PROJETO PALAVRAS QUE LIBERTAM

O Apostolado de Litúrgico de Recife está apoiando um projeto muito importante desenvolvido pela Arquidiocese de Olinda/Recife e o CAP – Serviço de Animação Bíblica: é o “Projeto Palavras que libertam”. Com outros apoiadores, estão animando aos cristãos e cristãs para doar um bíblia para que seja distribuída a outras pessoas que não têm acesso ao livro sagrado.

Pelo projeto, é previsto que no último domingo de setembro, será arrecada uma Bíblia nova que será distribuída aos movimentos e pastorais da Arquidiocese de Olinda e Recife.

O Projeto Palavras que libertam ainda conta com o apoio institucional da Pastoral Carcerária e o CEBI. Além disto, reúne lojas, livrarias e editoras importantes no cenário religioso e católico como apoiadoras neste projeto: Apostolado Litúrgico, Edições CNBB, Paulinas, Paulus, Editora Santuário e Editora Vozes.

A data de lançamento deste projeto está em consonância com o mês da Bíblica, celebrando na Igreja Católica do Brasil todos os anos no mês de setembro. Este ano, por ocasião do Mês da Bíblia, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética propõe um texto de estudo para oportunizar “a mais ampla educação bíblica possível”. Em 2022, o livro escolhido é o de Josué e o lema bíblico inspirador é “O Senhor, teu Deus, estará contigo por onde quer que vás” (Js 1,9). “Também nós somos chamados ao estudo do Livro de Josué, que nos leva a perceber que Deus nunca deixa sem resposta as pessoas e comunidades que a Ele se confiam”, afirma um trecho do texto-base da CNBB.

O Livro de Josué

O esforço empreendido pelas tribos israelitas na conquista e ocupação das terras é tema principal no Livro de Josué.   O personagem principal de todo o livro é Josué, termo em hebraico que significa “O Senhor salva”. Os subsídios pretendem indicar roteiros celebrativos que conduzirão pelos passos do povo de Israel, rumo à Terra Prometida.

Como citado, para comemorar o Mês da Bíblia, a AOR – Edição Especial CEN 2020, na Arquidiocese de Olinda/Recife, neste ano do Congresso Eucarístico Nacional e em busca de viver a sinodalidade, a CAP Animação Bíblica, lança a campanha “Doe uma Bíblia”, que tem por objetivo levar a palavra de Deus a todos os povos, incentivando a Leitura Orante da Palavra de Deus.   A ideia é que mais e mais pessoas tenham acesso aos livros sagrados, nas diversas pastorais e movimentos da Igreja, especialmente no Projeto Palavras que Libertam, em parceria com a Pastoral Carcerária.

Divulgue, compartilhe em suas redes sociais e participe.

34.ª SEMANA DE LITURGIA

A 34ª Semana de Liturgia se aproxima. Já pensou participar? De 26 a 30 de setembro de 2022, teremos este grande evento para nossa Igreja e acontece no Mosteiro de Itaici.

A necessidade da experiência e formação caminharem juntas, acontecem desde 1987 as Semanas de Liturgia. Elas têm a finalidade de reunir participantes de todas as regiões do Brasil para pensar e responder aos desafios da formação litúrgica para os agentes de pastoral em todos os níveis, tanto paroquial como diocesano e regional. As Semanas têm sido preparadas e realizadas pelos membros do Centro de Liturgia. A partir de 2011, por ocasião da 25ª Semana de Liturgia:  Liturgia e Juventude, por uma proposta de formação mistagógica, foi reconhecida oficialmente a parceria com a Celebra, Rede de Animação Litúrgica, na preparação e realização das Semanas. E em 2009, o Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL), campus Pio XI passou a emitir os certificados.

A 34ª Semana de Liturgia é destina a todos os agentes da pastoral litúrgica em geral; coordenadores regionais, diocesanos e paroquiais da pastoral litúrgica e da catequese; professores(as) de Liturgia e Sacramentos; bispos, presbíteros, diáconos e seminaristas.

34ª SEMANA DE LITURGIA: O RITO COMO FONTE DO SACERDÓCIO BATISMAL E LUGAR DO SEU EXERCÍCIO

A Constituição Conciliar Sacrossanctum Concilium, sobre a Sagrada Liturgia (1963), inaugurou um novo caminho para a teologia da realidade celebrativa da Igreja. Tal caminho consiste em reconhecer a Liturgia como “lugar teológico” que constitui e educa a fé dos que participam das celebrações (cf. SC 33; 51). Constituída por ritos e preces, a Liturgia se configura como uma modalidade da revelação, pois realiza fielmente o seu dinamismo de associar gestos e palavras, pelos quais Deus se revela e a Igreja alcança uma boa compreensão de seu mistério.

Neste sentido, o rito ganha particular importância para a ciência litúrgica, pois como ato celebrativo, revela o mistério celebrado e associa a ele os que ritualizam. Disso decorre a importância da participação ativa e plena dos fiéis na Liturgia, como condição especial para a sua realização como povo real, sacerdotal e profético (cf. 1Pd 2,9) – a própria natureza da Liturgia o exige (cf. SC 14). Ademais, só a participação na Liturgia qualifica e constitui o sujeito eclesial, o cristão batizado.

Não obstante toda essa compreensão, a teologia dos sacramentos e da Liturgia vive ainda sob o impacto das teologias sistemáticas e dogmáticas. Embora tenham se interessado pelo rito nos últimos tempos, o fazem não a partir do ato celebrativo, não como fonte da teologia que produzem, mas como ilustração, ou justificativa de suas premissas teológicas, ou filosóficas-metafísicas. Também a teologia litúrgica recai nesse lugar comum quando ignora o rito celebrado. Resulta desse esquema racionalista, uma cisão com a celebração, pois perdeu-se a conexão com o rito, elemento fundamental da Liturgia e expressão própria da lex orandi. Essa abordagem, esvazia a ação celebrativa do seu sentido, pois em seu racionalismo reforça a suspeita sobre o que não é racional e discursivo como forma de conhecimento, nega tacitamente o corpo, o lúdico, enfim, o jogo ritual como dinamismo capaz de introduzir no mistério.

Neste ano de 2022, a 34ª Semana de Liturgia promovida pelo Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard e a Rede Celebra se debruçará sobre o tema do Sacerdócio Comum dos Fiéis a partir da Liturgia, como fruto da sua participação ativa e plena nas celebrações. Para tanto, observará com competência a forma própria da Liturgia abordar um tema, outrora tratado apenas do ponto de vista das teologias sistemáticas e dogmáticas. A Liturgia no Brasil tem, para isso, singular e importantes instrumentos de investigação: o laboratório litúrgico e vivências, a observação participante e aguda sensibilidade teológica para o rito.

I – DATA

26 A 30/09/2022 (SEGUNDA A SEXTA-FEIRA)

Início: 12h com o almoço do dia 26/09
Término: 12h com o almoço do dia 30/09
“Tendo em vista a metodologia da Semana de Liturgia, é imprescindível a participação em tempo integral”.

II – LOCAL

Mosteiro de Itaici

Endereço:
Rodovia José Boldrini, 170, Bairro Itaici, Indaiatuba/SP.
Telefones: (19) 2107-8500 – Secretaria: (19) 2107-8501 – (19) 2107-8502

Site do local: www.itaici.org.br

Hospedagem:

  • Quarto individual: R$1.197,00 (50 quartos individuais disponíveis).
  • Quarto duplo: R$1.075,00 (por pessoa)
  • Pagamento direto com o Mosteiro de Itaici no período de 25/08 a 05/09/2022. Após esta
    data pagamento direto com o Centro de Liturgia.
  • Forma de Pagamento: somente via PIX no valor total. A chave PIX será informada por e-mail apenas no período indicado acima (25/08 – 05/09) porque a casa não receberá pagamentos fora desta data.
  • Desistências após pagamento serão aceitas até 10/09/22 (após esta data será retido o
    valor de 20% referente a taxa administrativa).

COMO CHEGAR

  • Aeroporto Internacional Viracopos – Campinas: é o aeroporto mais próximo do Mosteiro de Itaici. Segundo informações obtidas através do Google Maps, o trajeto é de 17,3km, 22 min (aprox) de carro. Segundo informações da casa de encontros o mais comum é fazer este trajeto por meio de táxi e/ou aplicativos de mobilidade urbana (Uber, 99pop, etc).
  • Campinas-Indaiatuba: transitar pela Rod. SP-75 até chegar a Saída 57-C e Sorocaba-Indaiatuba, Saída 55-A, saindo na Av. Cel. Antonio Estanislau do Amaral / Estr. Municipal Indaiatuba-Itupeva / Rod. José Boldrini. Manter-se nesse percurso até passar a ponte do Rio Jundiaí. A entrada fica à direita em frente a E.E. Joaquim Pedroso de Alvarenga.
  • São Paulo-Indaiatuba: transitar pela Rod. dos Bandeirantes até a Saída 88. Fazer o contorno no pontilhão entrando para a Rod. SP-75. Manter-se no percurso até encontrar a Saída 57-C, saindo na Av. Cel. Antonio Estanislau do Amaral / Estr. Municipal Indaiatuba-Itupeva / Rod. José Boldrini. Manter-se nesse percurso até passar a ponte do Rio Jundiaí. A entrada fica à direita em frente a E.E. Joaquim Pedroso de Alvarenga.
  • Sorocaba e região: seguir pela Rod. Sen. José E. de Moraes até chegar a Rod. Dep. Archimedes Lammoglia, manter-se no percurso até encontrar a Rod. Pref. Hélio Steffen. Siga nessa rota até encontrar a Rod. Eng. Ermênio de Oliveira Penteado, mantenha-se nesse percurso até encontrar à sua direita a Saída 55-A, saindo na Av. Cel. Antônio Estanislau do Amaral / Estr. Municipal Indaiatuba-Itupeva / Rod. José Boldrini. Manter-se nesse percurso até passar a ponte do Rio Jundiaí. A entrada fica à direita em frente a E.E. Joaquim Pedroso de Alvarenga.
  • Rio de Janeiro-Indaiatuba: acesso pela Rod. Dom Pedro I, até a rotatória que leva a Rod. Anhanguera, seguir até encontrar a Rod. Alberto Panzan. Continuar em frente até a Rod. Bandeirantes, seguindo até chegar a Rod. SP-75.
  • Ônibus (VB Transportes) – Informações pelo telefone (19) 3875-2342 ou pelo site www.vbtransportes.com.br. VB Transportes mantém horários diários de Campinas-Indaiatuba e São Paulo-Indaiatuba. De Indaiatuba ao bairro Itaici é preciso tomar táxi ou ônibus circular. O circular da Viação Guaianazes (Linhas: Engenho, Terras de Itaici ou Vale das Laranjeiras) passa no portão de entrada do Mosteiro de Itaici, sendo necessário andar 1,2Km até a recepção da casa.

III – INSCRIÇÃO NA 34ª SEMANA DE LITURGIA

  • Preencher o formulário disponível no link: https://forms.gle/nS4Su3huQFLtg1sy8
  • Enviar o comprovante de pagamento e comprovante de vacinação contra Covid-19 para o e-mail: semanadeliturgia@institucional
  • Investimento: R$350 [trezentos e cinquenta reais]
  • Forma de pagamento:
    PIX: Chave (CNPJ): 020.043.273/0001-20 – Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard
    ou:
    Depósito/Transferência: Banco Bradesco (237), Agência 0478-2, Conta Corrente 0235-6.
  • Vagas: 230

A Semana de Liturgia é um evento sem fins lucrativos, de modo que a sua realização só será possível com um número mínimo de 150 inscritos até 10/09/2022. Havendo inscrições insuficientes na data estabelecida o evento será adiado. Inscreva-se o quanto antes!

IV – INFORMAÇÕES

  • Trazer o Ofício Divino das Comunidades.
  • Trazer comidas e bebidas típicas da sua região para a confraternização.
  • Recomendamos o uso de máscaras.
  • Outras dúvidas e informações escreva para o e-mail: [email protected] ou pelo telefone/whasApp: (11) 9 8297-4268 – Ir. Neideane, pddm

V – REALIZAÇÃO


Parcerias-Semanas-de-liturgia

Para baixar o material em PDF com todas as informações da 34ª Semana de Liturgia CLIQUE AQUI

Faça a sua para a 34ª Semana de Liturgia INSCRIÇÃO AQUI

DIA DAS NOVIÇAS PIAS DISCÍPULAS

Segundo a nossa tradição, celebra-se o DIA DAS NOVIÇAS PIAS DISCÍPULAS no 2º Domingo da Páscoa, anteriormente chamado domingo “in Albis” (= branco).

Os catecúmenos, isto é, os que iriam receber os sacramentos de iniciação, eram acolhidos pela comunidade no Primeiro Domingo da Quaresma. Começava então a catequese para o Batismo, durante a qual eram apresentados os principais pontos da fé cristã e celebrada a inserção do catecúmeno na comunidade, culminando com a celebração dos sacramentos da iniciação na Vigília Pascal.

Recebiam a veste branca na celebração e permaneciam com ela durante a semana após a Páscoa, tempo da chamada catequese mistagógica, quando os neófitos – como eram chamados os que tinham recebido o Batismo – aprofundavam o sentido dos sacramentos pascais e entravam em relação fraterna com a Igreja.

No Domingo “in Albis” deixavam a veste branca recebida na vigília pascal, sinal de que a celebração terminava e entravam na vida do Mistério celebrado (Cf. Dia do Senhor – Ciclo Pascal ABC, 2002).

A antífona de entrada da celebração deste domingo diz: “Como recém-nascidos, desejem o puro leite espiritual para crescerem na Salvação, Aleluia!” (1ºPd 2,2). Assim, traçamos este paralelo com a caminhada das noviças. Como os neóficos, renascidos em Cristo, devem desejar o alimento da vida nova recebida e assumida, assim também deve ser com as noviças que estão no início do caminho de seguimento a Jesus, no estilo de vida das Discípulas do Divino Mestre.

ORIGEM DO DIA DAS NOVIÇAS PIAS DISCÍPULAS

Quem iniciou esta tradição da celebração do dia das Noviças Pias Discípulas nesta data foi o Beato Pe. Timóteo Giaccardo, ssp, quando se ocupava da formação das noviças Pias Discípulas do Divino Mestre.

Nesta celebração do Dia das Noviças Pias Discípulas 2022, damos continuidade, no Brasil, a experiência do Noviciado Pan-americano. São duas noviças mexicanas, duas colombianas e uma brasileira. Rezamos com elas, pelo caminho vocacional de cada uma: “até que Cristo se forme em nós” (Gl 4,19)!

O noviciado é o período da iniciação à vida consagrada como Pia Discípula do Divino Mestre (CDC 646). A noviça é acompanhada de forma gradual para tomar consciência da vocação da Pia Discípula; para experimentar a vida comunitária e a missão específica segundo a Regra de Vida.

A Congregação, na pessoa da mestra, verifica as intenções e a idoneidade da noviça para viver a vida consagrada. A caminhada formativa do noviciado segue a dinâmica do itinerário traçado por Padre Alberione no Donec formetur Christus in vobis (Até que Cristo se forme em nós).

É um itinerário pascal que conduz até a configuração com Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida, segundo o dinamismo do ano litúrgico.

O itinerário de desenvolve em três fases sucessivas:

  1. caminho de conversão ao projeto do Pai;
  2. seguir Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida para configurar-se a Ele;
  3. permanecer n”Ele para produzir o fruto do Espírito.

O noviciado dura dois anos.

O noviciado dura dois anos. O primeiro, por seu caráter específico, é dedicado principalmente ao aprofundamento e à assimilação do carisma na comunidade formativa. O segundo possui conotação apostólica peculiar.
A noviça é ajudada a realizar essa caminhada formativa de modo integral, segundo o seu ritmo de crescimento.

COMPROMISSO FORMATIVO DA NOVIÇA PIA DISCÍPULA


A noviça se empenha em:
— Cultivar uma relação vital e esponsal com Jesus Mestre, nutrida pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, na oração pessoal, comunitária e litúrgica.
— Crescer na liberdade do coração e estar disponível ao diálogo regular com a mestra, na confiança e sinceridade, para focalizar um projeto de vida pessoal de configuração a Cristo Mestre como sua discípula.

— Estudar e aprofundar a Regra de Vida. Integrar esse conhecimento na vida espiritual, comunitária e apostólica a fim de assimilar o carisma.
— Começar a viver os conselhos evangélicos como dom e testemunho para o mundo contemporâneo.
— Viver a vida fraterna em comunidade. Formar-se para o diálogo, para o perdão e para a corresponsabilidade, compartilhando as alegrias e as fadigas da vida cotidiana.
— Adquirir progressivamente o sentido de pertença ao Instituto. Educar-se para a comunhão dos bens, para a generosidade e liberdade, e cultivar o sentido paulino do trabalho.
— Demonstrar ter condições de exercer, com responsabilidade e criatividade a missão eucarística, sacerdotal e litúrgica nos encargos apostólicos que lhe são confiados. Desenvolver na comunhão a atitude de trabalhar em equipe.

A noviça, neste tempo de iniciação à vida no nosso Instituto, na oração e no zelo apostólico, intensifica a sua relação pessoal com Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, presente na Palavra, no Mistério eucarístico e na comunidade.

Ao término do noviciado, a noviça exprime livremente a sua vontade de consagrar-se na vida religiosa entre as Pias Discípulas do Divino Mestre. Acolhemos, como dom de Deus, a noviça que, com a profissão, se torna membro da nossa Família religiosa.
Partilhamos, na alegria e na fadiga, a vida de cada dia e nos sustentamos na perseverança vocacional.

JÁ PENSOU EM SER UMA IRMÃ PIA DISCÍPULA?

Mais informações: [email protected] / Whats: (11) 95913-8467

Dias das Noviças Pias Discípulas: conheça as nossas jovens

Dia das Noviças Pias Discípulas 2022

CELEBRANDO O DIA DAS NOVIÇAS PIAS DISCÍPULAS NO MUNDO

Delegação do Congo e Delegação Burkina Faso

1° ano

Édith Sawadogo (Burkinabé)

Rachel Ngawa Kimvula (Congolese)

Província do Brasil

ano

Kainã Barbosa da Silva (Brasil)

Katerìn Yuleth Nulutahua Toledo (México)

Doriana Paulina León Lepe (México)

Yina Marcela Motta García (Colômbia)

Ornilse Domico Domico (Colômbia)

Província Filipinas/Tw/HK

1° ano

Joyce Celiz (Filipinas)

Alaine Jamorol (Filipinas)

Provincia India

1° anno

Rosita Kinguilung Gangmei (Índia)

Sushita Kispotta (Índia)

Delegação Irlanda/Stati Uniti

2° ano

Rio Bella Justiniani Cruz (Filipinas)

Neste segundo domingo da Páscoa, dito “in albis”, invocamos para as noviças as graças necessárias para viver quanto o fundador Pe. Tiago Alberione indica como o fim do noviciado: “O noviciado é uma preparação a uma união transformadora em Jesus(APD, 1962,117).

Cursos de Pós-graduação na UNISAL

A UNISAL está com três cursos de pós-graduação muito interessantes para a formação:

Pós-graduação em ESPAÇO-LITÚRGICO: ARQUITETURA E ARTE SACRA

Pós-graduação em LITURGIA

Pós-graduação em MÚSICA LITÚRGICA


PÓS-GRADUAÇÃO EM ESPAÇO-LITÚRGICO: ARQUITETURA E ARTE SACRA

Mesmo após 50 anos da conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II constatam-se lacunas e problemas relativos à concepção, construção e organização dos lugares sagrados reservados ao culto da Igreja. Liturgistas, artistas plásticos, arquitetos e engenheiros encontram dificuldades para tratar com competência questões do espaço celebrativo, da arquitetura e da arte sacra à luz da evolução da Ciência Litúrgica, em diálogo com outras ciências. Nesse sentido, o Curso de Pós-Graduação lato sensu em Espaço Litúrgico: Arquitetura e Arte Sacra supre a carência de cursos acadêmicos que se proponham a formar especialistas nesta área do saber teórico conjugado com o saber fazer.
O especialista em Espaço Litúrgico, Arquitetura e Arte Sacra será capacitado para atuar com competência nos âmbitos especificados pelo título do curso, nas áreas da pesquisa, do ensino, da pastoral litúrgica e do trabalho profissional para o qual está habilitado. Por isso, com os valores e a prática educativa do UNISAL (Centro Universitário Salesiano de São Paulo), as orientações e o firme apoio da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), lhe será proporcionado o desenvolvimento integrado de conhecimentos, valores e competências nos níveis: individual, de equipe e organizacional, em coerência com princípios e critérios oriundos do Concílio Ecumênico Vaticano II e ulteriores documentos da Igreja, e com as legislações eclesiástica e civil vigentes.

Os objetivos do Curso de Pós-graduação em Espaço Litúrgico são:

– Proporcionar um ambiente de ensino e pesquisa relativo à “Espaço celebrativo, Arquitetura e Arte Sacra” que possibilite formar especialistas capazes de criar, edificar, organizar, adaptar e conservar os lugares da celebração e as obras destinadas ao culto da Igreja, à luz da Ciência Litúrgica hodierna e de estudos interdisciplinares afins, que têm por objeto a celebração ritual do mistério de Cristo, uma celebração comunitária pastoralmente participativa, bela e frutuosa;

– Proporcionar compreensão teológica, mistagógica, espiritual e pastoral da liturgia, fonte e cume da vida cristã, com ênfase nas linguagens representativa, simbólico-sacramental e comunicativa;

– Distinguir e aprofundar os aspectos constitutivos do Espaço Litúrgico, da Arquitetura e da Arte Sacra à luz dos princípios, normas e espírito do Concilio Vaticano II e das Conferências da Igreja na América Latina e da Igreja no Brasil, tendo presente o estudo da “Liturgia e Espaço Sagrado na História”, assim como a história da reforma litúrgica e as consequências nos ritos, nos espaços celebrativos e no patrimônio eclesial;

– Capacitar arquitetos, engenheiros, artistas, padres e agentes de pastoral na elaboração e execução de projetos de construção, reforma, adequação e preservação dos espaços celebrativos em coerência com os princípios e critérios atuais da Igreja, tendo presente que no âmbito eclesial a formação técnica é indissociável da formação litúrgica e da formação artística;

– Suscitar e promover a criação de Comissões de Espaço Litúrgico e Arte Sacra nas Dioceses e Arquidioceses com a contribuição de especialistas na área.

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Duração

13 meses (360h)

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Turno das aulas

1º módulo: 01-15/07/2022

2º módulo: 09-23/01/2023

3º módulo: 01-15/07/2023

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Horário das aulas

Das 08h às 17h

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Investimento

R$ 4.497,00
sendo R$ 1.499,00 por módulo
(total de 3 módulos)
ou em 12 X de R$ 374,75


PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA LITÚRGICA

O serviço prestado pela música na ação litúrgica requer uma formação específica e especializada para além do mero virtuosismo. É necessário que os ministérios litúrgico-musicais, isto é, o dos presbíteros, diáconos, salmistas, cantores, animadores, regentes, corais, instrumentistas e compositores, sejam formados adequadamente para que, na atuação e formação conjuntas – liturgia, espaço litúrgico/arte sacra e música – possam garantir uma celebração do Mistério Pascal de Cristo que seja, de fato, expresso e vivenciado pelas comunidades de fé, por meio da participação ativa, consciente e frutuosa.

O profissional especializado em Música Litúrgica será capacitado para atuar na pesquisa, no ensino e na pastoral litúrgica, mediante o desenvolvimento de competências integradas nos níveis: individual (conhecimentos, habilidades, atitudes), de equipe (colegialidade, diálogo, liderança, poder-serviço) e organizacional (processos, estruturas e tecnologia), em coerência com a visão teológico-litúrgica, mistagógica, espiritual e pastoral do Concílio Ecumênico Vaticano II e ulteriores avanços consonantes como o espírito evangélico e conciliar.

A música litúrgica tem sido a “companheira fiel” da Igreja ao longo de toda a sua história. Sob diferentes aspectos, a música soube moldar-se às vicissitudes do tempo para levar adiante um projeto de Igreja quer em sua parte mutável quer na imutável, carreando o dado da fé em linguagem sensível e utilizando-se de variadas formas musicais da história. O Concílio Vaticano II, por meio da Constituição sobre a Sagrada Liturgia, lançou as bases para a renovação litúrgico-musical, associando à música a mesma finalidade da liturgia: a glorificação de Deus e a santificação dos fiéis. Referir-se à música como ação ministerial implicava, nesse contexto, na promoção do status funcional para o qual seria destinada desde a sua concepção. Deste modo, ampliava-se a compreensão de uma música como parte integrante da ação litúrgica com estreita relação à Palavra de Deus. A CNBB, ao longo do processo de renovação conciliar, proveu documentos, estudos, publicações com especial interesse na música litúrgica.

OBJETIVOS

– Apropriar-se dos conhecimentos teóricos e metodológicos da musicologia litúrgica com aplicação e implicações na realidade brasileira, latino-americana e caribenha e integrar o conhecimento musical ao litúrgico, com base no Rito (o projeto ritual), na Cultura (as implicações culturais) e na Música (o fazer musical);

– Capacitar profissionais da música para um exercício mais qualificado de seu ministério litúrgico, tornando-os participantes ativos no processo de pesquisa, e de ensino e aprendizagem no campo da musicologia litúrgica e, em especial, na formação litúrgica;

– Formar agentes de pastoral para o serviço litúrgico-musical, capazes de aliar conhecimento técnico e vivência litúrgico-espiritual;

– Aprofundar os critérios de análise, criação e escolha do repertório litúrgico, em diálogo com a cultura e a música contemporâneas.

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Duração

13 meses (360h)

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Turno das aulas

1º módulo: 01-15/07/2022

2º módulo: 09-23/01/2023

3º módulo: 01-15/07/2023

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Horário das aulas

Das 08h às 17h

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Investimento

R$ 4.497,00
sendo R$ 1.499,00 por módulo
(total de 3 módulos)
ou em 12 X de R$ 374,75


PÓS-GRADUAÇÃO EM LITURGIA

A Constituição sobre a Sagrada Liturgia, do Concílio Ecumênico Vaticano II, elevou a Ciência Litúrgica ao nível das disciplinas teológicas principais. A liturgia deve “ser ensinada tanto sob o aspecto teológico e histórico, quanto espiritual, pastoral e jurídico” (Sacrosanctum Concilium, 16). Além da capacitação docente, o curso tem por foco a necessidade de formar pessoas especializadas nesta área e também visa capacitar outros agentes da pastoral litúrgica, aptos para assessorarem equipes regionais, diocesanas, paroquiais e comunitárias, assim como encontros de formação em âmbito nacional, regional e local.
O profissional especializado em Liturgia será capacitado para atuar como liturgista e ao mesmo tempo como formador, na área de pesquisa, do ensino e da pastoral litúrgica, mediante o desenvolvimento de competências integradas nos níveis individual, de equipe e organizacional, em coerência com a visão teológico-litúrgica, mistagógica, espiritual e pastoral do Concílio Ecumênico Vaticano II e posteriores avanços relativos, como o espírito evangélico e conciliar.

OBJETIVOS

 
– Proporcionar aprofundamento na ciência da liturgia, partindo da realidade cultural, eclesial e litúrgica do Brasil, da América Latina e do Caribe, refletindo sobre esta realidade à luz da Sagrada Escritura e da Tradição, particularmente do Concílio Vaticano II e do Magistério latino-americano e caribenho, para assim ter uma sólida visão teológica e pastoral da liturgia e contribuir para celebrações autênticas e inculturadas, comprometidas com o crescimento do Reino de Deus.
– Capacitar liturgistas que sejam ao mesmo tempo formadores, preparados para o aprofundamento, a prática e a transmissão teológica, mistagógica e pastoral da liturgia na perspectiva do Concílio Vaticano II.

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Duração

13 meses (360h)

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Turno das aulas

1º módulo: 01-15/07/2022

2º módulo: 09-23/01/2023

3º módulo: 01-15/07/2023

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Horário das aulas

Das 08h às 17h

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Investimento

R$ 4.497,00
sendo R$ 1.499,00 por módulo
(total de 3 módulos)
ou em 12 X de R$ 374,75


Cursos de pós-graduação UNISAL/Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard

Sobre o Processo Seletivo e dúvidas pedagógicas:
[email protected]
Outras dúvidas e informações sobre o Curso:
[email protected] – (11) 3649-0200, ramal 2005

ITINERÁRIO QUARESMAL 

Desde o início do Tempo Quaresmal, a Pastoral Vocacional e os Cooperadores Paulinos Amigos do Divino Mestre estão produzindo o Itinerário Quaresmal. Este Itinerário Quaresmal são programas veiculados no Youtube e são compostos da proclamação o Evangelho do Domingo; um texto da Patrística com link para a “temática” abordada pelo Evangelho; e a equipe sempre conclui com perguntas e atitudes importantes a se despertar em cada pessoa para melhor viver a Palavra de Deus.

São propostas do Itinerário Quaresmal para o internauta:

– No decorrer da semana tire um tempo para rezar e meditar.
– Se possível reserve um lugar na sua casa. Prepare o ambiente colocando um pano roxo, uma cruz, uma vela.
– Invoque o Espírito Santo.
– Retome o texto do Evangelho e da patrística ou um dos dois, de acordo com sua disponibilidade de tempo.
– Preste atenção nas palavras, nas imagens…Se recordar de outra Palavra dê atenção.
– Qual a Boa Notícia?
Medite… O que este texto diz para você.
– Conclua com uma oração espontânea.

Obs: Caso você tenha tempo de anotar… anote o que você considera importante para o seu caminho espiritual-mistagógico.

São todas propostas que remetem a Leitura Orante da Palavra de Deus que, mais que um método, é um modelo de espiritualidade.

O Itinerário Quaresmal pode ser acompanhado pelo Youtube das @piasdiscipulasdodivinomestre. Todos os textos estão sendo disponibilizados no site www.espacoorante.piasdiscipulas.org.br

ITINERÁRIO QUARESMAL – QUARTA-FEIRA DE CINZAS – PARTE 1

ITINERÁRIO QUARESMAL – QUARTA-FEIRA DE CINZAS – PARTE 2

ITINERÁRIO QUARESMAL – 1º DOMINGO DA QUARESMA

ITINERÁRIO QUARESMAL – 2º DOMINGO DA QUARESMA

Textos do Itinerário Quaresmal do 2º Domingo da Quaresma:

Evangelho – Lucas 9,28b-36

Naquele tempo: Jesus levou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para rezar. Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante. Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. Eles apareceram revestidos de glória
e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém. Pedro e os companheiros estavam com muito sono. Ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele.
E quando estes homens se iam afastando, Pedro disse a Jesus: ‘Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.’ Pedro não sabia o que estava dizendo. Ele estava ainda falando, quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra.
Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem. Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia: ‘Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!’ Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-se sozinho. Os discípulos ficaram calados e naqueles dias não contaram a ninguém
nada do que tinham visto.

ITINERÁRIO QUARESMAL - Ícone da Transfiguração
Ícone da Transfiguração

Texto da Patrística

Dos Sermões de São Leão Magno, papa[1]

(Sermo 51, 3-4.8: PL 54, 310-311.313) – (Séc. V)

Por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo

O Senhor manifesta a sua glória na presença de testemunhas escolhidas, e de tal modo fez resplandecer o seu corpo, semelhante ao de todos os homens, que seu rosto se tornou brilhante como o sol e suas vestes brancas como a neve.

A principal finalidade dessa transfiguração era afastar dos discípulos o escândalo da cruz, para que a humilhação da paixão, voluntariamente suportada, não abalasse a fé daqueles a quem tinha sido revelada a excelência da dignidade oculta de Cristo.

Mas, segundo um desígnio não menos previdente, dava-se um fundamento sólido à esperança da santa Igreja, de modo que todo o Corpo de Cristo pudesse conhecer a transfiguração com que ele também seria enriquecido, e os seus membros pudessem contar com a promessa da participação daquela glória que primeiro resplandecera na Cabeça.

A esse respeito, o próprio Senhor dissera, referindo-se à majestade de sua vinda: “Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai” (Mt 13,43). E o apóstolo Paulo declara o mesmo, dizendo: “Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós” (Rm 8,18). E ainda: “Vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória” (Cl 3,3-4).

Entretanto, aos apóstolos que deviam ser confirmados na fé e introduzidos no conhecimento de todos os mistérios do Reino, esse prodígio ofereceu ainda outro ensinamento.

Moisés e Elias, isto é, a Lei e os Profetas, apareceram conversando com o Senhor, a fim de cumprir-se plenamente, na presença daqueles cinco homens, o que fora dito: “Será digna de fé toda palavra proferida na presença de duas ou três testemunhas” (cf. Mt 18,16).

Que pode haver de mais estável e mais firme que esta palavra? Para proclamá-la, ressoa em uníssono a dupla trombeta do Antigo e do Novo Testamento, e os testemunhos dos tempos passados concordam com o ensinamento do Evangelho.

Na verdade, as páginas de ambas as alianças confirmam-se mutuamente; e o esplendor da glória presente mostra, com total evidência, Aquele que as antigas figuras tinham prometido sob o véu dos mistérios. Porque, como diz João, “por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo” (Jo 1,17). Nele cumpriram-se integralmente não só a promessa das figuras proféticas, mas também o sentido dos preceitos da lei; pois pela sua presença mostra a verdade das profecias e, pela sua graça, torna possível cumprir os mandamentos.

Sirva, portanto, a proclamação do santo Evangelho para confirmar a fé de todos, e ninguém se envergonhe da cruz de Cristo, pela qual o mundo foi redimido.

Ninguém tenha medo de sofrer por causa da justiça ou duvide da recompensa prometida, porque é pelo trabalho que se chega ao repouso, e pela morte, à vida. O Senhor assumiu toda a fraqueza de nossa pobre condição e, se permanecermos no seu amor e na proclamação do seu nome, venceremos o que ele venceu e receberemos o que prometeu.

Assim, quer cumprindo os mandamentos ou suportando a adversidade, deve sempre ressoar aos nossos ouvidos a voz do Pai, que se fez ouvir, dizendo: “Este é o meu filho amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o” (Mt 17,5).


[1] OFÍCIO DIVINO – Liturgia das Horas, volume II, São Paulo: Vozes/Paulinas/Paulus/Ave Maria, p. 130-132.

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2022

MENSAGEM DO SANTO PADRE
para a Quaresma de 2022


«Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos»

(Gal 6, 9-10a).


Queridos irmãos e irmãs!
A Quaresma é um tempo favorável de renovação pessoal e comunitária que nos conduz à Páscoa de Jesus Cristo morto e ressuscitado. Aproveitemos o caminho quaresmal de 2022 para refletir sobre a exortação de São Paulo aos Gálatas: «Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo (kairós), pratiquemos o bem para com todos» (Gal 6, 9-10a).

1- SEMENTEIRA E COLHEITA


Neste trecho, o Apóstolo evoca a sementeira e a colheita, uma imagem que Jesus muito prezava (cf. Mt 13). São Paulo fala-nos dum kairós: um tempo propício para semear o bem tendo em vista uma colheita. Qual poderá ser para nós este tempo favorável? Certamente é a Quaresma, mas é-o também a nossa inteira existência terrena, de que a Quaresma constitui de certa forma uma imagem.1 Muitas vezes, na nossa vida, prevalecem a ganância e a soberba, o anseio de possuir, acumular e consumir, como se vê no homem insensato da parábola evangélica, que considerava assegurada e feliz a sua vida pela grande colheita acumulada nos seus celeiros (cf. Lc 12, 16-21). A Quaresma convida-nos à conversão, a mudar mentalidade, de tal modo que a vida encontre a sua verdade e beleza menos no possuir do que no doar, menos no acumular do que no semear o bem e partilhá-lo.
O primeiro agricultor é o próprio Deus, que generosamente «continua a espalhar sementes de bem na humanidade» (Enc. Fratelli tutti, 54). Durante a Quaresma, somos chamados a responder ao dom de Deus, acolhendo a sua Palavra «viva e eficaz» (Heb 4, 12). A escuta assídua da Palavra de Deus faz maturar uma pronta docilidade à sua ação (cf. Tg 1, 19.21), que torna fecunda a nossa vida. E se isto já é motivo para nos alegrarmos, maior motivo ainda nos vem da chamada para sermos «cooperadores de Deus» (1 Cor 3, 9), aproveitando o tempo presente (cf. Ef 5, 16) para semearmos, também nós, praticando o bem. Esta chamada para semear o bem deve ser vista, não como um peso, mas como uma graça pela qual o Criador nos quer ativamente unidos à sua fecunda magnanimidade.
E a colheita? Porventura não se faz toda a sementeira a pensar na colheita? Certamente; o laço estreito entre a sementeira e a colheita é reafirmado pelo próprio São Paulo, quando escreve: «Quem pouco semeia, também pouco há de colher; mas quem semeia com generosidade, com generosidade também colherá» (2 Cor 9, 6). Mas de que colheita se trata? Um primeiro fruto do bem semeado, temo-lo em nós mesmos e nas nossas relações diárias, incluindo os gestos mais insignificantes de bondade. Em Deus, nenhum ato de amor, por mais pequeno que seja, e nenhuma das nossas «generosas fadigas» se perde (cf. Exort. Evangelii gaudium, 279). Tal como a árvore se reconhece pelos frutos (cf. Mt 7, 16.20), assim também a vida repleta de obras boas é luminosa (cf. Mt 5, 14-16) e difunde pelo mundo o perfume de Cristo (cf. 2 Cor 2, 15). Servir a Deus, livres do pecado, faz maturar frutos de santificação para a salvação de todos (cf. Rm 6, 22).
Na realidade, só nos é concedido ver uma pequena parte do fruto daquilo que semeamos, pois, segundo o dito evangélico, «um é o que semeia e outro o que ceifa» (Jo 4, 37). É precisamente semeando para o bem do próximo que participamos na magnanimidade de Deus: constitui «grande nobreza ser capaz de desencadear processos cujos frutos serão colhidos por outros, com a esperança colocada na força secreta do bem que se semeia» (Enc. Fratelli tutti, 196). Semear o bem para os outros liberta-nos das lógicas mesquinhas do lucro pessoal e confere à nossa atividade a respiração ampla da gratuidade, inserindo-nos no horizonte maravilhoso dos desígnios benfazejos de Deus.


A Palavra de Deus alarga e eleva ainda mais a nossa perspectiva, anunciando-nos que a colheita mais autêntica é a escatológica, a do último dia, do dia sem ocaso. O fruto perfeito da nossa vida e das nossas ações é o «fruto em ordem à vida eterna» (Jo 4, 36), que será o nosso «tesouro no céu» (Lc 18, 22; cf. 12, 33). O próprio Jesus, para exprimir o mistério da sua morte e ressurreição, usa a imagem da semente que morre na terra e frutifica (cf. Jo 12, 24); e São Paulo retoma-a para falar da ressurreição do nosso corpo: «semeado corrutível, o corpo é ressuscitado incorrutível; semeado na desonra, é ressuscitado na glória; semeado na fraqueza, é ressuscitado cheio de força; semeado corpo terreno, é ressuscitado corpo espiritual» (1 Cor 15, 42-44). Esta esperança é a grande luz que Cristo ressuscitado traz ao mundo: «Se nós temos esperança em Cristo apenas para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram» (1 Cor 15, 19-20), para que quantos estiverem intimamente unidos a Ele no amor, «por uma morte idêntica à Sua» (Rm 6, 5), também estejam unidos à sua ressurreição para a vida eterna (cf. Jo 5, 29): «então os justos resplandecerão como o sol, no reino do seu Pai» (Mt 13, 43).

Mensagem do Papa Francisco para  Quaresma de 2022

2- «NÃO NOS CANSEMOS DE FAZER O BEM»


A ressurreição de Cristo anima as esperanças terrenas com a «grande esperança» da vida eterna e introduz, já no tempo presente, o germe da salvação (cf. BENTO XVI, Spe salvi, 3; 7). Perante a amarga desilusão por tantos sonhos desfeitos, a inquietação com os desafios a enfrentar, o desconsolo pela pobreza de meios à disposição, a tentação é fechar-se num egoísmo individualista e, à vista dos sofrimentos alheios, refugiar-se na indiferença. Com efeito, mesmo os recursos melhores conhecem limitações: «Até os adolescentes se cansam, se fatigam, e os jovens tropeçam e vacilam» (Is 40, 30). Deus, porém, «dá forças ao cansado e enche de vigor o fraco. (…) Aqueles que confiam no Senhor, renovam as suas forças. Têm asas como a águia, correm sem se cansar, marcham sem desfalecer» (Is 40, 29.31). A Quaresma chama-nos a repor a nossa fé e esperança no Senhor (cf. 1 Ped 1, 21), pois só com o olhar fixo em Jesus Cristo ressuscitado (cf. Heb 12, 2) é que podemos acolher a exortação do Apóstolo: «Não nos cansemos de fazer o bem» (Gal 6, 9).
Não nos cansemos de rezar. Jesus ensinou que é necessário «orar sempre, sem desfalecer» (Lc 18, 1). Precisamos de rezar, porque necessitamos de Deus. A ilusão de nos bastar a nós mesmos é perigosa. Se a pandemia nos fez sentir de perto a nossa fragilidade pessoal e social, permita-nos esta Quaresma experimentar o conforto da fé em Deus, sem a qual não poderemos subsistir (cf. Is 7, 9). No meio das tempestades da história, encontramo-nos todos no mesmo barco, pelo que ninguém se salva sozinho; 2 mas sobretudo ninguém se salva sem Deus, porque só o mistério pascal de Jesus Cristo nos dá a vitória sobre as vagas tenebrosas da morte. A fé não nos preserva das tribulações da vida, mas permite atravessá-las unidos a Deus em Cristo, com a grande esperança que não desilude e cujo penhor é o amor que Deus derramou nos nossos corações por meio do Espírito Santo (cf. Rm 5, 1-5).
Não nos cansemos de extirpar o mal da nossa vida. Possa o jejum corporal, a que nos chama a Quaresma, fortalecer o nosso espírito para o combate contra o pecado. Não nos cansemos de pedir perdão no sacramento da Penitência e Reconciliação, sabendo que Deus nunca Se cansa de perdoar.3 Não nos cansemos de combater a concupiscência, fragilidade esta que inclina para o egoísmo e todo o mal, encontrando no decurso dos séculos vias diferentes para fazer precipitar o homem no pecado (cf. Enc. Fratelli tutti, 166). Uma destas vias é a dependência dos meios de comunicação digitais, que empobrece as relações humanas. A Quaresma é tempo propício para contrastar estas ciladas, cultivando ao contrário uma comunicação humana mais integral (cf. ibid., 43), feita de «encontros reais» (ibid., 50), face a face.
Não nos cansemos de fazer o bem, através duma operosa caridade para com o próximo. Durante esta Quaresma, exercitemo-nos na prática da esmola, dando com alegria (cf. 2 Cor 9, 7). Deus, «que dá a semente ao semeador e o pão em alimento» (2 Cor 9, 10), provê a cada um de nós os recursos necessários para nos nutrirmos e ainda para sermos generosos na prática do bem para com os outros. Se é verdade que toda a nossa vida é tempo para semear o bem, aproveitemos de modo particular esta Quaresma para cuidar de quem está próximo de nós, para nos aproximarmos dos irmãos e irmãs que se encontram feridos na margem da estrada da vida (cf. Lc 10, 25-37). A Quaresma é tempo propício para procurar, e não evitar, quem passa necessidade; para chamar, e não ignorar, quem deseja atenção e uma boa palavra; para visitar, e não abandonar, quem sofre a solidão. Acolhamos o apelo a praticar o bem para com todos, reservando tempo para amar os mais pequenos e indefesos, os abandonados e desprezados, os discriminados e marginalizados (cf. Enc. Fratelli tutti, 193).

3 – «A SEU TEMPO COLHEREMOS, SE NÃO TIVERMOS ESMORECIDO»

Cada ano, a Quaresma vem recordar-nos que «o bem, como aliás o amor, a justiça e a solidariedade não se alcançam duma vez para sempre; hão de ser conquistados cada dia» (ibid., 11). Por conseguinte peçamos a Deus a constância paciente do agricultor (cf. Tg 5, 7), para não desistir na prática do bem, um passo de cada vez. Quem cai, estenda a mão ao Pai que nos levanta sempre. Quem se extraviou, enganado pelas seduções do maligno, não demore a voltar para Deus, que «é generoso em perdoar» (Is 55, 7). Neste tempo de conversão, buscando apoio na graça divina e na comunhão da Igreja, não nos cansemos de semear o bem. O jejum prepara o terreno, a oração rega, a caridade fecunda-o. Na fé, temos a certeza de que «a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido», e obteremos, com o dom da perseverança, os bens prometidos (cf. Heb 10, 36) para salvação nossa e do próximo (cf. 1 Tm 4, 16). Praticando o amor fraterno para com todos, estamos unidos a Cristo, que deu a sua vida por nós (cf. 2 Cor 5, 14-15), e saboreamos desde já a alegria do Reino dos Céus, quando Deus for «tudo em todos» (1 Cor 15, 28).
A Virgem Maria, em cujo ventre germinou o Salvador e que guardava todas as coisas «ponderando-as no seu coração» (Lc 2, 19), obtenha-nos o dom da paciência e acompanhe-nos com a sua presença materna, para que este tempo de conversão dê frutos de salvação eterna.


Roma, em São João de Latrão, na Memória litúrgica do bispo São Martinho, 11 de novembro de 2021.


[Papa Francisco]


1 Cf. SANTO AGOSTINHO, Sermones 243, 9,8; 270, 3; Enarratio in Psalmis 110, 1.

2 Cf. FRANCISCO, Momento extraordinário de oração em tempo de pandemia (27 de março de 2020).
3 Cf. IDEM, Angelus de 17 de março de 2013.

Lançamento de Livro: Arte no Espaço Litúrgico

A cada festa de Jesus Mestre, em outubro, toda a congregação das Pias Discípulas do Divino Mestre com os Amigos e Amigas do Divino Mestre é convidada a aprofundar um tema proposto pela equipe de criação do Apostolado Litúrgico, para motivar a criatividade em consonância com os documentos e vida da Igreja.

Assim, em 2017, todas as comunidades foram animadas a fazer uma pesquisa sobre os objetos e paramentos litúrgicos, a fim de propor novos lançamentos. O fruto desta pesquisa foi trabalhado e editado, e reunido neste livro “Arte no Espaço Litúrgico” que lançamos neste ano de 2020, na Festa de Jesus Mestre.

Arte no Espaço Litúrgico é um livro de fácil leitura e pode ajudar muito aos Catequistas. É um subsídio que oferece critérios para a escolha dos diversos elementos que compõem o espaço litúrgico e esclarece sobre o significado dos símbolos, sinais e figuras que lhe são recorrentes.

Conheça e compre esta riqueza:

Para que a Palavra do Senhor se espalhe rapidamente

Neste 1º de Novembro de 2021, a Família Paulina de todo o mundo é convidada a voltar seu olhar para Roma. As relíquias do Bem-Aventurado Pe. Tiago Alberione será trasladada da Sotto Cripta para o Santuário Rainha dos Apóstolos, em Roma.

Confira toda a programação deste mês de novembro para a Família Paulina que marca a conclusão do Ano Bíblico:

Cronograma de transferência de relíquias do Bem-Aventurado Tiago Alberione e Festa Litúrgica no 50º aniversário do seu Dies Natalis

1 a 26 de novembro de 2021

• 1º de novembro, 13h00 (horário de Brasília):

Santa Missa e transferência da urna do Bem-Aventurado Pe. Tiago Alberione ao Santuário de Maria Rainha dos Apóstolos, em Roma; presidido pelo Card. Vigário Angelo De Donatis (ao vivo online).

• 2, 3 e 4 de novembro:

– 12h00 (horário de Brasília): Tríduo de agradecimento pela presença da urna do Bem-Aventurado Alberione no Santuário de Maria Rainha dos Apóstolos, em Roma.

– 13h00 (horário de Brasília): Santa Missa (ao vivo online).

• 2 a 23 de novembro:

Peregrinação da relíquia do Bem-Aventurado Alberione nas comunidades da Família Paulina de Roma e das Colinas Albanas

• 3, 10, 17, 24 de novembro:

#incontripaolini dedicado ao Beato Giacomo Alberione

(No dia 24/11, participa a Ir. Laíde Sonda, pddm, do Brasil)

• 23, 24 e 25 de novembro:

– 12h00 (horário de Brasília): Tríduo de oração em preparação à festa do 50º aniversário do Dies Natalis do Fundador, no Santuário de Maria Rainha dos Apóstolos, em Roma

– 13h00 (horário de Brasília): Santa Missa (ao vivo online)

• 25 de novembro:

Audiência concedida pelo Papa Francisco aos Governos Gerais da Família Paulina e representantes dos Institutos Paulinos e Cooperadores Paulinos

• 26 de novembro:

Festa litúrgica do Beato Alberione e encerramento do Ano Bíblico da Família Paulina

– 3h30: Oração de encerramento do Ano Bíblico da Família Paulina – “Compi la tua opera di annunciatore” (ao vivo online) – pela equipe do Ano Bíblico da Família Paulina

– 10h00: Webinar internacional dedicado ao tema “O estudo das Escrituras: a contribuição da Liturgia” – pela equipe do Ano Bíblico da Família Paulina

– 12h00: Inauguração do Museu Dom Alberione na Casa Geral da Sociedade de São Paulo: Participa o Card. Marcello Semeraro

– 13h00: Santa Missa no Santuário de Maria Rainha dos Apóstolos: presidida pelo Card. Marcello Semeraro (ao vivo online)

Para informação:

Postulador Geral da Família Paulina
Sociedade de São Paulo
Via A. Severo, 58 00145 Roma
Tel: 06.597861
Email: [email protected]

Encontros de Formação Litúrgica

No dia 19 de outubro, das 19h30 às 21h30, Ir. Veronice Fernandes, assessorou o encontro de formação litúrgica para os setores Mogi e Sapucaí, da arquidiocese de Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais.

O encontro foi realizado de modo remoto, pela plataforma do google meet, com o tema “Orações da Igreja (eucologia)”, com a participação de 95 pessoas, entre leigos, leigas, candidatos ao diaconato permanente e dois padres coordenadores dos respectivos setores.

O tema foi desenvolvido a partir da etimologia da palavra eucologia – euchê = oração, e logos = discurso. Eucologia é a ciência que estuda as orações e as leis que governam a sua formulação. Em seguida foi apresentado o que é oração e na sequência se tratou das formas, natureza e estrutura da oração litúrgica.

Foram dados exemplos de eucologia maior (prece eucarística; oração das ordenações dos bispos, presbíteros e diáconos; oração de consagração das Virgens; bênção nupcial; prece de dedicação da igreja e do altar; bênçãos dos elementos sacramentais (água batismal, óleos etc); as principais bênçãos de pessoas, lugares e objetos para o culto e para o serviço dos homens e mulheres); e a eucologia menor (oração do dia ou coleta, sobre as oferendas, pós comunhão, sobre o povo, conclusiva do ofício, sálmicas etc.).

É importante destacar que a liturgia nos ensina a rezar com suas fórmulas eucológicas que expressam, em geral, o mistério da salvação que se realizou em Cristo por nós – conteúdo essencial e anamnético que está na base e que depois suscita, por obra do Espírito Santo, o louvor, a ação de graças, a súplica, etc.

REVISTA DE LITURGIA PROMOVE LIVE COM O PE. FRANCISCO TABORDA

Na memória da páscoa do Senhor, recordamos a Bem-aventurada, Mãe de Deus, a mais singular testemunha de Jesus, imagem da nova humanidade. Para marcar esta importante festa da Igreja sobre o dogma da Assunção de Maria, a Revista de Liturgia promoverá uma live muito interessante no canal do Youtube da Revista de Liturgia.

Marque esta data: LIVE dia 13 de Agosto de 2021, às 20h

Com Pe. Francisco Taborda.

Durante a live teremos um sorteio do Conjunto para oratório Assunção de Maria.

Aproveite! Acesse o link, curta a página do Youtube da Revista de Liturgia, ative o sininho para acompanhar esta live!

Pe. Francisco de Assis Costa Taborda

Segundo o site O ESCAVADOR, o teólogo e padre jesuíta Francisco de Assis Costa Taborda possui doutorado em Teologia pela Westfälische Wilhelms-Universität Münster (Alemanha, 1974), graduação em Teologia pela Philosophisch-theologische Hochschule St. Georgen (Frankfurt, Alemanha, 1969), licenciatura em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, 1964) e graduação em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Cristo Rei (atual UNISINOS, São Leopoldo, RS, 1963). Professor emérito da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE). Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Teologia dos Sacramentos e Mariologia.

REVISTA DE LITURGIA E A ASSUNÇÃO DE MARIA

Abaixo um texto publicado pelo site IHU UNISINOS em 18 de agosto de 2017 que vale a pena ler para ir se preparando para esta live.

Trânsitos e Dormitio constituem um rico patrimônio apócrifo sobre o êxito final da Mãe de Deus. Com o tempo, eles influenciaram os Padres da Igreja, escritores medievais, pintores e poetas. Esses textos trazem consigo tradições antiquíssimas e levam o leitor ao momento em que a Virgem Maria adormeceu e o seu corpo foi levado ao céu, assunto entre a glória dos anjos.”

A reflexão é do teólogo italiano Mario Colavita, padre da diocese de Termoli-Larino e presidente diocesano do Istituto Sostentamento del Clero e professor do Instituto Teológico Abruzzese-Molisano de Chieti.

O artigo foi publicado por Settimana News, 14-08-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Nos textos canônicos, a última recordação que temos de Maria é a relacionada com os Atos dos Apóstolos, em que se diz que, depois da ascensão de Jesus, “todos eles tinham os mesmos sentimentos e eram assíduos na oração, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus” (At 1, 14). Depois disso, não sabemos mais nada da Virgem Maria a partir dos textos sagrados considerados inspirados. Eles são bastante secos em delinear detalhes e indícios sobre os últimos instantes da vida da Mãe de Deus.

Um patrimônio apócrifo

No entanto, desde os primeiros séculos do cristianismo, por obra da comunidade judaico-cristã, transmitiram-se histórias orais sobre o último curso da vida da Virgem. No fim do século II, essas tradições foram postas por escrito formando, assim, textos apócrifos em que se delineiam detalhes sobre a Dormição ou o Trânsito da Virgem.

Trânsitos e Dormitio constituem um rico patrimônio apócrifo sobre o êxito final da Mãe de Deus. Com o tempo, eles influenciaram os Padres da Igreja, escritores medievais, pintores e poetas.

Esses textos trazem consigo tradições antiquíssimas, mesmo que, às vezes, pareçam abundar em detalhes pitorescos, e levam o leitor ao momento em que a Virgem Maria adormeceu e o seu corpo foi levado ao céu, assunto entre a glória dos anjos.

Giotto, Sepultura de Maria (Fonte: Settimana News)

Os trânsitos (conhecemos cerca de 20 deles em várias línguas: grego, copta, siríaco, latim) nascem pela veneração à Mãe de Deus, pela piedade e pelo culto que, na comunidade, estavam nascendo e crescendo. Não só isso, os primeiros cristãos buscavam saber o que tinha acontecido com o corpo da Virgem e os últimos instantes da vida da Mãe de Jesus.

Em um livro de 1748, com o título emblemático “O perfeito legendário: da vida e dos fatos de N. S. Jesus Cristo e de todos os santos”, diz-se, atribuindo a narrativa a Epifânio de Salamina, que a Virgem adormeceu 24 anos depois da ascensão do Filho. Outros, de acordo com o que Eusébio de Cesareia escreve, que a Virgem morreu sob o imperador Cláudio, no ano 48 d.C., aos 73 anos de idade.

A igreja do Kathisma

De acordo com a tradição de JerusalémMaria adormeceu no Sião, o monte do alto da cidade santa, repleto de memórias. Sobre essa colina, os cristãos veneravam o Santo Cenáculo.

No século IV, sobre o Sião, surgiu uma imponente igreja chamada de Santa Sião, que incorpora tanto o lugar da santa ceia quanto o lugar da dormição da Virgem.

A partir dos apócrifos, sabemos que, depois da dormitio da Virgem, os apóstolos pegaram o corpo e o levaram a um sepulcro novo, no Vale do Cedron, perto da gruta da traição, no terreno do Getsêmani.

Lendo os apócrifos, ficamos sabendo o lugar da sepultura da Virgem: “Os apóstolos transportaram o leito e depuseram o seu corpo santo e precioso em um túmulo novo do Getsêmani; e um perfume delicioso se espalhou a partir do sagrado túmulo da Nossa Senhora Teotóco. Por três dias, ouviram-se vozes de anjos invisíveis que glorificavam Cristo, Deus nosso, nascido dela. Depois do terceiro dia, as vozes não foram mais ouvidas: todos, então, compreenderam que o puro e precioso corpo dela havia sido transportado para o paraíso”.

Em uma versão do Trânsito da Virgem do século V, em siríaco, lemos: “Nesta manhã, peguem a Senhora Maria e vão para fora de Jerusalém, na via que leva ao vale principal do outro lado do Monte das Oliveiras. Eis que lá há três grutas: uma ampla externa, depois outra interna e uma pequena câmara interna com um banco elevado de argila na parte leste. Vão e ponham a Bem-aventurada sobre aquele banco e coloquem-na lá e sirvam-na até que eu diga”.

Segundo a tradição, a Virgem Maria foi sepultada nos arredores da torrente Cedron, não muito longe do campo do Getsêmani. Aqui surgiu, desde o primeiro século, uma veneração especial por um túmulo novo, entalhado na rocha, onde os apóstolos tinham deposto o corpo da Mãe de Deus. Posteriormente, o lugar foi transformado em uma igreja rupestre (século IV). Ela foi consagrada à Mãe de Deus pelo bispo Juvenal de Jerusalém, depois do Concílio de Calcedônia, em 451.

Em 490 d.C., o imperador Maurício quis edificar uma nova igreja de planta redonda (como a da anastasis para o túmulo de Cristo) sobre a primeira igreja, que se tornou, assim, a cripta que conservava o santo túmulo (vazio) da Virgem.

A recordação do lugar foi conservada pela devoção dos fiéis que celebravam ali, com ritos solenes, a memória do trânsito e da assunção de Maria ao céu. Devemos a data de 15 de agosto, provavelmente, ao dia da dedicação da igreja do Kathisma (= pausa, parada), no caminho para Belém. Depois do Concílio de Calcedônia, talvez, também por problemas entre as duas Igrejas (uma fiel ao Concílio de Calcedônia, a outra, não), no Kathisma, a festa era antecipada para o dia 13 e, no Getsêmani, para o dia 15 de agosto.

A igreja edificada pelo imperador Maurício foi destruída antes da chegada dos cruzados.

O sepulcro de Maria

Os beneditinos, em 1112-1130, abriram um novo acesso à cripta e ali edificaram uma terceira igreja com um monastério adjacente. Ela foi destruída por Saladino depois de 1187, mas poupou a cripta e o túmulo para a veneração que a religião islâmica tem em relação a Maria, venerada como a mãe do profeta Jesus.

O abade russo Daniel, peregrino à Terra Santa em 1106, recorda: “O sepulcro da santa Mãe de Deus (…) é uma pequena gruta escavada na pedra, que tem portinhas tão pequenas que um homem deve se curvar para entrar. Dentro da gruta, de frente para as portinhas, não há como que um banco esculpido na pedra da gruta, e, naquele banco, foi posto o corpo venerável”.

Para venerar o sepulcro da Virgem, desce-se uma longa escadaria que leva à cripta. Depois da inundação de 1972, o padre franciscano Bagatti estudou o local, chegando a afirmar que o túmulo da Virgem faz parte de um lugar sepulcral em uso no século I d.C.

O túmulo venerado corresponde às indicações contidas nos apócrifos. Ela se eleva de 1,60 a 1,80 metros e apresenta duas aberturas, uma a norte e outra a oeste. São as portas atuais pelas quais passam os devotos para entrar. O túmulo de Maria tem todas as características de um túmulo do primeiro século, embora os cruzados tenham embelezado o banco rochoso, que apresenta quatro restos de decorações que se sucederam umas às outras entre os séculos IV e XII.

A “dormição” de Maria

Sobre a dormição, os apócrifos são fortemente marcados pelo período histórico, pelas diferenças das várias comunidades (Jerusalém – Belém), pelas heresias, pelo culto, pela devoção, pelo ambiente judaico, elementos que constituíram os seus relatos. Na maioria dos casos, os escritos respeitam uma espécie de pista comum: Maria morreu de morte natural (descartando, assim, tanto o martírio quanto a imortalidade, seguida ou não pela ressurreição); os apóstolos chegam, todos, milagrosamente ao leito da Virgem em Jerusalém, à qual um mensageiro celeste havia anunciado a proximidade da morte; o temor de Maria ao se aproximar da morte; a intervenção hostil dos judeus à sua sepultura; a assunção gloriosa do corpo da Virgem ao céu.

Através dessas narrativas, a nascente comunidade cristã quis reafirmar a sua fé em Jesus Cristo nascido de Maria Virgem.

O que lemos no “Transitus Romanus”

A dormição da Virgem é assim descrita: “Enquanto Pedro falava e confortava as multidões, chegou a aurora, e despontou o sol. Maria se levantou, saiu, recitou a oração que o anjo lhe havia dado e, depois da oração, estendeu-se no leito e levou a termo a sua economia (…). O Senhor a abraçou, levou a sua alma santa, pô-la entre as mãos de Miguel” (Transito R, 32.34) [1].

Depois desses fatos prodigiosos, o texto do trânsito descreve a procissão fúnebre do corpo da Virgem, do Sião ao Getsêmani. Os apóstolos saem cantando “Israel saiu do Egito, aleluia”, enquanto uma grande luz envolve toda a cidade de Jerusalém. Os sumos sacerdotes do templo, ouvindo o barulho, saem cheios de ódio e querem queimar o corpo da Virgem, “o corpo que trouxe aquele sedutor”. Mas os anjos cegam a todos, exceto o sumo sacerdote Jefonias.

Aqui, o trânsito quer demonstrar a superioridade da comunidade cristã sobre a judaica, fazendo a fé em Jesus Cristo ser confessada pelo sumo sacerdote: “Jefonias se aproximou dos apóstolos e, quando os viu carregando o leito coroado, cantando hinos, ficou cheio de raiva e disse: ‘Eis quanta glória recebe hoje a morada daquele que despojou a nossa estirpe!’. E, cheio de raiva, dirigiu-se ao leito, com a intenção de derrubá-lo. Tocou-o no ponto onde se encontrava a palma: logo as suas mãos se colaram ao leito, foram truncadas nos cotovelos e ficaram suspensas no leito” (Transitus R, 39).

Jefonias, então, pediu a graça da cura aos apóstolos, que o convidaram a fazer a profissão de fé. Pedro – continua o relato – fez parar o leito com o corpo de Maria, e o sumo sacerdote fez a profissão de fé: “No nome do Senhor Jesus Cristo, filho de Deus e de Maria, pomba imaculada daquele que está escondido na sua bondade, que as minhas mãos se unam sem defeito! E, logo, tornaram-se como eram antes” (Transitus R, 43).

Seria, depois, Jefonias que anunciaria à multidão aos prantos em Jerusalém o prodígio da Virgem: “[Jefonias] tomou a folha [a palma], falou-lhes da fé, e aqueles que creram recuperaram a visão”.

A narrativa do Trânsito encerra-se com a assunção da Virgem Maria. Os apóstolos, depois de terem deposto o corpo no sepulcro novo, viram chegar o Senhor Jesus: “Eis, descido dos céus, o Senhor Jesus Cristo com Miguel e Gabriel (…). O Senhor disse a Miguel para elevar o corpo de Maria sobre uma nuvem e transferi-lo para o paraíso (…). Tendo chegado ao paraíso, depuseram o corpo de Maria sob a árvore da vida. Miguel levou a sua alma santa, que depuseram no seu corpo” (Transitus R, 47-48).

O símbolo da palma

Para alguns autores, os trânsitos podem ser divididos em duas grandes famílias: aqueles em que se menciona a palma (sinal da glória de Deus) que Maria recebeu de Deus, e aqueles do anúncio da Dormitio em Belém com um aspecto mais litúrgico.

É interessante notar como o símbolo da palma acompanha Maria até a sua glorificação.

A palmeira, com as suas folhas verdes, é símbolo da vida, que nada pode destruir. Pela sua altura, profundidade e flexibilidade, é também símbolo de beleza, elegância, graça, estabilidade. O justo que, radicado na Palavra se eleva ao alto, para Deus (Sl 93, 13), é como uma palmeira verdejante. No Evangelho de João, a palma indica a vitória de Jesus sobre a morte e a sua ressurreição. No Apocalipse, recorda o triunfo dos mártires (Ap 7, 9).

Na estrada que vai de Jerusalém a Belém, na terceira milha, estão os restos de uma antiga igreja octogonal chamada “do Kathima” (o repouso da Virgem), os mosaicos encontrados estão todos ao redor e dentro da Igreja. Entre eles, um é de particular importância e beleza: a palmeira com as tâmaras.

No Evangelho apócrifo do Pseudo-Mateus, narra-se a sagrada família voltando do Egito. Em um certo momento, Maria pede para repousar um pouco à sombra de uma alta palmeira, desejando comer as frutas. José, respondendo, diz: “Admiro-me que tu digas isso e que, vendo o quão alta é esta palmeira, penses em comer os frutos da palmeira. Eu, ao contrário, penso na falta de água: ele já veio a faltar nos odres, e não temos onde nos refocilar, nós e os jumentos. Então, o menino Jesus, que, com o rosto sereno, repousava no colo de sua mãe, disse à palmeira: ‘Árvore, dobre os teus ramos e restaura, com o teu fruto, a minha mãe’. Ao ouvir essas palavras, a palmeira logo curvou a sua copa até os pés da bem-aventurada Maria, e recolheram dela os frutos com os quais todos se refocilaram. (…) Jesus disse: ‘Palmeira, levanta-te, toma força e sê companheira das minhas árvores que estão no paraíso do meu Pai. Abre com as teus raízes a veia de água que está escondida na terra, para que dela fluam águas para a nossa saciedade’. Logo ela se ergueu e, da sua raiz, começou a brotar uma fonte de águas limpidíssimas e extremamente frias e claras” (Evangelho do Pseudo-Mateus 20, 1-2).

No Alcorão, a palmeira é citada na sura 19 a propósito do nascimento de Jesus: “Não fiques triste. O teu senhor fez jorrar uma fonte aos teus pés. Sacode perto de ti o tronco da palmeira, que fará cair sobre ti tâmaras frescas e maduras. Come, bebe e alegra-te” (Sura 19, 25-26).

De acordo com P. Manns, o símbolo da palmeira que abre o apócrifo do trânsito da Virgem, junto com outros símbolos, como as nuvens, a lâmpada e o perfume, remete à festa de Sucot, a festa judaica das cabanas.

Todos esses símbolos podem ser associados à festa judaica de Sucot.

Para o profeta Zacarias (14, 16), será no Monte das Oliveiras que os sobreviventes das nações, que fizeram a guerra contra Jerusalém, se reunirão para celebrar a festa das cabanas.

Relendo os apócrifos, os apóstolos, quando levam o corpo de Maria ao Vale do Cedron, cantam o Halel, o salmo que é cantado para as grandes festas judaicas.

A festa das cabanas é apresentada como festa de ressurreição, e Filão de Alexandria afirma que a festa é esperança da imortalidade. Se o simbolismo for aceito, o sentido do apócrifo, de acordo com Manns, seria: “Maria celebra a sua última festa das cabanas sobre o Monte das Oliveiras. O simbolismo judaico de tal festa ilustrava bem o sentido da sua morte e a sua fé na ressurreição. Em outras palavras, significa que a fé na assunção de Maria remonta aos judeu-cristãos de Jerusalém. Os judeu-cristãos estavam bem preparados para aceitar a assunção de Maria, porque, do judaísmo, tinham herdado a fé de que Miriam, irmã de Moisés, não tinha conhecido a corrupção do túmulo” [2].

Notas:

1. Transito R está para romanus. Cf. L. Moraldi (org.). Apocrifi del Nuovo Testamento. Turim: I, Utet, 1971, p. 807-925.

2. F. Manns. Scoperte archeologiche e tradizioni antiche sulla Dormizione e Assunzione di Maria. In: G. C. Moralejo; S. Cecchin (org). L’assunzione di Maria Madre di Dio: significato storico-salvifico a 50 anni dalla definizione dogmática. Atas do 1º Forum Internazionale di Mariologia, Roma, 30-31 out. 2000, Cidade do Vaticano, 2001, p. 181.