LITURGIA DO DIA: 5ª FEIRA DA 24ª SEMANA DO TEMPO COMUM

Liturgia do dia – Quinta-feira, 18 de Setembro de 2025
24ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)

Leituras: 1Tm 4,12-16; Sl 110(111),7-8.9.10 (R. 2a); Lc 7,36-50

A liturgia do dia nos convida a mergulhar em uma cena profundamente humana e, ao mesmo tempo, repleta da misericórdia divina revelada por Jesus. O evangelho segundo Lucas apresenta o encontro de Jesus na casa de um fariseu chamado Simão, durante uma refeição, quando uma mulher, conhecida na cidade como pecadora, se aproxima d’Ele com um gesto audacioso e transformador. Ela unge os pés do Senhor com perfume, banha-os com suas lágrimas e os enxuga com os cabelos. Esse ato causa estranheza e até escândalo, sobretudo ao fariseu que havia convidado Jesus, mas se torna a ocasião para que Cristo revele o coração da Boa-Nova: o perdão e a salvação estão disponíveis para todos, especialmente para aqueles que reconhecem sua condição de fragilidade e se abrem ao amor de Deus.

A cena evangélica tem um forte contraste. De um lado, o fariseu, cumpridor da Lei, aparentemente justo, mas preso a uma atitude de julgamento. Ele não consegue ver em Jesus a novidade de Deus e, por isso, interpreta o gesto da mulher como inconveniente e até inadmissível. Do outro, a mulher pecadora, sem méritos sociais ou religiosos, mas que, com humildade e confiança, oferece o que tem de melhor: suas lágrimas, sua coragem, seu perfume, sua vida. Jesus, então, ensina que a verdadeira medida da fé não está na aparência, nem na observância fria de normas, mas na capacidade de amar e deixar-se amar. Quem muito é perdoado, muito ama. E esse amor, expressão de fé, abre caminho para a salvação.

Este evangelho nos provoca profundamente em nossa caminhada cristã. Quantas vezes nos colocamos mais próximos da atitude do fariseu, prontos para julgar os outros segundo nossas categorias humanas, esquecendo que a misericórdia de Deus não se limita aos nossos critérios? A liturgia do dia nos convida a olhar para dentro de nós mesmos e reconhecer que todos precisamos do perdão do Senhor. Só assim podemos acolher os irmãos e irmãs com o coração aberto, sem excluir, sem condenar, mas ajudando-os a se aproximar da fonte de vida que é Cristo.

As outras leituras do dia dialogam com essa mensagem central. Na primeira leitura, tirada da Primeira Carta a Timóteo (1Tm 4,12-16), Paulo exorta seu discípulo a ser exemplo para os fiéis na palavra, no proceder, na caridade, na fé e na pureza. A instrução dada a Timóteo tem grande valor pastoral: não basta apenas ensinar ou transmitir a fé, é necessário testemunhá-la com a vida. Esse testemunho só é autêntico quando nasce de um coração transformado pela experiência de encontro com Cristo, tal como a mulher do evangelho experimentou. Timóteo, mesmo jovem, é chamado a não se deixar intimidar, mas a cultivar fielmente o dom recebido, perseverando na doutrina e na prática. Assim, sua vida se torna sinal para os outros.

O salmo responsorial (Sl 110) reforça a fidelidade do Senhor e a firmeza de suas obras. Ele lembra que a redenção foi enviada ao seu povo e que santo e terrível é o seu nome. O temor do Senhor, isto é, a reverência e o respeito diante de Deus, é o princípio da sabedoria. Essa mesma sabedoria, que orienta o viver do justo, é a que ilumina os gestos concretos de amor e misericórdia. A mulher pecadora não tinha títulos de honra, mas possuía a sabedoria que nasce da humildade e do reconhecimento da própria pequenez diante de Deus. Essa sabedoria a conduziu à salvação.

A liturgia do dia, portanto, apresenta um fio condutor claro: a vida cristã é chamada a ser testemunho, não de perfeição moralista, mas de abertura à misericórdia. O amor de Deus é maior que nossos pecados. A experiência do perdão nos transforma e nos impulsiona a viver de modo novo. É isso que Jesus reconhece na mulher e é isso que Paulo recomenda a Timóteo: perseverar no caminho, renovar o dom recebido, ser sinal vivo do Evangelho.

Do ponto de vista pastoral, essa Palavra ilumina diversos aspectos da vida da Igreja hoje. Em primeiro lugar, recorda a importância da acolhida. Nossas comunidades são chamadas a ser espaços de misericórdia, onde cada pessoa, independentemente de sua história, possa encontrar-se com Cristo e experimentar seu perdão. Muitas vezes, caímos na tentação de excluir, julgar ou classificar os irmãos, mas o Senhor nos mostra outro caminho: o da hospitalidade e do abraço da graça.

Em segundo lugar, a liturgia do dia convida cada batizado a assumir sua responsabilidade missionária. Assim como Timóteo, todos nós recebemos um dom, uma vocação, uma graça particular. É necessário cultivá-la, cuidar dela, colocar em prática, perseverando no caminho da fé. Nossa palavra e nosso testemunho podem ser instrumentos que levam outras pessoas a se abrirem ao amor de Deus. Isso exige coerência, mas sobretudo humildade: não somos melhores que ninguém, apenas reconhecemos que fomos alcançados pela misericórdia.

Em terceiro lugar, o evangelho de hoje nos ajuda a rever a forma como lidamos com o perdão em nossa vida cotidiana. Reconhecer-se pecador e buscar a reconciliação é um gesto de coragem e fé. Ao mesmo tempo, conceder perdão a quem nos ofende também é um desafio, mas que se torna possível quando nos deixamos conduzir pelo Espírito. O mundo atual carece de reconciliação: nas famílias, nas relações sociais, na convivência entre povos. A liturgia nos recorda que tudo começa pelo coração convertido, capaz de amar porque foi amado por primeiro.

Por fim, essa Palavra tem uma dimensão espiritual muito rica. A mulher que se lança aos pés de Jesus nos ensina o caminho da oração verdadeira: aproximar-se de Cristo com humildade, entregar o que temos e confiar em sua graça. Muitas vezes, nossa oração se torna repetição de fórmulas ou busca por recompensas. O evangelho de hoje nos lembra que rezar é, antes de tudo, reconhecer quem somos diante de Deus e deixar que Ele nos transforme. É um convite a renovar nossa vida espiritual na simplicidade e no amor.

Celebrando esta quinta-feira da 24ª semana do Tempo Comum, a liturgia do dia nos convida a olhar para Jesus com o coração aberto. Ele não veio para os justos que se acham perfeitos, mas para os pecadores que necessitam de misericórdia. Sejamos, portanto, como aquela mulher: ousados na fé, sinceros no arrependimento, generosos no amor. E como Timóteo, perseveremos no dom recebido, tornando nossa vida um testemunho vivo da presença de Cristo no mundo.


Música Litúrgica: Tanto que esperou pudesse um dia
Compositores (letra e música): Antonio Fabretti e José Thomáz Filho

LITURGIA DO DIA: 4ª FEIRA DA 24ª SEMANA DO TEMPO COMUM

Leituras: 1Tm 3,14-16; Sl 110(111); Lc 7,31-35

A liturgia do dia nos apresenta uma Palavra forte e atual. No Evangelho de Lucas, Jesus compara sua geração a crianças caprichosas, que não querem brincar nem de choro nem de festa. Essa imagem revela a dificuldade de acolher tanto a pregação de João Batista, mais austera, quanto a presença de Jesus, marcada pela proximidade com os pecadores. A mensagem é clara: quando o coração está fechado, nenhuma manifestação de Deus é suficiente. Por isso, a liturgia do dia nos convida a abrir o coração e a reconhecer a sabedoria divina que se manifesta nas obras de Cristo.

Jesus nos mostra que a salvação não cabe em esquemas humanos. João Batista, com sua vida austera, lembrava a necessidade de conversão; Jesus, com sua misericórdia, revelava a ternura de Deus. Ambos eram sinais complementares do mesmo amor. Mas aquela geração não quis ouvir. O Evangelho denuncia, portanto, a imaturidade de quem prefere criticar a acolher.

Aqui podemos olhar também para nós. Quantas vezes fazemos como as “crianças da praça”? Se a mensagem exige esforço, achamos dura demais; se fala de festa e acolhida, julgamos frouxa demais. A liturgia do dia nos chama a crescer espiritualmente, para reconhecer que a sabedoria de Deus é maior que nossos gostos pessoais.

A liturgia é justamente o espaço onde aprendemos esse equilíbrio. Temos tempos de penitência, como a Quaresma, e tempos de festa, como a Páscoa. O caminho cristão precisa dos dois. O rigor e a alegria se completam. A liturgia do dia, ao nos reunir em oração, educa o nosso coração para viver tanto o silêncio da conversão quanto a festa da ressurreição. Assim, celebramos o Mistério Pascal em toda a sua riqueza.

Há também uma dimensão psicológica neste Evangelho. A atitude das crianças mostra imaturidade: nada serve, nada agrada, nada satisfaz. Muitas vezes, também nós usamos críticas como defesa, para não mudar de vida. O coração humano tem medo da novidade de Deus. Mas a liturgia do dia, com sua repetição, seus ritos e símbolos, cria um espaço seguro para que possamos enfrentar nossos medos e permitir que o Espírito nos transforme pouco a pouco.

A Primeira Leitura e a Profissão de Fé

Na primeira leitura, São Paulo recorda a essência da nossa fé: Cristo manifestado na carne, justificado no Espírito, proclamado às nações e elevado à glória. É como um Credo primitivo, um resumo da história da salvação. A liturgia do dia, ao nos colocar diante dessa profissão de fé, fortalece nossa esperança. Diante das mudanças e incertezas da vida, essa certeza nos dá estabilidade: Cristo é o centro de tudo.

O Salmo Responsorial

O Salmo 110(111) reforça essa confiança: “Grandes são as obras do Senhor, dignas de admiração por todos que as amam”. Ao repetir esse refrão na liturgia, somos educados para a gratidão. Enquanto a murmuração e a ingratidão enfraquecem a vida comunitária, a liturgia do dia nos ensina a louvar, a reconhecer que Deus guia a história com amor.

Aplicações para a vida

A Palavra de hoje ilumina situações bem concretas:

  • Na convivência social, vemos muitos que criticam tudo: se alguém é firme, é acusado de severidade; se é alegre e aberto, é taxado de irresponsável. O Evangelho nos ensina a olhar para os frutos, e não para os preconceitos.
  • Na política e na vida pública, quantas vezes líderes são julgados mais por estereótipos do que por suas ações. Jesus lembra que a sabedoria se reconhece pelas obras.
  • Na família e na educação, pais e educadores muitas vezes oscilam entre a exigência e a ternura. O critério não é agradar, mas formar para o bem.
  • Na vida da Igreja, há quem prefira rigidez litúrgica e outros que valorizam mais abertura pastoral. A liturgia do dia nos mostra que as duas dimensões são importantes: conversão e misericórdia, silêncio e festa.

A mensagem da liturgia do dia é clara: não podemos ser como crianças imaturas, que recusam qualquer proposta. Deus se manifesta de muitos modos, e precisamos acolher sua sabedoria, que se revela nas obras de Cristo. A liturgia é o espaço onde aprendemos a integrar exigência e ternura, penitência e festa, silêncio e louvor.

Que esta celebração nos ajude a reconhecer a presença do Senhor na nossa história, e que possamos ser testemunhas da sabedoria de Deus no mundo.

LITURGIA DO DIA: MEMÓRIA DE SÃO CORNÉLIO E SÃO CIPRIANO

A liturgia desta terça-feira, 16 de setembro de 2025, convida-nos a mergulhar na profundidade de um dos relatos mais comoventes do Evangelho segundo São Lucas: a ressurreição do filho da viúva de Naim. Jesus, ao entrar na pequena cidade, depara-se com uma cena de dor: um cortejo fúnebre leva o corpo de um jovem, filho único de sua mãe, que era viúva. A narrativa realça a vulnerabilidade daquela mulher: sem marido e agora sem filho, estava desprovida de proteção, sustento e esperança diante da sociedade de seu tempo.

O texto evangélico é marcado por um detalhe essencial: “Ao vê-la, o Senhor encheu-se de compaixão” (Lc 7,13). É esse olhar de Jesus que transforma a história. A compaixão divina não é apenas sentimento humano de solidariedade; é o movimento do coração de Deus que se inclina sobre a miséria humana para restituir a vida. Lucas, o evangelista da misericórdia, quer nos mostrar que em Jesus se revela o Deus que não permanece distante da dor do povo, mas se aproxima para devolver esperança onde parecia haver somente morte.

O gesto de Jesus vai além do milagre: Ele toca o caixão e ordena ao jovem que se levante. Ao tocar o esquife, Jesus rompe barreiras de impureza ritual previstas na Lei judaica, pois o contato com a morte tornava alguém impuro. Mas o Senhor da vida não teme a morte, pois Ele é a própria Vida. Sua presença purifica, restaura, recria. O menino se levanta e fala, e Jesus o entrega novamente à sua mãe. Esse detalhe de “entregar à mãe” sublinha a dimensão relacional do milagre: não se trata apenas de devolver a vida biológica, mas de restaurar vínculos, reconstruir a esperança da família e da comunidade.

No plano teológico-litúrgico, este Evangelho nos faz contemplar o Cristo que vence a morte, antecipando já o mistério de sua Páscoa. O episódio é um sinal que aponta para a ressurreição final, onde a morte será definitivamente vencida. Ao mesmo tempo, é um convite à Igreja para ser presença de compaixão no mundo, tocando as realidades de dor e exclusão, levando vida nova aos que estão à beira do desespero.

Portanto, a liturgia de hoje nos convida a perguntar: em quais situações somos chamados a ser instrumentos do olhar compassivo de Cristo? Quantas viúvas, quantos órfãos, quantos corações desamparados clamam por uma palavra de vida em nosso tempo?

A Primeira Leitura – 1Tm 3,1-13

A primeira leitura, da Carta a Timóteo, apresenta os critérios para os ministérios na comunidade cristã primitiva. Paulo descreve as qualidades necessárias para quem exerce o episcopado e o diaconato: irrepreensível, sóbrio, equilibrado, hospitaleiro, moderado, homem de fé e de bom testemunho. O apóstolo insiste que o ministério na Igreja não é um privilégio, mas um serviço fundamentado na credibilidade e na coerência de vida.

Quando colocamos essa leitura em relação com o Evangelho, percebemos um fio condutor: se Jesus é o modelo do Bom Pastor que se compadece do rebanho e devolve vida, então os pastores da Igreja devem espelhar-se nessa mesma compaixão. O líder cristão não pode ser movido por interesses pessoais, mas por uma entrega total ao serviço da comunidade, especialmente aos mais frágeis. Assim como Jesus restituiu o filho à mãe viúva, também os pastores devem ser instrumentos de reconciliação, de proximidade e de cuidado.

O texto de 1Tm destaca ainda os diáconos, cujo ministério está intrinsecamente ligado ao serviço. Eles devem guardar o mistério da fé com consciência pura e agir com dignidade. Não é por acaso que a liturgia de hoje coloca esse trecho junto ao Evangelho: ambos nos recordam que a Igreja deve ser sinal da vida nova de Cristo no meio do mundo, não apenas com palavras, mas sobretudo com testemunho coerente.

O Salmo Responsorial – Sl 100(101)

O salmo de hoje ressoa como oração de quem deseja viver segundo os caminhos do Senhor: “Vou cantar-vos, Senhor, um canto novo de justiça”. O salmista expressa o anseio de caminhar na integridade e na fidelidade, evitando o mal e buscando uma vida reta diante de Deus.

Na relação com o Evangelho, o salmo se torna eco da atitude de Jesus: Ele é o Justo por excelência, aquele que não compactua com a injustiça, mas se aproxima dos pobres e marginalizados. O canto de justiça do salmo encontra sua realização plena no gesto de compaixão de Cristo em Naim, que devolve dignidade à viúva e vida ao jovem.

Além disso, o salmo também se conecta com a primeira leitura. Assim como Paulo exorta os ministros da Igreja a viverem de forma irrepreensível, o salmista expressa a decisão de trilhar os caminhos da retidão. O salmo, portanto, é a oração que sustenta e alimenta a vida de quem exerce responsabilidades na comunidade, para que não se perca na corrupção ou na busca de poder, mas mantenha-se fiel ao Senhor.

Memória dos Santos Cornélio e Cipriano

Neste dia, a Igreja celebra também a memória dos santos Cornélio, papa, e Cipriano, bispo, ambos mártires do século III.

São Cornélio, Papa da Misericórdia: eleito papa em 251, em meio às perseguições do imperador Décio, Cornélio enfrentou uma difícil crise: muitos cristãos haviam negado a fé para escapar da morte, os chamados lapsi.
Enquanto alguns defendiam que não havia perdão para eles, Cornélio insistia que, com arrependimento sincero, era possível a reconciliação pela penitência. Seu coração pastoral refletia a misericórdia de Cristo, que sempre acolhe o pecador que retorna.
Preso e exilado em 253, Cornélio morreu mártir, deixando o testemunho de um pastor que não abandonou o rebanho.

São Cipriano, Bispo de Cartago e Defensor da Unidade: nascido em Cartago, no norte da África, Cipriano era advogado e homem culto antes de sua conversão ao cristianismo. Pouco depois, foi eleito bispo e tornou-se uma das vozes mais influentes da Igreja africana.
Assim como Cornélio, também enfrentou a questão dos lapsi e buscou equilíbrio: exigir verdadeira conversão, mas sem fechar as portas da misericórdia. Seu famoso tratado “A Unidade da Igreja Católica” lembra que não se pode ter Cristo sem viver em comunhão com sua Igreja.
Na perseguição do imperador Valeriano, em 258, foi preso e condenado à morte. Aceitou o martírio com serenidade e fé, sendo decapitado diante do povo de Cartago.

Pastores Unidos na Fé e na Amizade

Mesmo em cidades diferentes, Cornélio e Cipriano mantiveram uma forte comunhão espiritual. Trocaram cartas, apoiaram-se mutuamente e defenderam a mesma verdade: a Igreja deve ser lugar de misericórdia, unidade e fidelidade a Cristo. Por isso, a liturgia celebra os dois juntos, como sinais da amizade que nasce da fé e do amor à Igreja.

Hoje, Cornélio e Cipriano nos ensinam que a Igreja é chamada a ser sempre fiel a Cristo, mesmo diante das dificuldades, e que nenhum pastor pode se afastar do coração misericordioso do Senhor.
Seu martírio nos recorda que a verdadeira liderança na Igreja não é feita de poder, mas de serviço, compaixão e fidelidade até o fim.

Que a memória desses santos pastores nos ajude a viver a fé com coragem, a buscar sempre a unidade e a anunciar, com gestos e palavras, o amor misericordioso de Deus.

LITURGIA DO DIA

A liturgia desta terça-feira nos apresenta um caminho profundo de reflexão:

  • O Evangelho revela o Cristo da compaixão que vence a morte e restitui a esperança.
  • A primeira leitura nos recorda que a Igreja precisa de ministros que vivam em coerência e serviço, à imagem de Jesus.
  • O salmo é a oração que alimenta esse desejo de justiça e retidão.
  • A memória de Cornélio e Cipriano testemunha que é possível viver essa fidelidade até as últimas consequências.

Assim, a Palavra nos desafia a sermos homens e mulheres de compaixão, testemunhas da vida e da justiça de Deus em nosso tempo. Como discípulos de Cristo, somos chamados a tocar as realidades de morte com a força da fé, a sermos pastores e servidores que cuidam do rebanho, e a viver em integridade diante do Senhor.

Que, pela intercessão dos mártires Cornélio e Cipriano, possamos ser Igreja que canta a justiça, caminha na fidelidade e anuncia sempre a vida nova de Cristo, Senhor da compaixão.

LITURGIA DO DIA: MEMÓRIA DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA DAS DORES

Segunda-feira, 15 de Setembro de 2025
24ª Semana do Tempo Comum

Leituras (próprias):
Hb 5,7-9
Sl 30(31),2-3a.3bc-4.5-6.15-16.20 (R. 17b)
Jo 19,25-27 ou Lc 2,33-35

Na liturgia do dia, fazemos a grata memória da Bem-Aventurada Virgem Maria das Dores. Lembrando a presença da mãe do salvador junto à cruz e de sua participação dolorosa na obra da nossa salvação, peçamos que também nós, como pede o apóstolo Paulo, cumpramos em nossa carne o que falta à paixão de Cristo.

Neste texto abaixo dos Sermões de São Bernardo, abade (Sermo in dom. infra oct. Assumptionis, 14-15: Opera omnia, Edit. Cisterc. 5[1968],273-274), uma bela meditação sobre o dia de hoje. Geralmente outros pontos da vida de Maria são muito comentados, mas a memória de hoje vai lançar luz sobre o seu martírio de dor. Leia e medite este texto:

O martírio da Virgem é mencionado tanto na profecia de Simeão quanto no relato da paixão do Senhor. Este foi posto, diz o santo ancião sobre o menino, como um sinal de contradição, e a Maria: e uma espada traspassará tua alma (cf. Lc 2,34-35).

Verdadeiramente, ó santa Mãe, uma espada traspassou tua alma. Aliás, somente traspassando-a, penetraria na carne do Filho. De fato, visto que o teu Jesus – de todos certamente, mas especialmente teu – a lança cruel, abrindo-lhe o lado sem poupar um morto, não atingiu a alma dele, mas ela traspassou a tua alma. A alma dele já ali não estava, a tua, porém, não podia ser arrancada dali. Por isto a violência da dor penetrou em tua alma e nós te proclamamos, com justiça, mais do que mártir, porque a compaixão ultrapassou a dor da paixão corporal.

E pior que a espada, traspassando a alma, não foi aquela palavra que atingiu até a divisão entre a alma e o espírito: Mulher, eis aí teu filho? (Jo 19,26). Oh! que troca incrível! João, Mãe, te é entregue em vez de Jesus, o servo em lugar do Senhor, o discípulo pelo Mestre, o filho de Zebedeu pelo Filho de Deus, o puro homem, em vez do Deus verdadeiro. Como ouvir isto deixaria de traspassar tua alma tão afetuosa, se até a sua lembrança nos corta os corações, tão de pedra, tão de ferro?

Não vos admireis, irmãos, que se diga ter Maria sido mártir na alma. Poderia espantar-se quem não se recordasse do que Paulo afirmou que entre os maiores crimes dos gentios estava o de serem sem afeição. Muito longe do coração de Maria tudo isto; esteja também longe de seus servos.

Talvez haja quem pergunte: “Mas não sabia ela de antemão que iria ele morrer?” Sem dúvida alguma. “E não esperava que logo ressuscitaria?” Com toda a confiança. “E mesmo assim sofreu com o Crucificado?” Com toda a veemência. Aliás, tu quem és ou donde tua sabedoria, para te admirares mais de Maria que compadecia, do que do Filho de Maria a padecer? Ele pôde morrer no corpo; não podia ela morrer juntamente no coração? É obra da caridade: ninguém a teve maior! Obra de caridade também isto: depois dela nunca houve igual.

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

Fonte: https://espacoorante.piasdiscipulas.org.br/,Liturgia do dia de 15/09/2025.

LITURGIA DO DIA: FESTA DA NATIVIDADE DA BEM-ABENTURADA VIRGEM MARIA

23ª Semana do Tempo Comum – Ano C

Hoje a Igreja celebra com alegria a Natividade de Maria, a Mãe do Senhor. É uma festa de esperança: ao nascer aquela que seria escolhida para ser a Mãe do Salvador, já desponta a aurora da redenção. Maria é dom de Deus para a humanidade, sinal do amor fiel que conduz a história da salvação desde as origens.

Primeira Leitura: Mq 5,1-4a ou Rm 8,28-30
O profeta Miqueias anuncia que de Belém surgirá aquele que será o Pastor de Israel. Em Maria, filha de Israel, vemos cumprida a promessa, pois é dela que nasce o Messias. Já na carta aos Romanos, São Paulo recorda que todos fomos chamados e predestinados no amor de Deus, que age em nossa história.

Salmo: Sl 70(71) ou Sl 12(13)
O salmista louva a fidelidade divina desde o ventre materno e exulta no Senhor que realiza maravilhas. Assim como Maria, podemos cantar: “Exulto de alegria no Senhor, a minha alma se alegra em Deus.”

Evangelho: Mt 1,1-16.18-23
O Evangelho apresenta a genealogia de Jesus e o anúncio de sua concepção. Essa lista de nomes mostra que a encarnação não aconteceu de forma mágica, mas dentro de uma história concreta, feita de gerações, com luzes e sombras.

A genealogia revela que Jesus é o cumprimento das promessas de Deus, descendente de Abraão e Davi, o Messias esperado que realiza a aliança. Ela também recorda que a salvação passa pela fragilidade humana: entre os antepassados de Jesus há justos e pecadores, mas Deus conduz sua promessa mesmo assim. A presença de mulheres estrangeiras e improváveis — Tamar, Raab, Rute e Betsabé — mostra que a salvação é universal e que Deus age de modo surpreendente.

Tudo culmina em Maria. Diferente das mulheres anteriores, nela a promessa se realiza plenamente: pelo poder do Espírito Santo, ela concebe o Emanuel, “Deus conosco”. O texto de Mateus conclui com o anúncio: “Ela dará à luz um filho, e ele será chamado Jesus, porque salvará o seu povo de seus pecados”. Assim, a vida de Maria está desde o início totalmente orientada para Cristo.

Celebrar sua natividade é contemplar a delicadeza de um Deus que prepara, com amor e paciência, cada passo da salvação. O nascimento de Maria é como a aurora que precede o Sol da justiça, Cristo.

Hoje também é um dia especial para as Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre. Ao fazer a profissão religiosa, todas recebem o nome Maria. Esse nome é mais do que devoção: é missão. Significa viver à semelhança da Virgem, discípula fiel e disponível à vontade do Pai, configurando-se cada vez mais a Cristo Mestre, Caminho, Verdade e Vida.

Que também nós, como Maria, saibamos acolher a vontade de Deus e ser sinais de esperança em nosso tempo.

LITURGIA DO DIA: 5ª FEIRA DA 22ª SEMANA DO TEMPO COMUM

Quinta-feira, 4 de setembro de 2025
22ª Semana do Tempo Comum – Ano Ímpar (I)

Leituras:

  • Primeira Leitura: Cl 1,9-14
  • Salmo: Sl 97(98),2-3ab.3cd-4.5-6 (R. 2a)
  • Evangelho: Lc 5,1-11

Na primeira leitura, São Paulo reza pelos colossenses pedindo que sejam cheios do conhecimento da vontade de Deus e que caminhem de modo digno, dando frutos em boas obras. A vida cristã é um constante crescer na fé, na esperança e no amor, sustentados pela força do Espírito Santo.

O salmo responsorial exalta as maravilhas realizadas pelo Senhor em favor de seu povo, proclamando que sua salvação é para todos os povos. Ele é fiel às suas promessas e manifesta sua justiça diante das nações.

No Evangelho, vemos o chamado dos primeiros discípulos. Após uma pesca milagrosa, Jesus convida Pedro, Tiago e João a deixarem tudo e a segui-lo, tornando-se “pescadores de homens”. Esse momento marca o início de uma nova missão: confiar na palavra de Cristo e entregar-se totalmente a Ele.

O relato da pesca milagrosa em Lucas 5,1-11 é mais do que uma cena de abundância material. Ele traz uma forte dimensão teológica e eclesial, iluminando a identidade de Jesus, a missão da Igreja e a resposta do discípulo. O texto começa com Jesus ensinando a multidão à beira do lago. A Palavra é o centro do episódio: antes do milagre, é pela escuta que tudo acontece. A fé de Pedro não nasce de uma visão extraordinária, mas da confiança na palavra de Cristo: “Sobre a tua palavra, lançarei as redes” (v. 5). A obediência à Palavra antecede o milagre e revela que a verdadeira fecundidade da missão vem do Senhor, não do esforço humano.

Pedro e seus companheiros tinham trabalhado a noite inteira sem nada conseguir. Esta realidade simboliza os limites da ação humana quando se apoia apenas em si mesma. A esterilidade da pesca noturna contrasta com a abundância quando se acolhe a orientação de Jesus. A cena aponta para a verdade da missão da Igreja: sem Cristo, o trabalho pastoral se torna infrutífero; com Ele, a missão se abre ao impossível.

Diante do milagre, Pedro reage com temor: “Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um pecador!” (v. 8). Esta atitude ecoa a experiência dos profetas (cf. Is 6,5), que ao se encontrarem com a santidade de Deus, reconhecem sua própria indignidade. A vocação cristã nasce justamente da consciência da própria fraqueza. Deus não chama os perfeitos, mas os que se deixam transformar pela sua graça.

A resposta de Jesus a Pedro é consoladora e missionária: “Não tenhas medo! De hoje em diante serás pescador de homens” (v. 10). O medo é substituído pela confiança, e a experiência do milagre é reinterpretada como sinal de uma missão maior. A abundância de peixes se torna imagem da abundância de pessoas que serão atraídas ao Reino por meio do testemunho dos discípulos.

O texto conclui com uma ruptura radical: “Eles deixaram tudo e seguiram a Jesus” (v. 11). O chamado implica um êxodo interior, deixar para trás seguranças, projetos pessoais e bens materiais, para confiar totalmente no Mestre. Este gesto revela que o discipulado é, antes de tudo, uma adesão a uma Pessoa, não a uma ideia ou projeto apenas humano.

Em síntese, o evangelho da liturgia de hoje, Lc 5,1-11, revela que a missão da Igreja nasce da escuta da Palavra, da obediência confiada a Cristo e do reconhecimento da própria fragilidade diante da sua santidade. O verdadeiro discípulo é aquele que, chamado na sua pobreza, se abre à abundância da graça e se dispõe a seguir o Senhor, participando da sua obra de salvação.

LITURGIA DO DIA: 3ª FEIRA DA 22ª SEMANA DO TEMPO COMUM

A liturgia do dia desta terça-feira, 2 de setembro de 2025, nos convida a mergulhar no mistério da presença libertadora de Cristo, que vence as trevas e oferece uma vida nova em comunhão com Deus. Estamos na 22ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I), e as leituras propostas pela Igreja nos recordam a vigilância, a confiança e a vitória da luz sobre toda forma de mal.

As leituras são:

  • Primeira leitura: 1Ts 5,1-6.9-11
  • Salmo responsorial: Sl 26(27),1.4.13-14 (R. 13)
  • Evangelho: Lc 4,31-37

Primeira leitura: 1Ts 5,1-6.9-11 – Viver na luz de Cristo

Na carta aos Tessalonicenses, São Paulo nos exorta a viver como filhos da luz. Ele recorda que o “Dia do Senhor” virá de maneira inesperada, como “ladrão de noite”. Por isso, não podemos viver adormecidos, acomodados ou distraídos com as ilusões deste mundo.

A mensagem é clara: quem pertence a Cristo não anda nas trevas. Somos chamados à sobriedade, à vigilância e à fé constante. Paulo reforça que não fomos destinados para a ira, mas para alcançar a salvação por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele morreu por nós para que, estejamos acordados ou adormecidos, vivamos unidos a Ele.

A liturgia do dia nos lembra, assim, que a vida cristã é marcada pela esperança. Não se trata de medo do fim, mas de uma confiança que fortalece a comunidade. É por isso que Paulo conclui incentivando os irmãos: “Consolai-vos uns aos outros e edificai-vos mutuamente”. O chamado é para viver em comunhão, ajudando-nos a permanecer firmes na luz.

Salmo responsorial: Sl 26(27) – “Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver”

O salmo 26 é uma resposta confiante à mensagem da primeira leitura. O salmista proclama: “O Senhor é minha luz e salvação; a quem eu temerei?” É um convite à confiança plena em Deus, mesmo diante das dificuldades e ameaças.

O salmo nos conduz a uma atitude de esperança, de quem espera a ação de Deus com paciência e certeza de que a vitória final pertence ao Senhor. A liturgia do dia nos ajuda, portanto, a recordar que a verdadeira segurança não está nas forças humanas, mas na bondade divina que nunca falha.

Evangelho: Lc 4,31-37 – Jesus vence o mal e anuncia com autoridade

No Evangelho segundo São Lucas, contemplamos Jesus em Cafarnaum, ensinando com autoridade. Sua palavra não era como a dos mestres da lei, mas carregava uma força que tocava profundamente os corações. A cena ganha intensidade quando Ele expulsa um espírito impuro que atormentava um homem.

O demônio reconhece quem é Jesus: “Eu sei quem Tu és: o Santo de Deus!” Essa confissão involuntária revela a identidade de Cristo, que veio para libertar o ser humano do poder do mal. Com uma ordem firme, Jesus manda que o espírito saia, e todos ficam admirados com o poder de Sua palavra.

A liturgia do dia nos coloca diante da força libertadora de Cristo. Sua presença não apenas ensina, mas transforma. Ele não é um mestre qualquer, mas o Filho de Deus que tem autoridade sobre o mal, sobre as doenças e sobre a morte.

Esse Evangelho nos convida a refletir: quais são os “espíritos impuros” que ainda nos escravizam? Medos, vícios, rancores, mentiras, desânimos? Cristo tem poder de libertar cada um de nós, assim como libertou aquele homem em Cafarnaum. Basta nos abrirmos à Sua graça.

Mensagem central da liturgia do dia

Unindo as três leituras, vemos uma linha condutora: a vitória da luz sobre as trevas.

  • São Paulo nos exorta à vigilância, lembrando que somos filhos da luz.
  • O salmo proclama a confiança no Senhor que é nossa salvação.
  • O Evangelho mostra Jesus vencendo o mal com Sua palavra poderosa.

A liturgia do dia nos recorda que a vida cristã não é passiva. Precisamos estar atentos, vigilantes, enraizados na fé e abertos à ação libertadora de Cristo. A vigilância espiritual não é medo, mas confiança ativa, esperança que se traduz em escolhas concretas de vida nova.

Essa mensagem é profundamente atual. Em um mundo marcado por tantas incertezas, inseguranças e crises, o convite à vigilância e à confiança em Cristo é essencial. Muitas vezes, nos deixamos adormecer pelo comodismo, pelas distrações digitais ou pelas promessas fáceis de felicidade passageira.

A liturgia do dia nos chama a despertar. Lembra-nos de que o tempo da salvação é agora. Precisamos nos revestir da sobriedade e da fé, para não sermos vencidos pelo medo ou pela indiferença.

O Evangelho nos mostra que os “espíritos impuros” continuam presentes na sociedade: egoísmo, injustiça, ódio, violência. Mas também nos garante que Cristo é mais forte do que todas essas forças. Sua palavra continua a ter autoridade para transformar vidas.

Celebrar a liturgia do dia é, portanto, atualizar em nossa vida essa certeza: Jesus está vivo, caminha conosco e tem poder de nos libertar.

A liturgia do dia nos inspira a três atitudes concretas:

  1. Vigilância espiritual: estar atentos à presença de Deus e não deixar que a rotina ou o pecado nos adormeçam.
  2. Confiança em Deus: diante das dificuldades, proclamar como o salmista: “O Senhor é minha luz e salvação.”
  3. Abertura à libertação de Cristo: deixar que Sua palavra nos transforme, nos cure e nos liberte das cadeias que nos prendem.

A liturgia do dia desta terça-feira, 2 de setembro de 2025, nos revela a força da Palavra de Deus que ilumina, consola e liberta. Ela nos recorda que somos filhos da luz, chamados à vigilância e à confiança. O salmo reforça que nossa esperança está em Deus, e o Evangelho confirma que Cristo tem poder sobre todo mal.

Ao participar da liturgia do dia, renovamos nossa fé no Senhor que é nossa luz e salvação. Que possamos deixar que Sua Palavra nos transforme, para que vivamos em sobriedade, esperança e comunhão fraterna, sendo sinais da vitória da luz sobre as trevas no mundo de hoje.

LEIA SOBRE O MÊS DA BÍBLIA

Mês da Bíblia 2025

LITURGIA DIÁRIA: 2ª FEIRA DA 22ª SEMANA DO TEMPO COMUM

Liturgia do dia – Segunda-feira, 1 de Setembro de 2025

22ª Semana do Tempo Comum – Ano Ímpar (I)

A liturgia do dia desta segunda-feira, 1 de setembro de 2025, nos introduz no ritmo espiritual da 22ª Semana do Tempo Comum. A Palavra de Deus ilumina nossa vida com uma mensagem de esperança diante da morte, ao mesmo tempo em que nos convida a refletir sobre a missão de Cristo e a dificuldade de acolher sua presença em meio à comunidade.

As leituras propostas para hoje são:

  • 1ª leitura: 1Ts 4,13-18
  • Salmo responsorial: Sl 95(96),1 e 3.4-5.11-12.13 (R. 13b)
  • Evangelho: Lc 4,16-30

Primeira leitura: 1Ts 4,13-18 – A esperança da ressurreição

Na primeira leitura da liturgia do dia, São Paulo escreve à comunidade de Tessalônica, que vivia preocupada com a morte dos irmãos na fé. Muitos pensavam que aqueles que já haviam morrido não participariam da glória da segunda vinda de Cristo. O apóstolo, então, reforça a esperança cristã: “Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que morreram em Jesus, Deus os levará com Ele”.

Essa mensagem é profundamente consoladora. A morte, que tanto assusta o ser humano, não tem a palavra final. Para quem crê, a ressurreição de Cristo é a garantia de que todos os fiéis, vivos ou mortos, participarão da plenitude do Reino. Aqui encontramos uma chave espiritual essencial: a fé cristã não é apenas memória de um Cristo que passou, mas experiência viva de um Cristo ressuscitado que caminha conosco.

Essa passagem também nos convida a refletir sobre como estamos alimentando a nossa esperança. A liturgia do dia recorda que nossa fé não pode se limitar a ritos externos ou a uma tradição sem vida; ela deve estar enraizada na certeza de que, em Cristo, a morte foi vencida e a vida plena já começou a despontar.

Salmo responsorial: Sl 95(96) – O Senhor vem para julgar a terra

O salmo responsorial da liturgia do dia é um hino de louvor ao Senhor, Criador de todas as coisas. Ele convida a cantar um cântico novo, a anunciar sua glória entre as nações e reconhecer que o Senhor é o verdadeiro Rei.

O refrão – “O Senhor vem julgar a terra inteira” – não deve ser entendido como uma ameaça, mas como uma afirmação da justiça divina. O julgamento de Deus é diferente do julgamento humano: é libertação, é colocar todas as coisas no lugar certo, é restaurar a criação ferida pelo pecado.

Assim, o salmo se conecta com a primeira leitura, pois nos mostra que a vinda do Senhor é motivo de esperança e não de medo. Para os que creem, o juízo é uma promessa de plenitude e reconciliação.

Evangelho: Lc 4,16-30 – O profeta não é aceito em sua pátria

O evangelho de hoje, proposto pela liturgia do dia, narra um episódio central no início da missão pública de Jesus. Ele vai à sinagoga de Nazaré, sua terra natal, e lê um trecho do profeta Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres…”.

Ao terminar a leitura, Jesus afirma: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. Esse “hoje” é um ponto-chave da liturgia: não se trata apenas de uma lembrança do passado, mas da atualização da salvação de Deus que acontece no presente.

No entanto, os ouvintes reagem de forma ambígua. Primeiro ficam admirados com suas palavras, mas logo rejeitam a sua mensagem, dizendo: “Não é este o filho de José?”. A familiaridade humana impede que reconheçam a novidade de Deus. Jesus, então, lembra que nenhum profeta é bem aceito em sua terra e cita exemplos do Antigo Testamento em que Deus agiu fora de Israel. A reação final é de hostilidade: tentam expulsá-lo da cidade.

Este evangelho nos interpela profundamente. Quantas vezes também nós resistimos à novidade do Espírito porque ela rompe com nossos esquemas, tradições ou comodidades? Quantas vezes preferimos um Deus domesticado, que se encaixa em nossas expectativas, em vez do Deus vivo que nos desafia e provoca conversão?

A liturgia do dia nos convida a reconhecer que Jesus continua a falar hoje em nossas comunidades e em nossa história. Cabe a nós acolher sua Palavra com coração aberto, sem reduzi-lo às nossas medidas humanas.

Do ponto de vista litúrgico, a celebração de hoje une a esperança escatológica da primeira leitura com a atualização do mistério da salvação proclamada no evangelho. A Palavra de Deus não é apenas um registro escrito, mas um acontecimento que se atualiza no hoje da celebração.

Na liturgia, o “hoje” de Jesus em Nazaré continua acontecendo. Ao proclamar a Palavra, ao participar da Eucaristia e ao viver em comunidade, experimentamos a presença viva do Ressuscitado. A liturgia é, portanto, lugar de encontro entre a promessa futura e a realidade presente da salvação.

A liturgia do dia nos inspira a três atitudes concretas:

  1. Viver na esperança – Não deixar que o medo da morte ou as incertezas da vida sufoquem nossa confiança em Cristo Ressuscitado. Nossa fé nos projeta para a eternidade.
  2. Anunciar com alegria – Assim como o salmista, somos chamados a testemunhar a presença de Deus no mundo, anunciando sua justiça e bondade em nossa realidade concreta.
  3. Acolher a novidade de Deus – O evangelho nos alerta para o risco de rejeitar a voz profética de Jesus por causa de preconceitos ou comodidades. A fé verdadeira exige abertura e conversão constante.

A liturgia do dia desta segunda-feira, 1º de setembro de 2025, é uma escola de esperança e de fidelidade. Pela carta de Paulo aos Tessalonicenses, recordamos que a morte não é o fim, mas passagem para a vida plena em Cristo. Pelo salmo, aprendemos a louvar o Senhor que vem julgar a terra com justiça e amor. Pelo evangelho, somos convidados a abrir o coração para acolher a novidade de Jesus, mesmo quando ela desafia nossas certezas.

Assim, ao celebrar a Palavra e a Eucaristia, renovamos nossa fé no Cristo vivo e ressuscitado, que nos conduz à plenitude da vida e nos envia como discípulos missionários no mundo de hoje.

LITURGIA DO DIA: DOMINGO, 22º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C

Liturgia do Dia – Domingo, 31 de Agosto de 2025 – 22º Domingo do Tempo Comum – Ano C

A liturgia do dia neste Domingo, 31 de Agosto de 2025, nos convida a refletir sobre a humildade como caminho para nos aproximarmos de Deus e para vivermos em verdadeira comunhão com os irmãos. As leituras propostas iluminam a vida cristã mostrando que a grandeza não está no orgulho humano, mas na simplicidade de quem reconhece sua dependência diante do Senhor.

As leituras são:

  • Primeira Leitura: Eclesiástico 3,19-21.30-31
  • Salmo Responsorial: Salmo 67(68),4-5ac.6-7ab.10-11 (R. cf. 11b)
  • Segunda Leitura: Hebreus 12,18-19.22-24a
  • Evangelho: Lucas 14,1.7-14

Primeira Leitura: A sabedoria da humildade

No Livro do Eclesiástico (Eclo 3,19-21.30-31), encontramos um conselho precioso: “Quanto mais importante fores, mais te humilharás, e encontrarás graça diante do Senhor.” A sabedoria bíblica reconhece que a verdadeira grandeza não está no poder, na força ou no prestígio social, mas na humildade de quem vive em sintonia com Deus.

O texto nos mostra que o coração humilde se abre para a misericórdia e para o conhecimento verdadeiro. A arrogância afasta, mas a simplicidade aproxima do Criador. Assim, a liturgia do dia já inicia colocando diante de nós a atitude fundamental que deve orientar todo discípulo: a humildade como expressão de fé e confiança.

Salmo Responsorial: Deus é o Pai dos pobres

O Salmo 67 celebra o Deus que se coloca ao lado dos fracos e necessitados: “Na vossa bondade, ó Senhor, preparastes uma casa para o pobre.” Esse refrão ressoa como uma resposta ao chamado da primeira leitura.

Enquanto a sociedade valoriza status e posições elevadas, o Senhor olha para os pobres, os órfãos, as viúvas, aqueles que não têm onde repousar. O salmo recorda que Deus não se deixa prender por grandezas humanas, mas se revela no cuidado com os pequenos e marginalizados.

Essa perspectiva é essencial para compreender o Evangelho deste domingo.

Segunda Leitura: A Nova Aliança em Cristo

Na carta aos Hebreus (Hb 12,18-19.22-24a), o autor nos convida a contemplar a diferença entre a Antiga e a Nova Aliança. O povo de Israel, no Sinai, experimentou o temor diante da manifestação de Deus. Já os cristãos foram introduzidos em uma realidade nova: a proximidade de Deus através de Cristo, mediador da Nova Aliança.

Não se trata mais de um Deus distante e inacessível, mas de um Senhor que nos acolhe na Jerusalém celeste, rodeados por anjos e santos. O centro dessa experiência é Jesus, cujo sangue derramado fala mais alto que qualquer sacrifício anterior.

Essa passagem amplia nossa compreensão da liturgia do dia: a humildade não é apenas uma virtude ética, mas uma atitude espiritual que nos abre à comunhão com Cristo, que se fez servo para nos salvar.

Evangelho: O banquete dos humildes

O Evangelho proclamado na liturgia do dia é profundamente simbólico e está carregado de ensinamentos para a vida cristã. Lucas nos mostra Jesus numa refeição na casa de um fariseu — um ambiente marcado por regras sociais, distinções de status e lugares de honra. É nesse contexto que Cristo introduz uma lógica totalmente nova, revelando a dinâmica do Reino de Deus.

O contexto litúrgico do banquete

Na tradição bíblica, o banquete é imagem da comunhão entre Deus e seu povo. Já no Antigo Testamento, os profetas falavam do “banquete messiânico” como sinal da salvação definitiva (cf. Is 25,6). Nas celebrações da Igreja, a Eucaristia é a realização mais plena dessa promessa: a mesa do Senhor que acolhe todos, sem distinção.

Ao corrigir a atitude dos convidados que buscavam os primeiros lugares, Jesus não está apenas dando um conselho de etiqueta, mas oferecendo uma catequese sobre o modo como devemos nos aproximar do banquete do Reino. Quem deseja participar da Ceia do Senhor deve fazê-lo com humildade, reconhecendo-se necessitado da graça.

“Quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”

Esta frase central do Evangelho ecoa uma das chaves da teologia lucana: a inversão evangélica. O Magnificat já havia anunciado que Deus derruba os poderosos de seus tronos e exalta os humildes (cf. Lc 1,52). Essa lógica atravessa todo o Evangelho e chega a seu ápice na cruz, onde Aquele que se fez servo é glorificado pelo Pai.

Liturgicamente, cada celebração eucarística é um memorial desse mistério pascal: nos reunimos não por méritos próprios, mas porque fomos convidados gratuitamente. O altar é lugar de exaltação para quem se fez pequeno, não para quem busca prestígio.

A mesa dos pobres: um convite radical

A segunda parte do Evangelho vai além da parábola inicial. Jesus se dirige ao anfitrião e o convida a abrir sua mesa aos pobres, coxos, aleijados e cegos. Do ponto de vista social, isso era um escândalo: na mentalidade judaica, esses grupos eram considerados impuros ou incapazes de devolver favores.

Aqui está a chave litúrgica e teológica: o banquete do Reino não é um espaço de troca, mas de gratuidade. Deus nos chama à sua mesa sem exigir nada em troca; da mesma forma, somos chamados a viver a hospitalidade desinteressada. A Eucaristia, celebrada em cada domingo, atualiza essa realidade: ricos e pobres, sábios e simples, todos recebem o mesmo Pão da Vida.

Dimensão eclesial e pastoral

Este Evangelho ilumina também a vida da comunidade cristã. A Igreja, reunida em torno da mesa do Senhor, deve ser sinal de acolhida e de inclusão. Quando a liturgia coloca esse texto diante de nós, recorda que a fé não pode se reduzir a ritos formais ou a espaços de prestígio social, mas precisa se expressar na prática do amor e na comunhão concreta com os excluídos.

Participar da liturgia eucarística dominical, portanto, é um exercício de humildade: todos se aproximam do altar com as mãos vazias, recebendo de Deus aquilo que jamais poderiam comprar ou merecer.

Em um mundo que valoriza posições de destaque e recompensa quem pode oferecer retorno, o Evangelho deste domingo é um desafio radical. O cristão é chamado a viver a lógica da gratuidade, abrindo-se ao outro sem esperar nada em troca. Essa atitude transforma não apenas a vida pessoal, mas também a vida comunitária e social, tornando a Igreja sinal visível do Reino.

A liturgia do dia nos mostra um caminho claro: a humildade é a chave para entrar no Reino dos Céus. O orgulhoso busca reconhecimento, mas o humilde reconhece que tudo é graça.

Jesus nos ensina que não podemos viver a fé apenas como convenção social ou oportunidade de prestígio. O seguimento cristão exige despojamento, abertura aos pequenos e generosidade sem cálculos. Quem vive assim já antecipa o banquete do Reino, no qual todos têm lugar garantido.

Essa mensagem é extremamente atual. Vivemos em uma sociedade marcada pela competição, pela busca de status e pela indiferença aos mais pobres. O Evangelho nos convida a nadar contra essa corrente: abrir espaço em nossa mesa, em nossa vida e em nosso coração para aqueles que nada podem oferecer em troca.

Vivendo a Palavra no dia a dia

A liturgia deste domingo não é apenas um ensinamento, mas um convite prático. Podemos nos perguntar:

  • Tenho buscado reconhecimento e prestígio em minhas relações, ou procuro servir com humildade?
  • Em minha vida comunitária, valorizo apenas os que têm influência ou acolho também os pequenos e esquecidos?
  • Minha casa e meu coração estão abertos para partilhar com quem nada pode me dar em troca?

Seguir Jesus é escolher a via da humildade, reconhecendo que tudo o que temos é dom de Deus e deve ser colocado a serviço do próximo.

Neste 22º Domingo do Tempo Comum – Ano C, a liturgia do dia nos lembra que o caminho da humildade é o caminho do Evangelho. O Senhor exalta os humildes e convida cada um de nós a viver com simplicidade, confiança e generosidade.

Que possamos abrir espaço em nossas mesas, comunidades e corações para todos, especialmente para os mais necessitados. Assim, antecipamos o banquete eterno do Reino, onde Cristo mesmo é o anfitrião e todos somos convidados.

LITURGIA DO DIA: SÁBADO DA 21ª SEMANA DO TEMPO COMUM

Liturgia do Dia – Sábado, 30 de Agosto de 2025.
21ª Semana do Tempo Comum – Ano Ímpar (I)
Leituras: 1Ts 4,9-11; Sl 97(98),1.7-8.9; Mt 25,14-30

A liturgia do dia deste sábado, 30 de agosto de 2025, nos convida a refletir sobre o dom da vida, os talentos que recebemos de Deus e o compromisso cristão de colocá-los a serviço da comunidade. Inseridos no Tempo Comum, caminhamos na fé alimentados pela Palavra, que nos ensina a viver com responsabilidade, solidariedade e esperança.

Primeira leitura: O amor que se traduz em vida concreta (1Ts 4,9-11)

Na primeira leitura, São Paulo escreve à comunidade de Tessalônica elogiando o amor fraterno que eles já viviam, mas os exorta a “progredir sempre mais”. O apóstolo recomenda que levem uma vida tranquila, dedicada ao trabalho e às responsabilidades diárias.

Aqui a liturgia do dia recorda que a fé cristã não se reduz a palavras bonitas ou sentimentos abstratos. Ela se expressa no cotidiano: na paciência com os irmãos, na dedicação ao trabalho honesto, no respeito e cuidado uns pelos outros. O Evangelho não é fuga do mundo, mas fermento de transformação na vida comum.

Salmo Responsorial: “O Senhor vem para julgar a terra” (Sl 97)

O salmo 97 (98) é um cântico de alegria e esperança. A criação inteira é convocada a aclamar o Senhor, que vem para julgar com justiça e equidade.

No contexto da liturgia do dia, este salmo nos recorda que nossas ações têm peso diante de Deus. Ele nos confiou dons e pede que os coloquemos em prática, pois a vida não é apenas passagem, mas preparação para o encontro definitivo com Ele. O julgamento de Deus não é ameaça, mas promessa de justiça, de que nada ficará sem sentido e todo bem será reconhecido.

Evangelho: A Parábola dos Talentos (Mt 25,14-30)

O coração da liturgia do dia está no Evangelho, onde Jesus conta a parábola dos talentos. Um homem, antes de viajar, confia a seus servos quantias diferentes de acordo com a capacidade de cada um. Dois deles fazem render o que receberam; o terceiro, com medo, enterra o talento e não o faz frutificar.

Quando o senhor retorna, elogia e recompensa os dois primeiros, mas repreende severamente o que nada fez. A lição é clara: os dons que recebemos de Deus não podem ser desperdiçados, mas multiplicados em benefício do Reino.

A parábola fala de dinheiro, mas o seu sentido é muito mais amplo: trata-se da vida, das qualidades, da fé, do tempo, das oportunidades. Cada cristão recebe de Deus recursos únicos, não para si mesmo, mas para partilhar. O pecado do terceiro servo não foi fazer algo errado, mas não fazer nada.

A liturgia do dia mostra a relação entre amor fraterno (1Ts), esperança no julgamento justo de Deus (Sl 97) e responsabilidade diante dos talentos recebidos (Mt 25). É uma unidade que ilumina nossa vida cristã.

  • Amor fraterno: viver a fé é cultivar relações de respeito, solidariedade e comunhão.
  • Esperança escatológica: o Senhor vem, e sua justiça é motivo de alegria, não de medo.
  • Responsabilidade pelos dons: ninguém pode enterrar os presentes recebidos. A omissão é tão grave quanto a ação errada.

Em termos práticos, podemos nos perguntar:

  • Como tenho cultivado o amor fraterno em minha casa, no trabalho e na comunidade?
  • Tenho consciência de que o tempo, a inteligência, a saúde e os recursos que possuo são dons de Deus?
  • O que estou fazendo para que esses talentos gerem vida e não fiquem escondidos por medo ou comodismo?

Celebrar a liturgia do dia não é apenas ouvir as leituras, mas permitir que a Palavra transforme nossa vida. A parábola dos talentos se atualiza em cada Eucaristia: Cristo se entrega a nós como dom maior, confiando-nos sua presença viva. Ao receber a comunhão, recebemos um “talento” divino que precisa frutificar em gestos de misericórdia, evangelização e serviço.

A comunidade cristã é o espaço privilegiado onde os talentos se complementam. Um tem o dom da palavra, outro da escuta, outro da partilha material, outro da organização. Todos juntos formamos o Corpo de Cristo, e ninguém é dispensável.

UM CHAMADO À AÇÃO

A liturgia do dia de hoje nos chama a uma fé encarnada e dinâmica. Paulo nos convida ao amor fraterno; o salmo anuncia a justiça de Deus; e o Evangelho nos provoca a sair da omissão.

Deus nos dá a vida como um grande talento. O que fazemos com ela? Enterramos por medo e comodismo, ou a multiplicamos em favor do próximo e para a glória de Deus?

Que este sábado, iluminado pela Palavra, nos ajude a reconhecer nossos dons e a colocá-los a serviço. Assim, no dia em que o Senhor vier, também poderemos ouvir: “Muito bem, servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor” (Mt 25,23).