXII que a introduziu na Igreja de Roma, no século XIV, a ser celebrada no domingo após a solenidade de pentecostes. Na verdade, houve grande resistência da Igreja, justamente por considerar que a liturgia é estruturalmente trinitária. Mas acabou prevalecendo a influência do Mosteiro de Cluny, na França, que deste o século XI dedicava um domingo a esta festa.

Contudo, uma vez no calendário da Igreja, o domingo da Trindade é uma ocasião para aprofundar o mistério do nosso Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Mistério de Unidade na diversidade, amor plural e comunitário. É uma oportunidade de renovar a nossa consciência de que na unidade da Trindade, encontrarmos a FONTE de inspiração para a convivência fraterna e para a solidariedade.  

   Santo Atanásio, bispo, IV século:

A nossa fé é esta: cremos na Trindade santa e perfeita, que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo; nele não há mistura alguma de elemento estranho; não se compõe de Criador e criatura; mas toda ele é potência e força operativa; uma só é a sua natureza, uma só é a sua eficiência e ação. O Pai cria todas as coisas por meio do Verbo, no Espírito Santo; e deste modo, se afirma a unidade da Santíssima Trindade. Por isso, proclama-se na Igreja um só Deus, que reina sobre tudo, age em tudo e permanece em todas as coisas. Reina sobre tudo como Pai, princípio e origem; age em tudo, isto é, por meio do Verbo; e permanece em todas as coisas no Espírito Santo.

Encontro das Coordenadoras de Comunidades das Pias Discípulas

O encontro anual das Irmãs Coordenadoras de Comunidades das Pias Discípulas aconteceu de 16 a 18 de abril de 2021 e foi inteiramente online este ano.

Participaram do encontro: Ir. Marilez Furlanetto, provincial; Ir. Lídia Natsuko Awoki, Vigária Geral; Ir. Terezinha Lubiana – Conselheira pela Formação, CP/SP; Ir. Kelly Silva de Oliveira – Comunidade Timóteo Giaccardo, SP e conselheira provincial; Ir. Vera Maria Galvan, conselheira; Ir. Luciana Tonon, conselheira; Ir. Soênia Alves Brito, coordenadora da Comunidade Rainha dos Apóstolos, SP; Ir. Maria da Conceição Dias, coordenadora da Comunidade Paulo Apóstolo, SP; Ir. Maria Goretti Lima de Medeiros, coordenadora da Comunidade Divino Mestre, Olinda/PE; Ir. Maria Aparecida Batista, coordenadora da Comunidade Divino Mestre, Manaus/AM; Ir. Letícia Pontini, coordenadora da Comunidade Irmã Modesta, Codajás/AM; Ir. Isabel Tonon, coordenadora da Comunidade Jardim Divino Mestre, Cabreúva/SP; Ir. Juceli Aparecida Mesquita, coordenadora da Comunidade Nazaré, Cabreúva/SP; Ir. Estela Pilatti, coordenadora da Comunidade Divino Mestre, Caxias do Sul/RS; Ir. Maria das Graças R. da Silva, coordenadora da Comunidade Cristo Redentor, Rio de Janeiro/RJ; Ir. Sônia Ferreira de Andrade, coordenadora da Comunidade Divino Mestre, Brasília/DF.

A programação do encontro foi assim: no dia 16 de abril, sexta-feira, houve a abertura do evento às 9h30, com a acolhida da Ir. Marilez e uma importante introdução da Ir. Lídia Natsuko Awoki, vigária Geral. Ela falou com as Irmãs sobre “O papel da coordenadora nos documentos PDDM: Regra de vida, Diretório e DEA”. As diretivas propostas para Ir. Lídia veja no link:

Ela conclui a sua colocação com as palavras do Papa Francisco na Catequese de 14 abril 2021 – A Igreja mestra em oração:

Na Igreja existem mosteiros, conventos e eremitérios onde vivem pessoas consagradas a Deus e que muitas vezes se tornam centros de irradiação espiritual. São comunidades de oração que irradiam espiritualidade. São pequenos oásis nos quais se partilha uma oração intensa e se constrói a comunhão fraterna dia após dia. Trata se de células vitais, não apenas para o tecido da Igreja, mas para a própria sociedade.

Rezar e trabalhar em comunidade faz progredir o mundo. É um motor.

A oração é aquela que abre a porta ao Espírito Santo, o qual inspira a ir em frente. As mudanças na Igreja sem oração não são mudanças da Igreja, são mudanças de grupo. E quando o Inimigo quer lutar contra a Igreja, fá-lo primeiro procurando secar as suas fontes, impedindo-as de rezar, e [induzindo-as a] fazer estas outras propostas. Se a oração cessar, por algum tempo parece que tudo pode continuar como habitualmente por inércia, mas depois de pouco tempo, a Igreja compreende que se torna como que um invólucro vazio, que perdeu o seu eixo central, que já não possui a nascente do calor e do amor.

A lâmpada da fé estará sempre acesa na terra, enquanto houver o óleo da oração.

Transmitir de geração em geração a lâmpada da fé com o óleo da oração. A lâmpada da fé que ilumina, que governa tudo como deve ser, mas que só pode ir em frente com o óleo da oração. Caso contrário, apaga-se. Sem a luz desta
lâmpada, não poderíamos ver o caminho para evangelizar, aliás, não poderíamos ver o caminho para crer realmente; não poderíamos ver os rostos dos irmãos dos quais nos devemos aproximar e servir; não poderíamos iluminar a sala onde nos encontramos em comunidade… Sem fé, tudo desmorona; e sem a oração, a fé extingue-se. Fé e oração, juntas. Não há outro caminho. Por isso a Igreja, que é casa e escola de comunhão, é casa e escola de fé e de oração.

Após este início de conversa, as Irmãs ficaram com conteúdo para refletir e conduzir a partilha nos dias 17 e 18 de abril, pela tarde.

Os textos que iluminaram o encontro das Irmãs foram:

  • Texto bíblico: João 15, 1-17; 17, 21-23
  • Leitura 1 – p. 64 a 67 – Fazer-se acompanhar no tempo da provação. A dimensão comunitária. In: Documento da Igreja 60: O dom da fidelidade, a alegria da perseverança.
  • Leitura 2 – p. 40 a 51 – Serviço da autoridade. In: Para vinho novo, odres novos. A vida consagrada desde o Concílio Vaticano II e os desafios ainda em aberto – Orientações

As leituras 1 e 2 são textos da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Veja abaixo os textos para baixar e ler:

As partilhas foram orientadas através das perguntas:

OBJETIVOS DA COMUNIDADE:

– Qual apelo a comunidade quer responder? (Usar verbos de ação)

DEFINIÇÃO DA COMUNIDADE

– Como é composta a comunidade?

– Qual a missão desta comunidade?

– Como a comunidade se sente enviada?

– Quais as necessidades da comunidade que precisam ser trabalhadas?

O encontro foi avaliado como positivo. Neste ambiente pandêmico, as Irmãs se sentiram irmanadas pelas partilhas, mesmo que o contato de forma digital não substitua o contato e calor presencial. Pela situação que passamos, os meios digitais são um bom placebo para o “encontro”. O encontro concluiu com o desejo de novo encontro entre as Irmãs.

Imagens do Encontro Anual das Irmãs Coordenadoras de Comunidades Pias Discípulas feito de modo online
Crédito das fotos: Ir. M. Goretti Lima de Medeiros

“Antes de ser uma construção humana, a comunidade religiosa é um dom do Espírito. De fato, é do amor de Deus difundido nos corações por meio do Espírito que a comunidade religiosa se origina e por ele se constrói como uma verdadeira família reunida no nome do Senhor. Não se pode compreender, portanto, a comunidade religiosa sem partir do fato de ela ser dom do Alto, de seu mistério e de seu radicar-se no coração mesmo da Trindade santa e santificante, que a quer como parte do mistério da Igreja, para a vida do mundo”.

(Vida fraterna em comunidade, 8)

ASSEMBLEIA GERAL DOS BISPOS 2021 DO BRASIL SERÁ ONLINE

A Assembleia dos Bispos, no ano passado, foi cancelada devido a Pandemia. Neste ano, pela primeira vez, a Assembleia Geral dos Bispos será em formato online. Ela inicia hoje, segunda-feira, 12/04, e vai até sexta-feira (16/04).

Segundo Dom Mário Antônio ao blog da CNBB Norte 1, “a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está se preparando para realizar a sua 58ª Assembleia Geral ordinária. A Conferência Episcopal achou por bem não adiar por mais um ano a realização da assembleia, mas que ela seja feita de maneira virtual, pois é impossível realizar a assembleia da Conferência Episcopal neste ano de 2021 de maneira presencial, tendo em vista a questão da pandemia. De março do ano passado até este mês de abril, ainda não superamos a pandemia no Brasil. A situação ainda está muito crítica, com vários dias com mais de 4.000 falecidos em 24 horas.”, afirma o segundo vice-presidente da entidade.

Dom Mário Antônio da Silva destaca que “irão discutir assuntos muito importantes e necessários, inclusive sobre as Diretrizes Gerais sobre a Ação Evangelizadora na Igreja do Brasil, o aprofundamento sobre as indicações do objetivo geral, que terá como tema central a Palavra de Deus”. Junto com isso, o bispo diz que “outras discussões muito importantes surgirão no decorrer da semana e que vão ajudar no processo de evangelização, que traz com esse tempo da pandemia novos desafios, sejam eles pastorais e até mesmo econômicos para que a evangelização continue acontecendo”.

Diante da realidade do episcopado brasileiro, formado por mais de 470 bispos, 309 titulares e 160 eméritos, tendo em conta a situação da pandemia no Brasil, “reunir mais de 400 pessoas, bispos e assessores, somando mais de 500 pessoas, num único lugar neste tempo de pandemia, não é sensato, não é atitude responsável”, insiste o segundo vice-presidente da CNBB.  Esse é o motivo para realizar a 58ª Assembleia Geral da CNBB de modo virtual, insiste Dom Mário Antônio, que ainda ressalta o fato de que “são pessoas que vem de muitos lugares do Brasil, ou seja, de todas as dioceses, de todos os nossos estados, e depois retornando para os seus lugares”. Por isso, “assembleia virtual é a melhor atitude de responsabilidade”.

O Bispo de Roraima acrescenta que “desejam, assim, ser um exemplo para as comunidades de que é possível levar adiante o processo de evangelização, de discussões de temas e de coisas que são necessárias hoje através da tecnologia, via internet”. Ele pede o acompanhamento de todos “com as suas orações para que a assembleia, nesta nova modalidade, seja exitosa e que consigam como episcopado enviar para o povo brasileiro mensagens de esperança, de confiança, fortalecendo mutuamente na oração e na solidariedade para superar a pandemia e atender os mais pobres”.

Fonte: http://cnbbnorte1.blogspot.com/2021/04/dom-mario-antonio-assembleia-virtual-e.html

Abaixo, Análise de conjuntura da situação social preparada para esta Assembleia Geral dos Bispos do Brasil:

DIA DA NOVIÇA PDDM

Segundo a nossa tradição, nós, Pias Discípulas, celebramos o Dia das Noviças no 2º Domingo da Páscoa, anteriormente chamado domingo “in Albis” (= branco).

Por que Domingo in Albis? Nas primeiras comunidades cristãs, os catecúmenos, isto é, os que iriam receber os sacramentos de iniciação, eram acolhidos pela comunidade no Primeiro Domingo da Quaresma. Começava então a catequese para o Batismo, durante a qual eram apresentados os principais pontos da fé cristã e celebrada a inserção do catecúmeno na comunidade, culminando com a celebração dos sacramentos da iniciação na Vigília Pascal. Eles recebiam a veste branca na celebração e permaneciam com ela durante a semana após a Páscoa, tempo da chamada catequese mistagógica, quando os neófitos – como eram chamados os que tinham recebido o Batismo – aprofundavam o sentido dos sacramentos pascais e entravam em relação fraterna com a Igreja.

No Domingo “in Albis” deixavam a veste branca recebida na vigília pascal, sinal de que a celebração terminava e entravam na vida do Mistério celebrado (Cf. Dia do Senhor – Ciclo Pascal ABC, 2002).

Como se expressa Santo Agostinho na sua homilia para o 2º Domingo da Páscoa:

“É com palavras do Apóstolo que vos falo: Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não deis atenção à carne para satisfazer as suas paixões (Rm 13,14), a fim de que, também na vida, vos revistais daquele que revestistes no sacramento. Todos vós que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um só, em Jesus Cristo (Gl 3,27-28).

Agora caminhais pela fé, vivendo neste corpo mortal como peregrinos longe do Senhor. Mas o vosso caminho seguro é aquele mesmo para quem vos dirigis, Jesus Cristo, que se fez homem por amor de nós. Para os seus fiéis ele preparou um grande tesouro de felicidade, que há de revelar e dar abundantemente a todos os que nele esperam, quando recebermos na realidade aquilo que recebemos agora só na esperança.

Hoje é o oitavo dia do vosso nascimento. Hoje completa-se em vós o sinal da fé que, entre os antigos patriarcas, consistia na circuncisão do corpo no oitavo dia depois do nascimento segundo a carne. Por isso, o próprio Senhor, despojando-se por sua ressurreição da mortalidade da carne e revestindo-se de um corpo não diferente mas imortal, ao ressuscitar consagrou o “dia do Senhor”, que é o terceiro dia depois de sua paixão, mas na contagem semanal dos dias, é o oitavo a partir do sábado, e coincide com o primeiro dia da semana.”.

Quem iniciou esta tradição foi dom Timóteo Giaccardo, quando ocupava da formação das noviças Pias Discípulas do Divino Mestre.

Rezamos por todas as noviças Pias Discípulas no mundo que celebram este dia, na alegria do Ressuscitado.

Antífona de entrada: “Como recém-nascidos, desejem o puro leite espiritual para crescerem na Salvação, Aleluia!” (1ºPd 2,2). Isto é, renascidos em Cristo, desejem o alimento da vida nova recebida e assumida (paralelo com as noviças que estão no início do caminho de seguimento a Jesus, no estilo de vida das Discípulas do Divino Mestre).

Noviças Pias Discípulas no Mundo:

As noviças Pias Discípulas que fazem o Noviciado no Brasil estão no período do Estágio. Elas estão em diversas comunidades, convivendo com as Irmãs, no modo de vida local, inserida nos diversos apostolados da casa. A pandemia dificultou a viagem de duas noviças: Virgínia e Odette, que são, respectivamente, da Província do México e Delegação USA/Irlanda. Por isto, elas estão realizando o período apostólico no Brasil, nas comunidades de Brasília e Rio de Janeiro. A noviça Amira está na sua pátria, Argentina. Rezemos pelo caminho vocacional de cada uma.

Na foto, as noviças que estão na comunidade do Noviciado 2021 no Brasil:
Virginia (Província do México), Amira (Argentina) e Odette (Delegação EUA/Irlanda).