Entre os dias 21 e 23 de fevereiro de 2025, na Cidade Regina, em São Paulo, foi realizado o 1º Encontro das Coordenações Nacionais dos Cooperadores Paulinos no Brasil. O evento reuniu representantes dos apostolados da comunicação, litúrgico, pastoral e vocacional da Família Paulina em uma experiência marcada pela espiritualidade, partilha e construção de unidade.
Um momento de graça e comunhão
Desde sua preparação, o encontro foi permeado pelo espírito sinodal, com cada participante contribuindo com sua história e vivências. O evento reforçou a identidade dos Cooperadores Paulinos como membros ativos da Igreja e da Família Paulina, reafirmando o sonho de unidade do fundador, o Bem-aventurado Tiago Alberione.
No primeiro dia, os participantes compartilharam suas histórias vocacionais e refletiram sobre a trajetória dos Cooperadores Paulinos no Brasil. Já no segundo dia, com a orientação de Ir. Suzimara B. Almeida, sjbp, e do Cooperador Paulino Fernando Geronazzo, revisitaram a história da fundação da associação e redescobriram a beleza de sua identidade comum à luz do novo Estatuto da Associação CP.
Construindo o futuro da Associação
Ao longo do encontro, os 48 grupos de Cooperadores Paulinos do Brasil apresentaram suas alegrias, desafios e sonhos, fortalecendo a caminhada conjunta. As discussões levaram à formação de uma equipe de referência para cada apostolado:
Comunicação – Rosane Silva
Litúrgico – Maria Ivete U. dos S. de Vasconcelos
Vocacional – Cláudia Aparecida dos Santos
Pastoral – Rosane Manfro
As delegadas Ir. Ninfa Becker, fsp; Ir. Veronice Fernandes, pddm; Ir. Tereza Boschetto, ap; e Ir. Suzimara B. de Almeida, sjbp, oferecerão suporte à equipe, enquanto Fernando Geronazzo atuará como referência na comissão do Estatuto.
O encontro foi encerrado com uma Celebração Eucarística presidida pelo Pe. Luiz Miguel Duarte, SSP. Os participantes saíram renovados na fé e no compromisso com a missão da Família Paulina, reforçando a mensagem: “Cooperadores Paulinos, alarguemos a tenda do nosso coração!”
Hoje, celebramos a vida e a trajetória de Ir. M. Bernardita Meráz Sotelo, que nasceu em 27 de fevereiro de 1958 em El Molino Namiquipa, província de Chihuahua, no México. Sua jornada de fé e dedicação iniciou-se cedo, culminando em sua consagração como Pia Discípula do Divino Mestre em 25 de março de 1977.
Ao longo de sua caminhada religiosa, Ir. M. Bernardita tem sido um exemplo de serviço e amor ao próximo. Sua vocação reflete a missão das Pias Discípulas do Divino Mestre, que buscam viver em comunhão com Cristo e servir à Igreja por meio da oração e da liturgia.
Neste dia especial, rendemos graças pela sua vida e missão, reconhecendo sua entrega generosa e seu compromisso com a espiritualidade e o serviço à todas as irmãs Pias Discípulas, neste seu ministério como superiora geral deste instituto. Que sua trajetória continue a inspirar a todos aqueles que buscam viver com fé e dedicação.
As junioristas Pias Discípulas do Divino Mestre, Ir. M. Antônia Bianca Oliveira dos Santos e Ir. M. Kainã Barbosa da Silva, renovaram recentemente seus votos religiosos em celebrações marcadas pela fé, pela entrega a Deus e pela alegria da vida consagrada. A renovação dos votos representa um passo significativo na caminhada vocacional dessas irmãs, reafirmando seu compromisso com a missão e com a espiritualidade da congregação.
Celebração em São Paulo: Ir. M. Antônia Bianca Oliveira dos Santos
No dia 09 de fevereiro de 2025, na cidade de São Paulo, Ir. M. Antônia Bianca Oliveira dos Santos renovou seus votos religiosos em uma celebração marcada pela profundidade espiritual e pelo eco da Palavra de Deus. A liturgia do dia, com os textos de Lucas 5,1-11, Isaías 6,1-2a.3-8, o Salmo 138 (137) e a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 15,1-11, trouxe um rico significado ao seu compromisso renovado.
Neste 5º domingo do Tempo Comum, a Palavra de Deus nos apresenta o chamado dos primeiros discípulos, conforme narrado por Lucas. Jesus convida Simão Pedro a lançar novamente as redes, conduzindo a uma pesca milagrosa. Esse episódio se entrelaça com a experiência do profeta Isaías, que, ao sentir-se indigno diante da santidade divina, acolhe com humildade sua missão. Essa mesma atitude de entrega e confiança é essencial a todos os que seguem o Senhor, reconhecendo suas limitações, mas aceitando o chamado divino.
O apóstolo Paulo, na Carta aos Coríntios, recorda o anúncio do Evangelho e ressalta como a graça de Deus opera na fraqueza humana. Assim, a liturgia deste dia iluminou de forma especial o sim de Ir. M. Antônia Bianca, fortalecendo seu compromisso ao renovar os votos religiosos. Como Pedro, Isaías e Paulo, ela respondeu com amor e confiança ao chamado do Divino Mestre, reafirmando sua disposição para seguir em missão, mesmo diante dos desafios.
Celebração em Olinda/PE: Ir. M. Kainã Barbosa da Silva
Poucos dias depois, no dia 11 de fevereiro de 2025, foi a vez de Ir. M. Kainã Barbosa da Silva renovar seus votos religiosos em uma celebração especial na cidade de Olinda, Pernambuco. A solenidade ocorreu na comunidade local das Pias Discípulas do Divino Mestre, reunindo irmãs da congregação e amigos que acompanham sua trajetória vocacional.
Assim como Ir. M. Antônia Bianca, Ir. M. Kainã renovou seus votos religiosos com fervor e profunda espiritualidade, reafirmando sua consagração ao Senhor. Sua jornada tem sido marcada pela busca constante de serviço e de vivência do carisma da congregação, que se dedica à espiritualidade e à missão evangelizadora por meio da liturgia e da pastoral vocacional.
A comunidade local celebrou com alegria esse momento especial, reforçando a importância da vocação religiosa e da vida consagrada na construção do Reino de Deus.
Significado da Renovação dos Votos Religiosos
A renovação dos votos é um momento essencial na caminhada das religiosas, pois reafirma sua escolha de seguir a Cristo de maneira plena e dedicada. Para as junioristas, esse período é de aprofundamento da vocação e de vivência do carisma congregacional, preparando-as para a profissão perpétua no futuro.
As Pias Discípulas do Divino Mestre, congregação fundada pelo Bem-Aventurado Tiago Alberione, têm como missão principal a oração e o apostolado litúrgico. Seu carisma está intimamente ligado à vivência da espiritualidade e ao testemunho de vida centrado na Eucaristia, no Sacerdócio e na Liturgia.
Ao renovarem seus votos, Ir. M. Antônia Bianca e Ir. M. Kainã reafirmam sua disponibilidade em servir a Deus e aos irmãos, mantendo viva a essência da vocação religiosa.
As celebrações realizadas em São Paulo e Olinda foram momentos de graça e bênção, que marcaram a caminhada vocacional das irmãs junioristas. A renovação dos votos é uma ocasião de renovar o sim a Deus, fortalecendo a missão e o compromisso com o Reino.
A comunidade das Pias Discípulas do Divino Mestre segue em oração por Ir. M. Antônia Bianca e Ir. M. Kainã, para que continuem firmes em sua caminhada de fé e doação. Que o Divino Mestre as fortaleça e guie em sua missão, para que possam testemunhar com alegria e amor a presença de Deus no mundo.
No dia 10 de fevereiro de 2024, memória Litúrgica de Santa Escolástica, as Pias Discípulas do Divino Mestre celebraram o Centenário de Fundação. São 100 anos de história, presentes em 27 nações, espalhadas nos cinco continentes.
Este dia foi de festa e alegria em todas as comunidades das Discípulas. No Brasil, foi escolhida a Diocese de Campo Limpo, a Catedral Santuário Sagrada Família para a Celebração Eucarística porque é a sede da província. Presidiu a celebração Dom Valdir José de Castro, ssp e esteve presente também o bispo de Jundiaí, Dom Arnaldo Carvalheiro Neto. Temos uma comunidade numerosa na Paróquia Jesus Nazaré, em Jacaré, Cabreúva/SP e foi muito significativa e marcante a presença de Dom Arnaldo conosco neste dia. Além dos bispos, participaram membros da Família Paulina: Paulinos, Filhas de São Paulo, Pastorinhas, Apostolinas e Cooperadores Paulinos; e outros amigos e amigas na missão.
As Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre, fundadas pelo Padre Tiago Alberione, em Alba, Itália, em 10 de fevereiro de 1924, é a terceira fundação que compõe a Família Paulina. O nome, Pias Discípulas do Divino Mestre, sinaliza a nossa identidade carismática, centrada em Jesus Cristo Mestre Caminho, Verdade e Vida. Este dia é marcante porque no dia 10 de fevereiro de 1924, memória de Santa Escolástica, padre Alberione escolheu Úrsula e Metilde, duas jovens do grupo das Filhas de São Paulo, para o início da nova fundação. No dia 25 de março do mesmo ano, festa da Anunciação, este grupo era de oito jovens. Neste dia, faz sua manifestação oficial com o hábito religioso e a profissão dos votos. Recebem um nome novo e Úrsula torna-se Irmã Escolástica da Divina Providência.
No mesmo dia, Irmã Escolástica inicia aquele que será o seu trabalho principal: a Adoração Eucarística e o viver como irmã e mãe ao lado dos Sacerdotes e Discípulos da Sociedade São Paulo. Desde estes inícios, Madre Escolástica Rivata passa a ser a colaboradora em Cristo com Padre Alberione, para a realização do carisma das Pias Discípulas do Divino Mestre. Com vinte e oito anos é a responsável pela nova família que surge e, a partir deste momento, pode-se ler a história de Escolástica somente seguindo passo a passo o caminho das Pias Discípulas.
Damos graças ao Pai por sua fidelidade em nossa vida e missão nestes 100 anos, nas pegadas de Jesus, como as mulheres do Evangelho.
Este vídeo foi feito pela Ir. Kelly de Oliveira, pddm, e conta um pouco desta grande história. Foi passado na celebração do dia 10/02/2024, na Catedral Santuário Sagrada Família.
Celebração Eucarística – 10/02/2024
JUBILEU DA VIDA CONSAGRADA: 50 E 60 ANOS DAS NOSSAS IRMÃS
Sinal concreto desta fidelidade de Deus é o jubileu de 60 e 50 anos de nossas Irmãs.
Nesta celebração dos 100 anos, nos alegramos também com nossas Irmãs:
60 anos de vida religiosa:
Ir. Marcelina [Genita] Callegari nasceu em 12 de março de 1942, em Vargem Alta/ES. Ingressou na Congregação em abril de 1961 e fez a sua primeira profissão religiosa em 25 de março de 1964. Viveu sua vida de Discípula em São Paulo; Caxias do Sul; no Rio de Janeiro; Curitiba; Morungaba; Caracas na Venezuela. Atualmente mora na Comunidade Divino Mestre, em Cabreúva/SP.
• Louvem a Javé no céu (…) Montes e colinas todas, árvores frutíferas e cedros todos, feras e animais domésticos, répteis e pássaros que voam. Sl 148, 1.9-10.
Ir. M. Tecla [Laci] Marqueti nasceu no dia 14 de julho de 1941, em Alfredo Chaves/ES. Ingressou na Congregação em abril de 1961 e fez a sua primeira profissão no dia 25 de março de 1964. Viveu a vida de Discípula nas comunidades de São Paulo; Rio de Janeiro; Caxias do Sul/RS e Santiago do Chile. Atualmente mora na Comunidade Divino Mestre, em Cabreúva/SP.
• ‘’… o Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor. Seu nome é santo’’. Lc 1,49.
50 anos de vida religiosa:
Ir. M. Luciana [Clara] Tonon nasceu, em Vista Alegre do Prata/RS, no dia 31 de julho de 1953. Ingressou na Congregação em julho de 1965 e fez a sua primeira profissão no dia 19 de março de 1974. Viveu a missão das Discípulas em São Paulo, na Raposo Tavares e no Pacaembu; Caxias do Sul; Curitiba; Brasília; Porto Alegre, Morungaba e Cabreúva. Em breve fará parte da comunidade Irmã Modesta, em Codajás, no Amazonas.
• A vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. Gl 2,20
Ir. M. Luzia Frigeri nasceu no dia 15 de novembro 1950. Entrou em Congregação em novembro de 1968 e fez sua primeira profissão no dia 25 de janeiro de 1975. Viveu a missão das Discípulas nas comunidades de São Paulo na Raposo Tavares e Caxingui; Rio de Janeiro; Caxias do Sul; Brasília; Cabreúva, Codajás no Amazonas. Atualmente faz parte da comunidade Divino Mestre, em Belo Horizonte/MG.
•Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede. Jo 4,15
Ir. Marinez Cantelli nasceu no dia 14 de novembro de 1953 em Videira/SC. Ingressou na congregação, em janeiro de 1968 e fez a Profissão Religiosa no dia 10 de fevereiro de 1974. Viveu a missão de Discípula em São Paulo na Raposo Tavares, Vila Mariana, Jardim Sapupemba e em Osasco; Curitiba; Porto Alegre; Salvador; Recife e Balsas no Maranhão. Atualmente faz missão em Manaus.
• Bendito seja Deus, antes da criação do mundo ele nos escolheu em Cristo, para o louvor de sua glória, Ef 1
Ir. Maria da Glória Thomaz nasceu no dia 03 de fevereiro de 1952. Ingressou na Congregação em junho de 1969 e fez sua primeira profissão no dia 10 de fevereiro de 1974. Viveu a Missão das Discipulas, nas Comunidades, de São Paulo; Rio de Janeiro; Brasília; Curitiba; Caxias do Sul. Atualmente vive na comunidade Madre Escolástica, Caxingui/SP.
• O senhor vai acendendo luzes, quando vamos precisando delas. Pe. Tiago Alberione.
Ir. Maria da Penha Carpanedo nasceu no dia 18 de novembro de 1953. Ingressou na congregação em dezembro de 1969 e fez sua primeira profissão no dia 10 de fevereiro de 1974. Viveu a missão das Discipulas, em São Paulo, na Raposo Tavares, no Pacaembu, na Liberdade, e vida Mariana. Atualmente mora na Comunidade Divino Mestre, em Belo Horizonte/MG.
• De um profundo lamaçal ele tirou-me, pôs meus pés sobre um rochedo, onde eu me firmo”. Sl 40,1
Ir. M. Oliva Sfredo nasceu em Vista Alegre do Prata/RS, no dia 11 de abril de 1954. Ingressou na Congregação em janeiro de 1966 e fez a primeira profissão em Roma, onde também fez o noviciado, no dia 6 de agosto de 1974. Viveu sua vida de Discípula em São Paulo, nas comunidades da Raposo Tavares e Pacaembu. Atualmente mora na comunidade Nazaré, em Cabreúva/SP.
• Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual, por meio de Cristo, nos abençoou com todo tipo de bençãos espirituais… Ef.1,3.
Ir. M. Ozília Ardisson, Nasceu em 3 de dezembro de 1947, em Linhares/ES. Entrou na congregação em novembro de 1969. Fez a Primeira profissão no dia 10 de fevereiro de 1974. nas comunidades de São Paulo; Brasília; Porto Alegre; Caxias do Sul; Taguatinga; Salvador; Olinda; em Buenos Aires, Argentina e Caracas na Venezuela.
• Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. Lc 1,38
Ir. M. Pierangela [Ilida] Dalla Riva, nasceu no dia 14 de setembro de 1945, em Aratiba/RS. Ingressou na Congregação em março de 1971. Emitiu a sua primeira profissão em 10 de fevereiro de 1974. Viveu nas comunidades em São Paulo na Raposo Tavares e Osasco; Caxias do Sul; Rio de Janeiro, Porto Alegre; Olinda; Taguatinga/DF. Atualmente mora na comunidade Madre Escolástica, Caxingui/SP.
• Tudo na alegria do “Faça-se?” de Maria. Seguindo Jesus Mestre Caminho, Verdade e Vida dom total a Deus e às pessoas no Serviço: Eucarístico, Sacerdotal e Litúrgico na Igreja.
Ir. TerezinhaLubiana, nasceu em Governador Lindenberg/ES, no dia 22 de setembro de 1952. Ingressou na Congregação em maio de 1069 e fez a primeira profissão no dia 10 de fevereiro de 1974. Viveu como Discipulas do Divino Mestre nas comunidades: São Paulo na Raposo Tavares, Pacaembu, Liberdade e Cabreúva; Rio de Janeiro; Curitiba; Caxias do Sul. Atualmente está na Comunidade Madre Escolástica, Caxingui/SP.
• Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Jo10,11.
Ir. M. Inez Morigi e Ir. Marcela Fabian são brasileiras e fazem parte do grupo das jubilandas de 50 anos de vida religiosa, mas são missionárias na Itália. Nesta celebração, também as recordamos.
O Espírito do Senhor está sobre mim; Ele me enviou para proclamar o ano da graça do Senhor (cfr Is 61; Lc 4,18-19).
Com o passar do tempo, muitas coisas serão realizadas que agora não se pode imaginar, desde que sejais fiel a sua vocação, na docilidade e na fé.
Na Família Paulina nascente, a comunidade das irmãs cresce em espírito de adoração e de serviço (RV 4).
No dia 21 de novembro, segunda-feira, recordamos a abertura do Ano Jubilar em preparação ao Centenário da Congregação. Nós celebramos na Casa Provincial, às 7h, e presidiu a celebração o pe. José Erivaldo Dantas, ssp.
Na sua homilia, Pe. Erivaldo falou da liturgia do dia, sobre a Memória da apresentação de Nossa Senhora. Sobre a alegria de celebrar o Centenário, o presbítero usou uma imagem interessante e bonita. Disse que já teve oportunidade de celebrar 100 anos de um tio. Momento de alegria e festividade para toda família. Mas pediu para ver como aquela pessoa chega aos 100 anos: chega bem, dentro do possível, com saúde e perspectivas ou chega cansada, triste e com dificuldade. Assim ele pediu que fizéssemos também a nossa avaliação desta chegada aos 100 anos.
Participaram presencialmente da celebração algumas Irmãs das Comunidades das Pias Discípulas em São Paulo. Como os ouvintes de Jesus na sinagoga de Nazaré, acolhemos o dom particular de um Ano de graça, revisitando o passado com gratidão, o presente com compromisso e o futuro com esperança.
Estamos concluindo o ano litúrgico na Solenidade de Cristo Rei do Universo e também nós, como toda a Igreja, estamos prestes a abrir um novo ano da graça, olhando para a realização do Reino, inaugurado por Jesus.
Em 21 de novembro de 1923, o pe. Alberione “colocava a parte” as duas primeiras Irmãs: foi um ato de preparação para a obra que há muito tempo ele guardava em seu coração, à luz do Espírito, como ele diria: «Em 1908 comecei a rezar e pedir orações para que nascesse uma Família religiosa de vida retirada, dedicada à Adoração e ao apostolado sacerdotal e litúrgico: toda de Jesus Divino Mestre presente no Mistério Eucarístico».(APD 1946-47, 21. Outras referências no mesmo volume nos números 42. 50. 129. Tradução retirada do livro CESARATO, Regina. A árvore vista a partir das raízes volume 1. Manuscrito de uso interno, 1997, p. 61).
Um pouco da nossa História presente na Regra de Vida PDDM
Padre Tiago Alberione (1884-1971), na memória de santa Escolástica (10 de fevereiro de 1924), inicia em Alba (Itália) a Congregação das Pias Discípulas do Divino Mestre. Escolhe Orsola Rivata (1897-1987) para ser sua colaboradora em Cristo. Chama-a com o nome de Escolástica, que significa “discípula”, e lhe confia a primeira comunidade de irmãs.
2. Tiago Alberione nasce em uma família camponesa e pobre, onde foi educado numa sólida vida cristã e ao trabalho. Aos sete anos, sente-se “iluminado” e declara: «quero ser padre». Nesta direção orienta “o estudo, a piedade, os pensamentos, o comportamento e até o lazer”. Ordenado presbítero, torna-se membro da Associação dos Sacerdotes Adoradores. No seminário de Alba empenha-se na formação ao presbiterado, atento aos movimentos de renovação socioeclesial.
3. A experiência eucarística que o seminarista Tiago Alberione vive na noite de passagem entre os dois séculos (1900-1901) é “decisiva para a missão específica e o espírito particular no qual nasceria e viveria a Família Paulina”. Em resposta ao convite evangélico «Vinde a mim todos», sente-se obrigado a preparar-se para fazer algo para o Senhor e a humanidade do seu tempo, unificando tudo em Cristo Mestre, Caminho, Verdade e Vida. Quando ressoa a hora de Deus, padre Alberione dedica-se totalmente ao apostolado da Imprensa, confirmando o chamado à evangelização nas fronteiras inexploradas do mundo da comunicação. Aberto aos sinais dos tempos, associa a mulher na diversidade e na complementaridade dos carismas, para a vida e a missão da Igreja. Considerando a situação religiosa do mundo, a partir de 1908 começa “a rezar e a pedir orações” para o nascimento de uma Família religiosa “toda de Jesus Divino Mestre presente no Mistério eucarístico”. A nossa Congregação se torna memorial da experiência carismática do Fundador: reza e trabalha para que a humanidade acolha, escute e ame Jesus Mestre e Salvador.
4. Guiado pelo Espírito e confirmado pelo Cônego Francesco Chiesa (1874-1946), seu diretor espiritual, o Fundador reúne as primeiras jovens na casa Divino Mestre e, em colaboração com Madre Escolástica, forma-as para uma nova missão em vista do advento do Reino de Deus no mundo. Na Família Paulina nascente, a comunidade das irmãs cresce em espírito de adoração e de serviço. Caracteriza-se pela fé heróica, pelo trabalho assíduo e pelo amor mútuo, na alegria, no silêncio e no habitual recolhimento. Encontramos este estilo de vida nas páginas evangélicas que inspiraram a Oração de Betânia.
5. O evento fundacional da nossa Congregação amadureceu na Igreja com alternadas vicissitudes que trazem o selo da Cruz. Padre Tiago Alberione institui inicialmente as Pias Discípulas do Divino Mestre “distintas e separadas” das Filhas de São Paulo, mas, por vicissitudes canônicas, foram a estas associadas em uma única aprovação. A interferência do Fundador, de Madre Escolástica e a oferta de vida do padre Timóteo Giaccardo (1896-1948) contribuem ao reconhecimento eclesial e institucional da nossa Congregação. No dia 3 de abril de 1947, quinta-feira santa, foi promulgado o decreto da aprovação diocesana. O nosso carisma exprime mais nitidamente a sua índole universal e a sua eficácia apostólica na aprovação pontifícia, concedida no dia 12 de janeiro de 1948 e ratificada definitivamente no dia 30 de agosto de 1960. O discernimento eclesial expresso com a beatificação de padre Tiago Alberione nos confirma na vocação recebida.
6. Participamos do projeto unitário da Família Paulina: viver e comunicar Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, à humanidade de hoje com os meios mais rápidos e eficazes que o progresso humano oferece. A nossa Congregação, chamada a cultivar a comunhão, “vai à raiz da videira, para obter a linfa que alimentará a planta, e assim dar frutos de santidade e de apostolado”.
7. Conquistadas por Jesus Mestre, contemplamo-lo e seguimo-lo no Mistério Pascal. Ele vive e se forma em nós no dinamismo do ano litúrgico e, com a força do seu Espírito, transforma a nossa vida em culto agradável a Deus. Maria, Rainha dos Apóstolos, nos introduz à escola de Jesus Mestre e nos ensina como amá-lo e anunciá-lo na vida de cada dia. São Paulo, apóstolo e místico, guia-nos no ardor da caridade até ao “não sou mais eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”.
8. No mistério da Igreja, povo de Deus, formamos comunidades onde se acolhe, se escuta e se serve ao Senhor, na multiplicidade das suas presenças com a nossa específica missão. Como Maria, imagem da Igreja, dóceis ao Espírito, guardamos a Palavra e a colocamos em prática, até sermos um só coração e uma só alma..
9. Pela ação do Espírito Santo, recebemos “a graça do apostolado” em Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida. Como Maria, Mãe de Deus, e as mulheres do Evangelho, transformadas pelo encontro com o Ressuscitado, Beleza que salva o mundo, somos enviadas, apóstolas com os apóstolos, a anunciálo, a celebrá-lo e a servi-lo. Do amor a Jesus vivente na Eucaristia, no Sacerdócio e na Liturgia nasce o nosso apostolado orientado à glória de Deus e à paz da humanidade. No espírito do apóstolo Paulo, que se fez tudo para todos, acolhemos com discernimento os valores e as tradições dos diversos povos e nos empenhamos no diálogo ecumênico e inter-religioso para o anúncio da novidade evangélica.
11. Continuamente damos graças a Deus que nos chamou a ser discípulas do seu Filho Jesus, nosso Senhor e Mestre. A voz do Espírito Santo, na profundidade do nosso coração, nos coloca em sintonia com o carisma de padre Alberione, vivido pela Família Paulina de geração em geração. “Tudo é de Deus, tudo nos leva ao Magnificat!”.
Percorremos o itinerário de cristificação, vivido pelo Fundador. Em Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, ele se deixou gradualmente transformar em verdadeiro homem de Deus e em apóstolo dos novos tempos. Ressoa também em nós a Palavra de Jesus: «Vinde a mim todos vós». Na Eucaristia renovamos o pacto que nos empenha a confiar-nos a Deus e a orientar todas as forças para o advento do seu Reino no mundo. Deixamo-nos conduzir pelo Espírito na procura da face de Deus, a exemplo das irmãs e dos irmãos que nos precederam na vocação. Nas provas do caminho espiritual e do apostolado perseveramos sustentadas pela promessa de Jesus Mestre Eucarístico: “Não temais. Eu estou convosco. Daqui quero iluminar. Arrependei-vos dos pecados”.
13. Atraídas pelo amor de Jesus Cristo, aderimos a Ele de modo livre e pessoal. Entramos no Caminho novo e vivo que nos guia ao Pai, na Verdade que nos torna livres e na Vida que nos preenche de alegria. Caminhamos em novidade de vida, impelidas à plena configuração a Cristo no seu Mistério Pascal: “Fui crucificado com Cristo e não sou mais eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Esta vida na carne, eu a vivo na fé do Filho de Deus que me amou e se entregou por mim”.
DIAS SIGNIFICATIVOS PARA A MEMÓRIA AGRADECIDA
21 de novembro de 1923: Úrsula Rivata e Metilde Gerlotto são colocadas a parte para iniciar uma nova obra na Família Paulina. 26 de novembro de 1971: morre, em Roma, o Bem-Aventurado Tiago Alberione, nosso Fundador. 29 de novembro de 1936: Madre Escolástica com Ir. M. Elia Ferrero partem do porto de Nápole para a fundação de uma comunidade no Egito e chegam em Alexandria/Egito no dia 2 de dezembro. 9 de dezembro de 2013: a Serva de Deus Madre Escolástica Rivata é reconhecida Venerável pelo Papa Francisco. 12 de janeiro de 1948: recebemos a Aprovação pontifícia. 24 de janeiro de 1948: morre o Bem-Aventurado Timóteo Giaccardo, fidelíssimo entre os fiéis do Fundador. 10 de fevereiro de 1924: em memória de Santa Escolástica, o Pe. Tiago Alberione dá início, em Alba, a Congregação das Pias Discípulas do Divino Mestre.
ORAÇÃO
Bendito sejais, Senhor nosso Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, fonte de vida e de todo dom.
Nós o louvamos pelas abundantes riquezas de graças dada à Igreja e à Família Paulina através da vida do Bem-Aventurado Pe. Tiago Alberione.
Ó Pai, guiastes com sabedoria estes 100 anos de história das Pias Discípulas do Divino Mestre e, com a efusão do Espírito Santo, as fez testemunhas do teu Filho Jesus.
Suscite hoje outras discípulas e apóstolas, seguindo o exemplo da venerável Madre Escolástica Rivata. Participantes do sacerdócio real do seu povo, converte-nos em uma liturgia viva para que, saciadas da fonte inesgotável de sua Palavra e Eucaristia, sejamos profecia de sua Presença que salva e transforma o mundo.
Glória a Ti, Santa Trindade, que desperta em nós o desejo de contemplar seu Rosto. Leve a pleno cumprimento a obra que iniciou, enquanto caminhamos, peregrinas, nesta história.
Guiados por Maria, Rainha dos Apóstolos, por São Paulo, por todos os santos e santas, chegaremos à sua morada, onde cantaremos para sempre o seu amor.
Por Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, na unidade do Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.
Em 21 de novembro de 2022, abre-se o ano jubilar do Centenário de Fundação das Pias Discípulas do Divino Mestre.
O ano jubilar é um tempo de graça no reconhecimento do dom que vem de Deus. É tempo de memória deutoronômica, como reza o Salmista: “Recordo-me dos dias passados, medito todas as tuas ações e fico refletindo sobre as obras de tuas mãos” (cf. Sl. 143). É tempo de reconciliação pelas infidelidades e incorrespondências, pelas divisões e feridas que provocamos ou temos sofrido, por causa do nosso pecado e da fragilidade da natureza humana. É tempo de olhar para frente com confiança, convencidas de que Deus é fiel: os dons e o seu chamado são irrevogáveis (cf. Rm 11,29). É tempo de renovada confiança em Jesus Mestre, que continua chamar novas gerações a serem mulheres do Evangelho, transformadas pelo encontro com Ele e corajosas em fazer ressoar o primeiro anúncio, com gestos e palavras: “Jesus Cristo te ama, deu a sua vida para salvar-te, e agora está vivo a teu lado cada dia, para iluminar-te, para reforçar, para libertar-te” (EG 164).
A presença de Jesus Cristo em nós se reconhece na medida em que um encontro conseguiu fazer com que você permanecesse aqui por toda a vida. Quem entre nós se envolve inteiramente é uma fonte de energia, de atividade, de criatividade inesgotável. Se não fomos alcançadas no profundo de nosso coração, se não vimos o Senhor, talvez demos parte do nosso tempo, vamos aos encontros, vamos à Missa, à adoração… damos algo, mas não fazemos uma experiência tão totalizante de modo a descobrir que o Senhor me chama por inteiro. E desta experiência totalizante nasce a urgência da formação continuada e da missão. Não podemos mais calar aquilo que vimos e ouvimos! (cf. At 4,20)
A beleza do encontro entre Maria e Isabel, através da presença do Espírito que dá vida, se manifesta no louvor do Magnificat e na dança do pequeno João. Nossas comunidades vibram da alegria do Evangelho, da Boa e Bela Notícia de que Deus ama o mundo e cuida de todos os seus filhos? Mesmo nestes tempos difíceis e sombrios, em que fragilidade e vulnerabilidade pedem testemunhas de esperança?
«Como cristãos, não podemos esconder que “se a música do Evangelho parar de vibrar em nossas entranhas, teremos perdido a alegria que flui da compaixão, da ternura que nasce da confiança, da capacidade de reconciliação que encontra sua fonte em saber que somos sempre perdoados-enviados. Se a música do Evangelho parar de tocar em nossas casas, em nossas praças, no local de trabalho, na política e na economia, teremos extinto a melodia que nos provocava a lutar pela dignidade de cada homem e mulher.” (Discurso no Encontro ecumênico, Riga – Lituânia (24 de setembro de 2018): L’Osservatore Romano, 24-25 de setembro 2018, p. 8). Outros bebem de outras fontes. Para nós, essa fonte de dignidade humana e de fraternidade está no Evangelho de Jesus Cristo». (FT 277).
Logomarca do Centenário e do 10° Capítulo Geral
Foi escolhida a logomarca elaborada por Ir. M. Laide Sonda (Província do Brasil). Evidencia a relação entre Jesus, Mestre e Senhor da Vida, e as mulheres que o seguem pelas estradas do mundo. A ficha descritiva, que se encontra anexada, nos ajuda a compreender melhor a proposta que a imagem quer transmitir.
Para o 10° Capítulo geral, foi escolhido adaptar a Logomarca do Centenário conservando sua imagem, mas inserindo o tema específico. De fato, no ano de graça 2022-2024, entrelaçam-se para nós, estes eventos importantes que se remetem reciprocamente: desejamos vive-los em harmonia e continuidade.
Conforme já dito, a Logomarca para a comemoração do Centenário é simples e constituída por quatro elementos principais: Jesus Mestre, Discípulas, Caminho-linhas aos pés, o número 100.
A figura de Jesus Mestre é a figura principal; Ele é o centro e o objetivo de nossa vocação e missão. O discipulado é aprendizado de cada dia. Exige caminhar, seguir o Mestre, pois é na sua Palavra, nos seus ensinamentos que se aprende a ser discípulas. «Atraídas pelo amor de Jesus Cristo aderimos a Ele de modo livre e pessoal. Entramos no Caminho novo e vivo que nos guia ao Pai, na Verdade que nos torna livres e na Vida que nos preenche de alegria» (RV13). Ele fez, faz e continua fazendo história com cada uma das discípulas que o seguiu, segue e seguirá.
Além do caminho há o texto: “Sulle orme di Gesù come donne del Vangelo”, tema proposto para o Centenário. O texto está ao redor da mandala, cujo simbolo indica o mistério de Cristo na sua natureza divina e humana e a contínua renovação da vida em Cristo, o renascer a cada dia, seja de cada cristão como também da vida coletiva, comunitária.
«A graça da conformação à Cristo é realizada pela ação do Espírito Santo, para a glória do Pai que nos conduz rumo a eternidade» (Introdução PGF). Embora não esteja presente um símbolo do Espírito há o dinamismo da roupa, como se houvesse vento, impulso. Esse Espírito conduz cada uma e a congregação, lhe confere ânimo, coragem para prosseguir apesar dos impasses de sua historia.
Com uma das mãos o Cristo Mestre abençoa, podendo ver neste gesto toda benção, todas as graças que nos foram dispensadas no decorrer desses 100 anos. «Tudo é de Deus, tudo nos leva ao Magnificat» (RV11). A mão da frente aponta o caminho, convida a seguir, confiar Nele: “Nolite timere, ego vobiscum sum!” ( RV12).
As imagens femininas são silhuetas que não identificam pessoas específicas, mas toda e qualquer discípula, de todos os continentes e etnias. Estão na cor preta para sobressair, mas também para simbolizar que, realisticamente, somos pálidas sombras daquilo que somos chamadas a ser.
As três linhas que compõem o caminho aludem ao dinamismo de seguir Jesus casto, pobre e obediente, à missão que brota da Páscoa: ao serviço da Eucaristia, do sacerdócio e da liturgia.
São três linhas, uma das quais dá origem a uma quarta linha, para nos lembrar que a fidelidade criativa ao carisma recebido de Pe. Alberione é vivida em seu desenvolvimento constante, em harmonia com o corpo sempre crescente de Cristo (cf MR 11).
Outros projetos para celebração do Ano Jubilar pelo Centenário PDDM
O Governo Geral também colocou em andamento os seguintes projetos:
O site www.pddm.org/100anni: No dia 20 de novembro, se abrirá uma nova página no site internacional: www.pddm.org/100anni, inteiramente dedicada aos eventos do Centenário. Editada pela Comissão para a Comunicação, esta página aguarda as notícias, publicações e outras inciativas da inteira Congregação.
Hino do Centenário
A canção escolhida, das muitas recebidas, intitula-se “Correte, non temete”, composta pela noviça Monica Marzulli. É uma canção simples, cativante e atrativa no ritmo e mensagem, fácil de memorizar e com o refrão também em inglês. Ela comunica a alegria pascal do encontro com o Mestre, o único motivo da escolha vocacional de cada discípula. Nas estrofes, ressoam as palavras “carismáticas” que motivaram e sustentaram as gerações de Irmãs antes de nós e continuam a transmitir luz e força para olhar para o futuro: “Não tenha medo. Eu estou com você. Daqui eu iluminarei” e “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6).
Ela foi interpretada por um coro de vozes mistas internacionais: Irmãs, Noviças e Noviços Paulinos na Itália, que cantaram transmitindo a energia multicultural. As traduções serão publicadas nos seguintes idiomas: inglês, francês, espanhol e português.
Agradecemos às Irmãs, os Confrades Paulinos e os aos Amigos do Divino Mestre que responderam em grande número, enviando uma composição, com a intenção de transmitir a alegria e o significado do Jubileu de Fundação. Todos os hinos compostos, aqueles que foram recebidos e aqueles que a criatividade ainda vai suscitar, serão publicados no site: www.pddm.org/100anni.
Participe conosco deste grande louvor a Deus pelos 100 anos de presença PDDM na Igreja.
Desde o início do Tempo Quaresmal, a Pastoral Vocacional e os Cooperadores Paulinos Amigos do Divino Mestre estão produzindo o Itinerário Quaresmal. Este Itinerário Quaresmal são programas veiculados no Youtube e são compostos da proclamação o Evangelho do Domingo; um texto da Patrística com link para a “temática” abordada pelo Evangelho; e a equipe sempre conclui com perguntas e atitudes importantes a se despertar em cada pessoa para melhor viver a Palavra de Deus.
São propostas do Itinerário Quaresmal para o internauta:
– No decorrer da semana tire um tempo para rezar e meditar. – Se possível reserve um lugar na sua casa. Prepare o ambiente colocando um pano roxo, uma cruz, uma vela. – Invoque o Espírito Santo. – Retome o texto do Evangelho e da patrística ou um dos dois, de acordo com sua disponibilidade de tempo. – Preste atenção nas palavras, nas imagens…Se recordar de outra Palavra dê atenção. – Qual a Boa Notícia? – Medite… O que este texto diz para você. – Conclua com uma oração espontânea. Obs: Caso você tenha tempo de anotar… anote o que você considera importante para o seu caminho espiritual-mistagógico.
São todas propostas que remetem a Leitura Orante da Palavra de Deus que, mais que um método, é um modelo de espiritualidade.
ITINERÁRIO QUARESMAL – QUARTA-FEIRA DE CINZAS – PARTE 1
ITINERÁRIO QUARESMAL – QUARTA-FEIRA DE CINZAS – PARTE 2
ITINERÁRIO QUARESMAL – 1º DOMINGO DA QUARESMA
ITINERÁRIO QUARESMAL – 2º DOMINGO DA QUARESMA
Textos do Itinerário Quaresmal do 2º Domingo da Quaresma:
Evangelho – Lucas 9,28b-36
Naquele tempo: Jesus levou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para rezar. Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante. Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. Eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém. Pedro e os companheiros estavam com muito sono. Ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele. E quando estes homens se iam afastando, Pedro disse a Jesus: ‘Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.’ Pedro não sabia o que estava dizendo. Ele estava ainda falando, quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra. Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem. Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia: ‘Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!’ Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-se sozinho. Os discípulos ficaram calados e naqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto.
Por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo
O Senhor manifesta a sua glória na presença de testemunhas escolhidas, e de tal modo fez resplandecer o seu corpo, semelhante ao de todos os homens, que seu rosto se tornou brilhante como o sol e suas vestes brancas como a neve.
A principal finalidade dessa transfiguração era afastar dos discípulos o escândalo da cruz, para que a humilhação da paixão, voluntariamente suportada, não abalasse a fé daqueles a quem tinha sido revelada a excelência da dignidade oculta de Cristo.
Mas, segundo um desígnio não menos previdente, dava-se um fundamento sólido à esperança da santa Igreja, de modo que todo o Corpo de Cristo pudesse conhecer a transfiguração com que ele também seria enriquecido, e os seus membros pudessem contar com a promessa da participação daquela glória que primeiro resplandecera na Cabeça.
A esse respeito, o próprio Senhor dissera, referindo-se à majestade de sua vinda: “Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai” (Mt 13,43). E o apóstolo Paulo declara o mesmo, dizendo: “Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós” (Rm 8,18). E ainda: “Vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória” (Cl 3,3-4).
Entretanto, aos apóstolos que deviam ser confirmados na fé e introduzidos no conhecimento de todos os mistérios do Reino, esse prodígio ofereceu ainda outro ensinamento.
Moisés e Elias, isto é, a Lei e os Profetas, apareceram conversando com o Senhor, a fim de cumprir-se plenamente, na presença daqueles cinco homens, o que fora dito: “Será digna de fé toda palavra proferida na presença de duas ou três testemunhas” (cf. Mt 18,16).
Que pode haver de mais estável e mais firme que esta palavra? Para proclamá-la, ressoa em uníssono a dupla trombeta do Antigo e do Novo Testamento, e os testemunhos dos tempos passados concordam com o ensinamento do Evangelho.
Na verdade, as páginas de ambas as alianças confirmam-se mutuamente; e o esplendor da glória presente mostra, com total evidência, Aquele que as antigas figuras tinham prometido sob o véu dos mistérios. Porque, como diz João, “por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo” (Jo 1,17). Nele cumpriram-se integralmente não só a promessa das figuras proféticas, mas também o sentido dos preceitos da lei; pois pela sua presença mostra a verdade das profecias e, pela sua graça, torna possível cumprir os mandamentos.
Sirva, portanto, a proclamação do santo Evangelho para confirmar a fé de todos, e ninguém se envergonhe da cruz de Cristo, pela qual o mundo foi redimido.
Ninguém tenha medo de sofrer por causa da justiça ou duvide da recompensa prometida, porque é pelo trabalho que se chega ao repouso, e pela morte, à vida. O Senhor assumiu toda a fraqueza de nossa pobre condição e, se permanecermos no seu amor e na proclamação do seu nome, venceremos o que ele venceu e receberemos o que prometeu.
Assim, quer cumprindo os mandamentos ou suportando a adversidade, deve sempre ressoar aos nossos ouvidos a voz do Pai, que se fez ouvir, dizendo: “Este é o meu filho amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o” (Mt 17,5).
[1] OFÍCIO DIVINO – Liturgia das Horas, volume II, São Paulo: Vozes/Paulinas/Paulus/Ave Maria, p. 130-132.
Com uma carta interna para toda a Congregação, a Ir. Micaela Monetti, superiora geral das Pias Discípulas do Divino Mestre, relata como está a Família Paulina presente naquele país e como estão sendo testemunho profético neste momento de dor para aquela nação. Ela motiva a nos unir em oração pela paz.
Leia a carta na íntegra:
Roma, 26 de fevereiro de 2022
Queridas Irmãs, Jovens em formação e Amigos/Amigas do Divino Mestre,
quinta-feira passada 24 de fevereiro, assistimos impotentes à invasão militar da Rússia na Ucrânia, república europeia na qual estão presentes duas pequenas comunidades Paulinas: as Pias Discípulas do Divino Mestre, missionárias polonesas que vivem em Chmel’nyc’kyj, cidade situada na região da Podólia na Ucrânia ocidental, e a Sociedade São Paulo com uma bela missão evangelizadora em L’viv, ou seja, Leópolis, uma cidade da Ucrânia ocidental distante cerca de 70 km da fronteira com a Polônia.
As Irmãs da nossa comunidade estão bem conscientes da gravidade da situação e da imprevisibilidade da evolução do conflito armado. Porém, estão determinadas a permanecer na Ucrânia para continuar a ser uma presença de esperança, oração e solidariedade com a população ucraniana: as famílias, a vida religiosa e as comunidades católicas.
Em resposta aos apelos do Episcopado Ucraniano e das organizações humanitárias internacionais, abriram a casa para acolher fugitivos que precisam de hospitalidade em zonas mais seguras.
Estamos constantemente em contato com elas. No momento estão bem e esperam, como todos nós, que retorne logo a paz e a tranquilidade. Agradecemos a oração e a comunhão que infunde coragem e esperança
Estamos certas de que cada comunidade já se programou para a participação do dia de oração e jejum promovido pelo Papa Francisco, para o próximo 2 de março, com a intenção especifica de implorar paz para a Ucrânia e para a Rússia: infelizmente, as vítimas destas terríveis decisões políticas são na maioria os jovens, de ambas as Nações em conflito.
Pela solidariedade, aprendida na frequentação amorosa e quotidiana da Eucaristia, Pão de Vida para o mundo, fazemo-nos espiritualmente responsáveis pelas famílias, pelos idosos e as crianças e por todos aqueles que pagam o mais alto preço desta tragédia imensa e invocamos paz.
«Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos»
(Gal 6, 9-10a).
Queridos irmãos e irmãs! A Quaresma é um tempo favorável de renovação pessoal e comunitária que nos conduz à Páscoa de Jesus Cristo morto e ressuscitado. Aproveitemos o caminho quaresmal de 2022 para refletir sobre a exortação de São Paulo aos Gálatas: «Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo (kairós), pratiquemos o bem para com todos» (Gal 6, 9-10a).
1- SEMENTEIRA E COLHEITA
Neste trecho, o Apóstolo evoca a sementeira e a colheita, uma imagem que Jesus muito prezava (cf. Mt 13). São Paulo fala-nos dum kairós: um tempo propício para semear o bem tendo em vista uma colheita. Qual poderá ser para nós este tempo favorável? Certamente é a Quaresma, mas é-o também a nossa inteira existência terrena, de que a Quaresma constitui de certa forma uma imagem.1 Muitas vezes, na nossa vida, prevalecem a ganância e a soberba, o anseio de possuir, acumular e consumir, como se vê no homem insensato da parábola evangélica, que considerava assegurada e feliz a sua vida pela grande colheita acumulada nos seus celeiros (cf. Lc 12, 16-21). A Quaresma convida-nos à conversão, a mudar mentalidade, de tal modo que a vida encontre a sua verdade e beleza menos no possuir do que no doar, menos no acumular do que no semear o bem e partilhá-lo. O primeiro agricultor é o próprio Deus, que generosamente «continua a espalhar sementes de bem na humanidade» (Enc. Fratelli tutti, 54). Durante a Quaresma, somos chamados a responder ao dom de Deus, acolhendo a sua Palavra «viva e eficaz» (Heb 4, 12). A escuta assídua da Palavra de Deus faz maturar uma pronta docilidade à sua ação (cf. Tg 1, 19.21), que torna fecunda a nossa vida. E se isto já é motivo para nos alegrarmos, maior motivo ainda nos vem da chamada para sermos «cooperadores de Deus» (1 Cor 3, 9), aproveitando o tempo presente (cf. Ef 5, 16) para semearmos, também nós, praticando o bem. Esta chamada para semear o bem deve ser vista, não como um peso, mas como uma graça pela qual o Criador nos quer ativamente unidos à sua fecunda magnanimidade. E a colheita? Porventura não se faz toda a sementeira a pensar na colheita? Certamente; o laço estreito entre a sementeira e a colheita é reafirmado pelo próprio São Paulo, quando escreve: «Quem pouco semeia, também pouco há de colher; mas quem semeia com generosidade, com generosidade também colherá» (2 Cor 9, 6). Mas de que colheita se trata? Um primeiro fruto do bem semeado, temo-lo em nós mesmos e nas nossas relações diárias, incluindo os gestos mais insignificantes de bondade. Em Deus, nenhum ato de amor, por mais pequeno que seja, e nenhuma das nossas «generosas fadigas» se perde (cf. Exort. Evangelii gaudium, 279). Tal como a árvore se reconhece pelos frutos (cf. Mt 7, 16.20), assim também a vida repleta de obras boas é luminosa (cf. Mt 5, 14-16) e difunde pelo mundo o perfume de Cristo (cf. 2 Cor 2, 15). Servir a Deus, livres do pecado, faz maturar frutos de santificação para a salvação de todos (cf. Rm 6, 22). Na realidade, só nos é concedido ver uma pequena parte do fruto daquilo que semeamos, pois, segundo o dito evangélico, «um é o que semeia e outro o que ceifa» (Jo 4, 37). É precisamente semeando para o bem do próximo que participamos na magnanimidade de Deus: constitui «grande nobreza ser capaz de desencadear processos cujos frutos serão colhidos por outros, com a esperança colocada na força secreta do bem que se semeia» (Enc. Fratelli tutti, 196). Semear o bem para os outros liberta-nos das lógicas mesquinhas do lucro pessoal e confere à nossa atividade a respiração ampla da gratuidade, inserindo-nos no horizonte maravilhoso dos desígnios benfazejos de Deus.
A Palavra de Deus alarga e eleva ainda mais a nossa perspectiva, anunciando-nos que a colheita mais autêntica é a escatológica, a do último dia, do dia sem ocaso. O fruto perfeito da nossa vida e das nossas ações é o «fruto em ordem à vida eterna» (Jo 4, 36), que será o nosso «tesouro no céu» (Lc 18, 22; cf. 12, 33). O próprio Jesus, para exprimir o mistério da sua morte e ressurreição, usa a imagem da semente que morre na terra e frutifica (cf. Jo 12, 24); e São Paulo retoma-a para falar da ressurreição do nosso corpo: «semeado corrutível, o corpo é ressuscitado incorrutível; semeado na desonra, é ressuscitado na glória; semeado na fraqueza, é ressuscitado cheio de força; semeado corpo terreno, é ressuscitado corpo espiritual» (1 Cor 15, 42-44). Esta esperança é a grande luz que Cristo ressuscitado traz ao mundo: «Se nós temos esperança em Cristo apenas para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram» (1 Cor 15, 19-20), para que quantos estiverem intimamente unidos a Ele no amor, «por uma morte idêntica à Sua» (Rm 6, 5), também estejam unidos à sua ressurreição para a vida eterna (cf. Jo 5, 29): «então os justos resplandecerão como o sol, no reino do seu Pai» (Mt 13, 43).
2- «NÃO NOS CANSEMOS DE FAZER O BEM»
A ressurreição de Cristo anima as esperanças terrenas com a «grande esperança» da vida eterna e introduz, já no tempo presente, o germe da salvação (cf. BENTO XVI, Spe salvi, 3; 7). Perante a amarga desilusão por tantos sonhos desfeitos, a inquietação com os desafios a enfrentar, o desconsolo pela pobreza de meios à disposição, a tentação é fechar-se num egoísmo individualista e, à vista dos sofrimentos alheios, refugiar-se na indiferença. Com efeito, mesmo os recursos melhores conhecem limitações: «Até os adolescentes se cansam, se fatigam, e os jovens tropeçam e vacilam» (Is 40, 30). Deus, porém, «dá forças ao cansado e enche de vigor o fraco. (…) Aqueles que confiam no Senhor, renovam as suas forças. Têm asas como a águia, correm sem se cansar, marcham sem desfalecer» (Is 40, 29.31). A Quaresma chama-nos a repor a nossa fé e esperança no Senhor (cf. 1 Ped 1, 21), pois só com o olhar fixo em Jesus Cristo ressuscitado (cf. Heb 12, 2) é que podemos acolher a exortação do Apóstolo: «Não nos cansemos de fazer o bem» (Gal 6, 9). Não nos cansemos de rezar. Jesus ensinou que é necessário «orar sempre, sem desfalecer» (Lc 18, 1). Precisamos de rezar, porque necessitamos de Deus. A ilusão de nos bastar a nós mesmos é perigosa. Se a pandemia nos fez sentir de perto a nossa fragilidade pessoal e social, permita-nos esta Quaresma experimentar o conforto da fé em Deus, sem a qual não poderemos subsistir (cf. Is 7, 9). No meio das tempestades da história, encontramo-nos todos no mesmo barco, pelo que ninguém se salva sozinho; 2 mas sobretudo ninguém se salva sem Deus, porque só o mistério pascal de Jesus Cristo nos dá a vitória sobre as vagas tenebrosas da morte. A fé não nos preserva das tribulações da vida, mas permite atravessá-las unidos a Deus em Cristo, com a grande esperança que não desilude e cujo penhor é o amor que Deus derramou nos nossos corações por meio do Espírito Santo (cf. Rm 5, 1-5). Não nos cansemos de extirpar o mal da nossa vida. Possa o jejum corporal, a que nos chama a Quaresma, fortalecer o nosso espírito para o combate contra o pecado. Não nos cansemos de pedir perdão no sacramento da Penitência e Reconciliação, sabendo que Deus nunca Se cansa de perdoar.3 Não nos cansemos de combater a concupiscência, fragilidade esta que inclina para o egoísmo e todo o mal, encontrando no decurso dos séculos vias diferentes para fazer precipitar o homem no pecado (cf. Enc. Fratelli tutti, 166). Uma destas vias é a dependência dos meios de comunicação digitais, que empobrece as relações humanas. A Quaresma é tempo propício para contrastar estas ciladas, cultivando ao contrário uma comunicação humana mais integral (cf. ibid., 43), feita de «encontros reais» (ibid., 50), face a face. Não nos cansemos de fazer o bem, através duma operosa caridade para com o próximo. Durante esta Quaresma, exercitemo-nos na prática da esmola, dando com alegria (cf. 2 Cor 9, 7). Deus, «que dá a semente ao semeador e o pão em alimento» (2 Cor 9, 10), provê a cada um de nós os recursos necessários para nos nutrirmos e ainda para sermos generosos na prática do bem para com os outros. Se é verdade que toda a nossa vida é tempo para semear o bem, aproveitemos de modo particular esta Quaresma para cuidar de quem está próximo de nós, para nos aproximarmos dos irmãos e irmãs que se encontram feridos na margem da estrada da vida (cf. Lc 10, 25-37). A Quaresma é tempo propício para procurar, e não evitar, quem passa necessidade; para chamar, e não ignorar, quem deseja atenção e uma boa palavra; para visitar, e não abandonar, quem sofre a solidão. Acolhamos o apelo a praticar o bem para com todos, reservando tempo para amar os mais pequenos e indefesos, os abandonados e desprezados, os discriminados e marginalizados (cf. Enc. Fratelli tutti, 193).
3 – «A SEU TEMPO COLHEREMOS, SE NÃO TIVERMOS ESMORECIDO»
Cada ano, a Quaresma vem recordar-nos que «o bem, como aliás o amor, a justiça e a solidariedade não se alcançam duma vez para sempre; hão de ser conquistados cada dia» (ibid., 11). Por conseguinte peçamos a Deus a constância paciente do agricultor (cf. Tg 5, 7), para não desistir na prática do bem, um passo de cada vez. Quem cai, estenda a mão ao Pai que nos levanta sempre. Quem se extraviou, enganado pelas seduções do maligno, não demore a voltar para Deus, que «é generoso em perdoar» (Is 55, 7). Neste tempo de conversão, buscando apoio na graça divina e na comunhão da Igreja, não nos cansemos de semear o bem. O jejum prepara o terreno, a oração rega, a caridade fecunda-o. Na fé, temos a certeza de que «a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido», e obteremos, com o dom da perseverança, os bens prometidos (cf. Heb 10, 36) para salvação nossa e do próximo (cf. 1 Tm 4, 16). Praticando o amor fraterno para com todos, estamos unidos a Cristo, que deu a sua vida por nós (cf. 2 Cor 5, 14-15), e saboreamos desde já a alegria do Reino dos Céus, quando Deus for «tudo em todos» (1 Cor 15, 28). A Virgem Maria, em cujo ventre germinou o Salvador e que guardava todas as coisas «ponderando-as no seu coração» (Lc 2, 19), obtenha-nos o dom da paciência e acompanhe-nos com a sua presença materna, para que este tempo de conversão dê frutos de salvação eterna.
Roma, em São João de Latrão, na Memória litúrgica do bispo São Martinho, 11 de novembro de 2021.
Sou pernambucano, residente em Olinda, bairro de Casa Caiada, atuante na comunidade da paróquia de São José.
Participo como ministro extraordinário da sagrada comunhão, na liturgia como leitor, nos grupos Legião de Maria e apostolado da oração.
Meu primeiro contato com a congregação das Pias Discípulas do Divino Mestre, foi com as Irmãs Clarinda, Zélia e Dáurea, quando elas participavam nos encontros de liturgia e catequese na nossa paróquia. Eu desconhecia os Cooperadores Paulinos Amigos do Divino Mestre (CP-ADM). O convite para ser participante do grupo veio através da Irmã Rosária, quando participávamos da festa do Santíssimo Salvador, padroeiro de Olinda, na catedral. Ir. Rosária era coordenadora da liturgia. Foi com surpresa e alegria que, dentre várias pessoas, ela me escolheu. Daí em diante, procurei informação sobre o significado de ser um CP-ADM e, na medida que descobria, cada vez mais gostava da ideia de fazer parte desse grupo de leigos da Família Paulina.
Em 2018, participei do Encontro Nacional. Foi uma grande organização de evangelização com vários CP-ADMs de todos os estados brasileiros, realizado no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo. Considerei uma maravilha. Estávamos nos preparando para um novo encontro nacional, mas, infelizmente, com a chegada da pandemia, o mesmo foi cancelado. Porém, nos mantivemos conectados on-line pelas redes sociais com encontros e estudos, como o das Cartas Paulinas, sob orientação da nossa Irmã HELENA GHIGGI. Também recebemos, para leitura e meditação, os boletins mensais enviados pela Irmã Vera, os quais muito nos orienta nos encontros.
Aqui em Olinda também participamos de vários estudos on-line sobre a liturgia da Igreja com a Irmã Paula Souza. Sob a intercessão do padre Tiago Alberione e Madre Escolástica ao Divino Mestre Nosso Senhor Jesus Cristo, quando tudo isso passar, voltaremos a nos encontrar presencialmente com toda alegria e amor, para anunciar o EVANGELHO de Jesus a todas as criaturas.