Notícias

“PAZ DESARMADA E DESARMADORA AO MUNDO”: PAPA LEÃO XIV EMOCIONA EM SEU PRIMEIRO DISCURSO COMO SUCESSOR DE PEDRO

Em um clima de emoção e esperança, o novo Papa Leão XIV foi apresentado ao mundo neste 08 de maio de 2025, com palavras que tocaram corações e acenderam a fé dos fiéis: “Que a paz esteja convosco.” Assim começou o seu primeiro discurso, pronunciado da sacada central da Basílica de São Pedro, diante de uma Praça repleta de peregrinos e câmeras ligadas ao redor do mundo.

Com uma fala marcada por simplicidade, firmeza e espiritualidade profunda, Leão XIV destacou a missão da Igreja como “ponte” entre Deus e a humanidade, pedindo união, diálogo e caridade: “A humanidade necessita de pontes para que sejam alcançadas por Deus e ao mundo.”

Assumindo o legado do Papa Francisco, a quem agradeceu emocionadamente, o novo pontífice fez ecoar o espírito sinodal da Igreja e recordou sua vocação como agostiniano: “Convosco sou cristão, e para vós bispo.”

Em espanhol, dirigiu-se também com carinho ao povo da sua antiga diocese de Chiclayo, no Peru, reconhecendo a fé viva daquele povo que o formou como pastor.

Encerrando com a oração à Virgem Maria, Leão XIV deixou um apelo ao mundo: “Rezemos juntos por essa nova missão, por toda a Igreja, pela paz no mundo.”

Em seguida, concedeu sua primeira Bênção Urbi et Orbi – à cidade de Roma e ao mundo –, abrindo um novo capítulo na história da Igreja com humildade e determinação.

Abaixo, o seu discurso na íntegra:

“Que a paz esteja convosco. Irmãos, irmãs caríssimos, esta é a primeira saudação do Cristo ressuscitado, o bom pastor, que deu a vida pelo rebanho de Deus. Também eu gostaria que esta saudação, de paz, entrasse no vosso coração, alcançasse vossas famílias, a todas as pessoas. Onde quer que estejam, a todos os povos, a toda a terra, a paz esteja convosco. Esta é a paz de Cristo ressuscitado, uma paz desarmada, uma paz desarmadora, humilde e perseverante, que provém de Deus. Deus que nos ama a todos, incondicionalmente. Ainda conservamos em nossos ouvidos aquela voz frágil, mas sempre corajosa do papa Francisco, que abençoava Roma. O papa que abençoava Roma, dava a sua bênção ao mundo inteiro naquela manhã do dia de Páscoa. Permitam-me dar sequência àquela mesma bênção: Deus nos quer bem, Deus nos ama a todos. O mal não prevalecerá. Estamos todos nas mãos de Deus. Portanto, sem medo, unidos, mão na mão com Deus e entre nós, sigamos adiante. Somos discípulos de Cristo. Cristo nos precede. O mundo precisa da sua luz. A humanidade necessita de pontes para que sejam alcançadas por Deus e ao mundo. Ajudai-nos também vós, unam-se aos outros, a construir pontes, com o diálogo, com o encontro, unindo-nos todos para sermos um só povo, sempre, em paz. Obrigado, papa Francisco. Gostaria de agradecer a todos os irmãos cardeais que me escolheram para ser sucessor de Pedro, e caminharei junto a vós, como Igreja unida, buscando sempre a paz, a justiça, buscando sempre trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo. Sem medo, para proclamar o Evangelho. Para sermos missionários. Sou um filho de Santo Agostinho, agostiniano, que disse: “Convosco sois cristão, e para vós bispo”. Nesse sentido, podemos todos caminhar juntos rumo a essa pátria, à qual Deus nos preparou. À Igreja de Roma, uma saudação especial. Devemos buscar juntos como ser igreja missionária, uma igreja que constrói pontes, que dialoga, sempre aberta a receber como esta praça de braços abertos, a todos, todos aqueles que precisam da nossa caridade, da nossa presença, do diálogo, de amor. E se me permitem também uma palavra: [em espanhol] a todos aqueles, de modo particular, à minha querida diocese de Chiclayo no Peru, onde um povo fiel acompanhou o seu bispo, compartilhou a sua fé e deu tanto a mim para seguir sendo igreja fiel de Jesus Cristo. A todos vós irmãos e irmãs, de Roma, da Itália e do mundo inteiro, queremos ser uma igreja sinodal, uma igreja que caminha, que busca sempre a paz, que busca sempre a caridade e busca sempre estar próxima, especialmente daqueles que sofrem. O dia da súplica à Nossa Senhora de Pompeia, nossa mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar próxima, ajudar-nos com a sua interseção e seu amor. Agora gostaria de rezar junto convosco, rezemos juntos por essa nova missão, por toda a Igreja, pela paz no mundo. Peçamos essa graça especial à Maria, nossa mãe.”

Nós, Pias Discípulas do Divino Mestre, acolhemos com alegria o Papa Leão XIV!

Com coração filial e espírito de comunhão, nos unimos a toda a Igreja para dar graças a Deus pelo dom do Santo Padre Papa Leão XIV. Reconhecemos nele o sucessor de Pedro, sinal visível da unidade e guia seguro para o povo de Deus em tempos de grandes desafios e esperanças renovadas.

Como Pias Discípulas, renovamos com entusiasmo nossa oferta de oração e missão ao serviço da Eucaristia, do sacerdócio e da liturgia, em profunda sintonia com o Papa Leão XIV, que inicia seu ministério com coragem evangélica e olhar voltado para Cristo, Caminho, Verdade e Vida.

Acolhemos o Papa Leão XIV com gratidão, esperança e o firme propósito de caminhar em comunhão com ele, colocando nossos dons a serviço da evangelização, da formação litúrgica e da vida espiritual do povo de Deus. Seu sim generoso é para nós sinal de fidelidade e inspiração para vivermos também nossa vocação com renovado ardor.

Confiamos ao Divino Mestre o início deste pontificado, para que o Papa Leão XIV seja sempre guiado pela sabedoria do Espírito Santo, animado pelo amor à Igreja e fortalecido na missão de confirmar os irmãos na fé. Desejamos que sua palavra toque os corações, promova a paz, a justiça e renove a esperança nos caminhos do Evangelho.

Seja bem-vindo, Papa Leão XIV! Com afeto e fidelidade, caminhamos contigo, em comunhão, fé e amor à Igreja.

CURSO DE PÓS-GRADUÇÃO EM LITURGIA

Curso de Especialização em Liturgia
Faculdade Católica do Amazonas

Aprofunde seus conhecimentos litúrgicos com uma formação sólida, contextualizada e em sintonia com os desafios pastorais da Igreja na Amazônia.


Coordenação: Dra. Elisângela Maciel
Carga horária total: 360 horas
Modalidade: Presencial e Híbrido
Duração: Junho de 2025 a Julho de 2026
Horário: Intensivo
Início das aulas: 30 de junho de 2025
Local: Faculdade Católica do Amazonas
Curso com reconhecimento pelo MEC

Parceria: Irmãs Pias Discípulas e Faculdade Católica do Amazonas
Aberto para o Regional Norte 1 da CNBB
Corpo Docente: Mestres e Doutores


Investimento

  • Mensalidade: R$ 430,00
  • Desconto de pontualidade: 10%
  • Valor com desconto: R$ 387,00
  • Parcelamento: 12 vezes

Estrutura Curricular

📚 1ª Etapa (30/06/2025 a 16/07/2025)

  • Inculturação da Liturgia: Exortação Apostólica Querida Amazônia – 24h
  • Introdução à Liturgia – 24h
  • Igreja na Amazônia – 24h
  • Seminário I: Piedade Popular na Região Norte – 24h
  • Seminário de Pesquisa – 24h

📚 2ª Etapa (19/01/2026 a 03/03/2026)

  • Liturgia e Pedagogia: Laboratório e Assembleia Litúrgica – 24h
  • Palavra de Deus: Liturgia, Sacramentalidade e Ritualidade – 24h
  • Música e Ritual Litúrgico – 20h
  • Ministérios, Eucologia e Espiritualidade Litúrgica – 28h
  • Catequese, Liturgia e Sacramentais: Exéquias e Bênçãos – 24h

📚 3ª Etapa (30/06/2026 a 17/07/2026)

  • Artigo Final – 24h
  • Ano Litúrgico e Pastoral Litúrgica – 24h
  • Sacramentos da Iniciação Cristã – 28h
  • Sacramentos do Serviço e da Cura – 24h
  • Espaço Litúrgico e Arte Sacra – 20h

Observação:
O curso será realizado em três etapas:

  • A 1ª e a 2ª em formato híbrido (presencial para Manaus e online ao vivo para outras dioceses e prelazias);
  • A 3ª etapa será presencial para todos os participantes.

Inscrições

  1. Preencha o formulário de inscrição:
    👉 Clique aqui para se inscrever
  2. Efetue o pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 430,00:
    • PIX (CNPJ): 07.864.772/0001-10
    • Depósito/Transferência:
      AAPEC – Associação Amazônica para Pesquisa e Educação Cristã
      Banco Bradesco (237)
      Agência: 3053-8
      Conta Corrente: 6350-9
    • Ou presencialmente no setor financeiro da Faculdade Católica do Amazonas
  3. Envie o comprovante de pagamento para whats: (92) 9 8562-8206 | (92) 9 9668-2250

⚠️ A inscrição só será confirmada após o envio do comprovante de pagamento.


Informações

📞 (92) 9 8562-8206 | (92) 9 9668-2250
🌐 www.catolicadoamazonas.edu.br


P A R T I C I P E !
Uma oportunidade única de formação litúrgica na Amazônia!


TEMPO DE ESPERANÇA E DISCERNIMENTO: A IGREJA VIVE O LUTO PELA MORTE DO PAPA FRANCISCO E SE PREPARA PARA O CONCLAVE

Com a morte do Papa Francisco em 21 de abril de 2025, a Igreja Católica entra em um tempo de vacância da Sé Apostólica. É um momento marcado por luto e oração, mas também por esperança e responsabilidade, no qual os cardeais se preparam para a solene tarefa de eleger o novo Sucessor de Pedro. Fiéis em todo o mundo unem-se em súplica ao Espírito Santo, pedindo luz para esse tempo decisivo da vida eclesial.

O que é o Conclave?

O termo conclave vem do latim cum clave – “com chave” – e designa tanto o local quanto o processo pelo qual os cardeais da Igreja Católica elegem um novo Papa. A tradição remonta ao século XIII e expressa o espírito de recolhimento, silêncio e discernimento exigido dos eleitores.

O episódio que consolidou o uso do termo ocorreu em 1270, em Viterbo, então sede papal. Cansados da demora dos cardeais para eleger um novo Papa, os cidadãos da cidade trancaram-nos no palácio episcopal e até removeram parte do telhado para forçá-los a tomar uma decisão. O resultado foi a eleição do Papa Gregório X. A cidade italiana recorda o evento com uma exposição permanente, inaugurada em 2016.

Apesar disso, o primeiro pontífice eleito “cum clave”, de forma restrita e reservada, foi o Papa Gelásio II, em 1118, no Mosteiro de São Sebastião, em Roma.

O perfil do Conclave de 2025

De acordo com o site Vatican News, no dia 7 de maio de 2025, 133 cardeais com menos de 80 anos entrarão na Capela Sistina para eleger o 267º Papa da Igreja Católica. Dos 135 cardeais eleitores existentes, dois estarão ausentes. Os eleitores representam 71 países dos cinco continentes: 53 europeus, 37 americanos (sendo 16 da América do Norte, 4 da América Central e 17 da América do Sul), 23 asiáticos, 18 africanos e 4 da Oceania.

Este Conclave será marcado por uma diversidade inédita. Quinze países terão pela primeira vez cardeais eleitores nativos: Haiti, Cabo Verde, Mianmar, Papua Nova Guiné, Suécia, Luxemburgo, República Centro-Africana, Malásia, Ruanda, Timor-Leste, Tonga, Singapura, Paraguai, Sudão do Sul e Sérvia.

O eleitor mais jovem é Dom Mikola Bychok, ucraniano radicado na Austrália, com 45 anos. O mais idoso é Dom Carlos Osoro Sierra, da Espanha, com 79 anos. A faixa etária predominante é a dos nascidos em 1947 – são 13 cardeais.

Cinco dos eleitores foram criados cardeais por São João Paulo II, 22 por Bento XVI e 108 por Francisco. Os cardeais também representam uma pluralidade de espiritualidades: 33 pertencem a 18 ordens religiosas. Os salesianos são os mais numerosos, com cinco cardeais; seguem-se os franciscanos (OFM), os jesuítas (SJ) e os franciscanos conventuais (OFMConv).

Também participam dominicanos, lazaristas, redentoristas, verbitas, agostinianos, capuchinhos, carmelitas descalços, cistercienses, espiritanos, scalabrinianos, missionários da Consolata e do Sagrado Coração de Jesus.

Um processo guiado pelo Espírito Santo

De acordo com o Código de Direito Canônico (cân. 349), cabe ao Colégio dos Cardeais eleger o novo Papa e auxiliar o pontífice no governo da Igreja. A Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis estabelece que apenas os cardeais com menos de 80 anos na data da vacância da Sé Apostólica têm direito a voto.

Assim, enquanto o mundo acompanha com expectativa os dias que se aproximam, a Igreja confia este tempo de discernimento à ação do Espírito Santo, pedindo que conduza os eleitores a escolherem o novo pastor que guiará o rebanho de Deus.

Lista completa dos 135 cardeais eleitores (ordem pelo país de origem):

  1. Dom Stephen Brislin – África do Sul
  2. Dom Reinhard Marx – Alemanha
  3. Dom Gerhard Ludwig Müller – Alemanha
  4. Dom Rainer Maria Woelki – Alemanha
  5. Dom Jean-Paul Vesco – Argélia
  6. Dom Vicente Bokalic Iglic – Argentina
  7. Dom Víctor Manuel Fernández – Argentina
  8. Dom Mario Aurelio Poli – Argentina
  9. Dom Ángel Sixto Rossi – Argentina
  10. Dom Jozef De Kesel – Bélgica
  11. Dom Vinko Puljić – Bósnia e Herzegovina
  12. Dom João Braz de Aviz – Brasil
  13. Dom Paulo Cezar Costa – Brasil
  14. Dom Sérgio da Rocha – Brasil
  15. Dom Odilo Pedro Scherer – Brasil
  16. Dom Jaime Spengler – Brasil
  17. Dom Leonardo Ulrich Steiner – Brasil
  18. Dom Orani João Tempesta – Brasil
  19. Dom Philippe Ouédraogo – Burquina Fasso
  20. Dom Arlindo Gomes Furtado – Cabo Verde
  21. Dom Thomas Christopher Collins – Canadá
  22. Dom Michael Czerny – Canadá
  23. Dom Gérald Cyprien Lacroix – Canadá
  24. Dom Frank Leo – Canadá
  25. Dom Fernando Chomalí Garib – Chile
  26. Dom Lazarus You Heung-sik – Coreia do Sul
  27. Dom Ignace Bessi Dogbo – Costa do Marfim
  28. Dom Jean-Pierre Kutwa – Costa do Marfim
  29. Dom Josip Bozanić – Croácia
  30. Dom Juan García Rodríguez – Cuba
  31. Dom Luis Gerardo Cabrera Herrera – Equador
  32. Dom Luis José Rueda Aparicio – Equador
  33. Dom Antonio Cañizares Llovera – Espanha
  34. Dom José Cobo Cano – Espanha
  35. Dom Ángel Fernández Artime – Espanha
  36. Dom Cristóbal López Romero – Espanha
  37. Dom Juan José Omella Omella – Espanha
  38. Dom Carlos Osoro Sierra – Espanha
  39. Dom Raymond Leo Burke – Estados Unidos
  40. Dom Blase Joseph Cupich – Estados Unidos
  41. Dom Daniel DiNardo – Estados Unidos
  42. Dom Timothy Michael Dolan – Estados Unidos
  43. Dom Kevin Joseph Farrell – Estados Unidos
  44. Dom Wilton Daniel Gregory – Estados Unidos
  45. Dom James Michael Harvey – Estados Unidos
  46. Dom Robert Walter McElroy – Estados Unidos
  47. Dom Robert Francis Prevost – Estados Unidos
  48. Dom Joseph William Tobin – Estados Unidos
  49. Dom Berhaneyesus Souraphiel – Etiópia
  50. Dom Jose Fuerte Advincula – Filipinas
  51. Dom Pablo Virgilio David – Filipinas
  52. Dom Luis Antonio Tagle – Filipinas
  53. Dom Jean-Marc Aveline – França
  54. Dom Philippe Barbarin – França
  55. Dom François-Xavier Bustillo – França
  56. Dom Dominique Mamberti – França
  57. Dom Christophe Pierre – França
  58. Dom Peter Turkson – Gana
  59. Dom Álvaro Leonel Ramazzini Imeri – Guatemala
  60. Dom Robert Sarah – Guiné
  61. Dom Chibly Langlois – Haiti
  62. Dom Stephen Chow Sau-yan – Hong Kong
  63. Dom Péter Erdő – Hungria
  64. Dom Filipe Neri Ferrão – Índia
  65. Dom George Jacob Koovakad – Índia
  66. Dom Anthony Poola – Índia
  67. Dom Baselios Cleemis Thottunkal – Índia
  68. Dom Ignatius Suharyo – Indonésia
  69. Dom Vincent Nichols – Inglaterra
  70. Dom Timothy Radcliffe – Inglaterra
  71. Dom Arthur Roche – Inglaterra
  72. Dom Dominique Mathieu – Irão
  73. Dom Louis Raphaël Sako – Iraque
  74. Dom Pierbattista Pizzaballa – Israel
  75. Dom Fabio Baggio – Itália
  76. Dom Domenico Battaglia – Itália
  77. Dom Giuseppe Betori – Itália
  78. Dom Oscar Cantoni – Itália
  79. Dom Angelo De Donatis – Itália
  80. Dom Fernando Filoni – Itália
  81. Dom Mauro Gambetti – Itália
  82. Dom Claudio Gugerotti – Itália
  83. Dom Augusto Paolo Lojudice – Itália
  84. Dom Francesco Montenegro – Itália
  85. Dom Pietro Parolin – Itália
  86. Dom Giuseppe Petrocchi – Itália
  87. Dom Baldassare Reina – Itália
  88. Dom Roberto Repole – Itália
  89. Dom Marcello Semeraro – Itália
  90. Dom Mario Zenari – Itália
  91. Dom Matteo Maria Zuppi – Itália
  92. Dom Tarcisius Isao Kikuchi – Japão
  93. Dom Thomas Aquino Manyo Maeda – Japão
  94. Dom Rolandas Makrickas – Lituânia
  95. Dom Jean-Claude Höllerich – Luxemburgo
  96. Dom Désiré Tsarahazana – Madagáscar
  97. Dom Sebastian Francis – Malásia
  98. Dom Mario Grech – Malta
  99. Dom Carlos Aguiar Retes – México
  100. Dom Francisco Robles Ortega – México
  101. Dom Giorgio Marengo – Mongólia
  102. Dom Charles Maung Bo – Mianmar
  103. Dom Leopoldo José Brenes – Nicarágua
  104. Dom Peter Ebere Okpaleke – Nigéria
  105. Dom John Atcherley Dew – Nova Zelândia
  106. Dom Willem Jacobus Eijk – Países Baixos
  107. Dom John Ribat – Papua-Nova Guiné
  108. Dom Joseph Coutts – Paquistão
  109. Dom Adalberto Martínez Flores – Paraguai
  110. Dom Carlos Castillo Mattasoglio – Peru
  111. Dom Konrad Krajewski – Polónia
  112. Dom Kazimierz Nycz – Polónia
  113. Dom Stanisław Ryłko – Polónia
  114. Dom Grzegorz Ryś – Polónia
  115. Dom Américo Alves Aguiar – Portugal
  116. Dom José Tolentino Calaça de Mendonça – Portugal
  117. Dom António dos Santos Marto – Portugal
  118. Dom Manuel Clemente – Portugal
  119. Dom John Njue – Quênia
  120. Dom Dieudonné Nzapalainga – República Centro-Africana
  121. Dom Fridolin Ambongo Besungu – República Democrática do Congo
  122. Dom Antoine Kambanda – Ruanda
  123. Dom László Német – Sérvia
  124. Dom William Seng Chye Goh – Singapura
  125. Dom Albert Malcolm Ranjith – Sri Lanka
  126. Dom Stephen Ameyu Martin Mulla – Sudão
  127. Dom Anders Arborelius – Suécia
  128. Dom Kurt Koch – Suíça
  129. Dom Emil Paul Tscherrig – Suíça
  130. Dom Francis Xavier Kriengsak Kovithavanij – Tailândia
  131. Dom Protase Rugambwa – Tanzânia
  132. Dom Virgílio do Carmo da Silva – Timor-Leste
  133. Dom Soane Patita Paini Mafi – Tonga
  134. Dom Mykola Bychok – Ucrânia
  135. Dom Daniel Sturla Berhouet – Uruguai

RETIRO MENSAL DE MAIO: UM ROTEIRO PARA VIVÊNCIA, A PARTIR DOS TEXTOS DO 3º DOMINGO DA PÁSCOA

Antes de iniciar o retiro, cuide com carinho da ambientação: prepare uma mesa coberta com uma toalha, a Bíblia aberta (ou o Lecionário), uma vela acesa e cadeiras dispostas em círculo, garantindo que todas as pessoas tenham um lugar para se sentar. Esse ambiente favorece o encontro com o Senhor e entre os irmãos.

Refrão de Abertura:
Ressuscitou de verdade, aleluia, aleluia!
Cristo Jesus ressuscitou, aleluia, aleluia!

Invocação ao Espírito Santo

Abrimos nosso encontro invocando o Espírito Santo, pedindo que nos conduza na escuta da Palavra e nos ajude a reconhecer a presença do Ressuscitado entre nós.

Leituras Bíblicas do Retiro

  • Evangelho: João 21,1-19
  • 1ª Leitura: Atos dos Apóstolos 5,27b-32.40b-41
  • Salmo: Salmo 29
  • 2ª Leitura: Apocalipse 5,11-14

Reflexão sobre os Textos

Neste 3º Domingo da Páscoa, a liturgia nos convida a continuar celebrando o coração da nossa fé: a Ressurreição de Jesus. Somos chamados a refletir sobre como nossa vida e nossas comunidades podem testemunhar, de forma concreta, a salvação que Ele nos trouxe.

  • Na primeira leitura, vemos os apóstolos em Jerusalém proclamando, com coragem e alegria, a vida nova que brota da Ressurreição — mesmo diante das perseguições. A Boa Nova não pode ser silenciada.
  • Na segunda leitura, o “Cordeiro” vitorioso é aclamado por toda a criação. Este louvor universal é um convite para que também nós nos unamos a esse cântico de gratidão e reconhecimento pela salvação oferecida a todos.
  • O Evangelho nos mostra os discípulos retomando suas atividades cotidianas, mas já transformados pela presença do Ressuscitado. Ainda assim, é preciso o olhar da fé para reconhecer o Senhor — “É o Senhor!”, proclama João. Pedro, impulsionado por essa certeza, mergulha nas águas. A pesca abundante (153 peixes grandes, símbolo da universalidade da missão) revela a generosidade de Deus e a presença viva de Cristo entre eles.
    Jesus não precisa se identificar. Eles sabem que é Ele.

A morte de Jesus não foi um acidente. Foi o resultado de sua fidelidade a um projeto de amor que incomodava os poderosos. Mesmo sabendo que isso o levaria à cruz, Ele seguiu firme, revelando em tudo a verdade de Deus. Essa mesma mensagem continua, ainda hoje, sendo rejeitada por quem escolhe viver na mentira.

Como discípulos de Jesus, somos chamados a seguir seus passos com coragem, mesmo quando isso significar enfrentar incompreensões ou resistências. A pergunta que ecoa ao final da reflexão é desafiadora:
E nós, estamos dispostos a viver como Ele viveu?

Encerramento

Após o momento de oração pessoal e comunitária, partilhem os frutos da escuta e da meditação da Palavra. Em seguida, cantem ou recitem juntos o Salmo 29, rezem o Pai Nosso, e finalizem com uma oração espontânea e a bênção.

3º DOMINGO DA PÁSCOA: “É O SENHOR” (Jo 21,7)

A liturgia do 3º Domingo da Páscoa nos convida a mergulhar mais profundamente na experiência do Cristo ressuscitado, que se revela na vida cotidiana dos discípulos, reorienta suas missões e transforma o medo em alegria, a negação em amor, a fraqueza em testemunho corajoso.

1. A Palavra de Deus nos ilumina

No Evangelho de João (21,1-19), Jesus aparece aos discípulos às margens do mar de Tiberíades. Eles haviam voltado à antiga atividade de pesca, mas a noite toda de trabalho não rendeu frutos. É ao romper da manhã que o Ressuscitado se faz presente. Sua palavra reencaminha os discípulos: “Lançai a rede” — e a pesca se torna abundante. A rede cheia simboliza a missão universal da Igreja, e o número 153 reforça esse alcance total: a salvação é para todos.

Pedro, ao reconhecer a presença de Jesus, exclama: “É o Senhor!”. Esse encontro é profundamente restaurador. Jesus prepara uma refeição e convida os discípulos a partilhá-la, revelando-se como aquele que continua a alimentar, a guiar e a reunir seu povo. O diálogo com Pedro, com a tríplice pergunta “Tu me amas?”, não apenas reconcilia a negação passada, mas também confere a ele uma nova responsabilidade: apascentar o rebanho do Senhor. O seguimento de Jesus exige amor, entrega e disposição para servir até as últimas consequências.

2. A missão nasce da experiência pascal

A primeira leitura (At 5,27b-32.40b-41) retrata o testemunho ousado dos apóstolos. Apesar das ameaças e perseguições, eles afirmam com convicção: “É preciso obedecer a Deus antes que aos homens”. Fortalecidos pelo Espírito Santo, anunciam a ressurreição com alegria, conscientes de que participam da missão do próprio Cristo. Ser discípulo é ser testemunha — com coragem, fé e fidelidade.

O Salmo 30 (29) eleva uma ação de graças jubilosa: o Senhor transforma o pranto em dança, a dor em festa. É a experiência de quem foi salvo e agora canta a vida nova que Deus oferece. A Páscoa é essa passagem contínua da morte para a vida.

A segunda leitura (Ap 5,11-14) nos conduz à contemplação litúrgica do Cristo glorificado. Toda a criação, celeste e terrestre, rende louvor ao Cordeiro que foi imolado. Sete palavras descrevem sua dignidade — poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória e louvor — indicando a plenitude da realeza do Ressuscitado. Ele é o centro da história e da liturgia da Igreja.

3. A missão da Igreja hoje

A barca, as redes, os peixes, o cuidado das ovelhas… todos esses elementos falam da missão e da identidade da Igreja: comunidade enviada para evangelizar, acolher, alimentar e cuidar. Como os discípulos, também somos chamados a lançar as redes, confiando na presença do Senhor, que nos assegura: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5).

Em cada Eucaristia, participamos da Ceia pascal, sentando-nos à mesa com o Ressuscitado. É Ele quem nos fortalece e envia. Seu chamado permanece: “Segue-me!”. Com liberdade e alegria, somos convidados a renovar nossa adesão ao discipulado e ao serviço, certos de que Ele caminha conosco.

4. Vivência litúrgica

Celebrar este domingo pascal é renovar nosso compromisso com o Cristo vivo. Ao proclamarmos a Palavra, ao cantarmos o salmo, ao partilharmos o pão, damos testemunho de que o Senhor está conosco. Louvamos o Cordeiro Pascal que venceu a morte e permanece no meio de nós.

Que, ao ouvir a voz do Senhor que nos chama à margem de nossa vida, possamos responder com o coração ardente: “Senhor, tu sabes que te amo”, e assim, seguir firmes no caminho da missão e da comunhão.

Sugestão para a Celebração Dominical deste 3º Domingo da Páscoa – ano C:

A aspersão com a água batismal, quando utilizada no início da missa, substitui o ato penitencial e convida a assembleia a renovar sua identidade batismal. É um gesto litúrgico que ajuda a comunidade a recordar que, pelo batismo, participamos do mistério pascal de Cristo — sua morte e ressurreição.

CONCLAVE 2025: TEMPO DE ORAÇÃO E DISCERNIMENTO

Desde o dia 21 de abril de 2025, com a morte do querido Papa Francisco, a Igreja Católica entrou no período da Sede Vacante, fase que antecede a eleição de um novo Sumo Pontífice.

Este é um tempo de dor, mas também de fé, esperança e discernimento. A Igreja em todo o mundo se une em oração, pedindo ao Espírito Santo que ilumine os Cardeais eleitores em sua missão de escolher o novo sucessor de São Pedro.

O Conclave terá início no dia 07 de maio de 2025, na Capela Sistina, onde os Cardeais se reunirão em recolhimento até que um novo Papa seja eleito.

O QUE É O CONCLAVE?

A palavra “Conclave” vem do latim cum clave, que significa “trancado com chave”. Ela define tanto o processo quanto o local em que os Cardeais se reúnem em isolamento total para discernir, sob oração e silêncio, quem será o novo Pastor da Igreja.

A origem do termo remonta a 1270, em Viterbo, quando os cardeais foram literalmente trancados até tomarem uma decisão, que resultou na eleição do Papa Gregório X. No entanto, o primeiro Papa eleito sob essas condições foi Gelasio II, em 1118.

O PAPEL DOS CARDEAIS NO CONCLAVE

Durante o Conclave, os Cardeais não apenas se reúnem para votar, mas vivem um verdadeiro retiro espiritual centrado na escuta da vontade de Deus. Esse processo é precedido e sustentado por uma intensa vida de oração e comunhão eclesial.

Ao longo dos dias do Conclave, os Cardeais participam diariamente da Celebração Eucarística, bem como da Liturgia das Horas, especialmente das Laudes (orações da manhã) e dos Vésperas (orações da tarde). Esses momentos litúrgicos não são apenas rituais formais, mas expressões profundas de fé, unidade e súplica. A Eucaristia, em particular, é celebrada como centro da vida cristã, alimentando os eleitores com o Corpo de Cristo e renovando neles o espírito de serviço e humildade.

O clima dentro da Capela Sistina, onde se realizam as votações, é de silêncio, sobriedade e recolhimento. Não há interferência externa nem comunicação com o mundo, a fim de preservar a liberdade interior de cada Cardeal e garantir que a escolha do novo Papa seja feita à luz do Espírito Santo, livre de pressões políticas ou pessoais.

Mais do que uma decisão estratégica, a eleição de um novo Sumo Pontífice é um ato espiritual e colegial, vivido em comunhão fraterna, com o coração voltado ao bem da Igreja e à missão evangelizadora confiada por Cristo. Por isso, cada momento é impregnado de oração, invocação, escuta da Palavra de Deus e discernimento.

Este processo, envolto de profunda reverência e responsabilidade, recorda à Igreja e ao mundo que a autoridade na Igreja nasce da fidelidade a Cristo e do serviço aos irmãos.

UNIDAS EM ORAÇÃO: PIAS DISCÍPULAS DO DIVINO MESTRE

Como Pias Discípulas do Divino Mestre, unimo-nos com gratidão e fé a toda a Igreja neste momento decisivo: “Com coração grato, unimo-nos à súplica incessante pela Igreja peregrina no mundo, neste Ano Jubilar. Nos dias da oitava da Páscoa, encontramos em Jesus Ressuscitado a consolação, a luz e a vida.” Durante os nove dias de oração, vivemos em comunhão com a Igreja, intensificando nosso ministério de intercessão pelas necessidades da Igreja, dos povos e da Família Paulina.


ORAÇÕES RECOMENDADAS PARA O CONCLAVE 2025

Oração ao Espírito Santo – Veni, Creator Spiritus

Vinde Espírito Criador, a nossa alma visitai
e enchei os corações com vossos dons celestiais.

Vós sois chamado o Intercessor de Deus excelso dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar.

Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai,
por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai.

A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.

Nosso inimigo repeli, e concedei-nos a vossa paz,
se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.

Ao Pai e ao Filho Salvador, por vós possamos conhecer
que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer.

Amém!

(Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/oracoes/veni-creator-spiritus.html)

Oração para a eleição de um novo Papa

Ó Deus, eterno e bondoso,
que prefiguraste a tua Igreja,
com admirável desígnio, na antiga aliança,
e, na plenitude dos tempos,
a edificaste sobre o fundamento dos apóstolos.
Dentre eles, escolheste Pedro,
que primeiro reconheceu a divindade do teu Cristo,
e o constituíste como a rocha firme
sobre a qual tua Igreja foi construída.

Tu o fizeste guia e pastor de todo o rebanho,
para que, ao longo dos séculos,
confirmasse seus irmãos na fé.
Teu Filho e nosso Senhor Jesus
lhe confiou as chaves do Reino,
para que tudo o que ele decidisse na terra
fosse confirmado por ti, ó Pai, no céu.

Agora, Pastor eterno,
que conduzes teu povo com amor de Pai,
concede à Igreja Católica
um novo Pontífice segundo o teu coração:
santo e paciente,
totalmente dedicado ao serviço do teu povo,
que saiba guiar-nos com a sabedoria da palavra
e a força do exemplo,
para que, pastor e rebanho unidos,
alcancemos a recompensa prometida por ti.

Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.

Outra sugestão de oração:

Ó Deus, que guias a tua Igreja
pelo dom do Espírito Santo,
te pedimos que ilumines os corações dos Cardeais
reunidos em Conclave.
Concede-lhes o dom do discernimento,
da sabedoria e do amor,
para que possam escolher o Pastor
que melhor corresponda à tua vontade
pelo bem da Igreja.
Neste momento de oração e espera,
te confiamos o Conclave
e todos aqueles que nele participam,
para que sejam instrumentos da tua paz e da tua unidade.
Amém.

Oração pelo momento crucial da eleição

Querido Deus,
confiamos a ti este momento crucial para a tua Igreja.
Concede aos Cardeais o Espírito de discernimento e sabedoria
para escolherem o Pastor que guiará a tua Igreja
com amor e fidelidade.
Guia seus passos em direção à tua vontade
e abençoa o novo Papa com a tua graça em seu ministério.
Amém.

Ao final de cada momento de oração, recomendamos:
Pai Nosso… Ave Maria… Glória ao Pai…

CONCLAVE 2025: UM TEMPO DE COMUNHÃO E FÉ

Convidamos todas as comunidades a intensificarem este tempo de oração e esperança, confiando que Cristo Ressuscitado conduzirá a Igreja à eleição de um novo pastor segundo o seu coração.

HOMENAGEM AO PAPA FRANCISCO – UM GESTO DE GRATIDÃO E ESPERANÇA

No dia 26 de abril de 2025, atendendo ao chamado para participar do sepultamento do Papa Francisco de forma simbólica e significativa, nós, Pias Discípulas do Divino Mestre, unimo-nos a tantas outras comunidades ao redor do mundo em oração e ação concreta.

Em comunhão com esse momento histórico e espiritual, algumas de nossas comunidades realizaram o plantio de árvores como sinal de vida, esperança e continuidade da missão. Em Cabreúva, as Irmãs e o núcleo dos Cooperadores Paulinos, Amigos do Divino Mestre, de Osasco e Cabreúva, reuniram-se em um momento orante, embalado pela oração de São Francisco, e plantaram um resedá branco no jardim, como gesto de fé e memória.

Já em Olinda, onde o espaço é mais restrito, as irmãs escolheram um Cróton (Codiaeum variegatum) – um arbusto de folhas vibrantes em tons de vermelho, laranja, amarelo e verde. Resistente e cheio de cor, ele foi plantado com carinho como símbolo da diversidade, beleza e força da criação, tão amada e valorizada pelo Papa Francisco.

Agradecemos a Deus pela vida e pelo testemunho do Papa Francisco. Que ele interceda por nós e continue a inspirar nossa caminhada com seu legado de simplicidade, cuidado com os pobres e amor à criação.

Obrigada, Papa Francisco!

Irmãs na Comunidade Divino Mestre, em Olinda/PE.

22º ANIVERSÁRIO DA BEATIFICAÇÃO DO BEATO TIAGO ALBERIONE

Por Secretariado para a Espiritualidade do Governo Geral, 27/04/2025

27 de abril de 2025 – Segundo Domingo da Páscoa | Domingo da Divina Misericórdia

Tiago Alberione: Apóstolo dos Tempos Novos, “Farol” de Esperança

Neste Segundo Domingo da Páscoa (27/04/2025), em que a Igreja celebra a Divina Misericórdia, a Família Paulina se une em ação de graças pelo 22º aniversário da beatificação do seu Fundador: o Beato Tiago Alberione. Um momento de renovação espiritual, memória viva e oração pela sua canonização.

Comemoramos a vida de um verdadeiro “apóstolo dos tempos novos”, que buscou incessantemente dar a conhecer Jesus Cristo – Caminho, Verdade e Vida – com os meios de comunicação do seu tempo. Inspirado por São Paulo Apóstolo, Alberione fundou a Família Paulina com a missão de evangelizar o mundo moderno através da imprensa, rádio, cinema e, hoje, também pela internet.

MENSAGEM ESPIRITUAL

“Louvai ao Senhor porque Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre” (Sl 117,1). Neste clima pascal, nos unimos em oração pelo dom da canonização do Beato Alberione, cuja missão continua a inspirar gerações de religiosos e leigos comprometidos com a comunicação do Evangelho. Abaixo, um trecho da homilia de São João Paulo II feita no dia 27 de abril de 2003, dia da sua canonização (o texto integral da homilia, em várias línguas, se encontra neste link):

O Bem-aventurado Tiago Alberione sentiu a necessidade de dar a conhecer Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, ‘aos homens do nosso tempo com os meios do nosso tempo’ – como gostava de dizer – e inspirou-se no apóstolo Paulo, a quem chamou ‘teólogo e artífice da Igreja’, permanecendo sempre dócil e fiel ao Magistério do Sucessor de Pedro, ‘farol’ de verdade em um mundo muitas vezes desprovido de sólidas referências ideais. ‘Que haja um grupo de santos para usar esses meios’, repetia este apóstolo dos novos tempos.Que legado formidável ele deixa para sua família religiosa! Que seus filhos e filhas espirituais mantenham inalterado o espírito de suas origens, a fim de responder adequadamente às exigências da evangelização no mundo de hoje“. Papa João Paulo II

ORAÇÃO PELA CANONIZAÇÃO DO BEATO TIAGO ALBERIONE

Trindade Santíssima,
que quisestes reavivar na Igreja o
carisma apostólico de São Paulo,
revelando-se à luz da Eucaristia
ao Beato Tiago Alberione,
fazei com que a presença de Cristo Mestre,
Caminho, Verdade e Vida,
se irradie em todo o mundo
por Maria, Rainha dos Apóstolos.
[…]
Glória ao Pai…


UM ENCONTRO DE GERAÇÕES: BEATO TIAGO ALBERIONE E CARLO ACUTIS

No mesmo dia em que se celebraria a canonização de Carlo Acutis — adiada devido ao falecimento do Papa Francisco — recordamos as convergências e as singularidades de duas figuras que marcam profundamente a espiritualidade contemporânea da Igreja.

Convergências

  • Ambos apaixonados pela Eucaristia e por Nossa Senhora.
  • Evangelizadores incansáveis em seus contextos históricos.
  • Pioneiros no uso dos meios modernos para a missão cristã.
  • Inspiração contínua para jovens, religiosos e comunicadores.

Divergências Complementares

LEGADO VIVO

Padre Tiago Alberione e Carlo Acutis representam dois polos de uma mesma corrente: a santidade vivida na contemporaneidade. Um sacerdote inovador e um jovem genial. Um fundou uma família religiosa; o outro transformou sua curta vida em um testemunho profundo da presença viva de Jesus na Eucaristia.

Ambos nos ensinam que a missão evangelizadora continua — nos templos, nas ruas, na mídia e na internet — onde Cristo precisa ser anunciado.


Contato:
Secretariado para a Espiritualidade – Pias Discípulas do Divino Mestre
📧 segretariatogen_spirit@pddm.org

A Fraternidade como Resistência: Um Ensaio sobre a Proposta Ético-Social da Fratelli Tutti

Por Ir. Julia de Almeida, pddm

Em um mundo marcado por polarizações, desigualdades e indiferença crescente, a encíclica Fratelli Tutti, publicada por Papa Francisco em 2020, propõe uma resposta radicalmente ética: a fraternidade universal e a amizade social como fundamentos de um novo pacto civilizatório. Longe de ser um apelo utópico ou ingênuo, a proposta do pontífice configura-se como uma crítica contundente aos sistemas econômicos, políticos e culturais que alimentam o descarte humano, o individualismo e o medo. Este ensaio argumenta que a Fratelli Tutti é um texto contracultural, que reivindica o amor ao próximo como critério político e existencial, convocando indivíduos e nações a refundarem suas relações sobre a base da dignidade compartilhada.

O primeiro aspecto que marca a encíclica é sua análise aguda da realidade contemporânea. O Papa denuncia uma globalização que separa as pessoas, embora conecte as economias: “A sociedade cada vez mais globalizada torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos” (n. 12). Essa frase sintetiza a crítica de Francisco ao modelo de desenvolvimento centrado no lucro, que esvazia o sentido de comunidade. O crescimento das desigualdades e dos nacionalismos, segundo ele, reflete uma regressão ética e política: “Ressurgem nacionalismos fechados, exacerbados, ressentidos e agressivos” (n. 11). O Papa identifica ainda o enfraquecimento da política, dominada pelo marketing e pela destruição do adversário, e lamenta que “a política deixou de ser um debate saudável […] para o desenvolvimento de todos” (n. 15).

Diante desse cenário, Francisco propõe a fraternidade como alternativa à lógica do medo, do consumo e da exclusão. A inspiração vem de São Francisco de Assis, cujo amor “ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço” (n. 1). A fraternidade, tal como proposta, não é um sentimento abstrato, mas um imperativo ético-político que deve orientar estruturas sociais e decisões de Estado. Um exemplo claro está no apelo ao acolhimento dos migrantes: “Os migrantes não são considerados suficientemente dignos de participar na vida social como os outros” (n. 39). A crítica atinge tanto o fechamento dos países ricos quanto a indiferença que transforma seres humanos em “objetos descartáveis” (n. 18).

A parábola do Bom Samaritano, centro simbólico da encíclica, serve como chave interpretativa para toda a reflexão. Diante do homem ferido à beira do caminho, apenas o samaritano – estrangeiro e marginalizado – oferece ajuda concreta. O Papa pergunta: “Com quem te identificas?” (n. 64), conduzindo o leitor a uma escolha inescapável. O amor ao próximo, argumenta, não é um mandamento restrito à fé, mas um fundamento antropológico: “Viver indiferente à dor não é uma opção possível” (n. 68). A crítica não poupa sequer os religiosos que “passam ao largo” (n. 73), alertando que a fé sem compaixão é estéril.

Outro ponto forte da Fratelli Tutti é sua crítica à cultura digital e à falsa comunicação. Francisco observa que “as relações digitais […] não constroem verdadeiramente um ‘nós’” (n. 43), alertando para os perigos da polarização, da desinformação e da perda da escuta. Para ele, a comunicação digital criou “formas insólitas de agressividade” (n. 44) e facilitou “mecanismos de manipulação das consciências e do processo democrático” (n. 45). Isso compromete a possibilidade de diálogo autêntico, essencial para a construção da paz e da justiça.

A encíclica também se destaca por recusar a neutralidade. Ao afirmar que “todos temos uma responsabilidade pelo ferido que é o nosso povo e todos os povos da terra” (n. 79), Francisco assume uma posição profética: a de que não há ética sem engajamento. Ele insiste que “ninguém se salva sozinho” (n. 32) e que só é possível reconstruir o tecido social a partir de um “nós” solidário, que reconheça a dignidade de todos.

Em conclusão, Fratelli Tutti é mais que um documento da Igreja: é um chamado à resistência ética. Contra a lógica do lucro, do descarte e da indiferença, o Papa propõe a fraternidade como critério para reorganizar nossas sociedades. O amor ao próximo, longe de ser um princípio religioso exclusivo, torna-se o alicerce de um novo humanismo, capaz de reorientar a política, a economia e a cultura. A fraternidade que Francisco propõe não é um adorno moral, mas uma urgência histórica.

REFERÊNCIA:

FRANCISCO. Fratelli tutti: sobre a fraternidade e a amizade social. Vaticano, 3 out. 2020. Disponível em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20201003_enciclica-fratelli-tutti.html. Acesso em: 25 abr. 2025.

PAPA FRANCISCO E SEUS ESCRITOS: UM PONTIFICADO DE ESPERANÇA E RENOVAÇÃO

Jorge Mario Bergoglio, mais conhecido como Papa Francisco, nasceu em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Argentina. Filho de imigrantes italianos, cresceu em um ambiente modesto e desde cedo demonstrou interesse pela religião e pelo serviço à comunidade. Em 1958, ingressou na Companhia de Jesus, tornando-se jesuíta. Foi ordenado sacerdote em 1969 e, ao longo dos anos, desempenhou diversas funções na Igreja Católica, incluindo a de arcebispo de Buenos Aires e cardeal. Em 13 de março de 2013, foi eleito o 266º Papa da Igreja Católica, tornando-se o primeiro pontífice latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o cargo.

Desde o início de seu pontificado, Francisco tem se destacado por seu carisma, simplicidade e forte compromisso com a justiça social. Ele tem abordado questões fundamentais como a pobreza, a ecologia, os direitos humanos e a reforma da própria Igreja. Seu estilo pastoral próximo do povo e seu desejo de diálogo com diferentes culturas e religiões o tornaram uma figura influente e respeitada no cenário global.

AS CARTAS E ENCÍCLICAS DO PAPA FRANCISCO

Ao longo de seu pontificado, o Papa Francisco escreveu diversas cartas e encíclicas que refletem sua visão de mundo e os desafios que a humanidade enfrenta. Seus textos são amplamente lidos e discutidos tanto dentro quanto fora da Igreja, pois oferecem reflexões profundas sobre temas sociais, espirituais e ambientais.

EVANGELII GAUDIUM (A ALEGRIA DO EVANGELHO) – 2013

Publicada poucos meses após sua eleição, esta exortação apostólica trata da missão da Igreja no mundo moderno. Francisco incentiva os fiéis a saírem de suas zonas de conforto e a evangelizarem com alegria e misericórdia. Ele critica o consumismo desenfreado, a exclusão social e a desigualdade econômica, destacando a necessidade de uma Igreja mais próxima dos pobres e marginalizados.

LAUDATO SI’ (LOUVADO SEJA) – 2015

Uma das encíclicas mais impactantes do Papa Francisco, “Laudato Si’” trata da ecologia e do cuidado com a Casa Comum, o planeta Terra. O pontífice alerta para os danos ambientais causados pela atividade humana e pela exploração irresponsável dos recursos naturais. Ele destaca a interconexão entre os problemas ambientais e sociais, chamando líderes e cidadãos do mundo inteiro à responsabilidade ecológica e à busca por um modelo de desenvolvimento sustentável.

AMORIS LAETITIA (A ALEGRIA DO AMOR) – 2016

Essa exortação apostólica trata do amor na família e do matrimônio. Baseada nos debates realizados durante os sínodos sobre a família, o documento enfatiza a importância da compreensão, da misericórdia e do acolhimento dentro das comunidades cristãs. Francisco também aborda questões como o divórcio, a educação dos filhos e os desafios enfrentados pelas famílias contemporâneas.

GAUDETE ET EXSULTATE (ALEGRAI-VOS E EXULTAI) – 2018

Este documento trata do chamado universal à santidade no mundo atual. O Papa explica que a santidade não é um privilégio de poucos, mas um chamado acessível a todos, independentemente da vocação ou estado de vida. Ele alerta contra o perigo do individualismo e do consumismo, ressaltando a necessidade de uma vida de serviço e de amor ao próximo.

FRATELLI TUTTI (TODOS IRMÃOS) – 2020

Publicada em meio à pandemia de COVID-19, “Fratelli Tutti” aborda a fraternidade e a amizade social. Francisco critica a cultura do descarte, o aumento das desigualdades e o fechamento de fronteiras entre os povos. Ele propõe um modelo de sociedade baseado na solidariedade, na inclusão e no diálogo inter-religioso.

CARTA APOSTÓLICA PATRIS CORDE (COM CORAÇÃO DE PAI) – 2020

Dedicada a São José, essa carta apostólica destaca a importância desse santo como modelo de pai, trabalhador e homem justo. Francisco ressalta a humildade e o serviço de São José, convidando os cristãos a aprenderem com sua discrição e confiança em Deus.

DILEXIT NOS – 2024

A mais recente encíclica do Papa Francisco, “Dilexit Nos”, publicada em 2024, aborda o amor redentor de Cristo e sua importância na vida cristã. O Papa destaca a centralidade do amor na missão da Igreja e a necessidade de testemunhar esse amor no mundo contemporâneo. Ele enfatiza o perdão, a reconciliação e a caridade como elementos fundamentais para a construção de uma sociedade mais fraterna e pacífica. “Dilexit Nos” convida os fiéis a refletirem sobre o significado do amor de Deus e sua manifestação nas relações humanas.

O IMPACTO DAS CARTAS DO PAPA FRANCISCO

As cartas e encíclicas do Papa Francisco têm um impacto profundo tanto dentro da Igreja quanto na sociedade em geral. Seus escritos são direcionados não apenas aos católicos, mas a todas as pessoas de boa vontade. Seu estilo acessível e suas reflexões baseadas na realidade contemporânea tornam seus textos fontes de inspiração para líderes políticos, ambientalistas, teólogos e fiéis em todo o mundo.

Francisco busca sempre aproximar a Igreja das pessoas, promovendo um diálogo aberto e acolhedor. Ele desafia as estruturas de poder e propõe uma visão de mundo mais humana e solidária. Sua preocupação com os marginalizados, os pobres e o meio ambiente reflete um compromisso genuíno com a justiça e a paz.

Além de suas encíclicas e exortações apostólicas, o Papa também escreve cartas e mensagens para diferentes ocasiões, como eventos internacionais, congressos religiosos e crises humanitárias. Seus escritos são frequentemente citados em debates sobre políticas públicas, economia e direitos humanos.

O Papa Francisco, desde o início de seu pontificado, tem demonstrado um compromisso inabalável com os valores do Evangelho e com a transformação do mundo em um lugar mais justo e fraterno. Suas cartas e encíclicas são documentos fundamentais para compreender sua visão pastoral e seus esforços em enfrentar os desafios do século XXI.

Seja ao abordar a necessidade de uma Igreja mais missionária, a importância do cuidado com o meio ambiente ou a urgência da fraternidade entre os povos, suas palavras ecoam como um chamado à reflexão e à ação. Em um mundo marcado por divisões e crises, as mensagens do Papa Francisco continuam a inspirar milhões de pessoas na busca por um futuro mais humano e solidário.


Fonte:

Documentos do Papa Francisco:

PAPA FRANCISCO. Evangelii Gaudium: A Alegria do Evangelho. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 2013. Disponível em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html. Acesso em: [19 fev. 2025].

PAPA FRANCISCO. Laudato Si’: Sobre o Cuidado da Casa Comum. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 2015. Disponível em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html. Acesso em: [19 fev. 2025].

PAPA FRANCISCO. Amoris Laetitia: Sobre o Amor na Família. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 2016. Disponível em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20160319_amoris-laetitia.html. Acesso em: [19 fev. 2025].

PAPA FRANCISCO. Gaudete et Exsultate: Sobre o Chamado à Santidade no Mundo Atual. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 2018. Disponível em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20160319_amoris-laetitia.html. Acesso em: [19 fev. 2025].

PAPA FRANCISCO. Fratelli Tutti: Sobre a Fraternidade e a Amizade Social. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 2020. Disponível em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20201003_enciclica-fratelli-tutti.htmlAcesso em: [19 fev. 2025].

PAPA FRANCISCO. Patris Corde: Com Coração de Pai. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 2020. Disponível em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco-lettera-ap_20201208_patris-corde.html Acesso em: [19 fev. 2025].

PAPA FRANCISCO. Dilexit Nos. Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 2024. Disponível em: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/20241024-enciclica-dilexit-nos.html. Acesso em: [19 fev. 2025].

Livros sobre o Papa Francisco:

IVEREIGH, Austen. O Grande Reformador: Francisco e a Construção de um Novo Papado. São Paulo: Planeta, 2015.

VALLELY, Paul. Papa Francisco: O Homem e Sua Missão. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

Texto de Ir. Julia Cristina de Almeida.
Publicado dia 20 de fevereiro de 2025.