CARTA DE IR. MICAELA MONETTI, SUPERIORA GERAL, SOBRE A SITUAÇÃO DAS NOSSAS IRMÃS NA UCRÂNIA

Com uma carta interna para toda a Congregação, a Ir. Micaela Monetti, superiora geral das Pias Discípulas do Divino Mestre, relata como está a Família Paulina presente naquele país e como estão sendo testemunho profético neste momento de dor para aquela nação. Ela motiva a nos unir em oração pela paz.

Leia a carta na íntegra:

Roma, 26 de fevereiro de 2022

Queridas Irmãs, Jovens em formação e Amigos/Amigas do Divino Mestre,

quinta-feira passada 24 de fevereiro, assistimos impotentes à invasão militar da Rússia na Ucrânia, república europeia na qual estão presentes duas pequenas comunidades Paulinas: as Pias Discípulas do Divino Mestre, missionárias polonesas que vivem em Chmel’nyc’kyj, cidade situada na região da Podólia na Ucrânia ocidental, e a Sociedade São Paulo com uma bela missão evangelizadora em L’viv, ou seja, Leópolis, uma cidade da Ucrânia ocidental distante cerca de 70 km da fronteira com a Polônia.

As Irmãs da nossa comunidade estão bem conscientes da gravidade da situação e da imprevisibilidade da evolução do conflito armado. Porém, estão determinadas a permanecer na Ucrânia para continuar a ser uma presença de esperança, oração e solidariedade com a população ucraniana: as famílias, a vida religiosa e as comunidades católicas.

Em resposta aos apelos do Episcopado Ucraniano e das organizações humanitárias internacionais, abriram a casa para acolher fugitivos que precisam de hospitalidade em zonas mais seguras.

Estamos constantemente em contato com elas. No momento estão bem e esperam, como todos nós, que retorne logo a paz e a tranquilidade. Agradecemos a oração e a comunhão que infunde coragem e esperança

Estamos certas de que cada comunidade já se programou para a participação do dia de oração e jejum promovido pelo Papa Francisco, para o próximo 2 de março, com a intenção especifica de implorar paz para a Ucrânia e para a Rússia: infelizmente, as vítimas destas terríveis decisões políticas são na maioria os jovens, de ambas as Nações em conflito.

Pela solidariedade, aprendida na frequentação amorosa e quotidiana da Eucaristia, Pão de Vida para o mundo, fazemo-nos espiritualmente responsáveis pelas famílias, pelos idosos e as crianças e por todos aqueles que pagam o mais alto preço desta tragédia imensa e invocamos paz.

___________________________________

Sr. M. Micaela Monetti, superiora geral

Encerramento do Ano bíblico da Família Paulina no Brasil no Santuário Nossa Senhora Aparecida

Em romaria ao Santuário Nacional de Aparecida, no dia 21 de novembro, Solenidade de Cristo Rei do Universo, a Família Paulina do Brasil celebrou o encerramento do Ano Bíblico, um ano dedicado à Palavra de Deus, com o tema “Para que a Palavra do Senhor se espalhe rapidamente” (2Ts 3,1).

A celebração foi presidida por Dom Orlando Brandes, arcebispo da Arquidiocese de Aparecida, e concelebrada por alguns presbíteros paulinos e diocesanos que estavam em romaria com seus paroquianos. Neste dia de graça para a Família Paulina em Aparecida, contamos com a presença e participação de 40 membros, representando as Congregações, Institutos e Cooperadores da Família Paulina.

Durante a homilia, Dom Orlando Brandes enfatizou: “A Festa de Cristo Rei é cristificar a nossa vida. Hoje, estão aqui os Padres Paulinos, as Irmãs Paulinas, a Família Paulina e o fundador dos Paulinos, o Beato Alberione. grande lema que ele escolheu de todas as cartas de São Paulo foi ‘Até que Cristo seja formado em nós’. Isto é deixar Cristo ser Rei desde o pé até o fio de cabelo. Rei dos meus pensamentos, Rei dos meus afetos, Rei da minha vontade, Rei da minha memória, Rei de todo o meu ser. A ponto que Paulo dizia: ‘Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim’. Então, cuidar da natureza, pé na missão e cristificar-se é a grande espiritualidade deste dia de Cristo Rei. Irmãos e irmãs, hoje o nosso santuário se reveste de tamanha alegria, pois vocês estão aqui representando a grande Família Paulina, concluindo em honra de Cristo Rei um Ano Bíblico em todo o Brasil, desde a choupana até o arranha céu. Cristo Rei da choupana que se torna um santuário e Cristo Rei nos arranha-céus, porque lá nós também precisamos evangelizar. Esta Família Paulina, fundada pelo Beato Tiago Alberione, celebra também 50 anos do falecimento desse, a respeito de quem o papa Paulo VI disse: ‘Você, Alberione, é a maravilha deste século, porque você criou padres e irmãs para a comunicação’. E comunicação que leva o Cristo Rei. Tu, Alberione, fundaste as Irmãs Pia Discípulas para cuidarem de Cristo Rei na liturgia. Tu és a maravilha, Tiago Alberione, porque criaste as Irmãs Pastorinhas que estão lá junto do povo, na ferida do povo, levando as escrituras para que através das Escrituras. Cristo Rei nos transforme em discípulos e missionários. E ainda criaste as Irmãs Apostolinas que cuidam das vocações. Cá entre nós, não é realmente uma das maravilhas deste século? Até porque o papa disse também:’ Você, Tiago Alberione, você é o Paulo vivo no dia de hoje’. Eu quero dizer aos Paulinos e Paulinas: vocês são Paulo vivo na Igreja de hoje!”

Nossa gratidão a Dom Orlando por todo o carinho e admiração à Família Paulina. Também queremos agradecer aos Missionários Redentoristas na pessoa do Reitor, o Pe. Eduardo Catalfo, pela belíssima acolhida da Família Paulina no santuário.

Foi um ano, de fato, para perscrutarmos e fazer com que a Palavra corresse e se espalhasse rapidamente. Nossa gratidão à Comissão Central de Roma por todo empenho e dedicação aos conteúdos compartilhados conosco. Nossa gratidão a toda Família Paulina do Brasil, que acompanhou e viveu intensamente esse ano dedicado à Palavra, através de cada iniciativa promovida pela Comissão Nacional.

Agradecemos aos provinciais pelo apoio e dedicação ao longo da vivência deste Ano Bíblico. Que o tema do Ano Bíblico nos impulsione ainda mais a continuar espalhando a Palavra. Agradecemos a Comissão Nacional pelo empenho e dedicação na vivência deste ano Bíblico aqui no Brasil.


Ir. Elivânia Santos, fsp

Click no link para assistir a missa: https://www.youtube.com/watch?v=svcfmVZxa0s

Profissão Perpétua de Ir. M. Natali Santos Bertoso

À alegria deste 33º Domingo do Tempo Comum, juntamos a ação de graças pelos votos definitivos de nossa querida irmã M. Natali. O lema da Profissão Perpétua de Ir. M. Natali é: “Tua Palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho” Sl 119,105.

A celebração foi presidida pelo Pe. Joaquim de Souza Filho, padre da Diocese de Jundiaí. Recebeu os votos a Ir. Marilez Furlanetto, superiora provincial e, na celebração estavam presentes as Irmãs Pias Discípulas das comunidades de São Paulo, além de algumas pessoas da paróquia local, Jesus de Nazaré, que auxiliaram no canto e na gravação da celebração. A Missa foi transmitida ao vivo pelo canal do Youtube da Congregação no Brasil.

Ir. M. Natali entrou na comunidade de Olinda em fevereiro de 2008 e, em 10 fevereiro de 2013, depois de cinco anos de formação em Cabreúva e Caxias do Sul, fez seus primeiros votos. Nos anos seguintes, depois dos primeiros votos partilhou da nossa vida e missão nas comunidades de Taguatinga, Olinda, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2020, foi à Roma se preparar para renovar o seu sim e ser confirmada por Deus definitivamente entre as Pias Discípulas.

Link da gravação da Celebração dos Votos Perpétuos de Ir. M. Natali Santos Bertoso

Após a Celebração, a comunidade Jardim Divino Mestre ofereceu um jantar a todos os presentes.

Esta celebração preparada com todo carinho, marcou a sua caminhada com seu sim generoso e feito, agora, para toda a vida. Que a alegria da Ir. M. Natali anime todas nós, suas irmãs, e seja de alegria também para a sua família.

COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS: RECORDAÇÃO DE TODOS E TODAS DA FAMÍLIA PAULINA NO BRASIL QUE ESTÃO EM DEUS

Texto: Pe. Antônio Lúcio, SSP

Estamos no início do mês de novembro: mês dedicado aos Falecidos. De modo especial no dia 2, recordamos com saudades todos os nossos mortos: familiares, parentes, amigos, conhecidos, coirmãos de Congregação e membros da Família Paulina. Portanto, esse mês é um tempo propício para uma séria revisão de nossa vida. Não basta viver um dia após o outro, faz-se necessário viver bem cada dia. Nossa meta seguramente é viver eternamente junto de Deus. Para que isso aconteça, basta cumprirmos a sua vontade a nosso respeito. Certamente o que ele espera de cada um de nós, é que sejamos a sua presença no mundo. Onde quer que estejamos, com quem estejamos, fazendo o que fizermos, vivendo o que vivermos… que ele seja reconhecido em nós. Como? Através dos nossos gestos, das nossas palavras, das nossas ações, dos nossos sentimentos, do nosso julgar, do nosso pensar, do nosso viver… Finados não é um dia para explicar a morte, mas bem mais um dia para refletirmos sobre a vida: a minha vida e a sua vida!

Penso ser oportuno recordar as palavras do saudoso Rubem Alves, mineiro e educador, falecido no dia 19 de julho de 2014, em Campinas (SP), com um breve trecho de uma carta sua inédita: “Sou grato pela minha vida. Não terei últimas palavras a dizer. As que tinha para dizer, disse durante a minha vida. Recebi muito. Fui muito amado. Tive muitos amigos. Plantei árvores, fiz jardins. Construí fontes, escrevi livros. Tive filhos, viajei, experimentei a beleza, lutei pelos meus sonhos. Que mais pode um homem desejar? Procurei fazer aquilo que meu coração pedia”.

E baseando-me no mesmo Rubem Alves prossigo a nossa reflexão. Certa feita perguntaram-lhe: “O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define?” Ele respondeu de supetão: “Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: ‘Morrer, que me importa? (…) O diabo é deixar de viver’. A vida é tão boa! Não quero ir embora…”.

E ele comenta uma pergunta de sua filha: “Eram 06h00. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: ‘Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?’. Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: ‘Não chore, que eu vou te abraçar…’ Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade”.

E com as palavras do Bem-aventurado Tiago Alberione, peçamos com fé: Ó Jesus misericordioso, pela vossa dolorosa paixão e pelo amor que tendes a mim, rogo-vos que perdoeis todo o mal que cometi e as consequências dos meus inúmeros pecados nesta e na outra vida. Concedei-me espírito de contínua conversão, delicadeza de consciência, ódio ao pecado e disposições necessárias para receber as indulgências. Proponho-me acompanhar com a oração, sempre que possível, os que passam desta vida à eternidade. E vós, Bondade infinita, infundi-me sempre maior fervor a fim de que, um dia, livre dos vínculos do corpo, possa contemplar-vos face a face, para sempre, no céu”.

Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno, e a luz perpétua os ilumine; descansem em paz. Amém.

Ato heroico de caridade

    Meu Deus, para a vossa maior glória, em união com os merecimentos de Jesus e de Maria, eu vos ofereço e cedo em favor dos defuntos todas as minhas boas obras, e todos os sufrágios que receberei depois da morte. Disponde tudo segundo a vossa vontade.

Abraço com afeto,

            Pe. Antônio Lúcio, ssp

Secretário Provincial

São Paulo, 2 de novembro de 2021

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

Para que a Palavra do Senhor se espalhe rapidamente

Neste 1º de Novembro de 2021, a Família Paulina de todo o mundo é convidada a voltar seu olhar para Roma. As relíquias do Bem-Aventurado Pe. Tiago Alberione será trasladada da Sotto Cripta para o Santuário Rainha dos Apóstolos, em Roma.

Confira toda a programação deste mês de novembro para a Família Paulina que marca a conclusão do Ano Bíblico:

Cronograma de transferência de relíquias do Bem-Aventurado Tiago Alberione e Festa Litúrgica no 50º aniversário do seu Dies Natalis

1 a 26 de novembro de 2021

• 1º de novembro, 13h00 (horário de Brasília):

Santa Missa e transferência da urna do Bem-Aventurado Pe. Tiago Alberione ao Santuário de Maria Rainha dos Apóstolos, em Roma; presidido pelo Card. Vigário Angelo De Donatis (ao vivo online).

• 2, 3 e 4 de novembro:

– 12h00 (horário de Brasília): Tríduo de agradecimento pela presença da urna do Bem-Aventurado Alberione no Santuário de Maria Rainha dos Apóstolos, em Roma.

– 13h00 (horário de Brasília): Santa Missa (ao vivo online).

• 2 a 23 de novembro:

Peregrinação da relíquia do Bem-Aventurado Alberione nas comunidades da Família Paulina de Roma e das Colinas Albanas

• 3, 10, 17, 24 de novembro:

#incontripaolini dedicado ao Beato Giacomo Alberione

(No dia 24/11, participa a Ir. Laíde Sonda, pddm, do Brasil)

• 23, 24 e 25 de novembro:

– 12h00 (horário de Brasília): Tríduo de oração em preparação à festa do 50º aniversário do Dies Natalis do Fundador, no Santuário de Maria Rainha dos Apóstolos, em Roma

– 13h00 (horário de Brasília): Santa Missa (ao vivo online)

• 25 de novembro:

Audiência concedida pelo Papa Francisco aos Governos Gerais da Família Paulina e representantes dos Institutos Paulinos e Cooperadores Paulinos

• 26 de novembro:

Festa litúrgica do Beato Alberione e encerramento do Ano Bíblico da Família Paulina

– 3h30: Oração de encerramento do Ano Bíblico da Família Paulina – “Compi la tua opera di annunciatore” (ao vivo online) – pela equipe do Ano Bíblico da Família Paulina

– 10h00: Webinar internacional dedicado ao tema “O estudo das Escrituras: a contribuição da Liturgia” – pela equipe do Ano Bíblico da Família Paulina

– 12h00: Inauguração do Museu Dom Alberione na Casa Geral da Sociedade de São Paulo: Participa o Card. Marcello Semeraro

– 13h00: Santa Missa no Santuário de Maria Rainha dos Apóstolos: presidida pelo Card. Marcello Semeraro (ao vivo online)

Para informação:

Postulador Geral da Família Paulina
Sociedade de São Paulo
Via A. Severo, 58 00145 Roma
Tel: 06.597861
Email: posgen@paulus.net

PDDM: 65 ANOS DE BRASIL

Pias Discípulas do Divino Mestre: 56 anos de presença no Brasil

A fundação das Pias Discípulas deu-se no dia 26 de julho de 1956, com a chegada ao Brasil de um grupo de seis Pias Discípulas. Pe. João Roata, ssp, Mestre Dolores, fsp, e outras Paulinas receberam as Irmãs fundadoras, que logo iniciaram a vida e missão no Brasil com a adoração eucarística e o serviço sacerdotal no Seminário da Pia Sociedade de São Paulo.

Ir. Paulina de Luca

As irmãs que chegaram neste dia 26 de julho se juntaram a Ir. Paulina de Lucca, que havia vindo ao Brasil no dia 1º de fevereiro de 1956. Ela havia nascido em São Carlos do Pinhal, SP. Poucos meses depois de seu nascimento, seus pais, migrantes, retornaram para a Itália. Lá Ir. Paulina de Lucca cresceu, estudou e provavelmente terá se sentido bem mais italiana que brasileira. Aos 18 anos, ingressou na Congregação. Sua família retornou ao Brasil. Havia 30 anos que não via seus pais. Assim, vir antes foi uma preparação importante para a chegada das primeiras em terras brasileiras, mas foi uma possibilidade dela rever os pais.

Apesar de nunca ter expressado o desejo de rever os pais, o Fundador, Bem-Aventurado Tiago Alberione a enviou primeiramente a revê-los. A saúde deles já estava debilitada e isto foi importante.

Ir. M. Salvatoris Lucia Rosa, Ir. M. Modesta Santina Grotto, Ir. M. Giancarla Catarina Barale, Ir. M. Pasquina Romano, Ir. M. Fabiana Giuseppa Lucido, Ir. M. Paolina Margharita De Lucca e Ir. M. Venerina Vaccarisi, saíram no dia 09 de julho de 1956, do Porto de Gênova, no navio “Conte Grande” para o porto de Santos/SP. No dia 26 de julho de 1956, as Pias Discípulas foram acolhidas com prolongado toque de sino, na casa das Filhas de São Paulo. Depois passaram a morar no Seminário Paulino.

Irmãs no porto de Gênova: Tecla Molino, Fabiana, Salvatoris, Madre Lucia, Pasquina, Giancarla, Modesta e Venerina.

Ir. Marilez Furlanettto, atual provincial PDDM no Brasil, assim se expressa: “A elas e a todas as que nos antecederam, nosso reconhecimento e estima, porque souberam acolher e fazer frutificar as graças e bênçãos que o Senhor derramou em cada uma das pequenas ou grandes ações realizadas com amor e por amor a Deus que é fiel em suas promessas”.

De fato, celebrar 65 anos nos enche de gratidão por este caminho de fé, doação e amor a Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida. Ainda, Ir. Marilez motiva:

O Senhor nos conduziu ao longo destes 65 anos, iluminando nossos passos e enviando pessoas generosas que muito contribuíram como amigos, benfeitores, colaboradores e cooperadores Amigos/as do Divino Mestre, para a expansão da Congregação no Brasil e desenvolvimento da Missão. Temos a certeza que Ele está conosco e quer continuar nos mostrando o caminho. Deixemo-nos guiar pela sabedoria divina e acolhamos os “sinais dos tempos,” que na atual situação nos desafiam a redesenhar nossas presenças e a entrar na dinâmica da solidariedade, como nos orienta o Papa Francisco na Carta Encíclica Fratelli tutti: A solidariedade manifesta-se concretamente no serviço, que pode assumir formas muito variadas de cuidar dos outros. O serviço é, «em grande parte, cuidar da fragilidade. Servir significa cuidar dos frágeis das nossas famílias, da nossa sociedade, do nosso povo». Nesta tarefa, cada um é capaz «de pôr de lado as suas exigências, expetativas, desejos de omnipotência, à vista concreta dos mais frágeis (…). O serviço fixa sempre o rosto do irmão, toca a sua carne, sente a sua proximidade e, em alguns casos, até “padece” com ela e procura a promoção do irmão. Por isso, o serviço nunca é ideológico, dado que não servimos ideias, mas pessoas». Peçamos que Jesus Mestre e Pastor continue chamando pessoas que desejam abraçar a causa do Reino de Deus. E assim podermos levar a Boa notícia do Evangelho para que todos tenham vida e vida em plenitude. Desejamos caminhar na comunhão e servir na alegria. 

Padre Tiago Alberione escreveu às Irmãs enviadas em Missão: “Páscoa de 1956. Felicitações e orações. Peço a Deus que a solenidade destes dias proporcione aumento de graças, luzes, merecimentos e alegrias. Abençoo cada um dos vossos nomes. O Divino Mestre vos dará outra casa, se fordes fiéis. Rezo pelas vocações; mas muito cuidado na escolha das mesmas. Amor a Jesus Hóstia!”.

Nossas Irmãs foram memória viva dessa herança carismática. O Divino Mestre tornou-as fiéis, fecundas na fé e na esperança, e os frutos foram abundantes. Gratidão eterna a Deus por sua bondade e às Irmãs pela generosa doação no grande desafio dos inícios de chegada na Terra de Santa Cruz.

Pias Discípulas: contexto sociocultural e eclesial na chegada, em 1956

Como as demais congregações paulinas vindas para o Brasil, as Pias Discípulas se instalaram em São Paulo, na capital. A população era predominantemente italiana, portuguesa e japonesa. Na época, o fenômeno da urbanização marcava a cidade de São Paulo, que buscava responder aos imensos desafios urbanos e das culturas emergentes. Dominava a migração nordestina.

No quarto centenário (1954) da cidade de São Paulo, o Estado de São Paulo possuía catorze Dioceses e a população da Arquidiocese ultrapassava três milhos de habitantes – o que a colocava como a maior do Brasil e da América do Sul. Em 1955, deu-se a fundação da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por iniciativa de Dom Hélder Câmara.

A Igreja recebeu forte impulso do CELAM (Conselho Episcopal Latino Americano), cuja fundação deu-se também em 1955.

Deste contexto emergem:

  • Redescoberta da dimensão social da fé, ensaio da nova presença da Igreja na sociedade.
  • Experiência de fé no contexto do compromisso laical, Ação Católica e Movimentos: ACO (Ação Católica Operária); JOC (Juventude Operária Católica) – JUC (Juventude Universitária Católica).
  • Emergência das classes populares: plano de pastoral de conjunto com forte sentido de participação, planejamento e descentralização do poder.

As Pias Discípulas foram acolhidas oficialmente pelo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, na pessoa de Dom Paulo Rolin Loureiro, bispo auxiliar e vigário geral do Arcebispado.

Mensagem Final 2021 do 38° ENCONTRO DOS GOVERNOS GERAIS DA FAMÍLIA PAULINA

OS LEIGOS NA FAMÍLIA PAULINA PARA A MISSÃO
D
ESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO EM TEMPO DE PANDEMIA

Caros irmãos e irmãs da Família Paulina,

na conclusão do 38ª Encontro de Governos Gerais, nos unimos a vocês para compartilhar um  pouco da riqueza recebida nesses dias[1]. Devido ao distanciamento físico imposto pela pandemia em curso, pela primeira vez em 38 anos este encontro foi vivido de forma inovadora. Não só pela utilização da plataforma digital Zoom, mas sobretudo graças à numerosa e variada presença de Delegados dos Institutos agregados e de irmãos e irmãs Cooperadores Paulinos. Com efeito, a participação internacional alargou os limites desse encontro de Família, concretizando a visão do Bem-aventurado Tiago Alberione, quando nos recorda que “A nossa paróquia é o mundo”.

Compartilhamos, como links, alguns temas emersos das contribuições ouvidas. O primeiro link é viver o sofrimento, esse sofrimento coletivo infligido pela Covid-19, não apenas suportando-o mas questionando-o e deixando-se instruir como por um mestre de vida. Aprender, como discípulo, é a atitude característica de quem vive com o olhar em Jesus, Caminho, Verdade e Vida, e se relaciona com ele como o único Mestre, o belo e bom Pastor. Essa máxima, reafirmada pelo economista Stefano Zamagni, retomou a lição de vida que a pedagoga Chiara Scardicchio nos narrou. Estamos vivendo, paradoxalmente, um tempo de graça que nos oferece a oportunidade de redescobrir o que há de melhor em nós mesmos. Redescobrir a humildade como verdade, como aquele saudável “manter os pés no chão” para nos enraizar no que realmente importa. Exercitar a prudência para olhar distante com visão e parresia. E, enfim, estar atentos à arrogância de quem centraliza, perigo insidioso para os que têm responsabilidade de governo, deixando de cultivar a cultura da subsidiariedade, para caminhar cada vez mais solidários, em estilo sinodal.

Estamos todos na mesma tempestade, mas certamente não todos no mesmo barco: de fato, nem todos obtêm os mesmos resultados desta pandemia. A divisão social está aumentando perigosamente. É necessário manter desperta a consciência da interconexão social, política, econômica e humanitária. Surge assim o segundo link, entre a proposta do Prof. Stefano Zamagni e a visão delineada em linhas gerais pelo Presidente do Parlamento Europeu, Dr. David Sassoli, reiterando como a saída para esta emergência reside em procurar e assumir soluções comuns.

terceiro link encontra-se na recomendação de não abdicar da vocação paulina da estudiosidade, como amor ao estudo e à pesquisa, como coragem para produzir pensamento de qualidade que contribua para cultivar, em nós e ao nosso redor, o novo humanismo. Assim, reafirma-se a necessidade de dedicar tempo e energia à formação cultural para preencher o que foi destacado com preocupação: a perda de mestres.

As leituras críticas apresentadas nos abrem os olhos para a pobreza desenfreada de que pouco falam os meios de comunicação, mas que traz consigo consequências humanamente nefastas: as consequências da pandemia para a vida eclesial. Se a nível institucional os gestos e as palavras do Papa Francisco e de alguns sábios Pastores continuam a ressoar como um aviso profético, a nível pastoral nas Igrejas particulares está ocorrendo uma deriva alarmante. Certamente, pelo menos nas Igrejas ocidentais do Hemisfério Norte, as torres sineiras já ruíram há tempo, mas agora, devido à pandemia, está se evaporando a consciência de ser comunidade: povo reunido em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E as consequências estão à vista de todos: na vida sacramental, no campo educativo e agregativo, na vida paroquial. É tema sobre o qual também se concentrou o teólogo Marco Ronconi, embora sob outra perspectiva. A profunda busca de espiritualidade e de sentido que ressoou várias vezes nos fez abrir os olhos a esta dissolução da consciência de ser “ecclesia”, portanto comunidade, porque o Senhor reúne na mesma casa aqueles que são animados pelo mesmo Espírito. Eis o quarto link. A nós a escolha entre deixar o tempo escapar das nossas mãos como areia seca e estéril ou como semente de vida nova (cf. Thomas Merton).

Marco Ronconi também nos apresentou uma Igreja que há de vir, através de seu olhar laico, como batizado e, portanto, como nós e conosco, parte do povo de Deus. Nessa perspectiva popular, somos convidados a enfrentar a realidade como quem aprendeu acima de tudo a amá-la e não apenas a explicá-la ou a resolvê-la. Do mesmo modo, o teólogo liturgista Andrea Grillo, com leitura agradecida, positiva, do que se passa em nossas vidas e na manifestação pública e privada da fé cristã, nos ajudou a descobrir a dimensão sacramental daquilo que vivemos. Mãos, rosto, espaço tornaram-se globalmente mensagens de proteção à saúde, mas também experiência direta para resgatar a qualidade da relação humana, com Deus, com a criação e com os outros. Se a pandemia obriga a nos distanciarmos no espaço, fazemos nosso o axioma do Papa Francisco – “O tempo é superior ao espaço” – para redescobrir no distanciamento obrigatório novas oportunidades de relacionamento, em comunhão. Este é o quinto link.

sexto link emerso é o tema da vida adulta. Ele apareceu em todas as relações que ouvimos. Igreja, sociedade, jovens, política, cultura, espiritualidade precisam de crentes adultos, geradores, isto é, credíveis e capazes de autorizar outros a investir criativamente a herança recebida. Tal como Jesus Mestre nos ensina: quem perder a própria vida – quem não a guardar para si – por causa de mim e do Evangelho, a encontrará (cf. Mt 16,25), e terá vida plena e em abundância (cf. Jo 10,10).

A mesa redonda online – coordenada por Pe. Vito Fracchiolla, vigário geral dos Paulinos, e na qual participaram cinco Cooperadores Paulinos de diferentes Países: Christin Jezak (Estados Unidos), Rosane Manfro (Brasil), Lourdes Pechuela (Filipinas), Antonietta Rago (Itália) e Mireille Yav Manyong (R.D. Congo) – foi uma oportunidade muito eficaz para o diálogo e a escuta recíproca. Com responsável sentido de pertença à Família, solicitaram que se dê continuidade aos encontros para se conhecerem, se formarem e para participar na missão com projetos concretos.

Estamos conscientes de que a Família Paulina, presença eclesial formada por batizados que vivem a comum vocação cristã em diferentes estados de vida – laical, religiosa e ministerial ordenada – é desafiada a responder às novas questões que vão surgindo. É necessário ativar um corajoso processo hermenêutico para a atualização de um carisma particular em obediência ao Espírito de Deus e às questões dos homens e mulheres de hoje. A nós a tarefa de fazer bem as perguntas e de interceptar, sem muitos filtros interpretativos, as vozes de quem em toda parte busca a vida e a salvação, mesmo sem saber.

Somos gratos ao Senhor pelo que ele nos concedeu viver nesses dias e pela presença rica e significativa de todos. Agradecemos aos secretários gerais que prepararam o evento e a todos aqueles que o conduziram com calor humano, cortesia e profissionalismo.

Saudamos vocês com afeto, em Jesus Mestre.

Roma, 11 janeiro 2021

PARTICIPANTES DO
XXXVIII ENCONTRO DE GOVERNOS GERAIS DA FAMÍLIA PAULINA

_________________________
[1] As conferências estarão disponíveis no site www.alberione.org

Veja outras informações sobre este assunto neste link:

http://www.famigliapaolina.net/2021/01/13/messaggio-finale-del-xxxviii-incontro-dei-governi-generali-della-fp-online/

A Sagrada Escritura e o religioso

Meditação do Pe. Alberione aos Clérigos Paulinos no Ano Santo de 1933

Tendo chegado ao terceiro dia dos Exercícios é muito útil ver se nós já os começamos, e isso significa: ver se entramos apenas no horário dos Exercícios – e isso seria fácil – mas no espírito. Os Exercícios espirituais exigem, sobretudo, o exame de consciência: tanto mais na primeira parte na qual devemos conhecer a nós mesmos, para ver aquilo que na nossa vida necessita ser reformado. Têm por fim, os Exercícios espirituais, aquilo que Santo Inácio pôs no título do seu preciosíssimo livro: “Exercícios espirituais para vencer a si mesmo e para pôr ordem na própria vida, sem tomar decisões em base a alguma propensão que seja desordenada”. São Exercícios, isto é, são um conjunto de obras espirituais: exercícios de meditação, exercícios de oração exercícios de virtude: um conjunto de práticas disposta de modo que o homem possa vencer-se a si mesmo e, para o futuro, reordenar, reorganizar a sua vida sem miras humanas, mas somente tendo em vista a vontade divina, com o olhar da eternidade, do Paraíso. E nós já chegamos a isso:

“Vencer-se a si mesmo”? “Pôr ordem na própria vida”? Os Exercícios não se conhecem pela fidelidade ao horário, ainda que seja necessária, mas pela profundidade dos exames de consciência. Façamos, portanto, isso. Esta manhã vamos tratar um argumento que já temos considerado e sobre o qual já falamos outras vezes: A Sagrada Escritura. Ontem também já consideramos que o religioso, entre outras ajudas, tem a da Bíblia, a qual é luz para todos, mas especialmente é luz para os religiosos. Porque se Deus confiou à pobre humanidade um “pão” e uma “lâmpada”, o Pão Eucarístico e a Lâmpada Evangélica, “lâmpada ardente”, isto o fez especialmente para os religiosos.

1. O que é a Sagrada Escritura

Materialmente sabemos que ela é o Livro por excelência, que se compõe de setenta e dois livros, que seriam mais propriamente os capítulos de um mesmo livro, pois muitas vezes os livros sucessivo começam com “e”, quase como coligação: porque o autor, Deus, tendo terminado de escrever um capítulo, chamando, por assim dizer, outro amanuense, que é o escritor sacro, faz que escreva outro capítulo, como São Paulo que ditava sua carta ao primeiro escritor que se achava com ele, e, dependendo do lugar em que se encontrava, daí despachava suas cartas. Assim é a Sagrada Escritura.

A Escritura bem entendida é o livro divino, autor do qual é o Senhor, o qual endereçou esse livro aos homens tornando-se companheiro deles. E antes mandou que fosse guardado entre as coisas mais sagradas, com os pães da proposição, isto é, com o símbolo da Eucaristia, na Arca Santa. Mandou depois a Igreja guardá-lo, interpretá-lo e propô-lo ao povo. Então é Deus que o fez, é Deus que o guarda, e é o Espírito Santo que dá a luz e a força para interpretá-lo com sabedoria, do modo certo, como ele deve ser entendido. Os homens são instrumentos. Deus é o grande
Autor.

Ademais o que é a Sagrada Escritura para nós? Para nós é a fonte de tudo. O que quer dizer? Para nós é a fonte da Teologia dogmática, para nós é a fonte da Teologia moral, para nós é a fonte da Teologia ascética, para nós é a fonte da Teologia pastoral, para nós é a fonte da Teologia mística.

É a alma, é o espírito, é a autoridade, é a prática, é tudo nesses campos. Portanto, para nós não é um livro estranho, mas um livro que tem uma extrema, necessária, essencial conexão com o nosso estudo, aliás, forma a substância verdadeira da nossa ciência, a substância verdadeira do nosso estudo. Na prática, portanto, não podemos ter, em realidade, nenhuma ciência que não seja justa. A Bíblia é a ciência que Deus deu ao homem, escrita por Deus para nós: é a sua mente, o seu coração. E para o religioso o que é a Sagrada Escritura? Para o religioso a Sagrada Escritura é o livro de maior luz e de maior força […].

O Vigário de Jesus Cristo, a quem é dada uma sabedoria e dons extraordinários, é diretamente iluminado pelo Espírito Santo, também para iluminar e guiar os religiosos…

O Papa e a Escritura são luzes do religioso, as luzes propriamente ditas. E o Papa pega da Escritura e os religiosos devem ler a Escritura.

A Bíblia é o grande livro do religioso. Diríamos que é o livro de todos: sim, é o livro de todos. Mas se aos seculares, aos bons cristãos pode-se fazer um extrato das máximas lá contidas, o religioso deve assumi-la inteira, para que possa receber todo o espírito de Deus. Somente a Bíblia pode elevar o religioso à sua verdadeira altura, iluminá-lo no caminho especial que ele deve seguir para chegar à perfeição; e, na Bíblia, especialmente o Novo Testamento. E não basta: a Bíblia é para o religioso força. Quando alguém estiver desanimado [escolha] a leitura da Bíblia. Vós, à medida que fordes caminhando, tereis sempre necessidade de direção espiritual, e tomarão consciência disso; mas a direção espiritual não pode ser sempre a respeito dos mesmos pontos: não se pode chegar ao quarto ano de teologia e ainda ter que dizer: “Quando tiveres tentações, dize uma jaculatória”. Esse é um costume que já deve ter sido adquirido. Como no quarto ano primário temos certas matérias que não temos mais em teologia – isso é claro -, assim o religioso faz um curso teológico e precisa de ajudas que não pode encontrar senão na Sagrada Escritura. É, portanto, importantíssimo que o religioso diga: “Este é o meu livro”.

Por isso os religiosos dos primeiros tempos, os religiosos de verdadeiro espírito tinham todos grande tendência à Bíblia, à Sagrada Escritura. E no deserto os antigos Padres, e os Basilianos e os filhos de Santo Agostinho, e os seguidores de São Bento, e os discípulos de São Francisco de Assis… todos têm grande tendência, uma grande preferência a esse livro, que forma os heróis: porque dá uma mentalidade que é divina; dá uma virtude que é divina; dá um espírito, uma vida que é divina. Se vós não ledes Jesus Cristo, isto é seu Evangelho, e o grande Teólogo do Novo Estamento, São Paulo, que organizou os ensinamentos dispersos e dados quase ocasionalmente pelo Divino Mestre, o que podemos dizer? …Lendo um Santo secular, tendes um secular; mas vós tendes Jesus Cristo para imitar, Deus; e há certas virtudes que não se encontram senão em Jesus Cristo, em Deus, e elas são as virtudes religiosas: daquele que deve deixar tudo, daquele que deve submeter sua vontade, daquele que deve viver uma vida nova. Por consequência o vosso livro é a Sagrada Escritura. Quanto, portanto, nós deveríamos empregar de amor à Sagrada Escritura!

2. A Bíblia e o Apostolado

Passemos a considerar algo sobre a Bíblia e nós, isto é o Apostolado. A Bíblia, naquilo que se refere ao Apostolado, como já consideramos, é novamente a luz, o caminho e a vida. É a luz, porque todas as verdades as obtemos de lá… É o caminho, porque o que quereis praticar, o que quereis viver a não ser aquilo que Deus dá e no modo que Deus dá? Como quereis ter raciocínios que persuadem?

Santo Agostinho diz que raciocínios dos filósofos e humanos não persuadem. E São Paulo: “A minha palavra e a minha mensagem não se basearam em discursos persuasivos de sabedoria, mas sobre a manifestação do Espírito e da sua potência” (1Cor 2,4): e isso é a Bíblia. O nosso religioso com a leitura da Bíblia eleva-se a Deus: ele é o homem que se torna Deus11. O religioso que pega a Bíblia e a medita e depois a explica, é Deus que desce até ao homem para instruí-lo. E leva a lâmpada que é Deus, e leva o método que é divino, e leva a vida que é sobrenatural, presente nas páginas sempre vivas e têm a fragrância de todo perfume spiritual da Bíblia.

Portanto a Bíblia é tudo para o nosso Apostolado: luz, caminho ou método, e vitalidade. Não fiquem cavilando ou persuadindo, mas dizei simplesmente: “Ipse dixit”: isso disse Jesus, isso foi Deus que disse. E quem achais que vos ataque quando foi Deus que disse, quando repetis a palavra de Deus? A quem atacarão, a Deus? Nós somos a sua voz, nós somos os seus repetidores, nós somos os seus tipógrafos, nós somos seus mensageiros, seus agentes postais que entregam sua carta aos homens. O embaixador não merece castigo: ele tem a autoridade e a em virtude daquele que o mandou, isto é, por Deus e de Deus.

Bendito seja o Senhor, porque não devemos procurar argumentos subtilíssimos, sofismas humanos, requintes da eloquência profana, artifícios da retórica… Nós devemos dizer: “o Senhor disse” e é claro, e basta que repitamos a sua palavra.

Deus fez o coração humano e depois lhe deu sua palavra. Jesus via como é feito o coração do homem e adaptava sempre a palavra ao coração. Jesus via as necessidades dos homens, e dizia aquilo que aos homens convém. É como dizer: se um indivíduo fez a cabeça de um homem, fará para ele também o chapéu, ou melhor, modelará o chapéu à cabeça que já fez. Deus modela suas palavras ao coração do homem: porque quando se refere a palavra de Deus, chega-se logo ao coração e os livros que reproduzem a palavra de Deus, como são a Imitação de Jesus Cristo , os Exercícios Espirituais de Santo Inácio, os escritos de São Bernardo, de São Gregório Magno, etc., são lidos logo com avidez e cada pessoa sente como um instinto lá dentro. De consequência, eis o vosso livro.

3. Na vida prática

Venhamos à prática.
a) Primeiro pensamento: reparação. Reparemos se tivermos perdido nas classes primária ou ginasiais ou superiores tempos, minutos a leituras demasiado humanas, desconsiderando a palavra de Deus. Quando se começou a leitura do livro de Pellico, um menino disse: “Desde quando o senhor não lê mais aquele péssimo livrão…” Eis! A Escritura foi jogada fora como um péssimo livro, viram!?

Quantas vezes também por nós foi deixada de lado! O Pellico sentiu-se ferido e obrigado a reparar, ainda que naqueles momentos seu coração estivesse tomado por uma crise. Reparemos! E reparamos com dor, peçamos perdão. Examinai-vos também a respeito disso: chegareis a ser de verdade apóstolos da Imprensa e a lerdes bem a Bíblia. Reparemos! Reparemos com jaculatórias, com Comunhões, mas especialmente com o colocá-la, a Bíblia, em primeiro lugar, e, depois, lê-la todos os dias e adquirir o método para lê-la, como diremos daqui a pouco. Lê-la na visita. Que a Bíblia se torne o vosso livro. São Filipe Benizi dizia: “O Crucifixo: eis o meu livro”.

Vós dizei: “A Bíblia: eis o meu livro”.

b) Segundo: Ler a Bíblia com método. Qual método? Um dos três métodos: mas como vós já estais no Curso de Filosofia ou já o superaram, deixemos o método popular, que seria ler os livros históricos do Novo Testamento e depois os livros proféticos, e por último os livros sapienciais e morais: venhamos ao método vosso. Começai do Gênesis e chegai ao Apocalipse, na ordem que deu o Concílio de Trento: para vós é mais útil. Fazei, portanto, um bom plano, para ler a Bíblia: calculai bem, depois dividi pelo tempo que quereis empregar para lê-la… e, depois, à frente, com método, o vosso método, que é o de ver o desenvolver-se da Revelação: e, portanto, começai do Gênesis e vinde avante. Há entre vós alguns que têm muita memória, e até poderiam estudá-la; mas não fazei grandes propósitos! Dado que já haveis estudado muito da Bíblia, fixai aquelas partes que já haveis estudado.
Alguns aprendem até as canções dos melros e não quereis aprender a voz de Deus? E quem és tu que não conheces a voz de teu pai, e que conheces o canto dos melros e sabes imitar a voz do rouxinol? Já vos examinastes alguma vez a esse respeito? Durante os exames dos Exercícios podeis fazê-lo. Adotai um bom método, uma boa divisão.

c) Depois, continuando a prática, imprimi-la e difundi-la. Imprimi-la bem: quando há de verdade devoção à Sagrada Escritura, compõe-se bem, corrige bem, imprime bem, faz-se bem a brochura. O amor não é feito de sentimentalidade; o amor é feito de prática, de obras. Por consequência: procurai fazer tudo isso bem. Outro ponto: difundi-la. Sei que já se fez muito nesse ponto, e sei que se faz: isso está bem. Façamos de modo que a difusão seja sempre mais abundante e mais sapiente: não insisto tanto em encorajar, mas em fazer com amor e atenção.

Conclusão

E o que devemos dizer como conclusão? Como conclusão lembramos que quando o Anjo apareceu a Maria e a encontrou lá, recolhida, estava lendo a Escritura, pensava na Escritura. É belo para nós representar-nos Santa Ana que de fato ensinava a Maria a ler a Escritura. Gostamos de representar-nos Nossa Senhora que ensinava o menino Jesus a ler a Sagrada Escritura. Jesus sabia tudo porque é a Sabedoria de Deus, aquilo que a Sabedoria de Deus havia escrito na Bíblia; mas ele tornou-se semelhante a nós, porque, ainda que não tivesse nenhuma necessidade de estudar, ele queria crescer em sabedoria, idade e graça, e, portanto, tornou-se mestre de si mesmo: e de onde aprendeu sua ciência? Imitemos, portanto, Deus, leiamos seu livro. “Eu sou de Pedro, eu sou de Paulo, eu sou de Apolo…”. Vós sejais todos de Deus! Não somente de Manzoni, de Dante, de Tasso… Há diversos Padres dos quais se lê que tinham meditado muito a Escritura, de tal modo que seus discursos, suas pregações, seus escritos pareciam um entrelaçar-se continuado de textos bíblicos, muito bem escolhidos: porquê? Porque na Escritura está contido tudo aquilo que devemos escrever e dizer aos outros, e porque assim fazendo temse muito mais força. A sabedoria da Sagrada Escritura é infinita: não se resume em poucas coisas, mas é a Sabedoria divina. De consequência dela se obtém muito maior fruto espiritual.

Tenho a confiança não só que vós confirmeis o propósito que já tendes, ou melhor a prática que tendes, há tempo, de ler a Escritura, mas tenho a confiança de que continueis a melhorá-la sempre, sempre com mais espírito. Se alguém precisa ainda reorganizar melhor a matéria, que o faça: os Exercícios são um reordenamento da vida, e também das leituras, parte importante dos estudos. Evitai de fazer o exame de consciência somente sobre o espírito. É necessário que seja feito sobre a inteira vida religiosa, e, isto é, sobre o espírito, sobre os estudos, sobre o apostolado, sobre a pobreza: seja completo. E reorganizar toda a vida: enfrentai as coisas penosas, que não ousais enfrentar durante o ano. “Aquela matéria ali sempre foi difícil para mim…”. Façamos o propósito, rezemos, enfrentemos com generosidade: a quem for generoso, Deus dará abundantemente. Seja louvado Jesus Cristo.

(GIACOMO ALBERIONE, La Sacra Scrittura e il religioso, in Si vis perfectus esse, ed. Viviamo in Cristo Gesù, Opera Omnia, Ed. San Paolo, 2008, pp. 69-78.)

Para um itinerário de vida e ação no Ano Bíblico

Além dos “anos” promovidos por toda a Igreja, como os Anos Santos, os Jubileus, Ano da Fé, Ano Mariano, Padre Tiago Alberione, por sua vez, promoveu a celebração de especiais “semanas”, como a “Semana do Evangelho” ou do Divino Mestre, e de vários “anos” próprios da Família Paulina. Assim, 1919 foi declarado como “Ano Vocacional” da “Casa” e 1920, “Ano da Consolidação”. Não se pode, aliás, esquecer que a apresentação de uma trilogia da espiritualidade paulina à Igreja teve início com o livro do Côn. Francisco Chiesa, “Gesù Cristo Re” (que está por “Eu sou o Caminho”), fruto do Ano Santo de 1925.

Entre os itinerários anuais especiais promovidos por Padre Alberione estão, por exemplo, o Ano Quadragenário da Fundação (1954), o Ano a Jesus Mestre, 1955, o Ano a São Paulo (1957-1958), e o Ano Bíblico de 1960-1961. Nem podem ser esquecidas as incontáveis “Semanas do Evangelho” ou Festas do Divino Mestre, verdadeiras missões populares, celebradas nas Paróquias.

É preciso notar que essas propostas do Pe. Alberione eram sempre vistas não como eventos isolados, mas como parte de todo um itinerário de vida e de evangelização. Percorrendo os ensinamentos do Pe. Alberione, são inúmeras as vezes que trata sobre o ano litúrgico, o ano eclesiástico, o ano catequético, o ano espiritual.

Aquilo que é preciso ressaltar é que para ele tudo devia levar a uma síntese vital, pessoal e comunitária. Propor o tema para a celebração de um ano inteiro significava propor um itinerário unitário de vivência do discipulado, desde o anúncio (querigma) à missão. E para isso, segundo ele, ocorre uma proposta onde há “um catecismo cheio de Evangelho e de Liturgia; um Evangelho cheio de notas catequéticas e litúrgicas; uma Liturgia (por ex. o Missalzinho) cheia de Evangelho e Catecismo”.

Assim, para o presente Ano Bíblico continua de plena atualidade o quadro que Pe. Alberione traçou para o ano de 1960:

“Quando se lê A Sagrada Bíblia é necessário ter presente quatro coisas:
1) A Sagrada Bíblia apresenta-nos as Verdade que o Senhor quis revelar aos homens.
2) A Sagrada Bíblia apresenta-nos a Moral, isto é, a Lei, os mandamentos, as virtudes, os conselhos evangélicos e tudo aquilo que constitui a sabedoria e a ciência dos Santos.
3) A Sagrada Bíblia apresenta-nos aquilo que é o culto, a liturgia do antigo e novo Testamento.
4) A Sagrada Bíblia, enfim, apresenta-nos o modelo, o modo com o qual realizar o ministério. Ela é o grande livro do Sacerdote e do Apóstolo.

Quatro intenções, portanto, devem guiar-nos na leitura da Sagrada Bíblia:
a) Encontrar as Verdades que o Senhor nos revelou, as coisas às quais crer e ensinar para que: ‘Quem crer será salvo’.
b) Aprender a moral, isto é, as coisas a serem feitas, os vícios a serem evitados, as virtudes para praticar, a estrada que devemos seguir para chegar mais seguramente ao nosso fim.
c) Obter do Sagrado Texto a Liturgia, isto é, o culto que devemos dar a Deus: culto interno e culto externo, culto privado e público, a oração individual e social.
d) Aprender do Sagrado Texto, enfim, qual é a nossa missão, o modo, o espírito com o qual realizar o nosso ministério, e assim corresponder plenamente aos desígnios que Deus tem sobre nós.

Quem começa a amar a Bíblia logo passa a difundi-la. Quem ama a leitura da Bíblia torna-se iluminado, útil às pessoas. Quem sabe na leitura da Bíblia comunicar-se bem com Deus, torna-se sempre mais o homo Dei [a pessoa de Deus].

E então quando ele fala, a sua palavra tem a autoridade de Deus ‘como se pronunciasse palavra de Deus’ (1Pd 4,11), e quando age é como o justo que o Senhor ‘guiou por caminhos retos e mostrou-lhe o reino de Deus’ (Sb 10,10).

Estamos no Ano Bíblico. Mas se queremos que o Sagrado Texto entre em todas as famílias e seja amado e entendido, pode-se usar muitos meios, mas o primeiro meio é ler, meditar e amar a Bíblia.

Essa é a oração vital que vai nos obter a graça de comunicar o Verbum Dei”9.

— ¤ — ¤ —

Padre Alberione não promovia eventos puramente comemorativos. Por isso, ao propor eventos, jornadas, meses, anos, seu intuito era promover a vivência e a missão evangelizadora, envolvendo as pessoas e as comunidades da inteira Família Paulina, cada qual segundo a especial expressão do carisma.

Para favorecer a reflexão em vista da elaboração de um projeto pessoal ou comunitário para o Ano Bíblico, proponho a seguir uma meditação do Pe. Alberione, feita aos Clérigos Paulinos, durante o Ano Santo ou Jubileu de 1933! Não obstante seus 87 anos, poderá servir de base, talvez, para um ou mais momentos de reflexão ou celebração.

Pe. Antonio F. da Silva

Agora se começa! Caminhando rumo à abertura do Ano Bíblico da Família Paulina

Estamos nos preparando para celebrar o Ano Bíblico da Família Paulina (o terceiro, depois do de 1960-1961, desejado pelo Fundador, e o de 1991-1992, promovido pelos Superiores Gerais de nossas Congregações). O ano bíblico que abriremos em 26 de novembro tem, no entanto, algumas peculiaridades que o tornam, pelo menos em parte, também um “Centenário” de eventos importantes que não devem ser desperdiçados.
Em 15 de setembro de 1920, o Papa Bento XV, promotor da Obra Nacional para a Boa Imprensa, promulga a Encíclica Spiritus Paraclitus, colocando a divulgação e a leitura do Novo Testamento no coração da Boa Imprensa: «Tanto quanto cabe a nós, Veneráveis Irmãos, nunca deixaremos, seguindo o exemplo de Jerônimo, de exortar a todos os cristãos a ler diariamente e intensamente, sobretudo os santíssimos Evangelhos de nosso Senhor, bem como os Atos dos Apóstolos e as Epístolas, de modo a transformá-los em substância e sangue vitais».
A exortação do papa foi imediatamente acolhida por Alberione. Vários anos depois (em 1962), em uma de suas cartas, Pe. Alberione faz de 1920-1921 a fonte de seu intenso serviço à Palavra: «A difusão da Boa Imprensa foi a cooperação que teve a maior implementação, principalmente depois para a difusão do Evangelho, do qual centenas de milhares de cópias já em 1920-1923 foram editadas». Isso é confirmado por uma meditação de 1960 às Pias Discípulas do Divino Mestre, na qual o Ano Bíblico de 1960-1961 está enraizado no espírito das origens: «Em 1920-1922, escrevi na Vida Pastoral e no Cooperador: “Em toda família haja o Crucifixo, a imagem de Nossa Senhora e haja o Evangelho”. Agora digamos, com um passo à frente: “Em toda família: o crucifixo, a imagem de Nossa Senhora e a Bíblia completa”. Que ela seja bem honrada, lida e posta em prática: ou seja, os ensinamentos dados sejam recebidos, acolhidos».
Alguns meses depois, em abril de 1921, o Primeiro Mestre [Alberione] enfatiza: «Há uma coisa em particular a qual é bom ter muita consideração: acima de tudo, a Casa é para a divulgação do Evangelho, é uma missão moderna; como uma Igreja onde a luz da verdade deve brilhar». E este é precisamente o ano em que a “produção própria” parece começar: «Nossa primeira iniciativa bíblica foi realizada em 1921, quando imprimimos a primeira tradução dos Salmos com a nova tradução. Foi um passo notável na época: antes não houve nada parecido. Em seguida, promovemos a impressão de centenas de milhares de Evangelhos» (o texto é retirado de uma meditação às FSP de 1961). Um serviço tornado possível graças ao envolvimento de cooperadores generosos: «Em 1921, um de nossos cooperadores de Cortemilia (Cuneo) se ofereceu para mandar imprimir as primeiras 100.000 cópias dos Evangelhos por sua conta. Um de nossos padres, que atualmente é o Provincial da Espanha, foi encarregado de cuidar da difusão do referido Evangelho nas várias dioceses e paróquias, servindo-se, para esse fim, de grupos de cooperadores dispostos e zelosos. A iniciativa encontrou a concordância de muitos bispos e numerosos párocos, que organizaram depósitos de Evangelhos que depois eram distribuídos entre os paroquianos» (carta de 17 de março de 1962).
Mas há outro evento, de fundamental importância, que nos aproxima do início de nosso apostolado bíblico: a mudança definitiva entre julho e agosto de 1921 da Via Vernazza para a atual Casa Mãe em Alba. De acordo com a cuidadosa introdução ao Donec formetur Christus in vobis, feita por Pe. Antonio F. da Silva, este seria o período da famosa “graça de confirmação” a que devemos as três frases escritas em todas as nossas capelas (“Não temais: estou convosco! Daqui quero iluminar! Tende a dor dos pecados”). O Primeiro Mestre apresenta a entrada na Casa Mãe em um texto intitulado L’Opera di Dio: «A Escola Tipográfica de Alba foi aberta há sete anos em agosto de 1914. Foi um período inteiro de preparação, de sábio aprendizado, um estágio… Portanto, agora devemos começar. Por isso, a Casa toma o seu verdadeiro nome “Pia Sociedade de São Paulo”, deixando pouco a pouco aquele da preparação, e assim são constituídas as suas seções masculina e feminina» (UCBS, 15 de julho de 1921, p. 8).
Os passos estão maduros para que a Pia Sociedade de São Paulo, em 5 de outubro de 1921, seja oficialmente estabelecida, com a profissão dos votos dos primeiros paulinos e a solene inauguração da casa. É o próprio bispo de Alba, Dom Re, a acolher a profissão dos votos dos 14 alunos “mais velhos” e abençoar as novas instalações. Alberione fala de uma «proteção visível do Senhor; por Ele desejada, por Ele guiada, por Ele trazida… [A Casa reúne] catorze pessoas do ramo masculino, oito do ramo feminino que se consagraram ao apostolado da boa imprensa». E na Casa reina uma convicção: «Os tempos apostólicos revivem!».
100 anos depois, o Ano Bíblico nos convida a beber desta “fonte”, levandonos ao coração de nosso serviço à Palavra, para que os tempos apostólicos ainda revivam!

Pe. Giacomo Perego, ssp

ORAÇÃO PARA O ANO BÍBLICO 2020-2021

Ó Jesus,
verdadeira luz que ilumina a humanidade, viestes do
Pai para ser nosso Mestre e nos ensinar seu
caminho na verdade:
Vida e Espírito são as “palavras” que nos destes.
Concedei-nos conhecer os mistérios de Deus e
suas incompreensíveis riquezas.
Mostrai-nos todos os tesouros da sabedoria e da
ciência de Deus, que em vós estão guardados.
Fazei com que a Palavra habite nossa vida, e
ilumine nossos passos.
Fazei com que a Palavra se espalhe rapidamente e
chegue até os confins da terra.
Maria Rainha dos Apóstolos e os santos Pedro e Paulo sejam nosso exemplo, inspiração e guia.
Amém.

Oração livremente inspirada no texto de Pe.Alberione, Leggete le Sacre Scritture(p.320).