Irmãs Pias Discípulas celebram 60 anos de Vida Consagrada

No dia 24 de julho na Capela Divino Mestre, Cabreúva/SP, na alegria do dia em que fazemos memória da páscoa do Senhor, nós, Pias Discípulas, elevamos a Deus a nossa gratidão pelos 66 anos de nossa presença no Brasil. Também, recordamos o dom da vocação, pelo sim generoso, pela vida doada de nossas jubilandas: Ir. M. Elci Zerma, Ir. M. Cáritas Castro, Ir. M. Rosa Marquetti, Ir. M. Zelinda Lázaro,que celebram 60 anos de vida consagrada como Pias Discípulas. Recebemos delas o testemunho de fidelidade e alegria no seguimento do Divino Mestre.

O pe. Claudiano A. dos Santos, ssp, provincial dos padres e Irmãos Paulinos, foi o presidente da celebração eucarística. Devido ao Covid, foram convidadas apenas as comunidades das Pias Discípulas presente em São Paulo e os parentes e amigos das Jubilandas.

Na sua homilia, Pe. Claudiano recordou que toda a assembleia é convidada a renovar os seus votos, sejam eles religiosos ou matrimoniais ou como cristãos e cristãs. O evangelho convida: “ensina-nos a rezar”. Pe. Claudiano incentivava que é preciso entender este pedido no contexto do Pai-Nosso. O verdadeiro modo de seguir Jesus Cristo, pela oração, não nos afasta do quotidiano da vida. Por isso devemos buscar a maneira mais adequada de rezar, a maneira mais adequada de estar no relacionamento com Deus, que se revela no concreto, na relação com os irmãos e irmãs. “E na vida religiosa”, lembrava o pe. Claudiano, “como em todo lugar naturalmente, a presença de Deus nos irmãos e irmãs nem sempre é fácil. Nós temos a nossa natureza: a tendência é sempre querermos ter razão, é sempre querermos estar certos. E se Deus não nos dá o Espírito Santo, como encerra este evangelho, tomamos decisões precipitadas, que causam o mal a nós e aos outros. Por isso, a cada dia, é preciso renovar este pedido: “Senhor, ensina-nos a rezar”. É um pedido feito com confiança. Mas sabemos que Deus não vai fazer nossa vontade, nossos caprichos. O Espírito Santo vem no nosso auxílio e nos ajuda a pedir o necessário para nossa vida. Quando pedimos a Deus, nos comprometemos também. Assim, faz recordar os votos religiosos, no âmbito do comprometimento”.

O pe. Claudiano ainda recordou com carinho da presença da Ir. Rosa Marquete no seminário paulino. Ele agradeceu e também pediu perdão. Como conclusão da sua homilia, ele beijou os pés das Irmãs Jubilandas em forma de agradecimento às Pias Discípulas pelo testemunho de gratuidade e serviço nos seminários paulinos, durante todo o período que, no Brasil, marcamos presença.

Esta manhã foi marcada ainda pela confraternização num delicioso almoço e as manifestações artísticas das Noviças. Gratidão pela vida e testemunho das nossas Jubilandas: 60 anos de vida consagrada.

Irmãs Pias Discípulas celebram 60 anos de Vida Consagrada

CONHEÇA AS NOSSAS JUBILANDAS

Irmãs Pias Discípulas celebram 60 anos de Vida Consagrada
Ir. Cáritas Castro

A primeira motivação que tive foi “ouvir” na Rádio Aparecida a novela de São Geraldo Majela. Essa me entusiasmava sempre mais para o seguimento de Jesus.

A Palavra de Deus que me acompanhou foi: “todo aquele que deixar por causa de mim, irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terra ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna” (Mt 19,29). O “por causa de mim” foi o referencial que me acompanhou até hoje. Também quando se fazia a profissão e o Sacerdote dizia: “Se queres dê um passo à frente”. Nunca pensei em dar passos para trás.

Quem me ajudou tanto na parte espiritual e até financeira foi o verbita Pe. Ernesto Zaramella. Também o paulino luminoso Padre João Roatta com suas sábias pregações.

Todas as formadoras com seus eficazes ensinamentos e até com provocações que ajudaram a fortificar o “por causa de mim”.

O Bem-Aventura Pe. Tiago Alberione, que se encontrava no Brasil em visita à comunidade da Raposo Tavares, conversou com cada irmã pessoalmente. Após a conversa perguntou-me quanto tempo de profissão, se eu estava contente. Após minhas respostas, disse: “Então sempre avante!”

Do carisma o que sempre me marcou e o vejo com um programa de vida são as palavras: “Não temais, estou convosco, daqui quero iluminar. Vivam em contínua conversão.”

Por tudo, a Ele toda a glória.
Saudações fraternas,
Ir. M. Cáritas Castro


Irmãs Pias Discípulas celebram 60 anos de Vida Consagrada
Ir. Elci Zerma – fundadora da BETÂNIA do Rio de Janeiro,

UMA TRAJÉTORIA DE AMOR

 Ao celebrar 60 anos de minha Consagração  com os votos religiosos, na Congregação das Irmãs Pias Discípulas do Divino Metre, me sinto feliz e motivada a cantar, como Maria, o meu louvor a Deus, que olhou para a minha pequenez, me escolheu, chamou e  enviou como Discípula, no seguimento de Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida para ser um instrumento de amor pela  minha vida orante e atuante na Igreja. Igualmente é imensa a minha gratidão aos meus pais que me educaram na fé e a quantos me apoiaram na trajetória desses 60 anos de vida e missão!  Creio que meu encontro com as Discípulas do Divino Metre foi por inspiração divina, isto pela distância geográfica de São Paulo com a Cidade de Curitibanos/SC.  Além do mais, pela ousadia e ardor apostólico da Irmã Modesta Grotto e Irmã  Bruna Rizzo, em missão vocacional. Elas viajavam de um Estado para o outro buscando recursos para a Congregação com apenas três anos de fundação no Brasil.  Foi assim que encaminhadas pelo Pároco à uma residência, na mesma Praça da Igreja Nossa Senhora da Conceição; elas chegaram perguntando: “É aqui que mora uma jovem que deseja ser Irmã”?   Prontamente respondi: “Essa jovem sou eu. Entrem!” –  As Irmãs entraram muito felizes.

Foi a primeira vez, dentre tantas outras, que   escutei as gargalhadas da nossa querida e inesquecível Irmã Modesta, que tanto nos inspirou com seu ardor apostólico e jovialidade. Após esse encontro inesperado com elas, tive a certeza de que Jesus Mestre me chamava para ser sua Discípula, quando eu já me orientava para ingressar com as Irmãs Escolares de Nossa Senhora. Assim, com a licença de meus pais, segui para São Paulo com a Irmã Bruna.

Ao chegar na Comunidade composta somente de Irmãs estrangeiras e um grupo de jovens, senti algumas dificuldades para me adaptar, como na alimentação e a outras práticas, ainda da cultura italiana; também a saudades da família batia forte, mas logo me integrei ao grupo e percorri as etapas de formação para a Vida Religiosa Consagrada.

O que mais me atraiu e me fortaleceu nos momentos difíceis, foi a Adoração Eucarística Perpétua, como missão de intercessão pela Família Paulina, pela Igreja e pela a Humanidade em necessidade. Era algo mágico ser acordada à noite, na hora da minha escala para a adoração com o convite: “Jesus Mestre está presente e te chama”, então eu descia para a Capela muito feliz para o meu encontro com Jesus Mestre presente na Eucaristia!

É impossível testemunhar o quanto fui motivada, orientada, amada e ajudada por cada uma das Irmãs Pioneiras no Brasil, em especial pelas minhas Mestras na formação, Irmã Venerina Vaccarise, que por opção, permaneceu no Brasil desde a fundação até sua despedida definitiva. Ela foi minha amiga, conselheira e inspiração de bondade, desde 1959 até 2021. Sempre me compreendendo e orientando nos momentos difíceis de discernimento pessoal e apostólico. Meu último encontro com ela foi quando tive o privilégio ficar ao seu lado no Hospital, últimos dias de sua vida e missão no Brasil, desde a fundação (1956).   Mulher Consagrada, aberta às realidades humanas com sabedoria, fé e visão apostólica do Carisma da Congregação, me aconselhou, encorajou e impulsionou a continuar firme a serviço dos irmãos excluídos e em vulnerabilidade social.

Guardo como um legado suas últimas palavras, me fitando com uma expressão de paz, firmeza e visão espiritual sobre o Carisma e Missão das Discípulas:  “Amoris, você  está no caminho certo, continue amando e servindo  Jesus nos mais pobres”!  Creio que cada Irmã que conviveu com a Irmã Venerina, guarda no coração seu testemunho silencioso, orante e acolhedor.

Concluo, glorificando Jesus Mestre, pela sua pela sua Graça, Amor e misericórdia, que me sustentaram nesses 60 anos de discipulado nas pegadas dos Bem-aventurados Padre Tiago Alberione, Madre Escolástica e Timóteo Giaccardo!

 Irmã Maria Amoris (Maria Elci Zerma)

CONHEÇA O PROJETO DA BETÂNIA E COLABORE!


Irmãs Pias Discípulas celebram 60 anos de Vida Consagrada
Ir. Rosa Marquete

Graças ao Senhor porque Ele é bom;
o seu amor é para sempre!

Com imensa gratidão, celebro e partilho o amor e a fidelidade de Deus na minha vida. Nasci e cresci em uma família onde fui iniciada nos valores cristãos e foi ali que Deus me visitou com o seu chamado para a vida religiosa. E hoje sinto que responder a esse chamado é para mim uma graça imensa.  Quando cheguei à Congregação, o encontro que logo iluminou o meu ser foi com o próprio Jesus Mestre. Entrei na capela e me deparei diante do Santíssimo exposto. Ali senti: aqui é meu lugar! Era isso que eu estava buscando.  Uma  Palavra sempre me acompanhou no caminho vocacional e me acompanha até hoje: “Eu sou a Videira e vocês são os ramos.” (Jo 15,5).  Sinto que ao longo dos anos cresci na relação com  Ele e nesta relação de confiança e intimidade tive a graça de perseverar na fé e na doação. Sobretudo nos momentos mais difíceis, sentia a sua presença e força que me acompanhava e sustentava.

Também me sinto agradecida, porque no dia a dia da caminhada  encontrei muitas pessoas que foram mediação de Deus para mim, e dentre estas recordo  a Irmã M. Paulina  de Lucca. Uma mulher humilde, simples, de grande fé e generosidade. Com as irmãs mais jovens, era uma presença próxima, atenciosa, compreensiva, humana.

Recordando esta História da fidelidade de Deus, agradeço pela vida do nosso querido fundador, padre Tiago Alberione, que dócil ao Espirito Santo, instituiu as Pias Discípulas do Divino Mestre, na Igreja e na Família Paulina. Um dos seus ensinamentos que mais marcou e ocupou a minha vida é o apostolado sacerdotal. Por longos anos, na oração e no serviço, tive a graça de viver com alegria e no espirito de Maria Santíssima.

Hoje celebro e louvo a Deus pelo seu chamado a esta vocação; pela sua fidelidade e pela missão que confiou a mim, sobretudo no Apostolado Sacerdotal.  Agradeço a Congregação que me acolheu com amor e me ajuda a fazer da vida uma oferta de louvor e gratidão.

Ir. M. Rosa Marquetti


Irmãs Pias Discípulas celebram 60 anos de Vida Consagrada
Ir. Zelinda Lázaro

Acreditei naquele que é fiel e cuida de mim até o fim.

Pertenço a uma família cristã, com três tios padres, uma tia religiosa e uma irmã Pia Discípula. Conheci a irmã Pasquina e ir. Fabiana através do Pároco Padre José Brasil, muito amigo e frequentador de minha família.

As irmãs, estando em minha casa, explicaram a espiritualidade e missão, fiquei feliz quando disseram da Adoração e do silêncio. Eu pensava em ser irmã carmelita e logo me encontrei no caminho e decidi dizer sim.

Então viajamos do estado do Espírito Santo para São Paulo, foi uma longa viagem. Ao chegar na casa das irmãs, tudo era novo até as devoções eram diferentes. Meu pai, ficou preocupado e veio ver se realmente eram casa de religiosas.

Iniciando a formação e meditando a Palavra de Deus, desde o início, o que me chamou a atenção foram as palavras de São Paulo aos Ef. 1,4 “antes do mundo ser criado Deus já tinha me escolhido mesmo antes de eu me consagrar”, também Is. 19,16 “veja eu te gravei na palma de minha mão”, meditando e rezando, percebi que não foi eu que escolhi Deus, mas foi ele que me escolheu desde toda a eternidade.

Durante a formação, o que muito me ajudou foi perceber o amor e a fidelidade das irmãs às palavras do primeiro mestre e da Madre Escolástica. No apostolado nos ensinavam o valor do silêncio e nos entusiasmavam dizendo que todo trabalho era feito para a glória de Deus, pela santificação dos sacerdotes e pela humanidade, assim me entreguei a Jesus Mestre sob a proteção de Maria Rainha dos Apóstolos e de São Paulo apóstolo.

Acreditei naquele que é fiel e cuida de mim até o fim. Eu, com simplicidade continuo grata por todas as bênçãos e graças que me trouxeram até aqui. Gratidão infinita a Deus e a todos os que somam perseverança em meu caminho no discipulado. Tudo está em suas mãos ó Pai da misericórdia. E por tudo dou graças na certeza de um dia estar celebrando a eterna liturgia junto daquele que me chamou ao seu serviço.

Ir. Zelinda Lázaro -PDDM

34.ª SEMANA DE LITURGIA

A 34ª Semana de Liturgia se aproxima. Já pensou participar? De 26 a 30 de setembro de 2022, teremos este grande evento para nossa Igreja e acontece no Mosteiro de Itaici.

A necessidade da experiência e formação caminharem juntas, acontecem desde 1987 as Semanas de Liturgia. Elas têm a finalidade de reunir participantes de todas as regiões do Brasil para pensar e responder aos desafios da formação litúrgica para os agentes de pastoral em todos os níveis, tanto paroquial como diocesano e regional. As Semanas têm sido preparadas e realizadas pelos membros do Centro de Liturgia. A partir de 2011, por ocasião da 25ª Semana de Liturgia:  Liturgia e Juventude, por uma proposta de formação mistagógica, foi reconhecida oficialmente a parceria com a Celebra, Rede de Animação Litúrgica, na preparação e realização das Semanas. E em 2009, o Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL), campus Pio XI passou a emitir os certificados.

A 34ª Semana de Liturgia é destina a todos os agentes da pastoral litúrgica em geral; coordenadores regionais, diocesanos e paroquiais da pastoral litúrgica e da catequese; professores(as) de Liturgia e Sacramentos; bispos, presbíteros, diáconos e seminaristas.

34ª SEMANA DE LITURGIA: O RITO COMO FONTE DO SACERDÓCIO BATISMAL E LUGAR DO SEU EXERCÍCIO

A Constituição Conciliar Sacrossanctum Concilium, sobre a Sagrada Liturgia (1963), inaugurou um novo caminho para a teologia da realidade celebrativa da Igreja. Tal caminho consiste em reconhecer a Liturgia como “lugar teológico” que constitui e educa a fé dos que participam das celebrações (cf. SC 33; 51). Constituída por ritos e preces, a Liturgia se configura como uma modalidade da revelação, pois realiza fielmente o seu dinamismo de associar gestos e palavras, pelos quais Deus se revela e a Igreja alcança uma boa compreensão de seu mistério.

Neste sentido, o rito ganha particular importância para a ciência litúrgica, pois como ato celebrativo, revela o mistério celebrado e associa a ele os que ritualizam. Disso decorre a importância da participação ativa e plena dos fiéis na Liturgia, como condição especial para a sua realização como povo real, sacerdotal e profético (cf. 1Pd 2,9) – a própria natureza da Liturgia o exige (cf. SC 14). Ademais, só a participação na Liturgia qualifica e constitui o sujeito eclesial, o cristão batizado.

Não obstante toda essa compreensão, a teologia dos sacramentos e da Liturgia vive ainda sob o impacto das teologias sistemáticas e dogmáticas. Embora tenham se interessado pelo rito nos últimos tempos, o fazem não a partir do ato celebrativo, não como fonte da teologia que produzem, mas como ilustração, ou justificativa de suas premissas teológicas, ou filosóficas-metafísicas. Também a teologia litúrgica recai nesse lugar comum quando ignora o rito celebrado. Resulta desse esquema racionalista, uma cisão com a celebração, pois perdeu-se a conexão com o rito, elemento fundamental da Liturgia e expressão própria da lex orandi. Essa abordagem, esvazia a ação celebrativa do seu sentido, pois em seu racionalismo reforça a suspeita sobre o que não é racional e discursivo como forma de conhecimento, nega tacitamente o corpo, o lúdico, enfim, o jogo ritual como dinamismo capaz de introduzir no mistério.

Neste ano de 2022, a 34ª Semana de Liturgia promovida pelo Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard e a Rede Celebra se debruçará sobre o tema do Sacerdócio Comum dos Fiéis a partir da Liturgia, como fruto da sua participação ativa e plena nas celebrações. Para tanto, observará com competência a forma própria da Liturgia abordar um tema, outrora tratado apenas do ponto de vista das teologias sistemáticas e dogmáticas. A Liturgia no Brasil tem, para isso, singular e importantes instrumentos de investigação: o laboratório litúrgico e vivências, a observação participante e aguda sensibilidade teológica para o rito.

I – DATA

26 A 30/09/2022 (SEGUNDA A SEXTA-FEIRA)

Início: 12h com o almoço do dia 26/09
Término: 12h com o almoço do dia 30/09
“Tendo em vista a metodologia da Semana de Liturgia, é imprescindível a participação em tempo integral”.

II – LOCAL

Mosteiro de Itaici

Endereço:
Rodovia José Boldrini, 170, Bairro Itaici, Indaiatuba/SP.
Telefones: (19) 2107-8500 – Secretaria: (19) 2107-8501 – (19) 2107-8502

Site do local: www.itaici.org.br

Hospedagem:

  • Quarto individual: R$1.197,00 (50 quartos individuais disponíveis).
  • Quarto duplo: R$1.075,00 (por pessoa)
  • Pagamento direto com o Mosteiro de Itaici no período de 25/08 a 05/09/2022. Após esta
    data pagamento direto com o Centro de Liturgia.
  • Forma de Pagamento: somente via PIX no valor total. A chave PIX será informada por e-mail apenas no período indicado acima (25/08 – 05/09) porque a casa não receberá pagamentos fora desta data.
  • Desistências após pagamento serão aceitas até 10/09/22 (após esta data será retido o
    valor de 20% referente a taxa administrativa).

COMO CHEGAR

  • Aeroporto Internacional Viracopos – Campinas: é o aeroporto mais próximo do Mosteiro de Itaici. Segundo informações obtidas através do Google Maps, o trajeto é de 17,3km, 22 min (aprox) de carro. Segundo informações da casa de encontros o mais comum é fazer este trajeto por meio de táxi e/ou aplicativos de mobilidade urbana (Uber, 99pop, etc).
  • Campinas-Indaiatuba: transitar pela Rod. SP-75 até chegar a Saída 57-C e Sorocaba-Indaiatuba, Saída 55-A, saindo na Av. Cel. Antonio Estanislau do Amaral / Estr. Municipal Indaiatuba-Itupeva / Rod. José Boldrini. Manter-se nesse percurso até passar a ponte do Rio Jundiaí. A entrada fica à direita em frente a E.E. Joaquim Pedroso de Alvarenga.
  • São Paulo-Indaiatuba: transitar pela Rod. dos Bandeirantes até a Saída 88. Fazer o contorno no pontilhão entrando para a Rod. SP-75. Manter-se no percurso até encontrar a Saída 57-C, saindo na Av. Cel. Antonio Estanislau do Amaral / Estr. Municipal Indaiatuba-Itupeva / Rod. José Boldrini. Manter-se nesse percurso até passar a ponte do Rio Jundiaí. A entrada fica à direita em frente a E.E. Joaquim Pedroso de Alvarenga.
  • Sorocaba e região: seguir pela Rod. Sen. José E. de Moraes até chegar a Rod. Dep. Archimedes Lammoglia, manter-se no percurso até encontrar a Rod. Pref. Hélio Steffen. Siga nessa rota até encontrar a Rod. Eng. Ermênio de Oliveira Penteado, mantenha-se nesse percurso até encontrar à sua direita a Saída 55-A, saindo na Av. Cel. Antônio Estanislau do Amaral / Estr. Municipal Indaiatuba-Itupeva / Rod. José Boldrini. Manter-se nesse percurso até passar a ponte do Rio Jundiaí. A entrada fica à direita em frente a E.E. Joaquim Pedroso de Alvarenga.
  • Rio de Janeiro-Indaiatuba: acesso pela Rod. Dom Pedro I, até a rotatória que leva a Rod. Anhanguera, seguir até encontrar a Rod. Alberto Panzan. Continuar em frente até a Rod. Bandeirantes, seguindo até chegar a Rod. SP-75.
  • Ônibus (VB Transportes) – Informações pelo telefone (19) 3875-2342 ou pelo site www.vbtransportes.com.br. VB Transportes mantém horários diários de Campinas-Indaiatuba e São Paulo-Indaiatuba. De Indaiatuba ao bairro Itaici é preciso tomar táxi ou ônibus circular. O circular da Viação Guaianazes (Linhas: Engenho, Terras de Itaici ou Vale das Laranjeiras) passa no portão de entrada do Mosteiro de Itaici, sendo necessário andar 1,2Km até a recepção da casa.

III – INSCRIÇÃO NA 34ª SEMANA DE LITURGIA

  • Preencher o formulário disponível no link: https://forms.gle/nS4Su3huQFLtg1sy8
  • Enviar o comprovante de pagamento e comprovante de vacinação contra Covid-19 para o e-mail: semanadeliturgia@institucional
  • Investimento: R$350 [trezentos e cinquenta reais]
  • Forma de pagamento:
    PIX: Chave (CNPJ): 020.043.273/0001-20 – Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard
    ou:
    Depósito/Transferência: Banco Bradesco (237), Agência 0478-2, Conta Corrente 0235-6.
  • Vagas: 230

A Semana de Liturgia é um evento sem fins lucrativos, de modo que a sua realização só será possível com um número mínimo de 150 inscritos até 10/09/2022. Havendo inscrições insuficientes na data estabelecida o evento será adiado. Inscreva-se o quanto antes!

IV – INFORMAÇÕES

  • Trazer o Ofício Divino das Comunidades.
  • Trazer comidas e bebidas típicas da sua região para a confraternização.
  • Recomendamos o uso de máscaras.
  • Outras dúvidas e informações escreva para o e-mail: [email protected] ou pelo telefone/whasApp: (11) 9 8297-4268 – Ir. Neideane, pddm

V – REALIZAÇÃO


Parcerias-Semanas-de-liturgia

Para baixar o material em PDF com todas as informações da 34ª Semana de Liturgia CLIQUE AQUI

Faça a sua para a 34ª Semana de Liturgia INSCRIÇÃO AQUI

FORMAÇÃO LITÚRGICA: OLHA O MICROFONE AÍ, GENTE!

Pe. Carlos Gustavo Haas

Fizeram-me a pergunta: “para entoar e sustentar os cantos na liturgia, os cantores devem usar microfone?” A resposta parecia óbvia, mas comecei a observar as equipes de músicos e cantores que animam nossas celebrações, para responder melhor.

Não quero generalizar, mas, em muitos lugares, se está confundindo grupo de animação do canto litúrgico com banda para animação de shows. Sem se dar conta, o grupo adota uma prática que se afasta da verdadeira função do canto litúrgico e prejudica a participação da assembleia.

Trata-se do costume de cada cantor ter um microfone (já vi igrejas com 10 microfones para o grupo de cantos – e não era uma igreja grande, não!). O problema não está no número de microfones, mas no fato de as pessoas permanecerem usando os microfones, enquanto a assembleia também canta. Assim o canto do povo de Deus é completamente abafado.

Este é o verdadeiro problema. Um instrumento técnico, o microfone, deve servir para animar a assembleia e não para abafar, esconder, suprimir as vozes do povo santo que se reúne para cantar as maravilhas do Senhor.

Então não devemos mais usar o microfone? – alguém pergunta. É óbvio que, na maioria de nossas igrejas, precisamos de microfones. Mas o grupo de cantores deve usar este instrumento APENAS para iniciar o canto. Para tanto, não bastaria 1 ou 2 microfones?

Se o grupo dispõe de cantores bem preparados, pode fazer um ou outro canto “a vozes”, precisando então de algum microfone a mais. Isto, porém, não abafaria o canto da assembleia. Depois que o povo começa a cantar, o cantor se afasta do microfone, deixando que apareça claramente a voz da assembleia. O que deve ser ouvido é o canto da assembleia litúrgica, povo sacerdotal, família de Deus, Corpo de Cristo, e não a voz de 1, 2 ou 5 pessoas apenas.

O mesmo vale para os instrumentos musicais, alguns com imensas e potentes caixas de som. Para quê? Se for para animar uma missa ao ar livre, num estádio, tudo bem. Mas JAMAIS numa capela pequena ou média, que não necessita de muita ampliação de som.

Infelizmente, o que muitas vezes se constata é um barulho (ruído) excessivo que perturba e tira a calma e a serenidade indispensáveis para que a assembleia possa ouvir a própria voz e tenha  momentos de silêncio que favoreçam a escuta da Palavra e o louvor que brota de nosso coração agradecido. Depois, façam a experiência: como é bonito o som de um violão sem amplificação! O ideal seria mais violões e menos amplificadores.

Nossa reflexão não quer, de forma alguma, desconsiderar a boa vontade, o empenho e a solicitude de tantos e tantos animadores de cantos, músicos e instrumentistas de nossas comunidades. Eles são uma bênção para as nossas comunidades. O que queremos é alertar para certos exageros e apontar para a função específica deste ministério: “garantir a devida execução das partes que lhe são próprias, conforme os vários gêneros de canto, e auxiliar a ativa participação dos fiéis no canto” (Instrução Geral sobre o Missal Romano, n. 103).

Como subsídio de formação, vejam o DVD produzido por Verbo Filmes, Paulus e Rede Celebra, com o apoio da CNBB, intitulado: CANTO E MÚSICA NA LITURGIA.

Perguntas para colaborar na reflexão:

1. Como avaliamos a presença e a atuação dos animadores de cantos, músicos e instrumentistas de nossa comunidade?

2. A sua atuação ajuda a comunidade a celebrar bem o mistério pascal?

3. Quais as dificuldades que encontramos?

4. Como podemos ajudá-los a bem exercer seu ministério?

5. Por que os cantores e instrumentistas não devem abafar a voz da assembleia?

Pe. Carlos Gustavo Haas possui graduação em Filosofia pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição (1985), graduação em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1990) e mestrado em Liturgia – Pontifício Instituto Liturgico (1994). Atualmente é membro da comissão doutrina da fé – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, perito da comissão de liturgia – Consejo Episcopal Latinoamericano, professor horista da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e coordenador do Curso de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Liturgia, atuando principalmente nos seguintes temas: liturgia, sacrosanctum concilium, igreja católica, eucaristia e igreja. (Fonte: escavador.com)

Música Litúrgica

Prorrogada as Inscrições para pós-graduação em Liturgia, Música e Espaço Litúrgico

Para fazer sua inscrição e ter mais informações, acesse os seguintes links abaixo:

Liturgia: https://pos.unisal.br/liturgia-pio-xi-presencial/
Música Litúrgica: https://pos.unisal.br/musica-liturgica-pio-xi-presencial/
Espaço Litúrgico: https://pos.unisal.br/espaco-liturgico-arquitetura-e-arte-sacra-pio-xi

Sobre o Processo Seletivo e dúvidas pedagógicas:
[email protected]

Outras dúvidas e informações sobre o Curso:
[email protected] – (11) 3649-0200, ramal 2005

DOMINGO DA ASCENÇÃO DO SENHOR E 56º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

No próximo domingo, 29/05/2022, será o Domingo da Ascenção do Senhor e também celebramos o 56º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

Este domingo será o penúltimo domingo do Tempo Pascal. A liturgia deste dia é muito rica. Os textos bíblicos Atos 1,1-11; Salmo 47 (46); Efésios 1,17-23;Lucas 24,46-53, nos colocam na dinâmica de exultação e de alegria. Jesus, após ter instruído os discípulos com ensinamentos libertadores ao longo do ministério, volta ao Pai glorificado. Os discípulos, iluminados pela fé pascal, compreendem que a promessa da Escritura sobre a paixão, morte e ressurreição de Cristo foi realizada. A conversão continua torna-se anúncio da vida nova do Ressuscitado, a ser testemunhada em todas as nações, começando por Jerusalém. Nessa cidade santa, onde Jesus entregou a vida, os discípulos serão revestidos com a força do Espírito Santo prometido.

Jesus ascende ao céu enaltecido pelo amor extremo até a cruz, mas continua na comunidade dos discípulos, abençoando-os (24,50) com sua presença viva, ressuscitada. A fé e a confiança na presença do Senhor se expressam na atitude de adoração. A alegria dos discípulos, diante da manifestação da salvação em Cristo, lembra a dos pastores em 2,10. A obra salvífica, revelada a partir do nascimento de Jesus, realiza-se plenamente com sua oferta pascal e glorificação. Os discípulos, animados pela certeza da presença do Ressuscitado, permanecem no templo, bendizendo pelas maravilhas da salvação realizadas em favor de toda a humanidade. Assim, Lucas termina a narrativa do evangelho com uma ação litúrgica no templo, como havia começado (cf. 1,9).

A 1ª leitura narra a ascensão como coroamento da obra redentora realizada por Jesus e apelo para anunciar a vida nova do Reino. Ungidos com o Espírito Santo, os discípulos testemunharão Cristo e sua mensagem de esperança até os confins da terra. O salmo louva e exalta o Senhor, que estabelece seu reinado sobre todos os povos.  A 2ª leitura acentua que Deus revelou a grandeza de seu amor na ressurreição e exaltação de Cristo, constituído Senhor do universo, cabeça da Igreja, a qual é o corpo, a plenitude daquele que plenifica tudo em todas as coisas.

ASCENÇÃO DO SENHOR

Cristo, ascendendo à glória, abre o caminho para o Pai e impele a testemunharmos a força vitoriosa de sua ressurreição. Como participantes do corpo de Cristo, somos chamados a “dar uma contribuição incisiva para o anúncio cristão” (cf. Verbum Domini, 125).

Exultantes de alegria pascal e fervorosa ação de graças, participamos da mesa da Palavra e da eucaristia. Ele continua vivo no meio de nós. Alimenta-nos com sua palavra e com seu corpo e sangue, nas mesas que nos faz um e nos abre ao diálogo com outras Igrejas.

Nesta semana de oração pela unidade das Igrejas cristãs, que o Senhor nos faça testemunhas da paz e do amor.

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O 56º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

O Papa Francisco escreveu uma mensagem muito profunda para este dia que também celebramos o 56º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Leia, abaixo, na íntegra:

Escutar com o ouvido do coração

Queridos irmãos e irmãs!

No ano passado, refletimos sobre a necessidade de «ir e ver» para descobrir a realidade e poder narrá-la a partir da experiência dos acontecimentos e do encontro com as pessoas. Continuando nesta linha, quero agora fixar a atenção noutro verbo, «escutar», que é decisivo na gramática da comunicação e condição para um autêntico diálogo.

Com efeito, estamos a perder a capacidade de ouvir a pessoa que temos à nossa frente, tanto na teia normal das relações quotidianas como nos debates sobre os assuntos mais importantes da convivência civil. Ao mesmo tempo, a escuta está a experimentar um novo e importante desenvolvimento em campo comunicativo e informativo, através das várias ofertas de podcast e chat audio, confirmando que a escuta continua essencial para a comunicação humana.

A um médico ilustre, habituado a cuidar das feridas da alma, foi-lhe perguntada qual era a maior necessidade dos seres humanos. Respondeu: «O desejo ilimitado de ser ouvidos». Apesar de frequentemente oculto, é um desejo que interpela toda a pessoa chamada a ser educadora, formadora, ou que desempenhe de algum modo o papel de comunicador: os pais e os professores, os pastores e os agentes pastorais, os operadores da informação e quantos prestam um serviço social ou político.

Escutar com o ouvido do coração

A partir das páginas bíblicas aprendemos que a escuta não significa apenas uma perceção acústica, mas está essencialmente ligada à relação dialogal entre Deus e a humanidade. O «shema’ Israel – escuta, Israel» (Dt 6, 4) – as palavras iniciais do primeiro mandamento do Decálogo – é continuamente lembrado na Bíblia, a ponto de São Paulo afirmar que «a fé vem da escuta» (Rm 10, 17). De facto, a iniciativa é de Deus, que nos fala, e a ela correspondemos escutando-O; e mesmo este escutar fundamentalmente provém da sua graça, como acontece com o recém-nascido que responde ao olhar e à voz da mãe e do pai. Entre os cinco sentidos, parece que Deus privilegie precisamente o ouvido, talvez por ser menos invasivo, mais discreto do que a vista, deixando consequentemente mais livre o ser humano.

A escuta corresponde ao estilo humilde de Deus. Ela permite a Deus revelar-Se como Aquele que, falando, cria o homem à sua imagem e, ouvindo-o, reconhece-o como seu interlocutor. Deus ama o homem: por isso lhe dirige a Palavra, por isso «inclina o ouvido» para o escutar.

O homem, ao contrário, tende a fugir da relação, a virar as costas e «fechar os ouvidos» para não ter de escutar. Esta recusa de ouvir acaba muitas vezes por se transformar em agressividade sobre o outro, como aconteceu com os ouvintes do diácono Estêvão que, tapando os ouvidos, atiraram-se todos juntos contra ele (cf. At 7, 57).

Assim temos, por um lado, Deus que sempre Se revela comunicando-Se livremente, e, por outro, o homem, a quem é pedido para sintonizar-se, colocar-se à escuta. O Senhor chama explicitamente o homem a uma aliança de amor, para que possa tornar-se plenamente aquilo que é: imagem e semelhança de Deus na sua capacidade de ouvir, acolher, dar espaço ao outro. No fundo, a escuta é uma dimensão do amor.

Por isso Jesus convida os seus discípulos a verificar a qualidade da sua escuta. «Vede, pois, como ouvis» (Lc 8, 18): faz-lhes esta exortação depois de ter contado a parábola do semeador, sugerindo assim que não basta ouvir, é preciso fazê-lo bem. Só quem acolhe a Palavra com o coração «bom e virtuoso» e A guarda fielmente é que produz frutos de vida e salvação (cf. Lc 8, 15). Só prestando atenção a quem ouvimos, àquilo que ouvimos e ao modo como ouvimos é que podemos crescer na arte de comunicar, cujo cerne não é uma teoria nem uma técnica, mas a «capacidade do coração que torna possível a proximidade» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 171).

Ouvidos, temo-los todos; mas muitas vezes mesmo quem possui um ouvido perfeito, não consegue escutar o outro. Pois existe uma surdez interior, pior do que a física. De facto, a escuta não tem a ver apenas com o sentido do ouvido, mas com a pessoa toda. A verdadeira sede da escuta é o coração. O rei Salomão, apesar de ainda muito jovem, demonstrou-se sábio ao pedir ao Senhor que lhe concedesse «um coração que escuta» ( 1 Rs 3, 9). E Santo Agostinho convidava a escutar com o coração ( corde audire), a acolher as palavras, não exteriormente nos ouvidos, mas espiritualmente nos corações: «Não tenhais o coração nos ouvidos, mas os ouvidos no coração» [1]. E São Francisco de Assis exortava os seus irmãos a «inclinar o ouvido do coração» [2].

Por isso, a primeira escuta a reaver quando se procura uma comunicação verdadeira é a escuta de si mesmo, das próprias exigências mais autênticas, inscritas no íntimo de cada pessoa. E não se pode recomeçar senão escutando aquilo que nos torna únicos na criação: o desejo de estar em relação com os outros e com o Outro. Não fomos feitos para viver como átomos, mas juntos.

A escuta como condição da boa comunicação

Há um uso do ouvido que não é verdadeira escuta, mas o contrário: o espionar. De facto, uma tentação sempre presente, mas que neste tempo da social web parece mais assanhada, é a de procurar saber e espiar, instrumentalizando os outros para os nossos interesses. Ao contrário, aquilo que torna boa e plenamente humana a comunicação é precisamente a escuta de quem está à nossa frente, face a face, a escuta do outro abeirando-nos dele com abertura leal, confiante e honesta.

Esta falta de escuta, que tantas vezes experimentamos na vida quotidiana, é real também, infelizmente, na vida pública, onde com frequência, em vez de escutar, «se fala pelos cotovelos». Isto é sintoma de que se procura mais o consenso do que a verdade e o bem; presta-se mais atenção à audience do que à escuta. Ao invés, a boa comunicação não procura prender a atenção do público com a piada foleira visando ridicularizar o interlocutor, mas presta atenção às razões do outro e procura fazer compreender a complexidade da realidade. É triste quando surgem, mesmo na Igreja, partidos ideológicos, desaparecendo a escuta para dar lugar a estéreis contraposições.

Na realidade, em muitos diálogos, efetivamente não comunicamos; estamos simplesmente à espera que o outro acabe de falar para impor o nosso ponto de vista. Nestas situações, como observa o filósofo Abraham Kaplan [3], o diálogo não passa de duólogo, ou seja um monólogo a duas vozes. Ao contrário, na verdadeira comunicação, o eu e o tu encontram-se ambos «em saída», tendendo um para o outro.

Portanto, a escuta é o primeiro e indispensável ingrediente do diálogo e da boa comunicação. Não se comunica se primeiro não se escutou, nem se faz bom jornalismo sem a capacidade de escutar. Para fornecer uma informação sólida, equilibrada e completa, é necessário ter escutado prolongadamente. Para narrar um acontecimento ou descrever uma realidade numa reportagem, é essencial ter sabido escutar, prontos mesmo a mudar de ideia, a modificar as próprias hipóteses iniciais.

Com efeito, só se sairmos do monólogo é que se pode chegar àquela concordância de vozes que é garantia duma verdadeira comunicação. Ouvir várias fontes, «não parar na primeira locanda» – como ensinam os especialistas do oficio – garante credibilidade e seriedade à informação que transmitimos. Escutar várias vozes, ouvir-se – inclusive na Igreja – entre irmãos e irmãs, permite-nos exercitar a arte do discernimento, que se apresenta sempre como a capacidade de se orientar numa sinfonia de vozes.

Entretanto para quê enfrentar este esforço da escuta? Um grande diplomata da Santa Sé, o cardeal Agostinho Casaroli, falava de «martírio da paciência», necessário para escutar e fazer-se escutar nas negociações com os interlocutores mais difíceis a fim de se obter o maior bem possível em condições de liberdade limitada. Mas, mesmo em situações menos difíceis, a escuta requer sempre a virtude da paciência, juntamente com a capacidade de se deixar surpreender pela verdade – mesmo que fosse apenas um fragmento de verdade – na pessoa que estamos a escutar. Só o espanto permite o conhecimento. Penso na curiosidade infinita da criança que olha para o mundo em redor com os olhos arregalados. Escutar com este estado de espírito – o espanto da criança na consciência dum adulto – é sempre um enriquecimento, pois haverá sempre qualquer coisa, por mínima que seja, que poderei aprender do outro e fazer frutificar na minha vida.

A capacidade de escutar a sociedade é ainda mais preciosa neste tempo ferido pela longa pandemia. A grande desconfiança que anteriormente se foi acumulando relativamente à «informação oficial», causou também uma espécie de «info-demia» dentro da qual é cada vez mais difícil tornar credível e transparente o mundo da informação. É preciso inclinar o ouvido e escutar em profundidade, sobretudo o mal-estar social agravado pelo abrandamento ou cessação de muitas atividades económicas.

A própria realidade das migrações forçadas é uma problemática complexa, e ninguém tem pronta a receita para a resolver. Repito que, para superar os preconceitos acerca dos migrantes e amolecer a dureza dos nossos corações, seria preciso tentar ouvir as suas histórias. Dar um nome e uma história a cada um deles. Há muitos bons jornalistas que já o fazem; e muitos outros gostariam de o fazer, se pudessem. Encorajemo-los! Escutemos estas histórias! Depois cada qual será livre para sustentar as políticas de migração que considerar mais apropriadas para o próprio país. Mas então teremos diante dos olhos, não números nem invasores perigosos, mas rostos e histórias de pessoas concretas, olhares, expetativas, sofrimentos de homens e mulheres para ouvir.

Escutar-se na Igreja

Também na Igreja há grande necessidade de escutar e de nos escutarmos. É o dom mais precioso e profícuo que podemos oferecer uns aos outros. Nós, cristãos, esquecemo-nos de que o serviço da escuta nos foi confiado por Aquele que é o ouvinte por excelência e em cuja obra somos chamados a participar. «Devemos escutar através do ouvido de Deus, se queremos poder falar através da sua Palavra» [4]. Assim nos lembra o teólogo protestante Dietrich Bonhöffer que o primeiro serviço na comunhão que devemos aos outros é prestar-lhes ouvidos. Quem não sabe escutar o irmão, bem depressa deixará de ser capaz de escutar o próprio Deus [5].

Na ação pastoral, a obra mais importante é o «apostolado do ouvido». Devemos escutar, antes de falar, como exorta o apóstolo Tiago: «cada um seja pronto para ouvir, lento para falar» (1, 19). Oferecer gratuitamente um pouco do próprio tempo para escutar as pessoas é o primeiro gesto de caridade.

Recentemente deu-se início a um processo sinodal. Rezemos para que seja uma grande ocasião de escuta recíproca. Com efeito, a comunhão não é o resultado de estratégias e programas, mas edifica-se na escuta mútua entre irmãos e irmãs. Como num coro, a unidade requer, não a uniformidade, a monotonia, mas a pluralidade e variedade das vozes, a polifonia. Ao mesmo tempo, cada voz do coro canta escutando as outras vozes na sua relação com a harmonia do conjunto. Esta harmonia é concebida pelo compositor, mas a sua realização depende da sinfonia de todas e cada uma das vozes.

Cientes de participar numa comunhão que nos precede e inclui, possamos descobrir uma Igreja sinfónica, na qual cada um é capaz de cantar com a própria voz, acolhendo como dom as dos outros, para manifestar a harmonia do conjunto que o Espírito Santo compõe.

Roma, São João de Latrão, na Memória de São Francisco de Sales, 24 de janeiro de 2022.

Francisco


[1] «Nolite habere cor in auribus, sed aures in corde» ( Sermo 380, 1: Nova Biblioteca Agostiniana 34, 568).

[2] Carta à Ordem inteiraFontes Franciscanas, 216.

[3] Cf. «The life of dialogue» , in J. D. Roslansky (ed.), Communication. A discussion at the Nobel Conference (North-Holland Publishing Company – Amesterdão 1969), 89-108.

[4] D. Bonhöfffer, La vita comune (Queriniana – Bréscia 2017), 76.

[5] Cf. ibid., 75.

Fonte da mensagem do Papa Francisco: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/communications/documents/20220124-messaggio-comunicazioni-sociali.html


Baixe esta mensagem do Papa Francisco em pdf:

PE. REGINALDO VELOSO: GRATIDÃO!

Reginaldo Veloso completou neste mês de maio 84 anos. Ontem, 19/05/2022, às 23h30, em Recife onde morava, fez a sua subida para a casa do Pai.

Nossos primeiros contatos com Reginaldo Veloso foram no início da década de 1980. Desde então inúmeras vezes se hospedou em nossa casa ainda na Raposo Tavares. Trabalhamos com ele para a publicação de um caderninho intitulado “Cantar a Deus em terra estranha” [1986], que foi o esboço do que viria a ser o Ofício Divino das Comunidades [1988] do qual também fizemos parte, da sua edição e divulgação, sobretudo da gravação das respectivas músicas, para fazê-lo chegar ao povo das comunidades. Todo este trabalho foi feito em equipe, na qual Reginaldo tinha um papel fundamental como músico e pastor sensível ao anseio de oração do povo.

Além disso, Reginaldo escreveu inúmeras vezes na Revista de Liturgia. A primeira em 1986, na edição de março/abril, sobre os prefácios populares, versão e melodia de sua autoria. A última vez foi no ano passado [2021], na edição 286, julho/agosto, p. 29. A nosso pedido ele completou o que faltava para os ofícios da festa de Maria Madalena: versões e melodias das antífonas, responsos e salmos.

Presbítero casado, poeta, compositor, Reginaldo Veloso foi um ser humano de extrema grandeza e de envergadura incomum, pautado pelo evangelho e profundamente comprometido com a evangelização entre os pobres. Jamais recuou diante das muitas hostilidades sofridas e se manteve fiel até o fim, como o Mestre.  Transitava com igual entusiasmo e inteireza entre a militância política e a liturgia celebrada com alegria e gratuidade. Evidenciava em tudo o que fazia uma visão pascal da vida, que a liturgia proclama e sustenta. Seu legado, sobretudo como músico e cantor da Páscoa de Cristo na Páscoa do povo, é incomensurável.

Nossa imensa gratidão ao nosso querido irmão e amigo, Reginaldo Veloso.

Ir. M. da Penha Carpanedo, pddm

Entrevista com a Ir. Paula sobre o projeto Construindo Pontes Norte/Sul: um Encontro Sinodal entre o Papa Francisco e Estudantes Universitários

No dia 24 de fevereiro de 2022, em uma live transmitida pelo Youtube no Canal da Loyola University Chicago, o Papa Francisco reuniu vários universitários da América do Norte, Central e Sul. O projeto é o Construindo Pontes Norte-sul um Encontro Sinodal entre o Papa Francisco e Estudantes Universitários. Este encontro histórico entre o Papa e estudantes universitários abordou alguns principais desafios de nosso tempo. Neste diálogo, os estudantes compartilharam os projetos educativos concretos que buscam transformar com justiça as realidades ambientais e econômicas.

A Ir. Paula Carlos de Souza, pddm, é mestranda em Ciência da Religião, na Universidade de Pernambuco. Ela foi uma das alunas escolhida para integrar esta equipe e o assunto abordo pelos universitários brasileiros foi o tema da migração.

Ir. Paula Carlos de Souza, pddm
Ir. Paula, pddm

A Ir. Paula, pddm, concedeu uma entrevista à Ir. Julia, pddm, e conta como foi o processo para participar deste evento desde a escolha até o trabalho em conjunto na busca de soluções concretas para o tema da migração.

Ir. Paula é arquiteta e, morando no Glicério em São Paulo, desenvolveu seu projeto com a proposta de qualificação daquele bairro para se adequar ao novo contingente de pessoas, com as migrações no Brasil. Desde ai na graduação, o seu projeto tinha um olhar para a migração. No mestrado em Ciência da Religião, pode aprofundar a dimensão do sentido para a migração, na percepção da pessoa humana neste processo de mudança radical em assumir uma nova cultura, espaço e, consequentemente, a busca de sua identidade numa terra estrangeira.

Neste projeto do Papa Francisco, a Ir. Paula e os outros estudantes foram desafiados a propor soluções para que não precise acontecer a migração, sem a necessidade de uma saída de uma pessoa da sua realidade.

Assista a entrevista com a Ir. Paula, pddm:

Veja também o encontro com o Papa Francisco na íntegra:

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O 59º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O 59º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

[8 de maio de 2022 – IV Domingo de Páscoa]

«Chamados para construir a família humana»

Queridos irmãos e irmãs!

Nos dias que correm, enquanto continuam a soprar os ventos gélidos da guerra e da opressão e frequentemente testemunhamos fenómenos de polarização, prosseguimos como Igreja o processo sinodal iniciado: sentimos urgente necessidade de caminhar juntos cultivando as dimensões da escuta, participação e partilha. Juntamente com todos os homens e mulheres de boa vontade, queremos contribuir para construir a família humana, curar as suas feridas e projetá-la para um futuro melhor. Nesta perspetiva, para o LIX Dia Mundial de Oração pelas Vocações, desejo refletir convosco sobre o amplo significado da «vocação», no contexto duma Igreja sinodal que se coloca à escuta de Deus e do mundo.

Todos chamados a ser protagonistas da missão

A sinodalidade, o caminhar juntos é uma vocação fundamental para a Igreja e, só neste horizonte, é possível descobrir e valorizar as diversas vocações, carismas e ministérios. Ao mesmo tempo, sabemos que a Igreja existe para evangelizar, saindo de si mesma e espalhando a semente do Evangelho na história. Ora esta missão é possível precisamente colocando em sinergia todas as áreas pastorais e, antes ainda, envolvendo todos os discípulos do Senhor. Com efeito, «em virtude do Batismo recebido, cada membro do Povo de Deus tornou-se discípulo missionário (cf. Mt 28, 19). Cada um dos batizados, independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangelização» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 120). É preciso acautelar-se da mentalidade que separa sacerdotes e leigos, considerando protagonistas os primeiros e executores os segundos, e levar por diante a missão cristã, conjuntamente, leigos e pastores como único Povo de Deus. Toda a Igreja é comunidade evangelizadora.

Chamados a ser guardiões uns dos outros e da criação

A palavra «vocação» não deve ser entendida em sentido restrito, referindo-a apenas àqueles que seguem o Senhor pelo caminho duma consagração específica. Todos somos chamados a participar na missão de Cristo de reunir a humanidade dispersa e reconciliá-la com Deus. De modo mais geral, cada pessoa humana, antes ainda de viver o encontro com Cristo e abraçar a fé cristã, recebe com o dom da vida um chamamento fundamental: cada um de nós é uma criatura querida e amada por Deus, objeto dum pensamento único e especial d’Ele e somos chamados a desenvolver, ao longo da nossa vida, esta centelha divina que mora no coração de cada homem e mulher, contribuindo para fazer crescer uma humanidade animada pelo amor e mútuo acolhimento. Somos chamados a ser guardiões uns dos outros, a construir laços de concórdia e partilha, a curar as feridas da criação para que não seja destruída a sua beleza. Em suma, tornamo-nos uma família na maravilhosa casa comum da criação, na variedade harmoniosa dos seus elementos. Neste sentido amplo, não só os indivíduos mas também os povos, as comunidades e as agregações dos mais variados géneros têm uma «vocação».

Chamados a acolher o olhar de Deus

Nesta grande vocação comum, insere-se a chamada mais particular que Deus nos dirige, alcançando a nossa existência com o seu Amor e orientando-a para a sua meta definitiva, para uma plenitude que ultrapassa até mesmo o limiar da morte. Assim quis Deus olhar, e olha, para a nossa vida.

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O 59º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

As seguintes palavras são atribuídas a Miguel Ângelo Buonarroti: «No interior de cada bloco de pedra, há uma estátua, cabendo ao escultor a tarefa de a descobrir». Se tal pode ser o olhar do artista, com muito mais razão assim nos vê Deus: naquela jovem de Nazaré, viu a Mãe de Deus; no pescador Simão, filho de Jonas, viu Pedro, a rocha sobre a qual podia construir a sua Igreja; no publicano Levi, entreviu o apóstolo e o evangelista Mateus; em Saulo, cruel perseguidor dos cristãos, viu Paulo, o apóstolo dos gentios. O seu olhar de amor sempre nos alcança, toca, liberta e transforma, fazendo com que nos tornemos pessoas novas.

Esta é a dinâmica de cada vocação: somos alcançados pelo olhar de Deus, que nos chama. A vocação – como aliás a santidade – não é uma experiência extraordinária reservada a poucos. Tal como existem «os santos ao pé da porta» (Francisco, Exort. ap. Gaudete et exsultate, 6-9), assim também a vocação é para todos, porque todos são olhados com amor e chamados por Deus.

Diz um provérbio do Extremo Oriente: «Um sábio, ao olhar o ovo, sabe ver a águia; ao olhar a semente, vislumbra uma grande árvore; ao olhar um pecador, sabe entrever um santo». É assim que Deus nos olha: em cada um de nós, vê potencialidades, às vezes ignoradas por nós mesmos, e atua incansavelmente, ao longo da nossa vida, a fim de as podermos colocar ao serviço do bem comum.

Assim a vocação nasce, graças à arte do Escultor divino que, com as suas «mãos», nos faz sair de nós mesmos, para que se delineie em nós a obra-prima que somos chamados a ser. Particularmente capaz de nos purificar, iluminar e recriar é a Palavra de Deus, que nos liberta do egocentrismo. Coloquemo-nos, pois, à escuta da Palavra, para nos abrirmos à vocação que Deus nos confia! E aprendamos a escutar também os irmãos e irmãs na fé, porque nos seus conselhos e exemplo pode esconder-se a iniciativa de Deus, que nos indica estradas sempre novas a percorrer.

Chamados a responder ao olhar de Deus

O olhar amoroso e criador de Deus alcançou-nos de forma singular em Jesus. Ao falar do jovem rico, o evangelista Marcos observa: «Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele» (10, 21). O mesmo olhar de Jesus, cheio de amor, pousa sobre cada um de nós. Irmãos e irmãs, deixemo-nos tocar por este olhar e ser levados por Ele para além de nós mesmos! E aprendamos também a olhar de tal modo um para o outro que as pessoas com quem vivemos e as que encontramos – sejam elas quem forem – possam sentir-se acolhidas e descobrir que há Alguém que as olha com amor, convidando-as a desenvolverem todas as suas potencialidades.

A nossa vida muda quando acolhemos este olhar. Tudo se torna um diálogo vocacional entre nós e o Senhor, mas também entre nós e os outros. Um diálogo que, vivido em profundidade, nos faz tornar cada vez mais aquilo que somos: na vocação ao sacerdócio ordenado, ser instrumento da graça e da misericórdia de Cristo; na vocação à vida consagrada, ser louvor de Deus e profecia de nova humanidade; na vocação ao matrimónio, ser dom mútuo e geradores e educadores da vida; em cada vocação e ministério na Igreja, em geral, que nos chama a olhar os outros e o mundo com os olhos de Deus, servir o bem e difundir o amor com as obras e as palavras.

A propósito, desejo mencionar aqui a experiência do Dr. José Gregório Hernández Cisneros. Quando trabalhava como médico em Caracas, na Venezuela, quis tornar-se irmão terceiro franciscano. Mais tarde, pensou em tornar-se monge e sacerdote, mas a saúde não lho permitiu. Compreendeu então que a sua vocação era precisamente a profissão médica, na qual se prodigalizou especialmente a favor dos pobres. E, sem reservas, dedicou-se aos doentes atingidos pela epidemia de gripe chamada «espanhola», que então alastrava pelo mundo. Morreu atropelado por um carro, ao sair duma farmácia aonde fora buscar remédios para uma idosa, sua paciente. Testemunha exemplar do que significa acolher a vocação do Senhor aderindo plenamente à mesma, foi beatificado há um ano.

Convocados para construir um mundo fraterno

Como cristãos, não só somos chamados, isto é, interpelados cada qual pessoalmente por uma vocação, mas também con-vocados. Somos como os ladrilhos dum mosaico, belos já quando vistos um a um, mas só juntos é que formam uma imagem. Brilhamos, cada um e cada uma de nós, como uma estrela no coração de Deus e no firmamento do universo, mas somos chamados a compor constelações que orientem e iluminem o caminho da humanidade, a partir do ambiente onde vivemos. Tal é o mistério da Igreja: na convivência das diferenças, ela é sinal e instrumento daquilo a que toda a humanidade é chamada. Para isso, a Igreja deve tornar-se cada vez mais sinodal: capaz de caminhar unida na harmonia das diversidades, onde todos têm a sua própria contribuição para dar e podem participar ativamente.

Portanto, quando falamos de «vocação», não se trata apenas de escolher esta ou aquela forma de vida, votar a própria existência a um determinado ministério ou seguir o encanto do carisma duma família religiosa, dum movimento ou duma comunidade eclesial; mas trata-se sobretudo de realizar o sonho de Deus, o grande desígnio da fraternidade que Jesus tinha no coração quando pediu ao Pai «que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Cada vocação na Igreja e, em sentido largo, também na sociedade, concorre para um objetivo comum: fazer ressoar entre os homens e as mulheres aquela harmonia dos múltiplos e variados dons que só o Espírito Santo sabe realizar. Sacerdotes, consagradas e consagrados, fiéis leigos, caminhemos e trabalhemos juntos, para testemunhar que uma grande família humana unida no amor não é uma utopia, mas o projeto para o qual Deus nos criou!

Rezemos, irmãos e irmãs, para que o Povo de Deus, no meio das dramáticas vicissitudes da história, corresponda cada vez mais a esta vocação. Invoquemos a luz do Espírito Santo, para que cada um e cada uma de nós possa encontrar o respetivo lugar e dar o melhor de si neste grande desígnio!

Roma, São João de Latrão, no IV Domingo de Páscoa, 8 de maio de 2022.

Francisco

Fonte: Vatican News

PIAS DISCÍPULAS EM BELO HORIZONTE/MG

De forma bem significativa, no dia 04 de abril, nascimento do Bem-Aventurado Tiago Alberione, as Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre deram início a uma nova fundação em Belo Horizonte/MG.

A comunidade é composta por três Irmãs, que viajaram para BH ainda no início de março para arrumar a casa e ajeitar tudo para a nova fundação. A Ir. Penha Carpanedo, uma das Irmãs que está por lá, conta: “Chegamos em Belo Horizonte no início de março deste ano de 2022: Ir. Luzia, Ir. Antônia e eu, para organizarmos a casa Divino Mestre, que foi oficialmente aberta, no dia 4 de abril, com a presença da irmã Marilez Furlaneto e uma pequena assembleia de amigos e irmãos que já fazem parte da nossa fraternidade, aqui nesta cidade mineira. É certamente uma dádiva, poder dar vida a um sonho antigo da nossa provincia. Uma responsabilidade também. Uma nova casa, significa um recomeço para toda a congregação. Invocamos a força do Espírito para que nos dê o fervor do Fundador e das Irmãs da primeira hora. Nosso desejo e nosso empenho é de ser presença atenta aos apelos da missão, neste lugar e nesta Igreja, a serviço do Reino. Confiamo-nos à oração de todas vocês”.

 A nova comunidade tem o nome de Divino Mestre. Na comunidade se encontram alguns produtos do Apostolado Litúrgico para atender ao público que se interessar.

Nossa comunhão com nossas Irmãs e invocamos do Senhor a bênção de uma fecunda missão junto ao querido povo mineiro.

Cursos de Pós-graduação na UNISAL

A UNISAL está com três cursos de pós-graduação muito interessantes para a formação:

Pós-graduação em ESPAÇO-LITÚRGICO: ARQUITETURA E ARTE SACRA

Pós-graduação em LITURGIA

Pós-graduação em MÚSICA LITÚRGICA


PÓS-GRADUAÇÃO EM ESPAÇO-LITÚRGICO: ARQUITETURA E ARTE SACRA

Mesmo após 50 anos da conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II constatam-se lacunas e problemas relativos à concepção, construção e organização dos lugares sagrados reservados ao culto da Igreja. Liturgistas, artistas plásticos, arquitetos e engenheiros encontram dificuldades para tratar com competência questões do espaço celebrativo, da arquitetura e da arte sacra à luz da evolução da Ciência Litúrgica, em diálogo com outras ciências. Nesse sentido, o Curso de Pós-Graduação lato sensu em Espaço Litúrgico: Arquitetura e Arte Sacra supre a carência de cursos acadêmicos que se proponham a formar especialistas nesta área do saber teórico conjugado com o saber fazer.
O especialista em Espaço Litúrgico, Arquitetura e Arte Sacra será capacitado para atuar com competência nos âmbitos especificados pelo título do curso, nas áreas da pesquisa, do ensino, da pastoral litúrgica e do trabalho profissional para o qual está habilitado. Por isso, com os valores e a prática educativa do UNISAL (Centro Universitário Salesiano de São Paulo), as orientações e o firme apoio da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), lhe será proporcionado o desenvolvimento integrado de conhecimentos, valores e competências nos níveis: individual, de equipe e organizacional, em coerência com princípios e critérios oriundos do Concílio Ecumênico Vaticano II e ulteriores documentos da Igreja, e com as legislações eclesiástica e civil vigentes.

Os objetivos do Curso de Pós-graduação em Espaço Litúrgico são:

– Proporcionar um ambiente de ensino e pesquisa relativo à “Espaço celebrativo, Arquitetura e Arte Sacra” que possibilite formar especialistas capazes de criar, edificar, organizar, adaptar e conservar os lugares da celebração e as obras destinadas ao culto da Igreja, à luz da Ciência Litúrgica hodierna e de estudos interdisciplinares afins, que têm por objeto a celebração ritual do mistério de Cristo, uma celebração comunitária pastoralmente participativa, bela e frutuosa;

– Proporcionar compreensão teológica, mistagógica, espiritual e pastoral da liturgia, fonte e cume da vida cristã, com ênfase nas linguagens representativa, simbólico-sacramental e comunicativa;

– Distinguir e aprofundar os aspectos constitutivos do Espaço Litúrgico, da Arquitetura e da Arte Sacra à luz dos princípios, normas e espírito do Concilio Vaticano II e das Conferências da Igreja na América Latina e da Igreja no Brasil, tendo presente o estudo da “Liturgia e Espaço Sagrado na História”, assim como a história da reforma litúrgica e as consequências nos ritos, nos espaços celebrativos e no patrimônio eclesial;

– Capacitar arquitetos, engenheiros, artistas, padres e agentes de pastoral na elaboração e execução de projetos de construção, reforma, adequação e preservação dos espaços celebrativos em coerência com os princípios e critérios atuais da Igreja, tendo presente que no âmbito eclesial a formação técnica é indissociável da formação litúrgica e da formação artística;

– Suscitar e promover a criação de Comissões de Espaço Litúrgico e Arte Sacra nas Dioceses e Arquidioceses com a contribuição de especialistas na área.

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Duração

13 meses (360h)

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Turno das aulas

1º módulo: 01-15/07/2022

2º módulo: 09-23/01/2023

3º módulo: 01-15/07/2023

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Horário das aulas

Das 08h às 17h

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Investimento

R$ 4.497,00
sendo R$ 1.499,00 por módulo
(total de 3 módulos)
ou em 12 X de R$ 374,75


PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA LITÚRGICA

O serviço prestado pela música na ação litúrgica requer uma formação específica e especializada para além do mero virtuosismo. É necessário que os ministérios litúrgico-musicais, isto é, o dos presbíteros, diáconos, salmistas, cantores, animadores, regentes, corais, instrumentistas e compositores, sejam formados adequadamente para que, na atuação e formação conjuntas – liturgia, espaço litúrgico/arte sacra e música – possam garantir uma celebração do Mistério Pascal de Cristo que seja, de fato, expresso e vivenciado pelas comunidades de fé, por meio da participação ativa, consciente e frutuosa.

O profissional especializado em Música Litúrgica será capacitado para atuar na pesquisa, no ensino e na pastoral litúrgica, mediante o desenvolvimento de competências integradas nos níveis: individual (conhecimentos, habilidades, atitudes), de equipe (colegialidade, diálogo, liderança, poder-serviço) e organizacional (processos, estruturas e tecnologia), em coerência com a visão teológico-litúrgica, mistagógica, espiritual e pastoral do Concílio Ecumênico Vaticano II e ulteriores avanços consonantes como o espírito evangélico e conciliar.

A música litúrgica tem sido a “companheira fiel” da Igreja ao longo de toda a sua história. Sob diferentes aspectos, a música soube moldar-se às vicissitudes do tempo para levar adiante um projeto de Igreja quer em sua parte mutável quer na imutável, carreando o dado da fé em linguagem sensível e utilizando-se de variadas formas musicais da história. O Concílio Vaticano II, por meio da Constituição sobre a Sagrada Liturgia, lançou as bases para a renovação litúrgico-musical, associando à música a mesma finalidade da liturgia: a glorificação de Deus e a santificação dos fiéis. Referir-se à música como ação ministerial implicava, nesse contexto, na promoção do status funcional para o qual seria destinada desde a sua concepção. Deste modo, ampliava-se a compreensão de uma música como parte integrante da ação litúrgica com estreita relação à Palavra de Deus. A CNBB, ao longo do processo de renovação conciliar, proveu documentos, estudos, publicações com especial interesse na música litúrgica.

OBJETIVOS

– Apropriar-se dos conhecimentos teóricos e metodológicos da musicologia litúrgica com aplicação e implicações na realidade brasileira, latino-americana e caribenha e integrar o conhecimento musical ao litúrgico, com base no Rito (o projeto ritual), na Cultura (as implicações culturais) e na Música (o fazer musical);

– Capacitar profissionais da música para um exercício mais qualificado de seu ministério litúrgico, tornando-os participantes ativos no processo de pesquisa, e de ensino e aprendizagem no campo da musicologia litúrgica e, em especial, na formação litúrgica;

– Formar agentes de pastoral para o serviço litúrgico-musical, capazes de aliar conhecimento técnico e vivência litúrgico-espiritual;

– Aprofundar os critérios de análise, criação e escolha do repertório litúrgico, em diálogo com a cultura e a música contemporâneas.

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Duração

13 meses (360h)

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Turno das aulas

1º módulo: 01-15/07/2022

2º módulo: 09-23/01/2023

3º módulo: 01-15/07/2023

ICONS_clock.png

Horário das aulas

Das 08h às 17h

ICONS_dollar.png

Investimento

R$ 4.497,00
sendo R$ 1.499,00 por módulo
(total de 3 módulos)
ou em 12 X de R$ 374,75


PÓS-GRADUAÇÃO EM LITURGIA

A Constituição sobre a Sagrada Liturgia, do Concílio Ecumênico Vaticano II, elevou a Ciência Litúrgica ao nível das disciplinas teológicas principais. A liturgia deve “ser ensinada tanto sob o aspecto teológico e histórico, quanto espiritual, pastoral e jurídico” (Sacrosanctum Concilium, 16). Além da capacitação docente, o curso tem por foco a necessidade de formar pessoas especializadas nesta área e também visa capacitar outros agentes da pastoral litúrgica, aptos para assessorarem equipes regionais, diocesanas, paroquiais e comunitárias, assim como encontros de formação em âmbito nacional, regional e local.
O profissional especializado em Liturgia será capacitado para atuar como liturgista e ao mesmo tempo como formador, na área de pesquisa, do ensino e da pastoral litúrgica, mediante o desenvolvimento de competências integradas nos níveis individual, de equipe e organizacional, em coerência com a visão teológico-litúrgica, mistagógica, espiritual e pastoral do Concílio Ecumênico Vaticano II e posteriores avanços relativos, como o espírito evangélico e conciliar.

OBJETIVOS

 
– Proporcionar aprofundamento na ciência da liturgia, partindo da realidade cultural, eclesial e litúrgica do Brasil, da América Latina e do Caribe, refletindo sobre esta realidade à luz da Sagrada Escritura e da Tradição, particularmente do Concílio Vaticano II e do Magistério latino-americano e caribenho, para assim ter uma sólida visão teológica e pastoral da liturgia e contribuir para celebrações autênticas e inculturadas, comprometidas com o crescimento do Reino de Deus.
– Capacitar liturgistas que sejam ao mesmo tempo formadores, preparados para o aprofundamento, a prática e a transmissão teológica, mistagógica e pastoral da liturgia na perspectiva do Concílio Vaticano II.

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Duração

13 meses (360h)

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Turno das aulas

1º módulo: 01-15/07/2022

2º módulo: 09-23/01/2023

3º módulo: 01-15/07/2023

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Horário das aulas

Das 08h às 17h

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Investimento

R$ 4.497,00
sendo R$ 1.499,00 por módulo
(total de 3 módulos)
ou em 12 X de R$ 374,75


Cursos de pós-graduação UNISAL/Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard

Sobre o Processo Seletivo e dúvidas pedagógicas:
[email protected]
Outras dúvidas e informações sobre o Curso:
[email protected] – (11) 3649-0200, ramal 2005