De 1 a 4 de agosto de 2023, em Cabreúva/SP, as Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre realizaram a sua 2ª sessão do 4º Capítulo Provincial. O Capítulo provincial é um organismo dotado de autoridade colegial e é convocado pela superiora provincial. Exprime a solicitude de todas as irmãs na busca do bem comum, em sintonia com a nossa identidade carismática e o contexto cultural e eclesial de inserção do Instituto.
Esta 2ª sessão do 4º Capítulo Provincial é uma forma de transmissão às irmãs de tudo que foi vivido no 10º Capítulo Geral. Mediante o Documento Final do Capítulo Geral, as províncias podem traçar pontos de ação para executar aquilo que foi definido, de acordo com a realidade de cada nação.
Para o 10º Capítulo Geral, que aconteceu de 04 a 29 de junho de 2023, em Camaldoli, Itália, participaram Ir. Marilez Furlanetto, atual provincial das Pias Discípulas no Brasil, e duas irmãs delegadas, escolhidas pelas capitares durante a 1º sessão do 4º Capítulo Provincial, Ir. Cidinha Batista e Ir. Julia Almeida.
2ª sessão do 4º Capítulo Provincial
No dia 01 de agosto de 2023, reunidas ao redor das mesas da Palavra e da Eucaristia, às 6h45, a assembleia capitular celebrou o memorial da ceia do Senhor, presidida por Pe. Alberto Simionato.
Na sala capitular, Ir. Marilez Furlanetto fez a abertura oficial da sessão. Em seguida, Ir. M. Aparecida Batista introduziu as irmãs para um tempo de oração com textos bíblicos que narram experiências de mulheres no Evangelho. Estes textos foram os mesmos propostos pela Ir. Elena Bosetti, pastorinha, no 10º Capítulo Geral. Após um tempo de oração pessoal, as irmãs se encontraram em grupos para partilha. Para iluminar a oração, as irmãs capitulares receberam o ícone das Discípulas de Jesus, uma miniatura do ícone que acompanhou as irmãs reunidas no 10º Capítulo Geral.
Começamos nossa jornada seguindo os passos das mulheres que encontraram e proclamaram o Senhor Jesus. A Ir. Elena Bosetti, sjbp, que apresentou a reflexão do retiro no 10º Capítulo Geral “NOS PASSOS DO MESTRE…ENCONTRARAM, ACOLHERAM E ANUNCIARAM JESUS“, propôs a leitura dos textos: (Lc 1,39-56); Quando as lágrimas falam (Lc 7); Quando o Mestre lhe espera no poço (Jo 4,5-42); Quando se faz caminho com Jesus pelo Evangelho (Lc 8); Quando a casa de abre para acolhida (Lc 10,38-42); Quando estava escuro e tudo parecia morto… (Jo 20,1-18). Às Irmãs capitulares aqui no Brasil, também foram apresentados todos estes textos. Cada Irmã escolheu o texto que iria rezar e meditar em toda a manhã.
À tarde deste primeiro dia, retornaram para a sala capitular para continuação dos trabalhos. As Irmãs transmitiram o Relatório Institucional e Econômico da Congregação. No final do dia, as irmãs assistiram uma apresentação em vídeo de uma parte do Percurso “Madre Escolástica”, instalado junto à Igreja de Jesus Mestre em Roma. Á noite, as Irmãs foram convidadas a assistirem o filme brasileiro “Para’ì”que conta a história de Pará, menina guarani que encontra por acaso um milho guarani tradicional, que nunca havia visto e, encantada com a beleza de suas sementes coloridas, busca cultivá-lo. A partir dessa busca, ela começa a questionar seu lugar no mundo, quem ela é, por que fala português e não guarani, por que é diferente dos colegas da escola, por que seu pai vai à igreja Cristã, por que moram numa aldeia tão perto da cidade, por que seu povo luta por terra.
Na manhã do dia 02 de agosto as 6h45 a assembleia capitular e as irmãs das comunidades do Jardim Divino Mestre se reuniram para celebrar as laudes. Na sala capitular, Ir. Marilez deu início aos trabalhos da manhã com uma retomada do que foi vivido no 10º capitulo geral com parte iluminativa com as colocações de Pe.Mario Oscar Llanos, salesiano, sobre a “Formação Integral como fonte de beleza” e de Don Bogusław Zeman, ssp, sobre “A complementariedade na missão da Família Paulina”. Depois encaminhou os trabalhos de grupos para a leitura do Documento final. A tarde, após a projeção de alguns vídeos sobre a história da congregação nas várias nações, houve a apresentação da síntese dos grupos sobre o documento final e partilha espontânea a partir do que foi trabalhado nos grupos.
No dia 03 de agosto de 2023, iniciamos o dia com o louvor da manhã, às 6h45. Na sala capitular, Ir. Marilez Furlanetto fez a abertura oficial da sessão. Em seguida, Ir. M. Aparecida Batista leu algumas mensagens que chegaram das comunidades. Após isto, continuou a reflexão do dia anterior sobre o documento final. Na sequência a atenção foi para alguns artigos do estatuto que precisavam ser modificados e atualizados de acordo com a vivência e as exigências atuais da missão. À tarde, foi feito um trabalho de grupo afunilando para as linhas de ação que se irá assumir como província para os próximos seis anos. No último momento de trabalho da tarde na sala capitular aconteceu a partilha dos trabalhos de grupo.
Na manhã do dia 04 de agosto as 6h45 a assembleia capitular e as irmãs das comunidades do Jardim Divino Mestre se reuniram para celebrar a celebração eucarística, memória de São João Maria Vianey, presidida pelo padre Joaquim.
As 8h45 na sala capitular Ir. Marilez deu início aos trabalhos da manhã considerando e aprovando a redação das linhas de ação que serão assumidas pela província nos próximo seis anos. O repasse do capítulo será feito para as comunidades da província de forma presencial para São Paulo e online para as demais comunidades.
Após as comunicações da província, conclui-se a sessão capitular com uma oração de gratidão.
Domingo, dia 30 de julho, foi um dia especial. A Congregação das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre celebrou 67 de chegada em terras brasileiras e o Jubileu de 60 anos de vida consagrada de Ir. M. Clara Hirata e Ir. M. Frederica Frederico; e 50 anos de vida Consagrada de Ir. M. Laíde Sonda.
A Celebração Eucarística aconteceu na Capela Divino Mestre, em Cabreúva/SP. Foi presidida por Dom Vicente Costa, bispo emérito de Jundiaí; e concelebrada por Pe. Valdez Dalaghese, ssp. Contou com a presença as Irmãs Pias Discípulas das diversas comunidades de São Paulo, familiares da Ir. M. Clara, Irmãs Filhas de São Paulo, Cooperadores Paulinos e amigos da Congregação.
“O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola.” (Mateus 13,44-52). Este era o evangelho que regia a celebração deste dia e foi escolhido para a ilustração do convite e lembranças do jubileu.
A grande mensagem das parábolas deste evangelho é a busca do Reino de Deus. Quem descobre esse tesouro, essa pérola preciosa fica repleto de alegria e disposto a dedicar toda a vida a seu serviço. Esse Reino de justiça, amor e paz é como uma grande rede que acolhe e oferece vida plena a todas as pessoas. Como no tempo do rei Salomão, precisamos da sabedoria divina para discernir, optar e viver exclusivamente para o Reino.
Cumprimentamos nossas jubilandas que doaram a vida pelo Evangelho. Souberam dar valor ao Reino de Deus nas escolhas na história vocacional de cada uma.
Os novos membros da Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foram eleitos nesta quarta-feira, 21 de junho, pelo Conselho Permanente. Estarão no colegiado conduzido por dom Hernaldo Pinto Farias o bispo auxiliar de São Paulo (SP), dom José Benedito Cardoso, e o bispo auxiliar de Salvador (BA), dom Dorival Barreto Souza Júnior.
COMISSÃO EPISCOPAL PARA A LITURGIA
Da esquerda para direita: Frei Luis Felipe Marques, a arquiteta Raquel Tonini Rosenberg Schneider e Pe. Jair Oliveira Costa.
Pe. Jair Oliveira Costa Diocese de Guarulhos (SP). Possui curso de violão popular pela Escola Livre de Música e é cantor no Coral Municipal de Guarulhos. Cuidará do Setor Música Litúrgica.
Frei Luis Felipe Marques Frade franciscano conventual. Mestre e Doutor em Teologia Sacramental. Cuidará do Setor Pastoral Litúrgica.
Raquel Tonini Rosenberg Schneider Graduada em Arquitetura e Urbanismo, mestre em Teologia e especialista em Espaço Celebrativo-Litúrgico e Arte Sacra. Estará a serviço do Setor Espaço Litúrgico.
Sobre a Comissão para a Liturgia
A Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem por atribuição promover, fortalecer e acompanhar a vida litúrgica da Igreja no Brasil e o seu processo de renovação e inculturação, à luz do Concílio Vaticano II. É ela a responsável por incentivar a formação e a organização da pastoral litúrgica nas dioceses através dos regionais da entidade, bem como a elaborar subsídios para a animação da vida litúrgica, referentes à pastoral, à música e ao espaço litúrgico.
De 3 a 29 de junho, nós, Pias Discípulas do Divino Mestre estamos em Camaldoli, Itália, para o nosso 10º Capítulo Geral que tem escopo eletivo. Hoje, 21 de junho de 2023,o 10° Capítulo Geraldas Pias Discípulas do Divino Mestre elegeu Ir. M. Bernardita Meráz Sotelo, Superiora Geral do Institutopelo sexênio 2023 – 2029.
Ir. M. Bernardita Meráz Sotelo nasceu em 27 de fevereiro de 1958 em El Molino Namiquipa, província de Chihuahua, no Mexico. É Pia Discípula do Divino Mestre desde 25 de março de 1977. Ela é formada em Psicologia (1991/1995), tem mestrado em Terapia Gestalt (2005) e um diploma em Pastoral Vocacional.
Atualmente exercia seu apostolado como Diretora do programa kairos, acompanhando padres e religiosas em terapia e diagnóstico; e formadora das junioristas. Anteriormente foi Superiora Regional, Superiora Provincial e Visitadora Apostólica do Dicastério para Institutos de Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica.
Ir. M. Bernardita Meráz Sotelo será a primeira Superiora Geral das Pias Discípulas do Divino Mestre que não é italiana. Agradecemos a Ir. M. Micaela Monetti pelo seu serviço gratuito à frente da nossa congregação nestes últimos seis anos. Nossa prece e comunhão com o governo que cessa e com as Irmãs que assumirão.
10º Capítulo Geral
No dia 3 de junho, o Oásis Divino Mestre, em Camaldoli, Itália, foi colorido pelos rostos de todas as Irmãs vindas de diversas partes do mundo. Antes, tivemos uma belíssima Celebração Eucarística, na Igreja Divino Mestre, na Via Portuense. A celebração foi presidida pelo Cardeal Angelo de Donatis. Ele enfatizou que o discernimento é um dom da graça e o colírio para abrir nossos olhos e ver as maravilhas que Deus realiza é o Espírito Santo.
De 4 a 7 de junho, fizemos os exercícios espirituais acompanhados, com grande paixão, pela Ir. Elena Bosetti, jbp. Foi uma verdadeira imersão nas Sagradas Escrituras, seguindo o tema «Nos passos do Mestre… elas encontraram, acolheram e anunciaram Jesus». E assim, por meio das mulheres do Evangelho, experimentamos a beleza do seguimento e do anúncio.
A abertura dos trabalhos do Capítulo ocorreu na tarde do dia 8 de junho quando fomos chamadas pelo nome, o qual respondemos “eis-me aqui”. Após isto, assinatura atestou nossa legítima participação no 10º Capítulo Geral. Entramos na sala capitular em procissão, seguindo a Palavra. Na sala foram feitos os procedimentos formais, como aprovação do Regulamento e do Calendário, a nomeação dos serviços e das várias comissões.
A facilitadora que acompanha o nosso Capítulo é a Ir. Marian Murcia, do Instituto Sagrada Família, em Bordeaux, com quem nos detivemos em uma reflexão envolvente sobre o discernimento espiritual do Capítulo. A Ir. Marian nos lembrou que “o mesmo Espírito que inspirou nosso fundador está agindo nos corações dos membros da Congregação reunidos aqui em Camaldoli, mas também nos corações de todas as nossas irmãs que estão em casa, enquanto passamos por essa experiência “formal” do Capítulo”. Temos certeza que isto as alegrará e as farão sentir ainda mais em comunhão. «O discernimento que somos chamadas a viver exige que cada irmã esteja verdadeiramente preocupada com o bem do todo, com a vitalidade da Congregação e com sua missão hoje».
Entendemos que a palavra-chave é JUNTAS. Já estamos vivendo-a na oração litúrgica simples e rica, nos momentos de convívio, na escuta, no diálogo e no conhecimento mútuo das diferentes realidades da Congregação. O Espírito Santo, como um diapasão, nos deu o «la»… cabe agora a nós afinarmos para uma sinfonia maravilhosa.
De 9 a 11 de junho, fizemos uma viagem virtual visitando a realidade da Congregação espalhada pelos cinco continentes: a grande África (Burkina Faso, República Democrática do Congo e República do Congo), a imensa Ásia (Filipinas/Taiwan/Hong Kong, Coreia do Sul, Japão, Índia), a promissora Oceania (Austrália), a atribulada Europa (Itália, Vaticano, França, Polônia, Espanha, Portugal, Ucrânia, República Tcheca), as duasAméricas (México, Chile, Venezuela, Colômbia/Equador, Argentina, Brasil, Irlanda/Estados Unidos, Canadá).
Uma grande viagem caracterizada pela diversidade, riqueza de línguas, culturas, recursos humanos, espirituais e econômicos… tantas peças formando um único mosaico na comunhão de um único corpo. Essa grande viagem, porém, não foi apenas virtual, mas também vivida no conhecimento mútuo entre as irmãs que, nesta assembleia sinodal, representam todas as Circunscrições da Congregação.
Chegamos à conclusão de que estamos todas no mesmo barco: embora atravessemos as ondas na tempestade da vida e da missão, no barco, conosco, está Jesus, o Mestre ressuscitado, e por isso não temos medo de afundar, a fé confirma que com Ele o barco chegará à margem. As páginas da nossa história, da nossa vocação, da missão nos cinco continentes são feitas de luz e sombra, de sol e chuva (assim como o clima de Camaldoli que nos acompanha nestes dias). É a história das abundantes riquezas da graça derramadas sobre toda a família, uma bela história que nos faz cantar o Magnificat com alegria e o Miserere com humildade.
A oração na Sala Capitular, pela manhã, é animada a cada dia pelas irmãs de uma Circunscrição diferente; todas se expressam com simplicidade e criatividade. À tarde, antes de começar o trabalho, assistimos e ouvimos, com profunda emoção e gratidão, as histórias das irmãs que foram pioneiras nas fundações em todo o mundo, por meio das histórias em vídeo preparadas para o Centenário que estão no nosso site: https://www.pddm.org/-100anni/visual-story-telling/.
Na segunda-feira, 12 de junho, nos dedicamos a ler e compartilhar o relatório institucional apresentado por Ir. M. Micaela Monetti, do qual compartilhamos aqui um trecho: «O 10º Capítulo Geral nos oferece a oportunidade de ouvir, diretamente das delegadas, as diversas vozes da polifonia da Congregação que, na peculiaridade de cada circunscrição, manifestam a unidade da missão: ser, naquela porção do povo fiel de Deus da qual fazemos parte nas diversas nações e culturas, uma presença viva e atuante para que Jesus Mestre seja conhecido, amado e seguido, e em todos os lugares se elevem louvores a Deus, na beleza e na verdade».
No dia seguinte, 13 de junho, foi a vez de Ir. M. Giovanna Colombo apresentar o relatório econômico-administrativo da Congregação. Foi uma leitura realista da situação dos últimos seis anos, marcados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia e em outras partes do mundo, pela pobreza e pelas situações sociais em vários países. É um chamado à responsabilidade e à solidariedade em relação ao mundo inteiro. “As dificuldades econômicas e sociais – que certamente existem, e nos últimos anos ainda mais – não nos impedem de reconhecer o belo e o bom que acontece em nossas comunidades e ao nosso redor, apesar de tudo. Juntas, peçamos ao Bem-aventurado Tiago Alberione e à Madre M. Escolástica Rivata que nos obtenham do Divino Mestre um grande coração para acolher o grito de uma humanidade que tem fome e sede de Deus, especialmente nesta hora sombria da história, nos dê a coragem de nos doarmos totalmente à Sua causa, a humildade de reconhecer os nossos erros, a força para recomeçar através da experiência e do cansaço de cada dia. Mas, acima de tudo, pedimos para fortalecer a comunhão entre as diferentes Circunscrições e comunidades, o que nos faz sentir unidos no amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo».
Há tempo suficiente para compartilharmos a vida, seja nos grupos de idiomas variados ou no salão, todas juntas, ecoando o que está sendo refletido ou as inspirações que o Espírito sugere a cada uma para o bem de todo o corpo. Nós nos envolvemos em um diálogo animado com muita liberdade, escuta, respeito mútuo e ritmado por horários precisos que nossa facilitadora marca para nós.
Isso, que podemos considerar uma segunda etapa de nosso trabalho capitular, terminou em 13 de junho, com a celebração da reconciliação. Vivemos esse momento litúrgico na capela, seguindo o subsídio preparado para o centenário, pedindo e oferecendo sinceramente perdão mutuamente e nos reconciliando com o abraço da paz: « Lembre-se, porém, de todo o caminho que Javé seu Deus fez você percorrer durante quarenta anos no deserto, a fim de o humilhar e o colocar à prova, para conhecer suas intenções: será que você iria observar os mandamentos dele ou não? » (Dt 8,2).
Fase Iluminativa
No dia 14 de junho, iniciamos uma nova etapa de nosso trabalho capitular: a «fase iluminativa». Essa fase compreendeu dois dias: o primeiro foi conduzido pelo Pe. Mario Oscar Llanos, sdb, professor da Universidade Pontifícia Salesiana, especializado em pedagogia e pastoral vocacional. Ele abordou o seguinte tema: «Para que a formação integral se torne uma fonte de beleza», com o objetivo de responder às perguntas: «O que significa hoje viver uma formação integral? E quais são as maneiras específicas pelas quais a formação integral pode se tornar uma fonte de beleza?». A partir dessas perguntas, o Pe. Mário desenvolveu seu relatório, intercalado com a partilha da assembleia.
Concluímos esse momento de reflexão com Maria e Isabel, mulheres do encontro: « Hoje, com quem quero compartilhar a beleza de minha humanidade, para saltarmos juntas nas profundezas de nosso ser e agradecermos ao Senhor pelas obras que Ele realiza? Em que base construo meus relacionamentos? Deus pede nossa colaboração para uma sociedade fundada no amor, começando pelas pequenas coisas».
O segundo dia desta fase iluminativa foi marcado pela cor paulina. O pe. Don Bogusław Zeman, vigário geral dos Padres e Irmãos Paulinos, nos falou sobre: «A complementaridade na missão da Família Paulina». Este tema avivou nosso interesse, uma vez que toca não apenas a realidade da missão, mas a própria identidade da Família Paulina. O fato de chamarmos e sermos «Família Paulina» é uma das características essenciais do carisma paulino. Pe. Bogusław nos convidou a refletir, em primeiro lugar, sobre o significado da palavra «complementaridade», depois a buscar essas características em nossa história como Família, no legado que nos foi deixado pelo Bem-aventurado Tiago Alberione e, finalmente, na complementaridade da Família Paulina em sua missão hoje. Referindo-se ao versículo de Gn 2,23, concluiu com um encorajamento que é também uma sensibilização: « Vocês são ossos dos meus ossos, carne da minha carne. Preciso de vocês para viver e cumprir minha missão».
No dia 16 de junho, com grande alegria, nos permitimos um dia de visita/peregrinação em Siena, seguindo os passos de Santa Catarina. Nossa guia em Siena foi a Ir. M. Regina Cesarato, que nos deu uma amostra da beleza dessa cidade medieval. Retornamos a Camaldoli, agradecendo ao Senhor por nos favorecer um dia ensolarado. Neste link: https://www.pddm.org/10-capitolo-generale/galleria/, vocês podem ver algumas fotos.
Nos dias 17 e 18 de junho, nosso calendário incluiu a leitura, aprofundamento e partilha sobre o «Instrumento de Trabalho». Assim continua, para esta Assembleia capitular, o processo de discernimento que olha para toda a Congregação, para a Igreja, sociedade e todo o criado, realidades caracterizadas por desafios e mudanças de época.
O Instrumento de Trabalho que temos em nossas mãos nestes dias é fruto da reflexão de cada comunidade de toda Congregação. A Comissão Preparatória do X Capítulo Geral recolheu todas as contribuições das Circunscrições e estas se tornaram as estrelas da manhã que, brilhando intensamente, estão guiando o discernimento capitular. O método de discernimento é o da conversação espiritual, aprendida no caminho sinodal eclesial.
O Espírito Santo que sopra sobre nós e faz novas todas as coisas, graças também à vossa oração, nos guia para identificar os chamados que Deus sabiamente traçou para nós, para sermos as mulheres do Evangelho, discípulas/apóstolas do Mestre Ressuscitado, chamadas a viver a beleza do Encontro e a testemunhar a alegria de um envio para o mundo de hoje.
O Papa Francisco, há quase um ano, brindou a Igreja com a Carta Apostólica Desiderio Desideravi sobre a formação litúrgica do Povo de Deus. Com ela, o pontífice concedeu-nos uma leitura teológico-espiritual da Constituição litúrgica Sacrosanctum Concilium, cujo aniversário de 60 anos estamos prestes a celebrar no próximo 04 de dezembro. Compreendendo Desiderio Desideravi como uma retomada do caminho conciliar, os benefícios para a pastoral litúrgica são certamente inúmeros.
A Constituição sobre a sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium relança a celebração do Mistério de Cristo como fonte da genuína espiritualidade cristã. Ao reconhecer a Liturgia como forma ritual da Revelação, situa-a como constitutiva do evento pascal, inerente ao Mistério de Cristo e da Igreja. Sacrosanctum Concilium nos faz perceber que os ritos e preces não são mero adorno ou acréscimo ao Mistério Pascal com finalidade pedagógica, mas mostra-a como a atividade mais excelente, embora não única, dentre as ações pastorais da Igreja.
Em Desiderio Desideravi o Papa Francisco medita sobre os grandes temas da Constituição litúrgica à luz da reforma litúrgica nela instituída. Mais de meio século após sua promulgação, propõe-nos redescobrir a beleza da verdade da Liturgia que, precisamente, reside em ser a mediação para o encontro com o Senhor. O faz ressaltando a linguagem simbólica e a ação ritual interpretadas teologicamente na perspectiva da encarnação do Verbo, “método que a Trindade escolheu para abrir o caminho de comunhão até nós” (DD 10).
No ano em que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil disponibiliza para todos os fiéis a tradução da terceira edição típica do Missal Romano, após aproximadamente duas décadas de muito trabalho, a Semana de Liturgia quer ser ocasião de festa. Animados na recepção do grande monumento da oração cristã e uma das obras mais emblemáticas da reforma litúrgica que em breve estará nas mãos das comunidades de nosso país, o Centro de Liturgia e a Rede Celebra prepararam juntos um percurso formativo que buscará evidenciar como a Liturgia renovada pelo Concílio Vaticano II fez-se de fato fonte de vida para a Igreja.
I. DATA:
16 a 20 de outubrode 2023 (segunda a sexta-feira).
Início: 12h com o almoço do dia 16/10.
Término: 12h com o almoço do dia 20/10.
* Tendo em vista a metodologia da Semana de Liturgia compreende-se que a participação em tempo integral é indispensável.
· Diária do quarto individual R$312,00 x 4 diárias e ½: 1.404,00 (Um mil, quatrocentos e quatro reais).
• Diária do quarto duplo R$280,00 por pessoa x 4 diárias e ½: 1.260,00 (Um mil, duzentos e sessenta reais).
• Diária do quarto triplo R$248,00 por pessoa x 4 diárias e ½: 1.116,00 (Um mil, cento e dezesseis reais).
Para esse período será cobrado 4 diárias e ½
Pagamentos:
· Pagamento da Hospedagem direto com o Mosteiro de Itaici no período de 20/09 a 07/10/2023. (Não receberão pagamentos antes e nem posterior a data estipulada).
Forma de pagamento da hospedagem:
Via PIX, transferência bancária ou depósito.
– Dados para Transferência Bancária:
Razão Social: Associação Nobrega de Educação e Assistência Social (CNPJ 33.544.370/0035-98).
Banco Itaú – Agência 6260 – Conta Corrente 01573-7
– Chave PIX: 33.544.370/0035-98 (CNPJ)
* (Inscrições sem pagamento até o dia 07/10 serão canceladas).
* A nota será emitida em nome do pagador.
* Pagamento de mais de um inscrito, deve ser informado a quem se refere o pagamento.
* A confirmação da hospedagem será realizada mediante o envio do comprovante de pagamento para o e-mail: [email protected]
· Desistência/cancelamento serão aceitas até o dia 10/10/2023, após essa data será cobrado o percentual de 30% do valor total pago referente a taxa administrativa.
Participantes com restrições alimentares devem informar no momento da inscrição.
• Estão dispostos dentro do quarto: Por cama 02 lençóis, 01 travesseiro, 01 cobertor, 01 toalha de banho e 01 toalha de rosto
C – COMO CHEGAR:
· Aeroporto Internacional Viracopos – Campinas: é o aeroporto mais próximo do Mosteiro de Itaici. Segundo informações obtidas através do Google Maps o trajeto é de 17,3km, 22 min (aprox) de carro. Segundo informações da casa de encontros o mais comum é fazer este trajeto por meio de táxi e/ou aplicativos de mobilidade urbana (Uber, 99pop, etc).
· Campinas-Indaiatuba: transitar pela Rod. SP-75 até chegar a Saída 57-C e Sorocaba-Indaiatuba, Saída 55-A, saindo na Av. Cel. Antonio Estanislau do Amaral / Estr. Municipal Indaiatuba-Itupeva / Rod. José Boldrini. Manter-se nesse percurso até passar a ponte do Rio Jundiaí. A entrada fica à direita em frente a E.E. Joaquim Pedroso de Alvarenga.
· São Paulo-Indaiatuba: transitar pela Rod. dos Bandeirantes até a Saída 88. Fazer o contorno no pontilhão entrando para a Rod. SP-75. Manter-se no percurso até encontrar a Saída 57-C, saindo na Av. Cel. Antonio Estanislau do Amaral / Estr. Municipal Indaiatuba[1]Itupeva / Rod. José Boldrini. Manter-se nesse percurso até passar a ponte do Rio Jundiaí. A entrada fica à direita em frente a E.E. Joaquim Pedroso de Alvarenga.
· Sorocaba e região: seguir pela Rod. Sen. José E. de Moraes até chegar a Rod. Dep. Archimedes Lammoglia, manter-se no percurso até encontrar a Rod. Pref. Hélio Steffen. Siga nessa rota até encontrar a Rod. Eng. Ermênio de Oliveira Penteado, mantenha-se nesse percurso até encontrar à sua direita a Saída 55-A, saindo na Av. Cel. Antonio Estanislau do Amaral / Estr. Municipal Indaiatuba-Itupeva / Rod. José Boldrini. Manter-se nesse percurso até passar a ponte do Rio Jundiaí. A entrada fica à direita em frente a E.E. Joaquim Pedroso de Alvarenga.
· Rio de Janeiro-Indaiatuba: acesso pela Rod. Dom Pedro I, até a rotatória que leva a Rod. Anhanguera, seguir até encontrar a Rod. Alberto Panzan. Continuar em frente até a Rod. Bandeirantes, seguindo até chegar a Rod. SP-75.
· Ônibus (VB Transportes) – Informações pelo telefone (19) 3875-2342 ou pelo site www.vbtransportes.com.br. VB Transportes mantém horários diários de Campinas-Indaiatuba e São Paulo-Indaiatuba. De Indaiatuba ao bairro Itaici é preciso tomar táxi ou ônibus circular. O circular da Viação Guaianazes (Linhas: Engenho, Terras de Itaici ou Vale das Laranjeiras) passa no portão de entrada do Mosteiro de Itaici, sendo necessário andar 1,2Km até a recepção da casa.
IV. INFORMAÇÕES
· Trazer o Ofício Divino das Comunidades.
· Trazer comidas e bebidas típicas da sua região para a confraternização.
É a sexagésima vez que se celebra o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, instituído por São Paulo VI em 1964, durante o Concílio Ecuménico Vaticano II. Esta providencial iniciativa visa ajudar os membros do Povo de Deus a responder, pessoalmente e em comunidade, à chamada e à missão que o Senhor confia a cada um no mundo de hoje, com as suas feridas e as suas esperanças, os seus desafios e as suas conquistas.
Escolhidos antes da criação do mundo
Neste ano, proponho-vos refletir e rezar guiados pelo tema «Vocação: graça e missão». É uma preciosa ocasião para redescobrir, maravilhados, que a chamada do Senhor é graça, dom gratuito e, ao mesmo tempo, é empenho de partir, sair para levar o Evangelho. Somos chamados a uma fé testemunhada, que estreita fortemente o vínculo entre a vida da graça, através dos Sacramentos e da comunhão eclesial, e o apostolado no mundo. Animado pelo Espírito, o cristão deixa-se interpelar pelas periferias existenciais e é sensível aos dramas humanos, tendo sempre bem presente que a missão é obra de Deus e não a realizamos sozinhos, mas em comunhão eclesial, juntamente com os irmãos e irmãs, guiados pelos Pastores. Pois este sempre foi o sonho de Deus: vivermos com Ele em comunhão de amor.
O apóstolo Paulo abre-nos de par em par um horizonte maravilhoso: Deus Pai «escolheu-nos em
Cristo antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis na sua presença, no amor. Predestinou-nos para sermos adotados como seus filhos por meio de Jesus Cristo, de acordo com o beneplácito da sua vontade» (Ef 1, 4-5). São palavras que nos permitem ver a vida no seu sentido pleno: Deus «concebe-nos» à sua imagem e semelhança e quer-nos seus filhos: fomos criados pelo Amor, por amor e com amor, e somos feitos para amar.
No decurso da nossa vida, esta chamada, inscrita nas fibras do nosso ser e portadora do segredo da felicidade, alcança-nos, pela ação do Espírito Santo, de maneira sempre nova, ilumina a nossa inteligência, infunde vigor na vontade, enche-nos de admiração e faz arder o nosso coração. Às vezes irrompe até de forma inesperada. Assim aconteceu comigo em 21 de setembro de 1953, quando, a caminho da festa anual do estudante, senti o impulso de entrar na igreja e me confessar. Aquele dia mudou a minha vida, dando-lhe uma fisionomia que dura até hoje. Mas a chamada divina ao dom de nós mesmos abre estrada gradualmente, através dum caminho: em contato com uma situação de pobreza, num momento de oração, graças a um claro testemunho do Evangelho, a uma leitura que nos abre a mente, quando ouvimos uma Palavra de Deus e a sentimos dirigida precisamente a nós, no conselho dum irmão ou uma irmã que nos acompanha, num período de doença ou de luto… A fantasia de Deus que nos chama é infinita.
E a sua iniciativa e dom gratuito esperam a nossa resposta. A vocação é uma «combinação entre a escolha divina e a liberdade humana», [1] uma relação dinâmica e estimulante que tem como interlocutores Deus e o coração humano. Assim, o dom da vocação é como uma semente divina que germina no terreno da nossa vida, abre-nos a Deus e abre-nos aos outros para partilhar com eles o tesouro encontrado. Esta é a estrutura fundamental daquilo que entendemos por vocação: Deus chama amando, e nós, agradecidos, respondemos amando. Descobrimo-nos como filhos e filhas amados pelo mesmo Pai, e reconhecemo-nos como irmãos e irmãs entre nós. Santa Teresa do Menino Jesus, quando «viu» com clareza esta realidade, exclamou: «Encontrei finalmente a minha vocação! A minha vocação é o amor! Sim, encontrei o meu lugar na Igreja (…): no coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor». [2]
Eu sou uma missão nesta terra
Como dissemos, a chamada de Deus inclui o envio. Não há vocação sem missão. E não há felicidade e plena autorrealização sem oferecer aos outros a vida nova que encontramos. A chamada divina ao amor é uma experiência que não se pode calar. «Ai de mim, se eu não evangelizar!»: exclamava São Paulo (1 Cor 9, 16). E a I Carta de João começa assim: «O que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida [feito carne] (…), isso vos anunciamos (…) para que a nossa alegria seja completa» (1, 1.3.4).
Há cinco anos, na exortação apostólica Gaudete et exsultate, dizia eu a cada batizado e batizada:
«Também tu precisas de conceber a totalidade da tua vida como uma missão» (n. 23). Sim,
porque cada um de nós, sem exceção, pode dizer: «Eu sou uma missão nesta terra e para isso estou neste mundo» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 273).
A missão comum a todos nós, cristãos, é testemunhar com alegria, em cada situação, por atitudes e palavras, aquilo que experimentamos estando com Jesus e na sua comunidade, que é a Igreja. E traduz-se em obras de misericórdia materiais e espirituais, num estilo de vida acolhedor e sereno, capaz de proximidade, compaixão e ternura, em contracorrente à cultura do descarte e da indiferença. Fazer-nos próximo como o bom samaritano (cf. Lc 10, 25-37) permite- nos compreender o «núcleo» da vocação cristã: imitar Jesus Cristo que veio para servir e não para ser servido (cf. Mc 10, 45).
Esta ação missionária não nasce simplesmente das nossas capacidades, intenções ou projetos, nem da nossa vontade nem mesmo do nosso esforço de praticar as virtudes, mas duma profunda experiência com Jesus. Só assim podemos tornar-nos testemunhas de Alguém, duma Vida; e é isso que nos torna «apóstolos». Reconhecemo-nos então «como que marcados a fogo por esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 273).
Temos um ícone evangélico desta experiência nos dois discípulos de Emaús. Estes, depois do encontro com Jesus ressuscitado, confidenciavam um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» ( Lc 24, 32). Podemos ver neles o que significa ter «corações ardentes e pés ao caminho». [3] É o que desejo também para a próxima Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, que aguardo com alegria e que tem como lema: «Maria levantou-se e partiu apressadamente» ( Lc 1, 39). Que cada um e cada uma se sinta chamado a levantar-se e partir apressadamente, com coração ardente!
Chamados juntos: convocados
O evangelista Marcos narra o momento em que Jesus chamou para junto d’Ele doze discípulos, cada um pelo próprio nome. Estabeleceu-os para estarem com Ele e os enviar a pregar, curar as doenças e expulsar os demónios (cf. Mc 3, 13-15). Assim o Senhor lança as bases da sua nova Comunidade. Os Doze eram pessoas de ambientes sociais e profissões diferentes, não pertencentes às categorias mais importantes. Os Evangelhos referem ainda outras chamadas, como a dos setenta e dois discípulos que Jesus envia dois a dois (cf. Lc 10, 1).
O termo Igreja deriva precisamente de Ekklesía, palavra grega que significa assembleia de pessoas chamadas, convocadas, para formar a comunidade dos discípulos e discípulas missionários de Jesus Cristo, comprometendo-se a viver entre si o seu amor (cf. Jo 13, 34; 15, 12) e a espalhá-lo no meio de todos, para que venha o Reino de Deus.
Na Igreja, somos todos servos e servas, segundo diversas vocações, carismas e ministérios. A
vocação ao dom de si próprio no amor, comum a todos, desenvolve-se e concretiza-se na vida dos cristãos leigos e leigas, empenhados a construir a família como uma pequena igreja doméstica e a renovar os diversos ambientes da sociedade com o fermento do Evangelho; no testemunho das consagradas e consagrados, entregues totalmente a Deus pelos irmãos e irmãs como profecia do Reino de Deus; nos ministros ordenados (diáconos, presbíteros, bispos) colocados ao serviço da Palavra, da oração e da comunhão do Povo santo de Deus. Só na relação com todas as outras é que cada vocação específica na Igreja se revela plenamente com a sua própria verdade e riqueza. Neste sentido, a Igreja é uma sinfonia vocacional, com todas as vocações unidas e distintas em harmonia e juntas «em saída» para irradiar no mundo a vida nova do Reino de Deus.
Graça e missão: dom e tarefa
Amados irmãos e irmãs, a vocação é dom e tarefa, fonte de vida nova e de verdadeira alegria. Que as iniciativas de oração e animação pastoral ligadas a este Dia reforcem a sensibilidade vocacional nas nossas famílias, nas paróquias, nas comunidades de vida consagrada, nas associações e nos movimentos eclesiais. Que o Espírito do Ressuscitado nos faça sair da apatia e nos dê simpatia e empatia, para vivermos cada dia regenerados como filhos de Deus-Amor (cf. 1 Jo 4, 16) e sermos, por nossa vez, geradores no amor: capazes de levar a vida a todos os lugares, especialmente onde há exclusão e exploração, indigência e morte. Que deste modo se alarguem os espaços de amor [4] e Deus reine cada vez mais neste mundo.
Acompanhe-nos neste caminho a oração composta por São Paulo VI para o 1º Dia Mundial das Vocações (11 de abril de 1964):
«Ó Jesus, divino Pastor das almas, que chamastes os Apóstolos para fazer deles pescadores de homens, continuai a atrair para Vós almas ardentes e generosas de jovens, a fim de fazer deles vossos seguidores e vossos ministros; tornai-os participantes da vossa sede de redenção universal, (…) abri-lhes os horizontes do mundo inteiro, (…) para que, respondendo à vossa chamada, prolonguem aqui na terra a vossa missão, edifiquem o vosso Corpo místico, que é a Igreja, e sejam “sal da terra”, “luz do mundo” (Mt 5, 13)».
Que a Virgem Maria vos acompanhe e proteja. Com a minha bênção.
Roma, São João de Latrão, no IV Domingo de Páscoa, 30 de abril de 2023.
No dia 19 de abril, iniciou a 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB), no Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP). Quase totalidade dos 326 bispos ativos e parte dos 157 bispos eméritos brasileiros, se reuniram para refletir, rezar e definir questões importantes da Igreja no Brasil, inclusive escolher a nova presidência da conferência para o próximo quadriênio.
O Apostolado Litúrgico tem a alegria de estar presente com os nossos bispos. Desde 1956, data da chegada das Irmãs Pias Discípulas no Brasil, temos a satisfação de acompanhar estas assembleias seja com o material litúrgico, seja com o apoio fraterno aos nossos bispos, seja na participação, em alguns anos, das nossas Irmãs, das equipes de reflexão da CNBB.
Este ano, em especial, acompanhamos três lançamentos importantes para a caminhada litúrgica da nossa Igreja: o lançamento da nova tradução do Missal Romano, da nova edição da “Instrução Geral do Missal Romano e Introdução ao Lecionário” e o do livro sobre as Vestes litúrgicas.
Na noite da quarta-feira, 19 de abril, foi celebrada a primeira Celebração Eucarística do encontro. A Eucaristia, com Vésperas, foi marcada pelo início do uso de textos da nova tradução brasileira do Missal Romano, aprovada pela Santa Sé. No início da celebração, bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia, dom Edmar Peron, recordou o processo de tradução, que levou 19 anos, e destacou que “o Missal traz uma tradução fidedigna à língua latina e à Língua Portuguesa”.
Segundo o site da CNBB, a tradução brasileira dessa terceira edição do Missal Romano começou após a promulgação, em 2002, pelo Papa João Paulo II, da nova edição típica. Desde então, foram anos de intenso trabalho de tradução, revisão e aprovação do conteúdo do Missal, coordenados pela Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel).
A Terceira Edição Típica do Missal Romano foi aprovada pelos bispos na 59ª Assembleia Geral da CNBB e encaminhada ao Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos em dezembro de 2022. A confirmação da Santa Sé foi publicada no dia 17 de março deste ano.
“Toda a Igreja no Brasil terá o prazo até o primeiro domingo do Advento para que todos os sacerdotes, todas as paróquias e dioceses, possam adquirir o novo Missal, para usá-lo obrigatoriamente a partir do Advento deste ano”, informou o bispo da Diocese de Caruaru (PE), Dom José Rui Gonçalves.
O Missal está em pré-venda pela CNBB, editora responsável pela impressão e comercialização do mesmo. A previsão de distribuição é a partir de agosto de 2023.
Nossa gratidão ao Dom Edmar Peron e toda equipe da Liturgia Nacional da CNBB pelo trabalho primoroso da nova tradução brasileira do Missal Romano. Aproveitamos para acolher com carinho a Dom Hernaldo Pinto Farias, novo bispo referencial da Comissão Episcopal para a Liturgia.
Ligado a este lançamento, as edições CNBB lançou a “Instrução Geral do Missal Romano e Introdução ao Lecionário”. Na publicação, são expostas as normas para a celebração do Sacrifício Eucarístico, tanto em relação aos ritos e às funções de cada participante como aos objetos e aos lugares sagrados.
Esta edição já está de acordo com a tradução da 3ª edição típica do Missal Romano para o Brasil, aprovada pela Santa Sé. De acordo com dom Edmar Peron, bispo de Paranaguá – PR e Presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, esta edição da Instrução Geral do Missal Romano é o primeiro contato com a nova tradução do Missal Romano. “Ela pode preceder a chegada do Missal nas comunidades”, afirma.
De acordo com as promulgações do Concílio Vaticano II e para que a Liturgia seja vivida e celebrada como inspira o Santo Espírito, foram introduzidas algumas variações no texto, em conformidade com os dizeres e com as determinações dos outros livros litúrgicos, como também recomendadas pela experiência pastoral.
Outra publicação é o Estudo da CNBB nº 115, “As Vestes Litúrgicas”. O texto apresenta a história das vestes litúrgicas desde seus primórdios e, principalmente, os detalhes das vestimentas que o sacerdote tem de portar em cada Celebração específica da Igreja. O livreto é dividido em três partes: “Aspectos Bíblico-teológicos”, “Aspectos Históricos” e as “Orientações e Observações Práticas”. O estudo pode ser já comprado no site da CNBB.
Por fim, queremos saudar a nova mesa diretora da CNBB que estará à frente da Presidência da entidade de 2023 a 2027. Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) e atual primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), será o 14º presidente da Conferência. Junto a ele, o arcebispo de Goiânia (GO), dom João Justino de Medeiros Silva, como vice-presidente; o bispo de Garanhuns (PE) e atual presidente do Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, eleito como segundo vice-presidente da CNBB; e o secretário geral, o bispo de Rio Grande (RS) e atual presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers.
“Então as mulheres se lembraram das palavras de Jesus” (Lc 24,8).
Na madrugada do domingo, algumas mulheres vão ao túmulo trazendo no coração o sofrimento após ter presenciado a morte de Jesus na cruz. Elas entraram no túmulo, mas não viram o corpo de Jesus e ficaram sem saber o que lhe acontecera. Certamente suas interrogações foram muitas, pois estavam diante de um fato novo: o sepulcro vazio. O que, de fato, havia acontecido? Como entender e explicar a ausência do corpo do Mestre para o qual levaram perfumes?
É nesse momento que os anjos de Deus anunciam a elas que o corpo de Jesus não estava ali porque ele havia ressuscitado, e lhes pedem para recordar o que Jesus dissera: “O Filho do Homem será entregue nas mãos dos pecadores, será crucificado e no terceiro dia ressuscitará” (Lc 24,7). Esse acontecimento nos revela uma luz importante: era fundamental considerar a Palavra de Jesus para que pudessem acolher o que aconteceu em sua vida e o que ele estava indicando para elas.
Mináforas – Imagem de Ir. Laíde Sonda – Arquitetura do Apostolado Litúrgico
A Palavra é luz para nossa vida e faz arder nosso coração. Quando as mulheres se lembram das palavras de Jesus, elas se deixam iluminar por essa luz e não a retêm para si. Saem correndo para anunciar aos apóstolos e a outros o mistério que lhes tocara o coração. Quem configura sua vida à de Jesus, através de sua Palavra, é chamado a partilhar essa experiência de fé com a comunidade. Ainda que o testemunho delas não tenha sido considerado de imediato, elas não deixaram de proclamar e testemunhar a novidade que aquecia seus corações e transformava suas vidas: “Ele ressuscitou”. No fato proclamado – “Ele ressuscitou” – está todo o coração do mistério pascal e do anúncio cristão, cuja certeza é que Cristo está conosco todos os dias até o fim dos tempos. As mulheres são, de fato, as primeiras testemunhas da Ressurreição. E os apóstolos, após acolher o anúncio das mulheres, experimentam a graça do encontro com Jesus, que lhes abre a inteligência e o coração para um modo de vida renovado. E assim a ação de Deus transforma a vida das mulheres discípulas missionárias de Jesus Cristo, dos apóstolos, dos demais discípulos, de toda Igreja nascente.
Acolher a Palavra de Jesus, encontrar-se com ele, escutar testemunhos sobre a presença de Jesus na vida das pessoas são ações fundamentais que devem ser vivenciadas, partilhadas e testemunhadas por nós. É desse modo que nossa vida pessoal, familiar e comunitária se torna iluminada pela presença viva de Jesus Cristo. A Palavra Sagrada escrita e vivenciada, abre-nos horizontes para o caminho de sinodalidade por meio de uma experiência de fé pessoal e comunitária. Enquanto Igreja sinodal, somos chamados a caminhar juntos, desafiando esse modelo de sociedade que, por diversos meios, faz imperar o individualismo.
Sem dúvida, nosso tempo nos coloca interrogações assim como aquelas que as mulheres tiveram junto à sepultura de Jesus. Por exemplo, como superar um modo de vida social polarizado e funcionalista que não oferece às pessoas condições para refletir sobre o sentido da vida, da fé, da felicidade? Como fechar os olhos para o sofrimento dos mais pobres e das várias situações de mortes que assolam nosso país? Essas interrogações resultam de um mundo plural e complexo, cujas relações humanas se tornam cada vez mais “líquidas”, individualistas, não duradouras, o que fortalece, como consequência, o desenvolvimento de uma cultura do subjetivismo.
Diante dessas situações reais de sofrimento, precisamos ser sinais da presença do Salvador que entregou sua vida por todos da seguinte maneira: a) testemunhando nossa fé, nossa adesão a Cristo nos vários ambientes da sociedade; b) descobrindo luzes da presença viva de Jesus Cristo ressuscitado na vida de pessoas, famílias, comunidades e grupos; c) apontando o caminho do cuidado para com a vida das pessoas e com o meio ambiente; d) dedicando-se à construção de uma sociedade humanizada e fraterna, querida por Deus; e) cuidando da vida das pessoas, em especial dos pobres que vivem nas periferias urbanas e existenciais.
Portanto, iluminados pela Páscoa de Cristo e por sua Palavra, somos chamados a cuidar ainda mais da vida das pessoas, em especial dos pobres e de tantos quantos vivem nas periferias. Desse modo, somos chamados ressuscitar com Cristo, percorrendo os passos de sua paixão, morte e ressurreição. Jesus venceu a morte para nos dar a vida em plenitude. Assumiu nossa natureza humana e a condição de servo para nos revelar o Pai e, pelo Espírito Santo, nos fazer mergulhar no mistério de Deus. Como sinal de amor e entrega extrema ao projeto de Deus, ensina-nos o dom do serviço e da disponibilidade às pessoas.
Mesmo que nosso testemunho de fé não seja considerado pela comunidade cristã, precisamos confiar no Espírito Santo que está presente e age na vida das pessoas e nas realidades, indicando as luzes necessárias para caminharmos juntos, em espírito de sinodalidade.
Assim como o Papa Francisco nos pede, sejamos sinais de esperança face a uma humanidade em crise, portadores da palavra de Jesus, suas testemunhas, indo ao encontro das pessoas em suas realidades, tendo como verdade de fé o Cristo ressuscitado que nos acompanha, nos ilumina e nos fortalece!
Uma feliz e santa Páscoa a todos e todas!
Dom Esmeraldo Barreto de Farias
Foi ordenado sacerdote em 9 de janeiro de 1977, na diocese de Amargosa. Em 2000, o papa João Paulo II o nomeou bispo da diocese de Paulo Afonso, na Bahia. Em 28 de fevereiro de 2007, o Papa Bento XVI o nomeou bispo da diocese de Santarém. Em 2011, iniciou sua participação como membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. Ainda neste ano, foi nomeado arcebispo de Porto Velho. Em 18 de março de 2015 o Papa Francisco o nomeou bispo-titular de Súmula e auxiliar da Arquidiocese de São Luís do Maranhão. Em 18 de novembro de 2020, foi nomeado como bispo diocesano de Araçuaí.
O 4º Capítulo Provincial, no dia 07 de dezembro, iniciou com a celebração das laudes da segunda semana do advento. O dia foi dedicado a leitura do subsídio para a preparação ao 10º Capítulo Geral. Da leitura foram trabalhadas e escolhidas 2 prioridades para serem enviadas para o Instrumentum Laboris para o 10º Capítulo Geral.
A noite tivemos a alegria e o prazer de receber o noviciado Pan Americano, com as noviças Kainã (Brasil), Katerin e Paulina (México), Yina e Ornilse (Colômbia). As noviças preparam esse momento recreativo para o 4º Capítulo Provincial com danças, músicas e poesia. Foi uma noite descontraída e significativa para a assembleia capitular e as jovens.
O dia 08 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, o 4º Capítulo Provincial iniciou com a celebração Eucarística presidida pelo presbítero paulino Valdez Dall’Agnese. Em suas palavras retomou as meditações de Santo Anselmo, bispo: “Ó mulher cheia e mais que cheia de graça, o transbordamento de tua plenitude faz renascer toda criatura! Ó Virgem bendita e mais que bendita, pela tua bênção é abençoada toda a natureza, não só as coisas criadas pelo Criador, mas também o Criador pela criatura!”
O dia foi dedicado para o retiro em preparação a eleição das que serão enviadas ao 10º Capítulo Geral. Nossa gratidão ao Espírito de Deus que conduz suas Discípulas.
Com a Celebração Eucarística presidida pelo Bispo Dom Valdir José de Castro, iniciamos o segundo dia do Capítulo, 05 de dezembro de 2022. Este dia foi dedicado à leitura e adequações do relatório institucional e econômico da província.
O dia 06 de dezembro iniciamos com a oração das laudes na certeza de que o Bom Pastor sempre busca, acolhe, conduz e guia suas ovelhas. Após o café, houve um tempo de oração pessoal e a seguir uma explanação sobre a conjuntura sociopolítica, eclesial e religiosa em caminho sinodal, com Pe. Antônio Manzatto (PUC/SP). Foi uma explanação muito esclarecedora e objetiva da realidade na qual estamos inseridas. Após algumas intervenções feitas pela assembleia capitular, o assessor, nas considerações finais fez os seguintes apelos:
1. Não se escondam.
2. Recuperem a importância do Carisma que a congregação tem na Igreja e ajudem o povo a celebrar a atualidade e a concretude da vida.